Trabalho em equipe:
o que tem
mudado na prática da saúde?
Adriana Coser Gutiérrez
Maio de 2008
Importância do trabalho
em Equipe
Trabalho Equipe está
relacionado
-
Saúde / Satisfação do Trabalhador
Resultado / Qualidade da Atenção / Clínica
Ao Modo de fazer Gestão
A Estrutura / Arranjos da equipe

TRANSVERSALIDADE –aumento de abertura para a

AUTONOMIA E PROTAGONISMO DOS SUJEITOS
comunicação intra e inter-grupos e ampliam as
grupalidades.
Desestabilização das fronteiras dos saberes, dos
territórios de poder e dos modos instituídos da
constituição das relações de trabalho
A co-responsabilidade entre gestores, usuários e
trabalhadores da saúde, o estabelecimento de vínculos
solidários e a participação coletiva no processo de
gestão.
–
Trabalho em Equipe e o modo
de Gestão dominante
(O Taylorismo já era? - CAMPOS 2000)
Alguns Princípios Tayloristas (1856-1915):
➢ 1- Trabalhador adequado (seleção, treinamento,
supervisão).
➢ 2- Divisão de trabalho, especialização.
➢ 3- Separação entre planejamento e execução.
➢ 4- Programação prévia (best one way).
➢ 5- homo economicus etc
Conseqüências
➢
➢
➢
➢
➢
Fragmentação do Processo de Trabalho
(04 esferas separadas: planej-decisãoexecução-avaliação)
Individualização do trabalho
Redução do Objeto de Trabalho (gestão
por procedimentos - ) / O. Investimento
Desresponsabilizacao
Alienacao (gestão “apesar” dos Sujeitos)
Conseqüências
➢
➢
➢
➢
➢
Sujeitos são OBJETOS (RECURSOS
HUMANOS),produz-se muita insegurança e
dependência, culpabilização, segregação
(patentes), infantilização (GUATTARI 1986)
Conflito é desequilíbrio
Gestão é um conhecimento técnico e um LUGAR
que se ocupa (ou não)
Saber é sempre prévio, nunca dialético (dificuldade
para lidar com imprevistos, mudancas e
singularidades)
Finalidade da Instituicao é só a Missão (prestar
servico)
Organograma por especialidades
/ corporações profissionais
Organograma muito Vertical, divisao por categorias
profissionais – padrão indesejável de competicao e
cooperacao (Moorgan 1996)
Organograma por Unidades de
produção
Direção geral (Supervisor e Assessoria)
Colegiado de Direção
(Supervisor, Assessoria, Coordenadores das Unidades de
Produção, Supervisores Matriciais)
Coordenador
Unidade de
Produção “X”
Colegiado
da U.P. “X”
(Equipe
da U.P. “X”)
Coordenador
Unidade de
Produção “Y”
Coordenador
Unidade de
Produção “W”
Colegiado
da U.P. “Y”
(Equipe
da U.P. “Y”
Colegiado
da U.P. “W”
(Equipe
da U.P. “W”
Apoiador “a”
Apoiador “b”
Apoiador “c”
Apoiador “d”
Supervisor “e”
Dispositivo para facilitar Transversalidade:
Equipe de referência / responsável e Apoio
Matricial
• Equipe de referência é um arranjo
organizacional que busca redefinir o
poder de gestão e de condução de casos;
em geral, fragmentado entre
especialidades e profissões de saúde,
concentrando-o em uma Equipe
Interdisciplinar;Campo e Núcleo de
saberes
• Coincidir a unidade de gestão com
unidade de produção interdisciplinar;
Profissional de Referência /
Responsável
• O conceito de Profissional de Referência é
utilizado para a reorganização da
estrutura e do funcionamento dos serviços
de saúde segundo duas diretrizes básicas:
• Definição clara de responsabilidade do
profissional encarregado da condução de
um determinado caso clínico ou sanitário;
• Ampliar possibilidade de construção de
vínculo entre profissional e usuário.
• POSSIBILITAR COORDENAÇÃO
Apoio Matricial
• O Apoio Matricial em saúde objetiva
assegurar, de um modo dinâmico e
interativo, retaguarda especializada a
equipes e profissionais de referência;
• O Apoio tem duas dimensões: suporte
assistencial; e técnico-pedagógico;
• Depende da construção compartilhada de
diretrizes clínicas e sanitárias e de
critérios para acionar apoio.
Apoio Matricial
• Depende da construção compartilhada do
espectro de responsabilidades de cada
referência e de cada apoio, bem como do
papel de cada unidade de produção e de
cada serviço dentro da rede;
• O funcionamento em rede depende da
responsabilidade de cada unidade
articular-se em co-responsabilidade
sistêmica.
Clínica e Equipe: desafios
• “Baixa Adesão” aos tratamentos
• Dificuldade de lidar com diferentes
(“poliqueixosos”)
• Iatrogenias (cultural, biológica e
social)
Clínica e Equipe
• Compromisso com o Sujeito Co-produzido
• Em movimento, mudança...
• Autonomia e desvio
• Saberes
• Limites e Possibilidades
• Identificações e Disputas
• Afetos
• Transferências e contra-transferência / atravessamentos
• Poderes
Dispositivo : Projeto Terapêutico
Singular
É um conjunto de propostas de
condutas terapêuticas articuladas não
somente no plano biológico, para um
sujeito individual ou coletivo, resultado
da discussão coletiva de uma equipe
interdisciplinar, com apoio matricial se
necessário.
Geralmente é dedicado a situacões
mais complexas.
Dispositivo : Projeto Terapêutico
Singular
I.
Diagnósticos
II. Definição de Objetivos
III- Distribuição de tarefas e prazos
IV: Coordenação e Negociação
V- Re-Avaliacao
Dispositivo : Projeto Terapêutico
Singular
Exercitar a capacidade de perceber os limites dos diversos
saberes estruturados diante da singularidade do sujeitos e dos
desejos destes sujeitos (sujeito não é só interesse – fazer metas
pactuadas, realistas, redução de danos)
avaliar os filtros teóricos nas conversas com pacientes, possibilitar
narrativas
perceber quais temas a equipe teve dificuldade de conversar /
preparação da reunião / lidar com pré-tarefa e dificuldades
inconscientes
autorizar-se a fazer críticas no grupo de forma construtiva -lidar
com poderes na equipe-
Dispositivo: Projeto Terapêutico
Singular
autorizar-se a lidar com identificacão/paixão com
saber profissional de forma crítica-nucleo e
campo/afetos),
e autorizar-se a pensar novas possibilidades e
caminhos para a intervencão - inventar e
aceitar a diferenca de ser e de fazer (x lógica
burocrático-industrial da linha de producão “
taylorista'').
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