DOENÇA RENAL CRÔNICA NO PACIENTE TRANSPLANTADO – O QUE É DIFERENTE? Hélady Sanders Pinheiro NIEPEN – Univ. Federal de Juiz de Fora DRC vs Tx renal Tx renal melhor tratamento DRC estágio 5 Melhor qualidade de vida “Cura” DRC??? USRDS 2000 - SBN 2004 DRC definição KDIGO Todos TxR – DRC DRC estágio “x” T NKF, AJKD 2002:39:S1 - LEVEY et al, KI 2005:67:2089 Sobrevida enxerto “estimada” Estágios DRC DRC: 1 a 3 TxR: pirâmide % pacientes 50 DRC, N=11.000.000 TxR, N=81.000 40 30 20 10 0 I II III Estágios DRC IV V NKF, AJKD 2002:39:S1 GILL, AJT 2006:6:2821 Estágios DRC UFJF (2007-2009) DRC: 3,4 e 5 60 TxR: pirâmide 54,7 % dos pacientes % pacientes 50 40 31,9 34,6 29,6 30 22,1 DRC, N=260 Tx, N=76 20 10 0 4,7 0,0 1 5,8 1,2 0,1 2 3 4 Estágios DRC 5 PINHEIRO, JBN 2004:26:79 Fisiopatologia DRC em Tx Causas de perda tardia do enxerto Disfunção crônica do enxerto renal (50%) Outros diagnósticos (10-20%) NCE (30-40%) Rejeição crônica verdadeira (lesão imunológica) Morte do paciente com enxerto funcionante (50%) NCE de origem mista (fibrose intersticial e atrofia tubular inespecíficas) Toxicidade pelos IC Novas doenças Doenças recorrentes Rejeição aguda PASCUAL et al, NEJM 2002;346:580 Fatores não imunológicos Fatores imunológicos Incomp. HLA e sensibilização prévia Doadores idosos ou enxerto de baixa qualidade DGF (RFE) Rejeição aguda NCE Resposta aloimune sub-aguda crônica Lesões agudas Peritransplante DGF (RFE) Lesão de morte encefálica, preservação, isquemiareperfusão Nefrotoxicidade pelos IC Infecções virais – CMV, PV DRC Imunossupressão inadequada Não aderência Proteinúria-Hipertensão Anemia - Ca x P Hiperlipidemia PASCUAL et al, NEJM 2002;346:580 Fisiopatologia DRC DRC Etiologia única ou predominante Hiperfiltração Dinâmica de lesão – médio e longo prazo Nefropatia crônica do Tx Complexa Várias etiologias/ agressões Hiperfiltração Dinâmica de lesão – curto, médio e longo Marcador de lesão – Função renal TxR Creatinina - disponível, mudanças mesmo indivíduo NÃO é bom indicador “saúde” do enxerto Bx - diferentes graus de lesão para mesmos valores de creatinina Marcadores imunológicos?? NANKINVELL et al, NEJM 2003;349:2326 KAPLAN et al, AJT 2003;3:1560 GILL, AJT 2006;6:2821 Marcador de lesão – Função renal TxR eTFR – baseadas na Creatinina Cockcroft–Gault e MDRD – menos precisas Mudanças massa muscular Estágios DRC ? MARIAT et al, AJT 2005;5:2698 RAJU et al, Clin Tranplant 2005;3:1560 GILL, AJT 2006;6:2821 Tratamento vs. estágios TODOS OS ESTÁGIOS GILL, AJT 2006;6:2821 – LISBON CONFERENCE Progresssão DRC TxR Mais imprevisível – infecções, eventos imunológicos TxR DRC Estável - MENOR taxa progressão GILL et al, JASN 2003;14:1636 DJAMALI et al, KI 2003;64:1800 KUKLA et al, NDT 2007;ver3:1560 Tx: -1,2 a 2,5 ml/min/ano vs. DRC: -4,2 a 6,7 ml/min/ano Progressão UFJF 76 pac. TxR, follow-up 1ano Delta da creatinina 0,8 Piora função 0,6 0,4 DRC 0,2 0 -0,2 -0,4 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 TxR -0,6 Creatinina inicial Melhora função PINHEIRO, JBN 2004:26:79 Progresssão DRC MENOR progressão por estágios KUKLA et al, NDT 2007;ver3:1560 Mortalidade TxR MAIOR Risco IMS, maior tempo de DRC Alto risco CV KUKLA et al, NDT 2007;ver3:1560 Tratamento TxR Benefício retardo da progressão – ausência de evidências Custo elevado Populações não acompanhadas por nefrologistas GILL, AJT 2006;6:2821 AKBARI et al, Nephron Clin Pract 2007; 107:7 Complicações da DRC * No. de complicações aumenta do estágio 1 para 5 2,7 1,1 * PA não controlada, LDL subótimo, HipoCa, HiperP, Anemia, Hipoalbuminemia, Bicarbonato baixo KARTHIKEYAN et al, AJT 2003;4:262 TRATAMENTO DRC em Tx Complicações Risco cárdio-vascular Progressão DRC?? Melhor sobrevida do enxerto Tratamento TxR Mesmas recomendações DRC? Profissionais com treinamento nas duas áreas Tempo pós-Tx: > 1ano Caract. Individuais – risco imunológico GILL, AJT 2006;6:2821 BASTOS, PINHEIRO, GONÇALVES, Atualidades Nefrol 2008 Tratamento DRC UFJF Metas/Medidas DRC N=82 Tx N=46 p PA sistólica 38,4 81,0 <0,01 PA diastólica 46,5 71,4 <0,01 PA sist. e diastólica 37,2 69,0 <0,05 Uso EPO e quelante de cálcio 44,4 100,0 <0,01 Uso bloqueio do SRA 86,0 61,9 <0,01 Bicarbonato venoso 85,7 14,2 <0,01 Níveis de Hb, P, Cálcio, Bicarbonato, LDL, Albumina, sobrepeso/obesidade - SEMELHANTES PINHEIRO, JBN 2004:26:79 Akbari et al, Nephon Clin Practice, 2007 72 pac., caso-controle. DRC melhor manuseio Adjusted Odds ratio 95% CI interval Uncontrolled hypertension 3.8 1.3-10.7 On ACE Inhibitors 0.11 0.04-0.32 Anemia/ EPO use 6.4 0.99-41.9 Dislipidemia 4.3 1.4-13.4 Todos TxR têm DRC Etiologia mais complexa Função renal (creatinina) não é bom marcador lesão do enxerto Taxa progressão menor Tratamento semelhante (... ?!) História natural da DRC Diálise Grupos de risco DRC Falência Renal Estágios 1-4 Estágio 5 SEM TRATAMENTO ÓBITO Transplante Renal INTRODUÇÃO TxR tem DRC Epidemiologia é diferente – mais estágio I + III que N Fisiopatologia lesão renal é diferente – vários estágiso de lesão vs lesão pregressa, ciclo de lesão por hiperfiltração Taxa de progressão é mais lenta, risco de morte é menor Medidas terapêuticas são tão eficientes quanto??? Custo elevado. USRDS 2000 - SBN 2004 DRC em Tx Forma específica de DRC Rim único Imunossupressão Maior tempo de DRC (pré-Tx) GILL, AJT 2006;6:2821 BASTOS, PINHEIRO, GONÇALVES, Atualidades Nefrol 2008 DJAMALI, Nephrol Ther 2008;4S1:36