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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
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INSTITUTO VEZ DO MESTRE
HIPERATIVIDADE E O PAPEL DA ESCOLA
DO
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TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
Por: Maria Cristina Martins de Azevedo Ferreira
Orientadora: Profª Maria Esther de Araújo
Brasília
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO VEZ DO MESTRE
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE E O PAPEL DA ESCOLA
Monografia apresentada ao Instituto A Vez do
Mestre com requisito parcial para a obtenção do
título de especialista em Educação Especial e
Inclusiva
Por: Maria Cristina Martins de Azevedo Ferreira
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e perseverança
durante esta jornada, sendo ele o meu refugio em momentos difíceis.
A minha família que muito contribuiu para a realização desse sonho.
Através da compreensão e dedicação de todos, consegui alcançar um dos
meus grandes objetivos que é a conclusão desse curso.
A Mentora Maria Esther e a Tutora Natália, por me orientarem ao longo do
curso e na realização deste trabalho.
Enfim, agradeço a todos que, com boa intenção colaboraram para a
realização e finalização desta monografia.
EPÍGRAFE
“É à disposição das velas e não a força da
ventania que determina o caminho a seguir".
Heloísa Lück
RESUMO
A presente monografia explana de forma clara e abrangente o que é realmente
o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade; objetivando proporcionar
informações sobre o transtorno, já que há um desconhecimento relevante
sobre suas características. O comportamento de uma criança com TDAH
requer uma visão diferenciada, e acredita-se que toda criança ao iniciar sua
fase escolar precisa ser observada de acordo com suas particularidades,
levando sempre em consideração os seus aspectos comportamentais e
emocionais. Essa visão diferenciada que o educador precisa ter ao olhar para a
criança requer conhecimento e embasamento para que seus questionamentos
tenham respostas, buscando sempre intervir quando necessário. A criança
portadora de TDAH precisa de uma atenção especial não só por parte da
escola, mas também por parte de sua família. É de suma importância que os
educadores estejam preparados e entendidos frente a alunos com esse
transtorno, pois só dessa forma saberão conduzir e contornar situações
problemáticas que são constantes na vida diária de um aluno com de TDAH.
Palavras - Chave: TDAH, Escola, Família.
METODOLOGIA
Tendo em vista a falta de informações em relação ao Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade, fez-se necessário uma pesquisa para
melhor compreender sobre o transtorno e conseqüentemente criar estratégias
de intervenção. Pretendemos analisar os fatores que influenciam no
aprendizado de uma criança portadora de TDAH, buscando entender qual o
papel da escola diante dessa situação, que torna-se delicada devido a carência
de informações sobre seu real significado. Mediante as observações percebeuse ainda, a resistência do professor e até mesmo da escola na aceitação de um
aluno portador de TDAH. De modo geral o profissional da educação deve sem
dúvida conhecer mais sobre esse transtorno, pois só dessa forma o educador
conseguirá intervir de forma precisa, favorecendo não só o desenvolvimento
desse portador de TDAH, mas também dos alunos em geral.
Portanto, a presente pesquisa busca esclarecer e orientar a todos que
de certa forma, encontram-se envolvidos com crianças portadoras de TDAH,
mas que por falta de informações precisas sofrem diariamente na tentativa de
educá-las. Dessa forma, em busca de respostas em relação ao problema
levantado, a metodologia utilizada neste trabalho foi bibliográfica de natureza
explicativa, tendo em vista a necessidade de um embasamento teórico.
O nome dos principais autores e teóricos que foram utilizados para
realização desta monografia foram: Basseadas(1996), Goldsteins (1994), Silva
(2003), Grinspun (2006), Stones (2007), Smith (2001).
Traz-se ainda, valorizando o conteúdo deste trabalho, um estudo de
caso feito com uma criança TDAH com predominância na hiperatividade, o qual
mostrará suas características comportamentais em sua rotina diária. O objetivo
desse estudo de caso é proporcionar ao leitor uma melhor compreensão sobre
o transtorno.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 08
CAPÍTULO I -Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.....................10
1. Etiologia........................................................................................................ 12
1.1 Possíveis Fatores Causais do TDAH...........................................................13
1.2 Classificação dos Subtipos..........................................................................15
1.3 Sintomas......................................................................................................19
1.4 Diagnóstico..................................................................................................21
1.5 Tratamento...................................................................................................22
CAPÍTULO II - A Família de Uma Criança TDAH..............................................24
CAPÍTULO III - Papel da Escola: Relação Professor e Aluno...........................28
- Breve histórico da escola.................................................................................28
- Relação professor e aluno...............................................................................29
3 – Estudo de Caso...........................................................................................33
3.1 – Sumario do caso.......................................................................................33
3.2 – Conclusão do caso...................................................................................36
CONCLUSÃO....................................................................................................37
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................38
INDÍCE...............................................................................................................39
FOLHA DE AVALIAÇÃO....................................................................................40
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais podemos observar que muitas crianças apresentam
dificuldades em fixar a atenção e também certo descontrole com relação a seus
estímulos. Essas crianças em fase escolar são taxadas como “pestinhas",
alunos indisciplinados, sem regras e limites. Mas é preciso levar em
consideração que nem sempre são crianças sem “regras e limites”, mas sim
alunos que precisam de algum tipo de ajuda e acompanhamento para
minimizar esses comportamentos inadequados, que muitas vezes são vistos de
maneira ignorante pela sociedade.
A criança portadora do Transtorno de déficits de atenção e
hiperatividade (TDAH) representa um grande desafio, tanto para os pais, como
também para os profissionais da educação. A desatenção, agitação e a
impulsividade são pontos marcantes que dificultam a integração das crianças
em seu meio social. Dessa forma, há uma implicação no relacionamento de um
portador de TDAH com pais, professores, irmãos e amigos, pois é significante a
resistência na aceitação dessa criança.
Os tópicos subseqüentes apresentados nesta pesquisa mostrarão as
características gerais referente ao TDAH, permitindo, desta forma, analisar
desde o levantamento de hipóteses através de observações, até o processo
diagnóstico dessa criança. Serão descritas ainda, informações a partir da
definição do transtorno até as estratégias de intervenção, levando em
consideração o papel da escola na observação e investigação dos aspectos
comportamentais desses alunos. Abordam-se também nesta pesquisa, os
conflitos que se estabelecem na vida familiar de um portador de TDAH.
O tema sugerido é de fundamental relevância tendo em vista a falta de
informações precisas em relação ao Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade, fez-se necessário uma pesquisa para melhor compreender
sobre o transtorno e conseqüentemente criar estratégias de intervenção.
Pretendemos analisar os fatores que influenciam no aprendizado de uma
8
criança portadora de TDAH, buscando entender qual o papel da escola diante
dessa situação, que torna-se delicada devido a carência de informações sobre
seu real significado.
Mediante as observações percebeu-se ainda, a
resistência do professor e até mesmo da escola na aceitação de um aluno
portador de TDAH. De modo geral o profissional da educação deve sem dúvida
conhecer mais sobre esse transtorno, pois só dessa forma o educador
conseguirá intervir de forma precisa, favorecendo não só o desenvolvimento
desse portador de TDAH, mas também dos alunos em geral.
Portanto justificamos nossa pesquisa na investigação e compreensão
sobre o TDAH, a qual surge à seguinte problemática: De que maneira a equipe
técnica juntamente com toda equipe docente poderá intervir satisfatoriamente
diante de um portador de TDAH, a fim de proporcionar a esse indivíduo um
melhor aproveitamento escolar?
9
CAPÍTULO I
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE E O PAPEL DA ESCOLA.
Histórico e Definição
“Com relação aos primeiros tópicos referenciais sobre a
temática em questão, os Transtornos Hipercinéticos na
literatura médica datam da metade do século XIX. Já na
década de 40 eram conhecidos como “lesão cerebral mínima”.
Em 1947, a denominação “Síndrome de Lesão Cerebral
Mínima”
era
utilizada
para
classificar
crianças
com
hiperatividade, distrabilidade, distúrbios cognitivos e problemas
de adaptação social”. (BARKLEY, 2002; DSM – IV; CID 10;
RODHE, 2003, 2004 apud LUFT, 2007, p. 25).
A psicóloga clínica, Solange Martins, trás em seu artigo “Origem e
Histórico do TDAH” 2006, que em 1902, George Frederic Still, um pediatra
inglês, definiu o TDAH através de experiências em sua prática clinica, o qual
fez atendimentos de crianças que mostravam alterações comportamentais
vinculadas a certo descontrole e resistência a regras. Mediante as observações
feitas por George, ele percebeu que esses comportamentos inadequados não
eram referentes a uma má educação. Essa observação fez com que o pediatra
analisasse todo o histórico familiar dessas crianças e conseguiu obter
informações necessárias constatando que alguns dos familiares dessas
crianças apresentavam transtornos psiquiátricos, tais como: dependência
alcoólica, depressão, entre outros.
Dessa
forma,
George
concluiu
que
essas
crianças
herdavam
10
geneticamente um conjunto de sintomas semelhantes às desordens familiares,
os quais refletiam alterações no que diz respeito ao aspecto comportamental
dessas crianças. Percebeu-se ainda, que eram comportamentos parecidos ao
de pessoas que portavam algum tipo de lesão cerebral.
De acordo com todo esse processo de analise e descoberta que o
pediatra George fez, surgiu assim a primeira definição para o que hoje
conhecemos como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, que antes
era conhecida como Lesão Cerebral Mínima. Essa primeira definição
permaneceu durante a década de 30 e 40, havendo pela primeira vez testes
com medicamentos estimulantes que mostraram resultados favoráveis. Houve
grandes dificuldades de comprovação da existência dessa lesão, a qual
provocou uma mudança significante na conceituação do distúrbio.
A partir de 1962, surgiu outro termo “Disfunção Cerebral Mínima", sendo
atribuído a alterações e disfunções em vias nervosas, determinado por
neurotransmissores (noradrenalina e a dopamina) causando um desequilíbrio
cerebral.
Em 1980, o transtorno passa a receber um novo termo: Distúrbio do déficit
de atenção (DDA), o qual foi inserido no Manual Diagnóstico e Estatístico das
Doenças Mentais (DSM - III). Em 1987, houve mais uma alteração em relação
ao nome, passando a ser chamado de Distúrbio de Hiperatividade com Déficit
de Atenção.
“Na de década de 80, e como resultado de diversas
investigações, são ressaltados os aspectos cognitivos da
definição da síndrome, principalmente o déficit de atenção e a
falta de autocontrole ou impulsividade; considerando-se, além
disso, que a atividade motora excessiva é o resultado do
alcance reduzido da atenção da criança e da mudança
contínua de objetivos e metas a que é submetida” . (COLL,
1995, p.160)
11
Já em 1994, o DSM - III passou a ser DSM - IV, e novamente mudou-se o
termo Distúrbio de Hiperatividade com Déficit de Atenção, recebendo como
uma nova nomenclatura Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade,
sendo esse o termo utilizado até os dias atuais.
Portanto, percebemos que para se chegar até o termo que é utilizado
atualmente, houve uma série de estudos e adequações aos seus significados.
Não bastava chegar a uma conclusão sobre o transtorno e de que o seu nome
serie "esse ou aquele", era preciso pesquisar até comprovar e através das
descobertas chegarem a uma determinada definição, ao qual temos
atualmente.
1 – Etiologia
As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a
hereditariedade, lesões cerebrais, epilepsia, medicamentos, exposição a
determinadas substâncias (chumbo), ou até mesmo problemas familiares.
Segundo Goldstein (1994), alguns fatores podem propiciar o aparecimento
do TDAH quando em condições favoráveis. Mediante a essa vulnerabilidade
associada ao contexto situacional do transtorno, poderá ocorrer manifestações
de acordo com a presença de desencadeadores ambientais.
Dessa forma, entendemos que suas causas são atribuídas a fatores
internos ou externos ao indivíduo. Frustração, depressão, ansiedade são
aspectos que comprometem e podem levar o individuo ao desenvolvimento de
comportamentos hiperativos.
Sabemos que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região
orbital frontal, ou seja, a parte da frente do cérebro que é responsável pela
inibição do comportamento, atenção, autocontrole e ainda pelo planejamento
futuro. O cérebro é um órgão que funciona através de grandes interligações,
essa sincronização e conexão cerebral com a região frontal podem não estar
12
funcionando adequadamente, de modo a causar os sintomas semelhantes de
TDAH.
São neurotransmissores que parecem estar com algum desequilíbrio, seja
em sua quantidade, ou até mesmo em seu funcionamento. Em indivíduos com
TDAH, são a dopamina e a noradrenalina que quando identificado algum tipo
de alteração que comprometa o seu funcionamento necessitam de se ser
estimuladas através de medicamentos.
1.1
- Possíveis fatores causais de TDAH
Hereditariedade:
O fator hereditário é o mais importante de acordo com alguns
pesquisadores. Segundo Goldstein (1994), a criança hiperativa tem uma
probabilidade quatro vezes maior de possuir outros membros da família com o
mesmo problema. Porém esse fator jamais poderá ser desvinculado do
contexto familiar em que essa criança nasceu tendo em vista que muitos pais
com TDAH têm filhos sem o transtorno e que pais sem o transtorno têm filhos
com TDAH. Em estudos feitos com famílias de portadores de TDAH observouse a presença de parentes afetados com o mesmo transtorno, e mais
freqüência do que aqueles que não tinham nenhum caso na família. Acreditase que em qualquer que seja o transtorno de comportamento o mesmo deverá
ser avaliado de acordo com as influências ambientais, ou seja, como se a
criança apenas desse continuidade
aos comportamentos " desatento" ou
"hiperativo" de seus pais.
Para se firmar que o TDAH pode sim ser de causa genética foram feitos
estudos com gêmeos. Goldstein (1994) nos fala que nesse estudo com gêmeos
foi comparado o comportamento de dois tipos de gêmeos: os uni vitelinos que
são geneticamente idênticos, e os chamados fraternos que são geneticamente
diferentes, sendo esse resultante da fecundação de dois óvulos. Dessa forma,
13
por
uma
questão
genética
conseqüentemente
os
gêmeos
idênticos
apresentariam comportamentos semelhantes entre si em comparação com os
gêmeos fraternos.
Esse estudo feito com gêmeos portadores de TDAH mostrou que os
univitelinos são realmente mais parecidos em relação às características
comportamentais, do que os gêmeos fraternos. Dessa forma, firmou-se que há
uma significante participação genética na origem do TDAH.
Substâncias ingeridas na gravidez:
Muitas mães durante a gravidez não suspendem o uso de bebidas
alcoólicas e até mesmo o uso da nicotina. Essas substâncias podem causar
alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo entre essas partes
a região frontal orbital. Dessa forma, de acordo com pesquisas realizadas por
diferentes estudiosos, acredita-se que mães que fazem uso dessas
substâncias durante seu período gestacional, estão propensas a terem filhos
com problemas de desatenção e hiperatividade. Vale ressaltar que esses
estudos realizados, não firmam a idéia de que essa é uma causa concreta, mas
sim pode estar associada a esses fatores.
Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mães que passaram por algum tipo de
sofrimento no momento do parto, apresentavam mais chance de terem filhos
com TDAH. Pode-se dizer que essa possível causa é devido o vínculo afetivo
existente entre a mãe e seu bebê. Portanto, tudo o que a mãe sente é passado
automaticamente para a criança, podendo assim ocasionar problemas,
influenciados pelo sofrimento na hora do parto.
Exposição a chumbo:
Estudos mostram que a exposição ao chumbo pode de certa forma
desencadear problemas de saúde na criança, causado pela intoxicação. O
chumbo é um metal que não tem nenhum valor biológico, mas que pode
propiciar danos à saúde daqueles que entram em contato direto com esse
metal. Crianças que sofrem intoxicação por chumbo apresentam sintomas
14
semelhantes aos do TDAH.
Problemas Familiares:
Muitos são os teóricos que atribuem a uma das principais causas de
TDAH, os problemas familiares. Segundo esses pesquisadores a discórdia
conjugal, a baixa instrução da mãe, famílias com nível socioeconômico mais
baixo e famílias com apenas um dos pais estão vulneráveis a terem filhos com
TDAH.
1.2 - Classificação dos subtipos de TDAH
O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade afeta em torno de 3% a
5% das crianças, não se sabe ao certo o que causa esse transtorno que se
tornou comum na primeira infância. O TDAH acompanha o indivíduo por toda
sua vida, ou seja, é um transtorno crônico.
Antigamente acreditava-se que bem mais meninos que meninas
apresentavam os sintomas característicos de TDAH, mas essa diferença
comportamental entre ambos se dá até mesmo por uma questão cultural, onde
meninas tendem a ser mais quietas que os meninos. As meninas são menos
percebidas em relação ao seu comportamento, geralmente apresentam déficit
de atenção, diferentes dos meninos que freqüentemente apresentam sintomas
de hiperatividade e impulsividade. Portanto, é preciso observar de modo geral o
comportamento das crianças, sempre analisando se o mesmo apresenta seis
ou mais dos sintomas freqüentes relacionados ao TDAH.
Subtipo desatento
Um indivíduo portador de TDAH pode ou não apresentar hiperatividade
física, mas em nenhum momento deixará de apresentar sua tendência e
características relacionadas à dispersão. Seria ela a “companheira” inseparável
15
de um portador de TDAH. Crianças que apresentam o sintoma desses
transtornos,
classificando-se
no
subtipo
predominantemente
desatento
geralmente não apresentam sintomas característicos de hiperatividade/
impulsividade. A criança com predominância na desatenção é afetada
significativamente em sua vida acadêmica. De fato, essas crianças em sua vida
escolar costumam sofrer devido ao fracasso com relação à absorção de
informações que á elas são passadas, enfrentando grandes dificuldades ao
internalizar essas informações por conta da barreira existente de desatenção.
Ana Beatriz B. Silva, em seu livro “mentes inquietas” (2003), nos fala que
se por um lado à criança ou até mesmo um adulto portador de déficit de
atenção traz em si dificuldades em se concentrar em determinados assuntos ou
situações de obrigatoriedade, por outro lado, esses indivíduos também
apresentam uma grande concentração em determinados assuntos ou
atividades, as quais despertam no sujeito o interesse espontâneo ou paixão
impulsiva, tendo, por exemplo, caso de crianças com jogos eletrônicos ou
adultos com esportes, computadores ou até mesmo leitura de assuntos
específicos. Essas situações podem gerar de certa forma contradições, pois
poderá acontecer dessa criança/ adulto apresentar dificuldades em desviar sua
atenção para outras atividades, podendo até ocasionar desentendimentos e
problemas de relacionamento se caso as pessoas desconhecerem sobre seu
transtorno.
Dessa forma, entende-se que o termo “Déficit de Atenção " não se define
como uma incapacidade atentiva, tendo em vista que o mesmo tem sim seus
momentos de atenção focalizados em atividades especificas.
Subtipo Impulsivo
Um indivíduo portador de TDAH com predominância na impulsividade
sofre bastante principalmente no que diz respeito às relações interpessoais.
Manifestam em si comportamentos mais agressivos do que aquelas crianças
que sofrem de um dos outros dos tipos, agem sem pensar, respondem
16
rapidamente a seus estímulos e não conseguem prever as conseqüências de
seus atos, e conseqüentemente são rejeitadas pelo seu grupo. A impulsividade
é caracterizada pela falta de controle do impulso, de forma a dificultar a relação
de um portador desse transtorno com o seu meio social. Falam sem pensar,
são impacientes e querem resultados imediatos.
“A sua mente funciona como um receptor de alta sensibilidade que ao captar
um pequeno sinal, reage automaticamente sem avaliar características do
objeto gerador do sinal captado” (SILVA, 2003, p. 23).
Com outras palavras entende-se que a mente de um portador de TDAH do
tipo impulsivo age através de sinais, dando respostas imediatas a esses sinais,
sem ao menos “filtrar” as informações obtidas. De certa forma, entende-se que
depois da ação é que vem a reflexão.
É natural crianças falar o que lhes vem à cabeça, e não terem noção do
perigo em determinadas situações, mas crianças que sofrem de impulsividade
costumam envolver-se com bastante freqüência em brincadeiras perigosas ou
brincadeiras com reações violentas de forma a favorecer a rotulação desse
indivíduo. São chamadas de “malvados", "egoístas", "estraga prazeres", entre
tantos outros rótulos que eles recebem.
Silva (2003), aponta que essa rotulação será um dos fatores de grande
influência na formação de uma auto - estima cheia de “buracos", ou seja,
quando essa criança chega a sua fase adulta conseqüentemente apresentará
grandes problemas com sua auto-estima, tornando assim, um dos maiores
desafios de seu tratamento e necessitando de uma reconstrução da sua função
psíquica.
Portanto, a impulsividade é algo que compromete não só a relação desse
indivíduo com o seu meio social, mas também o seu aspecto orgânico.
Subtipo hiperativo
17
São de fácil percepção as características de uma criança portadora de
hiperatividade. A criança hiperativa apresenta grande dificuldade de se manter
calma e quieta. Sua agitação motora e mental são excessivas mesmo estando
em situações inapropriadas. Essas crianças são dotadas de energia e se
mostram agitadas independente de lugar ou situação. Mexem em várias coisas
ao mesmo tempo e não conseguem direcionar o seu olhar a um único objeto.
“A hiperatividade mental ou psíquica apresenta-se de maneira mais sutil, o
que não significa em hipótese alguma que seja menos penosa que sua irmã
física". SILVA (2003, p. 26).
Mediante a afirmação de Silva (2003), entende-se que em nenhum
momento podemos legitimar que a hiperatividade motora é mais dolorosa que a
mental, pois ambas apresentam sintomas desagradáveis de descontrole no
individuo. Essa hiperatividade mental causa na criança sensação de inquietude
e agitação em seu cérebro de modo que a criança não consegue “desligar".
Pensa com muita rapidez e terminar por agir na mesma velocidade que
pensou. Essa energia hiperativa de uma criança poderá causar danos
cotidianos nesse individuo, pois se caso ele precisar adequar-se a um ritmo
distinto do seu comportamento, ou seja, um ritmo menos elétrico que o seu
conseqüentemente o mesmo encontrará uma dificuldade significante em
relação à adaptação.
Uma criança hiperativa está sempre à procura de novas aventuras e
demonstra ansiedade procurando fazer tudo ao mesmo tempo. Ficam sempre
na expectativa de que tem algo a fazer, e são atentos e comprometidos com os
problemas dos outros.
Goldstein (1994) nos fala que a agitação, o excesso de atividade,
emotividade e o baixo linear de frustração, afetam a integridade da criança com
todo o seu mundo. Dessa forma, entendemos que essa criança tem uma
relação comprometida na sua casa, escola e também na comunidade em que
se encontra. De certa forma, essa criança causa estresse resultante de seu
18
comportamento inconstante e imprevisível e conseqüentemente o seu
desenvolvimento pessoal e acadêmico são afetados negativamente.
Subtipo combinado
Um aluno TDAH do subtipo combinado acaba "sofrendo" bem mais do que
aqueles que apresentam os sintomas específicos de desatenção, impulsividade
ou hiperatividade. Os sintomas relacionados a cada um dos tipos de TDAH por
si só atrapalham a criança em seu meio social e no âmbito escolar. Dessa
forma, pode-se dizer que seria esse problema três vezes mais difícil de
conduzi-lo devido à extremidade desses sintomas.
De modo geral, crianças com transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade enfrentam grandes dificuldades de relacionamento, tendo em
vista sua impaciência diante de situações. Quase sempre são prejudicados por
sua desatenção, não se apegando a detalhes e muito menos a realização
completa de atividades contribuindo assim para seu fracasso.
A criança com TDAH do tipo combinado apresenta as características
combinadas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
1.3 - Sintomas
Sintomas
do
DSM-IV
para
transtorno
de
Déficit
de
atenção/
Hiperatividade. Stoner (2007).
Sintomas de desatenção:
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção se persistirem por pelo
menos seis meses, em grau mal - adaptativo e incoerente com o nível de
desenvolvimento:
- freqüentemente deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por
19
descuido em atividade escolares, de trabalho ou outras
- com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas
- com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
- com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares,
tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de
oposição ou incapacidade de compreender instruções)
- com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
- com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por
exemplo, brinquedos, tarefas escolares, lápis ou outros materiais)
- é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
- com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias
Sintomas de hiperatividade – impulsividade
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade - impulsividade
persistirem por pelo menos seis meses, em grau mal - adaptativo e incoerente
com o nível de desenvolvimento:
-freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
-freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações
nas quais se espera que permaneça sentado
-freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é
inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações
subjetivas de inquietação)
-com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente
em atividades de lazer
-está freqüentemente “a mil" “ou muitas vezes age como se estivesse" a todo
vapor"
-freqüentemente fala em demasia
-freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido
completadas
-com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
20
-freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo,
intromete-se em conversas ou brincadeiras)
1.4 - Diagnóstico
O diagnóstico de TDAH torna-se difícil de ser feito devido a sua gama de
sintomas característicos, que muito se assemelham com outros tipos de
transtornos. Sabemos que vários fatores sendo esses de natureza biológica ou
até mesmo psicológica podem contribuir para o aparecimento de sintomas
idênticos ao do TDAH. Seu diagnóstico exige uma ampla avaliação, havendo
necessidade investigativa que vai desde o processo gestacional da mãe até o
atual contexto familiar em que a criança se encontra. É indispensável à coleta
de informações disponibilizadas pelos pais, pela criança e também por seus
educadores, tendo em vista que são no meio familiar que são notadas as
alterações comportamentais dessa criança, mas é na escola que se tem um
olhar diferenciado diante dessas alterações.
O processo diagnóstico inicia-se através do levantamento sintomático da
criança, que conseqüentemente será analisado cautelosamente. Esse
processo avaliativo inclui informações necessárias sobre a rotina diária dessa
criança, portanto é de suma importância o relato de pessoas que compartilham
de certa forma, situações cotidianas com esse individuo. O diagnóstico preciso
sobre o TDAH é dado pelo neuropediatra, após uma série de exames ao qual a
criança é submetida.
Para
se
chegar
ao
diagnóstico
de
TDAH
é
imprescindível
o
acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais
capacitados,
tais
como:
neurologistas,
psicólogos,
psicopedagogos,
fonoaudiólogos, psiquiatras. A partir da avaliação feita por esses profissionais,
conseqüentemente eles estabelecerão formas terapêuticas de tratamento de
acordo com cada caso. Vale ressaltar, que infelizmente ainda há muitos
21
profissionais da área da saúde que desconhecem sobre esse transtorno, e
terminam por serem equivocados ao diagnosticar crianças com TDAH, muitos
desses profissionais acreditam que esse transtorno não existe e que essas
crianças necessitam mesmo é de imposição de limites.
Segundo a psicóloga clinica Solange Martins 2006, o que contribui para a
grande dificuldade em diagnosticar um TDAH é que ainda não se tem um
exame clínico ou laboratorial que possa provar a existência deste transtorno, o
que torna este diagnóstico exclusivamente clínico, ou seja, ele será feito
através da relação dos sintomas e basicamente através da história da infância
e familiar da criança, tornando-se subjetivo.
É de suma importância à interação entre a família, escola e os
profissionais da saúde, na busca incessante de uma melhora em relação ao
portador de TDAH, pois muitas vezes, após a comprovação diagnóstica do
transtorno na criança pode haver um regresso. Isso acontece devido ao
portador como também a família estarem cientes de que ele tem algum tipo de
respaldo devido ao seu “problema", ou seja, tudo o que ele faz é porque está
dominado pelo seu transtorno, justificando assim, que todo seu comportamento
impróprio tem um motivo. Por isso, todos que de certa forma estão ligados a
essa criança necessitam ser orientados frente as intervenções, seja no meio
familiar como também escolar.
1.5 – Tratamento
O tratamento para TDAH é iniciado logo após seu diagnóstico. É ideal
que seja feito com a equipe multidisciplinar, e através de outros recursos
complementares como grupo de apoio que busca orientar a criança e também
sua família.
Geralmente o tratamento é introduzido com uso de medicamentos, sendo
um dos mais conhecidos a (Ritalina). Esses medicamentos estimulantes
22
minimizam os sintomas de déficit de atenção/ hiperatividade, porém nem todas
as pessoas respondem positivamente ao tratamento com esses medicamentos.
O
tratamento
convencional
com
estimulantes
necessita
ser
avaliado
criteriosamente, devido aos efeitos colaterais que os mesmos podem causar no
paciente. Muitas vezes acontece também dos medicamentos não surtirem
efeitos significantes em seus pacientes com TDAH.
O tratamento poderá ser feito ainda, juntamente com sessões
psicoterapêuticas. Nessas sessões de psicoterapia são utilizadas técnicas que
trabalham a estruturação da criança como a organização, seu aspecto
cognitivo, desenvolvimento emocional dando ênfase no resgate da auto estima dessa criança, devido estar sempre em baixa por causa da rotulação
que os mesmos recebem a todo o momento.
Esse trabalho que é desenvolvido com o paciente portador de TDAH é
continuo, e de grande importância não só para a criança, mas também para
sua família e professores, pois os mesmo recebem informações necessárias
para que se possam dar continuidade ao trabalho que está sendo
desenvolvido. Recebem orientações tanto para o contexto familiar como para o
âmbito escolar, propiciando assim, um melhor aproveitamento para todos e
conseqüentemente o progresso dessa criança e de quem se encontra
envolvido á ela.
A criança portadora do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) representa um grande desafio. Até o diagnóstico e tratamento, existe
um longo caminho a ser percorrido. Os tópicos apresentados mostraram de
forma geral as características referentes ao TDHA, permitindo assim um melhor
aprofundamento e entendimento, por meio, da análise de diversas informações
importante que possam levar de fato a uma conclusão mais precisa e, por fim,
a um diagnóstico.
23
CAPÍTULO II
A FAMÍLIA DE UMA CRIANÇA TDAH
Podemos observar que quase sempre pessoas com TDAH causam certa
antipatia diante de sua família, principalmente aqueles que apresentam
predominância na hiperatividade/ impulsividade. Geralmente essas crianças
são castigadas ou até mesmo punidas fisicamente. Costumam atrair
comentários negativos referentes à sua pessoa, e ainda ouvem previsões
desagradáveis sobre o seu futuro.
Palavras pejorativas como, mal - educado, insuportável, malvado entre
tantas outras direcionadas a pessoas com TDAH, tornam-se comuns em sua
rotina diária. Toda essa ofensa que a família costuma fazer a essa criança,
somente contribuirá para o seu regresso. A criança termina por internalizar tudo
aquilo de negativo que lhes foi dito, e conseqüentemente essa criança sentirá a
rejeição por parte de sua família, favorecendo assim, os conflitos familiares.
Sabe-se ainda, que não é apenas o portador de TDAH que sofre com
esse transtorno. A família dele enfrenta dificuldades em relação à educação e a
formação desse indivíduo.
Há uma vulnerabilidade com relação à resistência na aceitação de uma
criança com TDAH, a qual favorece a criação de barreiras entre o portador e o
adulto.
Isso acontece porque os sintomas de crianças com TDAH podem
aparecer ainda quando bebês costumam chorar com freqüência e mostram-se
inquietos e resistentes em se manterem calmos.
De acordo com Smith (2001), estudos mostram que mães de filhos
TDAH sentem estresse incomum e sentem-se menos ligadas a esses meninos
e meninas que a seus outros filhos.
Isso acontece devido à falta de informações e orientações direcionadas
aos pais a respeito do transtorno, pois o desconhecimento gera confusão e
24
rotulação referentes à criança. Mediante a este fato, os pais muitas vezes
sentem-se culpados diante dos comportamentos inadequados de seus filhos;
buscam compreender onde estão sendo falhos e quase sempre essa idéia de
culpa leva à desavença conjugal causando um desequilíbrio familiar.
Geralmente, mães e pais de filhos com TDAH discordam freqüentemente
entre si sobre a educação dessa criança, e dificilmente chegam a um
consenso. Quase sempre, o pai acredita que a mãe é que deve ter
responsabilidade maior sobre seu filho passando, a fazer cobranças
desagradáveis a ela relacionadas a essa criança, e ainda demonstrando
insatisfação no processo educativo do filho. O pai quase sempre termina por
justificar que o regresso do filho é devido às falhas que a mãe comete no diaa- dia dessa criança. Por outro lado, o pai interage menos com seu filho TDAH,
desconhecendo muitas vezes sobre sua rotina diária, e conseqüentemente
quando passa um determinado tempo com essa criança acabam por aproveitar
o momento desfrutando em brincadeiras e os demais tipos de atividades.
Dessa forma, o pai tem menos queixa com relação ao comportamento do filho,
ao contrario da mãe que está presente nas atividades rotineiras da criança.
Goldstein (1994) esclarece que em nossa sociedade, os homens são
vistos como mais energéticos dominantes e controladores.
Baseando-se na idéia de Goldstein, entendemos que o pai impõe
autoridade, e tende a fazer uso de força punitiva com seus filhos com mais
freqüência que a mãe.
De fato, essa autoridade expressiva que o pai
demonstra, poderá de certa forma, causar inibição nas crianças minimizando
assim alguns comportamentos inadequados que são freqüentes na presença
da mãe.
Diferente da figura de autoridade que o pai representa a mãe quase
sempre busca sanar essas dificuldades comportamentais da criança através do
carinho. Diferente do homem, por questões culturais as mulheres representam
para a sociedade símbolo de obediência e afetividade frente à figura masculina.
Esses fatores fazem com que a criança portadora de TDAH reaja mais
rapidamente ao pai do que à mãe.
25
Como se não bastasse, a criança com TDAH é vista pelos irmãos como a
“ovelha negra". Eles acreditam que essa criança só gera aborrecimentos em
seu meio familiar, e costumam dizer que quem estraga a família é aquele
indivíduo dotado de "maldade".
Os irmãos e as irmãs de crianças com TDAH terminam por legitimar que
seu irmão portador desse transtorno representa uma fonte de atenção negativa
no contexto familiar em que se encontra.
Os irmãos tendem a ficar frustrados ao saberem que a criança TDAH
muitas vezes necessita ser dispensada de atividades diárias, por conta de seu
transtorno, mas que para eles essas atividades diárias tornam-se obrigatórias.
A criança com TDAH também tem grande "poder" em causar ciúmes nos
outros irmãos. Isso acontece devido a atenção dos pais estar quase sempre
direcionada a ele, por conta do cuidado maior que o mesmo necessita. Há uma
marcação significante em relação à criança com esse transtorno e por conta
disso a criança TDAH pode sofrer muito em seu meio familiar e ainda levar
culpa até por coisas que ele não fez.
Percebemos que a família de um TDAH muitas vezes vive em situações
de conflitos, devido à falta de informação de possíveis estratégias que poderão
ser aplicadas no meio familiar, que tem como objetivo minimizar todos esses
conflitos existentes.
Goldstein (1994) aponta que é de grande importante que os pais se
apóiem mutuamente.
Não basta só o pai ou só a mãe estarem dispostos a ajudar seu filho com
TDAH. Só haverá progresso se a família tiver comprometimento em ajudá-lo a
superar essa dificuldade, pois só dessa forma surtirá efeito quanto ao sucesso
dessa criança.
É de suma importância que os pais e irmãos percebam o quanto eles
podem influenciar positivamente no tratamento dessa criança. A família é o
ícone principal no tratamento do individuo, pois se a mesma não se esforçar
para cooperar estrategicamente no dia- a - dia dessa criança o problema
26
termina por se estabilizar ou até mesmo se agravar.
27
CAPÍTULO III
PAPEL DA ESCOLA: RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
- Breve histórico da escola
A escola contemporânea é fruto de uma organização que passou por
processos de modificações em vários aspectos, desde a sua inicial
organização, até a sua influência na reestruturação de uma sociedade formada
por cidadãos críticos e conscientes.
“A escola, como instituição social de massa, é recente, datando
do final do século XIX. Até essa época, as escolas estavam
atreladas
em
sua
maioria
às
instituições
religiosas
preocupadas com a formação de sacerdotes, transmitindo um
saber dogmático e elitista”. (Grinspun, 2006, pg. 101)
Grinspun (2006) nos fala ainda em seu livro, que foi a partir da Revolução
Industrial, e através da organização de uma sociedade capitalista, que a
escolarização ganhou espaço significante na sociedade. Antes da revolução
poucos tinham acesso a ela, e após sua expansão no sistema capitalista a
escola tinha o dever de difundir os conhecimentos necessários ao bom
cidadão, onde o individuo deveria participar da sociedade e se igualar aos
demais.
Mediante a essa expansão escolar ocorreu em um processo histórico,
podemos observar que a escola contemporânea tem comprometimento com
seus educando, tendo em vista que antes de sua expansão social, a escola
tradicional não reconhecia os problemas de aprendizagem que alguns alunos
apresentavam.
Os alunos que apresentavam comportamentos hiperativos, ou até mesmo
28
impulsivos eram penalizados com castigos e muitas vezes os professores
utilizam a palmatória como forma de punição. Aquele que apresentava déficit
de atenção, era visto como um aluno incapaz, sendo ignorado sem ao menos
receber apoio para um possível desempenho.
Dessa forma, podemos observar que a escola evoluiu bastante,
principalmente no que diz respeito à relevante importância que se dá a um
aluno com TDAH. Nos dias atuais, o problema do aluno não é escondido e nem
ignorado, mas sim reconhecido e trabalhado.
De fato, seria esse, uma das maiores conquista da escola no sistema
social, tendo em vista o reconhecimento das dificuldades desses alunos.
Relação professor e aluno
O aluno ao ingressar em uma escola, traz consigo diversas experiências
vividas e adquiridas em seu contexto familiar. Muitas vezes acontece a rápida
adaptação no âmbito escolar, porém existem também aqueles que trazem em
si a resistência ou até mesmo dificuldades de adaptação.
São crianças que devem ser observadas com muita cautela, tendo em
vista suas particularidades e ainda seus costumes familiares. Dessa forma, o
ingresso de uma criança na escola requer atenção e dedicação; seu aspecto
emocional, comportamental e cognitivo deverá ser analisado de forma
coerente, já que é papel da escola buscar descobrir quais fatores podem
influenciar tanto positivamente como também negativamente no processo de
ensino - aprendizagem de uma criança.
Se observado algum tipo de dificuldade é imprescindível a busca em
relação à origem do problema. A escola deverá ser bastante cuidadosa em
suas observações, pois se a criança apresentar algum tipo de “sintoma" que o
educador considere fora do comum é preciso fazer analise tendo em vista que
esses sintomas jamais deverão ser confundidos com as características
comportamentais normais para uma criança em constante desenvolvimento.
Fonseca (1995) aponta que muitas crianças apresentam dificuldades em
29
focar ou fixar a atenção a certo descontrole em relação a seus estímulos.
Baseando-se na idéia de Fonseca, acredita-se que essas características são
mais expressivas quando a criança inicia sua fase escolar. Geralmente é na
escola que são observados todos os seus aspectos comportamentais.
A escola ao receber um aluno TDAH precisa está ciente da sua
importância para o bom desenvolvimento e integração dessa criança na
sociedade. A criança com esse transtorno sofre bastante no que diz respeito a
sua socialização. Há uma rejeição significante em relação à aceitação desse
indivíduo, porém os profissionais da educação quando entendidos sobre o
transtorno buscam respaldar esse aluno perante a sociedade, favorecendo
ainda a conscientização da mesma.
Dessa forma, é de suma importância a disponibilidade de um trabalho de
qualidade feito pelos professores com esses alunos. Muitas vezes o professor
encontra algumas dificuldades em trabalhar com esses alunos TDAH devido à
quantidade de educando em sala que também necessitam de atenção, não
podendo a mesma ser unicamente focada no aluno com transtorno.
São poucos os professores que têm conhecimento sobre o TDAH.
Mediante a essa questão, torna-se de grande importância que os pais sejam
cuidadosos ao escolherem os professores de seus filhos, pois é preciso levar
em consideração o nível de entendimento que o educador tem sobre o
transtorno e ainda a sua atitude diante da criança.
Em muitos casos os educadores têm percepção errada sobre as causas e
manifestações dos sintomas, desconhecendo o que deve ser feito ao se
depararem com um aluno com TDAH em sua classe. Ao receber esse aluno,
primeiramente o professor deverá estar suficientemente entendido sobre o
transtorno, buscando compreender cada vez mais sobre seu quadro de
disfunção para saber lidar com essa criança. É preciso observar se a criança
está dando respostas diante da adaptação do espaço que foi organizado, tendo
em vista a dificuldade da mesma.
As tarefas devem variar, mas continuar sendo interessantes para os
alunos, assim como a criatividade e habilidade do professor mediante as
30
tarefas. Não se deve desconsiderar que é preciso ter muito cuidado no
momento de mudança dessas tarefas, pois de certa forma pode favorecer a
desorganização. Portanto, essas transições de tarefas exigem a supervisão do
professor.
É indispensável à freqüente comunicação entre pais e professores. Os
professores precisam ficar atentos ao quadro negativo do comportamento da
criança. As expectativas devem ser adequadas ao nível de habilidade do aluno.
A parceria família e escola são de suma importância para o
desenvolvimento da criança, tanto em relação ao aspecto pedagógico do aluno,
como também à socialização do mesmo. A defasagem escolar de uma criança
com TDAH se dá muitas vezes por conta da falta de estratégia de intervenção
estando ela totalmente vinculada ao conhecimento sobre o transtorno, ou seja,
se a escola desconhece o que é o TDAH e suas características
conseqüentemente esse aluno terá grandes problemas acadêmicos.
Tendo este fato como ponto de vista, muitas vezes a família sofre devido à
falta de orientação e reconhecimento referente ao aspecto comportamental do
filho. A escola também tem o dever de orientar os pais sobre o transtorno da
criança, para que se possa trabalhar coletivamente essa dificuldade do aluno
em busca de seu sucesso.
O sucesso escolar de uma criança TDAH, é sem dúvida influenciada pela
relação entre o professor e o aluno e também devido à comunicação com a
família a qual a criança pertence. A atenção positiva do professor é muito
importante para o bom desenvolvimento escolar da criança.
“A maior parte das crianças com o transtorno não precisa de educação
especial". Smith (2001, p.41)
Segundo Smith (2001), crianças com TDAH nem sempre necessitam de
uma educação especial, pois de acordo com cada caso o professor poderá
intervir satisfatoriamente sem deixar a desejar. Auxílio de professores
atenciosos e comprometidos com o desenvolvimento dessa criança só
contribuirá para o sucesso acadêmico do mesmo e ainda proporciona a esse
31
aluno momentos de prazer e aproveitamento em sala.
Fazer elogios, sorrir para a criança, perguntar como foi o final de semana,
dentre tantas outras formas de atenção e carinho que podem ser direcionadas
a essa criança, podem parecer expressões simples e muitas vezes
insignificantes, mas que fazem grande diferença na rotina diária dessa criança.
Mas, essa demonstração de gratidão também requer grande habilidade
por parte do educador, pois o mesmo deve saber discriminar o que é elogiável
de acordo com cada situação.
Os elogios por si só não são unicamente suficientes para modificar o
comportamento da criança com TDAH. O professor poderá propor á essa
criança algumas atividades que exijam responsabilidade, para trabalhar o
comprometimento da criança e a sua dedicação. Os professores poderão
também, fazer uso de recompensas que essas crianças gostariam de receber,
pois desta forma esses alunos estarão dispostos a se comprometerem à
realização de determinadas atividades com sucesso.
32
3 - ESTUDO DE CASO
O presente estudo de caso foi realizado com uma criança diagnosticada
com Transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade. O objetivo do mesmo é
propor para o leitor uma melhor compreensão de como se dá o comportamento
de uma criança hiperativa em seu dia-a-dia.
Com o intuito de preservar a identidade da criança utilizamos abreviações
do seu nome. O estudo de caso foi conduzido através de intervenções feitas
por uma Orientadora Educacional, frente a essa criança com TDAH. Essas
intervenções foram divididas no decorrer de dez encontros com a criança, as
quais foram apresentadas algumas atividades para aprender.
3.1 Sumário do caso
A aluna A.S tem 7 anos e atualmente cursa o 1° ano do ensino
fundamental. Mora com o pai e a mãe, sendo ela filha única. Segundo os pais,
a criança demonstra bom relacionamento com os familiares, porém às vezes
mostra-se bastante inquieta.
A mãe relata que a aprendente é fruto de uma gravidez desejada, porém
não foi planejada. O período de gestação da mãe foi tranqüilo. O parto foi
normal, a criança chorou logo ao nascer, pesando 3.400g e medindo 49 cm. A
mãe relata que A.S chorou muito até os três meses de idade e diz ainda que
ela é uma criança muito ansiosa percebendo que sua filha tem grande
dificuldade em obedecer regras. De acordo com observações dos pais a
aprendente tem um sono tranqüilo e não há dificuldades para se alimentar.
Iniciou sua vida escolar aos 4 anos de idade. A mãe afirma que mudou
sua filha de escola uma vez, influenciada pela não conformidade de mudança
comportamental da criança. Devido à agitação da filha, a mãe procurou auxílio
33
profissional na área da psicologia e não obteve nenhum diagnóstico preciso. A
criança foi encaminhada ao neuropediatra aonde depois de todo um processo
de sondagem e exames, chegou-se ao diagnóstico de que sua filha tinha
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Atualmente a mãe optou
pela não utilização de medicamentos preferindo fazer intervenções com a
criança, tais como: auxílio no desenvolvimento de atividades, organização
baseando-se em uma rotina diária, prática de esportes pelo menos duas vezes
na semana para que sua filha gaste a energia do seu corpo da melhor forma
possível, imposição de limites, dentre várias outras intervenções as quais estão
surtindo efeito. A mãe relata que muitas vezes perde a paciência, mas que
sempre procura se acalmar e faz uso do castigo como meio de punição. A mãe
afirma ainda que sua filha é bastante inteligente.
Mediante observações da família e durante os atendimentos, a
aprendente apresenta um bom nível de socialização, mas tem grande
dificuldade de concentração, pois se dispersa com facilidade de forma qual
atrapalha seu desempenho em qualquer que seja a atividade.
Segundo a professora de A.S, ela é uma criança que apresenta bom
relacionamento com a turma, e em alguns momentos demonstra com mais
freqüência comportamentos hiperativos.
A professora relata ainda, que em
sala de aula a aprendente não consegue se concentrar nas atividades e quase
sempre as deixam incompletas.
Apresenta também um comportamento
inadequado no momento da aula, tais como: passa de mesa em mesa
observando e mexe nas atividades que não são suas, terminando por voltar
para seu lugar e sentar-se de forma inadequada na cadeira sempre com as
pernas em cima da mesma.
Instrumentos utilizados no decorrer de dez encontros.
• Atividades Pedagógicas: Dominó das cores, leitura, interpretação de
pequenos textos infantis, estruturação de idéias após leitura, ditado, jogo
da velha, quebra cabeça, jogo da memória.
• Atividades Expressivas: Desenho e colagens.
34
• Atividades Motoras: Corda e amarelinha.
•Atividades Projetivas: Desenho da família
Durante os encontros foram observados e analisados alguns aspectos na
criança, tais como: aspecto pedagógico, cognitivo, sócio - afetivo e motor.
Em relação ao aspecto pedagógico a aprendente apresenta desempenho
satisfatório nas atividades propostas, porém com período de atenção reduzida.
A.S é uma criança que não apresenta dificuldade em estabelecer vínculos com
seus colegas, sendo ela bem aceita pelo grupo. Participa de brincadeiras no
recreio, mas não consegue ficar até o final do recreio em uma mesma
brincadeira, locomovendo-se a todo o momento em direção a outros grupos.
Mantém bom nível de interação com a professora. A.S é resistente ao seguir
alguns comandos, mas através da motivação, aos poucos demonstrou
interesse e mais atenção durante as atividades. Apresenta oscilação tanto para
o lado positivo e negativo no que diz respeito à execução das atividades
propostas. Evidencia compreensão no processo de escrita, período de atenção
reduzida. Sua execução é aquém do que realmente é capaz de realizar.
Quanto ao aspecto sócio-afetivo, a criança é bastante carinhosa, possui
facilidade em se relacionar com os colegas e professores, porém mostra-se
intolerante à frustração, na qual, encontra dificuldade em seguir regras
comprometendo assim um pouco da sua socialização.
No aspecto físico foi observado durante nossos encontros que a criança
não apresentou nenhum comprometimento físico (motor, vias sensoriais: visão,
audição). A aprendente apresenta integridade orgânica. É destra, mas
demonstra uma instabilidade motora fina.
Em seu aspecto cognitivo observou-se ainda, que a criança possui grande
capacidade intelectual, porém há uma dificuldade de atenção que compromete
seu desenvolvimento cognitivo. A.S revela bom desempenho em atividades
que envolvem percepção (visual, auditivas, estrutura simples e memória). Sua
linguagem oral tem seqüência lógica.
35
3.2 - Conclusão do caso
Durante os encontros, observou-se na aprendente grande dificuldade de
concentração e quietude. Sua hiperatividade está a cerca das situações
cotidianas, onde compromete suas relações interpessoal em seu meio, tanto
social como também familiar. A aprendente apresenta grande dificuldade em
permanecer quieta por muito tempo, como vimos no capítulo I, que fala sobre o
comportamento hiperativo de uma criança. Esse comportamento hiperativo
contribui para o déficit de aprendizagem, já que sua aprendizagem tem grande
vínculo com sua atenção. A aprendente precisa de limites, pois é de fácil
visibilidade a não aceitação de regras estabelecidas. O desenvolvimento de
sessões lúdicas é de suma importância para trabalhar com essa criança, pois é
preciso focalizar no seu problema de desatenção.
Mediante dados coletados através dos atendimentos, identificamos que
esse comportamento hiperativo pode ser condizente ás questões referentes ao
aspecto sócio afetivo (comportamentais e pedagógicos), nos quais se
caracterizam normais no que diz respeito à cronologia e a série, bem como o
contexto-familiar e cultural, no qual a aprendente se encontra.
36
CONCLUSÃO
Este trabalho buscou descobrir, por meio de uma pesquisa bibliográfica,
sobre informações precisas referente ao Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade. O problema colocado como foco desta pesquisa surgiu a partir
de uma ansiedade em relação ao real posicionamento que os profissionais da
educação deverão ter frente a um aluno com esse Transtorno.
No
desenrolar
profissionais
da
desse
trabalho,
educação
pudemos
compreendem
observar
sobre
o
que
poucos
transtorno
e
conseqüentemente são poucos os que trabalham de forma correta com esses
alunos. Mediante as experiências vividas, observamos ainda, que o profissional
da educação deverá rever sua prática, pois infelizmente as instituições de
ensino ainda não estão preparando seus profissionais para receber alunos
portadores de TDAH.
Podemos afirmar que, a Equipe Pedagógica juntamente com outros
profissionais da educação tem autonomia para desenvolver um trabalho de
qualidade com nossos alunos. Nós, como educadores podemos mudar
conceitos que por hora são tidos como verdadeiros em nossa sociedade.
Se uma educação de qualidade deve contribuir para o pleno exercício da
cidadania como prevê a constituição, então a Equipe Pedagógica junto ao
corpo docente e dicente deverão caminhar juntos neste sentido.
Dessa forma, compreendemos a importância do conhecimento sobre o
transtorno e ainda a influência que o educador tem ao conduzir essa criança
para o sucesso ou como também para o fracasso. É necessário obter
informações necessárias referente às dificuldades dos alunos, pois só dessa
forma, conseguiremos dar um passo à frente mediante as dificuldades.
Portando, considero esta pesquisa de suma importância, pois através das
informações aqui apresentadas podemos sanar dúvidas que até então,
circundavam em nosso dia-a-dia.
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASSEDAS,
Eulália.
Intervenções
educativa
psicopedagógicas. 3° ed. Porto Alegre: Artmed, 1996.
e
diagnóstica
LUFT, Sibila - Representações Sociais das Professoras de Alunos
Identificados Como Hiperativos Incluídos no Sistema Regular de Ensino
de Santa Maria/Rs. 2007. 25p. Dissertação de Mestrado (Educação). UFSM,
Rio Grande do Sul.
GOLDSTEIN, Sam e GOLDSTEIN, Michael. Hiperatividade: como
desenvolver a capacidade de atenção da criança. Trad. Maria Celeste
Marcondes. 6° ed. São Paulo. Papirus, 1994.
SILVA B. Ana Beatriz. Mentes Inquietas: Entendo melhor o mundo das
pessoas distraídas, impulsivas e hiperativas. Rio de Janeiro: Napades,
2003.
J.DUPAUL, George e STONER, Gary. TDAH nas escolas. São Paulo. Books,
2007.
GRINSPUN, Mírian P. S. Zippin. A Orientação Educacional: Conflito de
paradigmas e alternativas para a escola, 3° ed. Cortez 2006.
SMITH, Corinne e STRICK, Lisa. Dificuldades de aprendizagem de A a
Z.,Artmed 2001.
38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO...........................................................................................02
AGRADECIMENTO...........................................................................................03
EPÍGRAFE.........................................................................................................04
RESUMO...........................................................................................................05
METODOLOGIA................................................................................................06
SUMÁRIO..........................................................................................................07
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 08
CAPÍTULO I -Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.....................10
1. Etiologia........................................................................................................ 12
1.1 Possíveis Fatores Causais do TDAH...........................................................13
1.2 Classificação dos Subtipos..........................................................................15
1.3 Sintomas......................................................................................................19
1.4 Diagnóstico..................................................................................................21
1.5 Tratamento...................................................................................................22
CAPÍTULO II - A Família de Uma Criança TDAH..............................................24
CAPÍTULO III - Papel da Escola: Relação Professor e Aluno...........................28
- Breve histórico da escola.................................................................................28
- Relação professor e aluno...............................................................................29
3 – Estudo de Caso...........................................................................................33
3.1 – Sumario do caso.......................................................................................33
3.2 – Conclusão do caso...................................................................................36
CONCLUSÃO....................................................................................................37
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................38
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia:
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE E O PAPEL DA ESCOLA
Autor: Maria Cristina Martins de Azevedo Ferreira
Data da entrega: (Regional Brasília 30/04/2010)
Avaliado por:
Conceito:
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Maria Cristina Martins de Azevedo Ferreira