A estratégia competitiva de Michael E. Porter 1 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Modelo calcado na análise estrutural do setor econômico (SE) onde se insere a empresa estudada (ou a ser instalada). • Difere dos modelos estratégicos precedentes, que analisavam genericamente as influências do meio ambiente, econômicas, políticas e sociais. 2 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER Análise das 5 forças Análise da cadeia de valor Definição da estratégia competitiva Vantagem competitiva Fonte: PORTER, M. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1989. 3 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES = A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • A análise das cinco forças produz um quadro das principais influências/impactos sofridos pela empresa. • A partir dessa análise, o modelo recomenda o exame da cadeia de valor da empresa, que irá fornecer o status dos seus processos internos, e a partir do qual será possível identificar sua preparação para responder ao impacto das forças. 4 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Somente após identificar, de um lado, os impactos das forças e, de outro, as condições da cadeia de valor, é que o modelo irá propor as estratégias para lidar com a situação. • São três as estratégias genéricas previstas pelo modelo: – Liderança de custo – Diferenciação – Focalização, onde pode-se adotar a: • Liderança de custo • Diferenciação 5 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR ECONÔMICO As cinco forças atuantes sobre o SE são: 1. Entrada de novos concorrentes no SE 2. Ameaça de produtos substitutos 3. Poder de negociação dos compradores 4. Poder de negociação dos fornecedores 5. Rivalidade entre os concorrentes existentes 6 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER Representação gráfica da ação das cinco forças Poder de barganha dos fornecedores Ameaça de novos entrantes Rivalidade entre concorrentes Ameaça de produtos substitutos Poder de barganha dos clientes Fonte: PORTER, M. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1989. 7 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Entrada de novos concorrentes no SE – a preocupação do estrategista é avaliar quais as chances para novas empresas virem se instalar e passarem a concorrer em seu SE. Estrategista: criar condições para desestimular os novos entrantes. • Ameaça de produtos substitutos – o estrategista deve ser capaz de prever se existem outros produtos ou serviços, de outros SEs, que possam ser preferidos para o consumo em lugar do produto ou serviço que a empresa comercializa. Estrategista: eliminar as condições que levam o consumidor a considerar produtos de outros setores. 8 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Poder de negociação dos compradores – o estrategista somente deve se preocupar com os compradores que tiverem a capacidade, os recursos, o poder de determinar a demanda de uma importante parcela dos produtos ou serviços oferecidos por sua empresa. Estrategista: buscar novos compradores ou apresentar uma política comercial de benefício a ambas partes. • Poder de negociação dos fornecedores – o estrategista avalia o SE para discernir se há fornecedores que tenham condições de afetar a oferta de insumos importantes como produtos ou serviços para o negócio de sua empresa. Estrategista: desenvolver com antecedência uma gama diversificada de fornecedores ou alterar o próprio produto para escapar da restrição imposta pelo fornecedor. 9 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Rivalidade entre concorrentes – o estrategista deve preocupar-se com o nível de atividade dos demais competidores daquele SE. Estrategista: idealizar ações que permitam interessar aos consumidores mais do que seus concorrentes. 10 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR • Atividades primárias – Logística de entrada – Operações – Logística de saída – Marketing e vendas – Serviços pós-venda • Atividades de apoio – – – – 11 Aquisição Desenvolvimento de Tecnologia Administração de Recursos Humanos Infraestrutura da empresa ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER Representação gráfica da cadeia de valor INFRAESTRUTURA DA EMPRESA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ATIVIDADES DE APOIO DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA M A AQUISIÇÃO R G E LOGÍSTICA DE ENTRADA OPERAÇÕES LOGÍSTICA DE SAÍDA MARKETING E VENDAS SERVIÇOS PÓS-VENDA ATIVIDADES PRINCIPAIS Fonte: PORTER, M. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1989. 12 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES M A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Logística de entrada: atividades que envolvem transporte, recebimento, armazenamento interno e distribuição de insumos para as operações e todas as atividades que requeiram esses materiais, peças, equipamentos etc. • Operações: atividades diretamente relacionadas com a produção do produto ou serviço, que geralmente envolvem uma sequência de operações que permitem a fabricação e montagem ou a configuração do produto ou serviço final. • Logística de distribuição: atividades relacionadas com a entrega de produtos a compradores, intermediários ou compradores finais, e pode envolver atividades de armazenagem de produtos acabados, processamento e programação de pedidos, logística de distribuição envolvendo transporte e entrega. • Marketing e vendas: atividades relacionadas com a promoção e a venda de produto ou serviço ao cliente. • Serviços: atividades associadas ao produto ou serviço para dar-lhe apoio ou manter o seu adequado desempenho. 13 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER • Aquisição: atividades e funções relacionadas com a compra de insumos, que entrarão tanto no processo produtivo de produtos ou de serviços, como poderão ser solicitadas por outras atividades primárias e de apoio. • Tecnologia: atividades relacionadas com o desenvolvimento e o emprego de tecnologia em todas as áreas da empresa. • Recursos Humanos: atividades e funções que visam prover uma empresa com as pessoas mais bem preparadas para assumir os cargos disponíveis. • Infraestrutura: variadas atividades voltadas a dar apoio para a empresa como um todo. Incluem-se aí planejamento, finanças, contabilidade, gestão das informações etc. 14 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER ESTRATÉGIAS GENÉRICAS • Liderança de custo: estratégia que somente deve ser assumida pelo fabricante ou fornecedor de mais baixo custo, para que tenha condições de comandar os preços no SE. • Diferenciação: estratégia que busca conseguir uma singularidade em relação à competição que seja valorizada pelo consumidor. • Focalização: estratégia na qual a empresa visa uma limitada seleção de segmentos-alvo, podendo adotar uma opção de liderança de custo ou de diferenciação. 15 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MICHAEL E. PORTER CRÍTICAS AO MODELO • Pretensão quanto à capacidade de controlar o ambiente, os concorrentes, o Estado, o futuro e as incertezas. • Desejo de lidar simultaneamente com o meio ambiente e com os processos internos. • Ausência do consumidor. • Dificuldade em elaborar novos conceitos de produtos ou serviços. 16 ESTRATÉGIA PARA CORPORAÇÕES E EMPRESAS: TEORIAS ATUAIS E APLICAÇÕES