ESTRUTURA
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MUDANÇAS NO CAPITALISMO
INTERNACIONAL (MODO DE PRODUÇÃO,
SISTEMA DE REGULAÇÃO – “DESTRUIÇÃO
CREATIVA”)
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E URBANA –
DO MOSAÍCO PARA O ARQUIPÉLAGO –
REFLEXÕES ADICIONAIS
E DAÍ ? – IMPLICAÇÕES PARA A
ORGANIZAÇÃO, GESTÃO E FINANCIAMENTO
DAS ÁREAS METROPOLITANAS
28/03/2008
Organização, Gestão e financiamento para a
Governança Metropolitana – Bloco 1
MUDANÇAS NO CAPITALISMO
INTERNACIONAL
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Fordismo e pós-fordism – uma tentativa
de esquematização
Empresa – fábrica – estratégias transescalares (empresa rede e rede de
empresas – valor agregado)
Mudanças na forma de gestão
28/03/2008
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FORDISMO – PÓS-FORDISMO
Representação esquemática
FORDISMO X SISTEMA DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
Produção Fordista
Produção Flexível
Processo de Produção
Produção em Massa de bens homogêneos
Uniformidade e padronização
Grandes estoques
Testes de qualidade ex-post
Voltado para os recursos
Integração vertical
Reduçaõ de custos através do controle dos salários
Produção em pequenos lotes
Produção flexível e em pequenos lotes
Sem estoques
Controle de qualidade integrado ao processo
Voltado para a demanda
Redes de subcontratação
Aprendizagem na prática integrada ao planejamento a longo prazo
Trabalho
Realização de uma única tarefa pelo trabalhador
Alto grau de especialização de tarefas
Pouco ou nenhum treinamento no trabalho
Proliferação de Emprego com carteira assinada
Multiplas tarefas
Eliminação de demarcação de tarefas
Longo treinamento no trabalho
Flexibilização do mercado de trabalho
Estado
Estado "subsidiador" (Welfare/Keynesianismo)
Estabilidade internacional (Multilateralismo)
Rigidez
Negociação coletiva
Políticas Regionais nacionais
Estado "Empreendedor"
Desestabilização internacional. (Pós Bretton Woods)
Flexibilidade
Negociações locais/por empresa
Políticas Regionais "territoriais" (pactos territoriais)
Fonte: Elaboração própria, baseada no Swyngedouw (1986)
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Reestruturação produtiva – reestruturação
das funções empresariais
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Empresa multinacional nasce de forma globalizada – não é fenômeno tão novo
(p.ex.Companhia das Índias..);
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No entanto, desverticalização, redes de subcontratação, hierarquização dentro da cadéia
produtiva – p.ex. Indústria automotiva;
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Crise Fordista nos países centrais na década de 70=> Funções empresariais “nobres” não
desaparecem dos países centrais – Na realidade, países da OCDE descentralizam somente a
atividade manufatureira (poluente);
Funções empresariais mais nobres – gestão de fluxos, gestão “territorial”, P&D (capitalismo
cognitivo), Marketing, Distribuição, logística etc. (veja o Diamante de Michael Porter) =>
terceira fase na evolução no debate sobre competitividade empresarial;
Empresa articula multiplas escalas simultaneamente – Guerra fiscal e fragmentação dos
atores locais & negociação do regime automotivo na escala nacional/internacional (p.ex.
Mercosul);
Concomitantemente, verificamos processos de desterritorialização e re-territorialização
(cidade pós-industrial. Dentro do Brasil – fenômenos de desconcentração concentrada. Diniz
Campolina – Limites ao processo de desconcentração macroespacial – polígono).
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Mudanças na própria forma de
gestão
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Reversão de prioridades. Novo tema do desenvolvimento econômico
local (também em função da queda do Keynesianismo)
Mudança na postura => empreendedorismo
Atitude versus risco: alavancar a participação do setor privado em grandes projetos
estratégicos
Trabalhar com flexibilidade (ruptura com o modelo burocrático) => buscar novas
atribuições
Implicações para o planejamento (colapso do modernismo, produtos do
planejamento: planos X projetos, papel da imagem, sociedade
midiatica, etc.)
Planejamento tradicional hierarquizado (em gabinete) X formas de
gestão em rede/gestão compartilhada
Abertura da agenda dos atores – governos locais, empresas
(“empresários políticos”), sindicalistas (agenda por além da relação
salarial), Universidade (ações extensionistas)
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REESTRUTURAÇÃO URBANA
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O Debate teórico – Economia neo-clássica de localização
(“enraizamento”) – estereótipo da cidade de Chicago – cidade
funcional
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A cidade de Chicago como laboratório – O debate da escola de
Chicago (Homer Hoyt/Burgess etc.)
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Necessidade de ir além do modelo neo-clássico e da escola de
Chicago (Ex. Soja – geo-história da forma urbana)
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Conceito da policentralidade – inter e intra-urbana
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Indefinições - Estruturação de um novo paradigma – limites e
potencialidades
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A economia de localização
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Enraizamento no território físico – modelo de
equilíbrio em termos de custos de transporte,
tamanho de mercado e preço da terra;
Distanciamento da economia política
Zonas contíguas e concêntricas;
Zoneamento funcional, zonas homogêneas;
Separação clara e nítida entre centro e
periferia
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Uma ilustração
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Chicago como laboratório?
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Escola de Chicago (1920s)– modernismo pragmático,
profissionalização da gestão (urbana), possibilidade de uma
reforma urbana (modernista) bem succedida;
Individualismo metodológico;
“Naturalização” dos problemos urbanos (a cidade como um
organismo) - “Ecologia Urbana”
Foco nas dimensões empiricas mensuráveis (e mais
particularmente as quantitativas)
Despolitização da análise urbana (classe, raça, gênero etc.)
Miopia na análise dos processos históricos e espaciais (“geohistoria” da cidade)
Pouca análise sobre o binômio “industrialização-urbanização”.
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28/03/2008
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A necessidade de ir além do
modelo de Chicago
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Entrelaçamento entre centro e periferia; há vários centros e periferias
(de ponto de vista intra e inter-urbano)
Cidade policêntrica como concentradora de fluxos financeiros, mas
também fluxos migratórios internacionais (Madrid, Cidade de Cabo,
Cidades nos EUA, Istanbul etc.) – Novamente, centro e periferia
mostram interdependências (e.g “Labor Arbitrage”)
Cidades como plataformas (nós) na sociedade mundial de fluxos
(arquipélagos)
Regiões Policêntricas (intra e interurbana) => concentração de funções
de comando => paradoxo do “enraízamento da cidade desenraízada” –
Storper=> “reterritorialização por meio das interdependências não
comercializáveis” (trabalho inmaterial – conhecimento
tácito/n.codificado)
Reestruturação das funções empresariais numa escala global
Há uma indefinição no debate sobre o rumo da metrópolis policêntrica
(Soja – Postmetrópolis)
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E DAÍ? REESTRUTURAÇÃO E O TEMA DE
GOVERNANÇA METROPOLITANA
Relação com o pressuposto metodológico do curso
– (nem neo-localismo – nem predeterminação
estruturalista);
Contrapor as vertentes mais tradicionais sobre a
gestão das escalas – (e mais particularmente a
escala metropolitana);
O impasse da gestão nas regiões (cidades-região)
policêntricas (impasse produtivo....)
28/03/2008
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As Vertentes mais tradicionais sobre
a gestão das escalas territoriais

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Economia do setor público e os macroecnomistas –
estabilização&distribuição (função central) versus alocação-provisão de
serviços urbanos (função sub-nacional); - resultado – pobreza no
debate sobre o desenvolvimento (dicotomia entre nacionaldesenvolvimentismo e neo-liberalismo – juros, câmbio e metas de
inflação)
Teorias funcionalistas - Desafios à teoria tradicional de
administração/direito público – desafios de compatibilizar as
instituições administrativas do Estado com o surgimento e rearticulação de redes sociais – isto é, dificuldade do ajuste institucional
(“the institutional fix”) => (“poder constituinte” X “poder constituído”).
Borja – governança metropolitana terá que lidar com “geografias
variáveis” ;

Dilema que surge – como institucionalizar (reduzir custos
transacionais), mas sem colocar os atores numa camisa de força.
28/03/2008
Organização, Gestão e financiamento para a
Governança Metropolitana – Bloco 1
Como montar uma gestão das
Cidades policêntricas? – Idéias
incompletas
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Teoria dos jogos - dilema da ação coletiva –
mostra a ineficiência da disputa predatória,
mas as redes de cooperação surgem como
variável exôgena (uma “caixa preta”);
Public Choice – Escola da Escolha Pública –
concorrência entre cidades num sistema
fragmentado traz efeitos benéficos (“voting
with your feet”);
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Prisioneiro 2
Confessar
Não Confessar
Confessar
(-5,-5)
(-1,-10)
(-10,-1)
(-2,-2)
Prisioneiro 1
Não Confessar
28/03/2008
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Prefeito 2
Reduzir Alíquota
N. Reduzir Alíquota
Reduzir Aliquota
(1,1)
(10,0)
(0,10)
(5,5)
Prefeito 1
N Reduzir Alíquota
28/03/2008
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Governança Metropolitana – Bloco 1
Como montar uma gestão das
Cidades policêntricas? – Idéias
incompletas
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Reterritorialização a partir do modelo de desenvolvimento endógeno é um caso
muito específico (endogenia);
Soluções funcionalistas impostas de cima para baixo não se sustentam – lições
aprendidas da primeira geração de experimentação com o tema metropolitano
(análise do caso Italiano, holandês e, de certa forma, inglês); - Caso Brasil
durante o regime militar; Também: recentemente => Montreal, Toronto (veja
bloco canadense)
Proposta de curso – mobilizaçaõ dos territórios – novo debate –mais aberto sobre sujeitos e “poder constituintes” (flexível etc.) – modelos abertos de
articulação metropolitana, sem soluções aprioristicas;
Resultado do pacto metropolitano não está pré-definido, mas surge a partir de
um processo de negociação de conflitos (a pactuação entre os atores locais), no
âmbito de uma estratégia multi-escalar.
A própria produção de escalas representa um processo socioeconômico e
político – o tema de governança metropolitana não está dessasociado deste
contexto (IBA, Toronto, Cidade de Cabo etc.);
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Toronto
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1953 – estrutura “federal” de gestão metropolitana – cidade de
Toronto e 12 municípios metropolitanos; (Toronto –
saneamento básico, transporte, seguro-desemprego e
seguridade; municípios distritais – centros comunitários, ruas de
acesso, parques etc.). Alguns serviços compartilhados;
Sistema indireto de eleição do conselho metropolitano
Algumas mudanças no período 53-98: redução de 13 para 6
cidades & eleição direta dos conselheiros (1988);
Avaliação do sistema – funcionamento razoavel (coordenação de
serviços, redução de crescimento sub-urbano etc.)
No entanto, área da região metropolitana de Toronto cresceu
além da área administrativa.
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Toronto
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Proposta do governo Harris – criação de uma
estrutura única (governo metropolitano);
Discurso – redução de custos, economia de
escala;
Agenda paralela: Tensões políticas
(consolidação como estratégia para diluir o
poder)
1998 – Criação de uma estrutura
metropolitana única (veja bloco Canadense
sobre polêmicas)
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Montreal
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Antes de 2001 – Estrutura Federal de Gestão Metropolitana (Comunidade
Urbana)
2001 – Partido Quebec – Consolidação forçada dos 28 municípios – MMC
(engloba 82 municípios. motivos=> equidade, eficiencia, estratégia economica
na globalização, transparência);

Agenda política implícita – impossibilitar movimento separatista (dos municípios
suburbanos ricos) caso Quebec se separa de Canadá

2003 – Liberal Party ganha eleições – inicia contra-reforma
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2004 – referendum para recriação de municípios metropolitanos (15 dos 22
municípios com referendum se separam novamente);
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Sistema complexo e contestado de governança (veja bloco canadense)
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Tendências no debate sobre
governança metropolitana
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Superar falsas dicotomias =>
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formal X informal;
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Produtos X processos;
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Legitimidade funcional x legitimidade política;
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Reterritorialização X desterritorialização;
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CONCLUSÃO – COMPLEXIDADES DA NOVA AGENDA
METROPOLITANA
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Captação de Recursos para Projetos Públicos