Governança e Sucessão nas atividades
rurais:
Alinhamento e integração entre gerações
Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho
Professor do Departamento de Administração – FEA/USP
Cuiabá, 09/08/2013
Porquê estamos hoje aqui?
Vamos falar de futuro...
O DESAFIO DA SUCESSÃO
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Propriedades rurais
 De um lado...
 Ambiente competitivo: eficiência produtiva, escala,
menor tolerância a perda de sinergias.
 De outro lado...
 Sucessão tipicamente envolve o “fatiamento” da
propriedade.
 Dificuldade de manter a estrutura do negócio integrada
ao longo das gerações
 Concorrência de outras atividades profissionais –
perspectivas dos herdeiros
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Empresas familiares
 Pesquisa BNDES:
 90% das empresas nacionais: familiares, geralmente
administradas por membros da família controladora.
 Apenas 30% dessas empresas passam à segunda geração da
família fundadora.
 Nos EUA: 80-90% são empresas familiares
 40% passam para a segunda geração.
 13% passam com sucesso para a terceira geração.
 3% sobrevivem a terceira geração do negócio em diante.
o (Fonte – Businessweek.com)
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Famílias empresárias:
as vantagens a serem exploradas
 Maior comprometimento e dedicação.

Já pensou contabilizar as horas-extras que os fundadores e familiares
fizeram?
 Confiança.
 Agilidade no processo decisório.
 Visão ESTRATÉGICA e valores compartilhados.

Transmissão para os colaboradores, herdeiros, fornecedores, clientes...
Mas...muitos riscos a evitar!!!
 Desequilíbrio entre o crescimento da rentabilidade do negócio e o
crescimento familiar.
 Necessidade de:
 Conciliar investimentos e propiciar qualidade de vida e perspectivas
para a família.
Riscos a evitar!!!!
 Confusão entre família e negócio
 Visão patrimonialista do negócio
 Nepotismo
 Confusão (retirada dividendos x pró-labore)
 Necessidade de:
 Regras claras para todos, transparência
 Separação da remuneração do trabalho e do capital(dividendos)
 Separação de interesses entre família e negócio!
“Trate a família como família e o negócio como negócio” !(John Davis)
Riscos a evitar!!!!
 Conflitos entre sócios:

é um dos maiores fatores de fracasso da longevidade de uma
empresa familiar...

Sucessores (irmãos, primos, agregados não se escolheram
como sócios!!!)
 Necessidade de:
 Alinhamento da visão/estratégias do negócio.
 Compreensão, respeito às diferenças, equidade, diálogo.
Riscos a evitar!!!
 Processos sucessórios complexos
 Necessidade de:
 Transição das gerações e plano de sucessão (patrimônio e gestão)
 Educação de herdeiros para o papel de sócios (não
necessariamente gestores)
O Desafio da Profissionalização
 Profissionalização do negócio não é tirar os familiares da gestão
do negócio! !
 Profissionalização é tratar gestores, familiares ou não, como
profissionais (direitos e deveres).
 Necessidade de:
 Estabelecer cultura da meritocracia.
 Competência dos gestores:habilidades técnicas, motivação,
equilíbrio emocional.
Na transição...
A importância da implantação de um
processo de GOVERNANÇA!
Governança tem a ver com alinhamento de interesses: quem
tem sócio tem patrão!!
Governança tem a ver com delegação de poder e regras de
relacionamento: papel de sócios e gestores.
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Princípios Básicos
da Boa Governança

Transparência (mais do que o dever, o desejo de informar)

Eqüidade (regras justas entre as diferentes partes interessadas)

Prestação de contas (dever para com quem delegou o poder)

Responsabilidade Corporativa (a responsabilidade do negócio
perante a sociedade)
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Família empresária:
uma engrenagem de três círculos
Conselho de
Família
Conselho de
Adm
Protocolo de
família/acordo de
sócios
Gestores
Implementando a Sucessão
 1 - Estruturação de instâncias de governança
 Estruturar processos de decisão e controle:
 Conselho de administração/consultivo
 Gestão executiva
 Conselho de família
 2 – Planejamento do desenvolvimento de herdeiros
 Futuros sócios do negócio
 Futuros gestores do negócio
 3 - Planejamento societário e tributário
 (PF X PJ - pejotação)
 Sucessão patrimonial
 4 - Acordos e “regras do jogo”
 EX. Entrada na gestão, solução de disputas, políticas de endividamento e distribuição
de resultados, direitos de preferência, etc.
Equilíbrio entre razão e emoção
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 Mas afinal porquê Governança?
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Boa Governança:
Longevidade do negócio familiar

Perpetuar valores dos fundadores e permitir o
desenvolvimento de herdeiros.

Atrair e reter gestores (familiares ou não!!) para garantir
a boa gestão do negócio.

Equacionamento do processo sucessório.

Melhorar o processo de tomada de decisão.
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“O destino não é uma questão de
sorte: é uma questão de escolha.
Não é algo pelo que se espera,
mas algo a alcançar.”
Willian Jennings Bryan
OBRIGADO!
Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho
[email protected]
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