Projeto – Novos Consórcios Públicos para a
Governança Metropolitana
Experiências internacionais e
nacionais
sobre
a
governança metropolitana e
mobilidade urbana.
Algumas reflexões sobre o caso da Região
Metropolitana de Curitiba
Jeroen Klink – UFABC
Coordenador do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade
Belo Horizonte – 31/08/2009
Projeto – Novos Consórcios Públicos para a
Governança Metropolitana
Roteiro

Curitiba não foge à regra das regiões metropolitanas
brasileiras....

Um diagnóstico rápido do processo de metropolização
na RMC

Especificidade do modelo do transporte e mobilidade

Desafios para o futuro – questões para o debate.
Belo Horizonte – 31/08/2009
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Governança Metropolitana
Qual o cenário das áreas
metropolitanas
brasileiras?
As áreas metropolitanas
concentram gargalos e
potencialidades para o país
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Grandes contradições
•Uso
e ocupação do solo
desordenado
•Disparidades sócio-econômicos e
espaciais
•Arranjos institucionais imperfeitos
•Ao mesmo tempo: concentração de
dinamismo e criatividade
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Região Metropolitana de
Curitiba
ÁREA
Região Metropolitana
26 municípios
Curitiba
15.519 km²
432 km2
POPULAÇÃO (2007)
TOTAL DA RMC
3.166.273
Núcleo Urbano Central - NUC 2.995.627
14 municípios
94,61% da população
metropolitana
Curitiba
1.797.408
Curitiba
NUC
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Descompasso entre plano
(diretor) e o padrão real do
uso e ocupação do solo...
•A Região Metropolitana de Curitiba (RMC)
não foge a regra do processo contraditório
de atração e expulsão que presenciamos
nas principais áreas metropolitanas.
•Crescimento
ocorre
nas
áreas
ambientalmente frágeis (ignorando o PDI..p.ex. cadeia automotiva)
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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NAS CIDADES
DA RMC, SEGUNDO O NÍVEL DE INTEGRAÇÃO COM A CIDADE
DE CURITIBA (1991-2000)
Nível de Integração
Cidade de Curitiba
Nível muito alto
Nível alto
Nível médio
Nível Baixo
Nível muito baixo
Total
População Total
Número
%
Mudança
1991/2000
TGCA
1991/2000
1.587.315
641.784
167.144
200.802
39.494
131.879
2.768.418
272.280
242.137
73.806
62.691
4.418
11.405
666.737
2,1%
5,5%
6,8%
4,3%
1,3%
1,0%
3,1%
57,3%
23,2%
6,0%
7,3%
1,4%
4,8%
100,0%
Fonte: IBGE. Census Data
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Até na escala intra-urbana, a idéia central de uma
compatibilização perfeita entre o uso do solo,
habitação, o transporte coletivo e circulação viária
(conjugando trabalho, compras, escola, lazer, saúde –
uso misto) foi cumprida somente parcialmente.
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Enquanto isso, a demanda por mobilidade
cresce...(movimento pendular)
TABELA 13 - MATRIZ DE ORIGEM E DESTINO DE PESSOAS QUE REALIZARAM MOVIMENTO PENDULAR - RMC, 2000
DESTINO
ORIGEM
AD AS AT AR BN BS CGS CL CM CA CO CN
CT
DU FRG IT LA MD
Adrianópolis (AD)
Agudos do Sul (AS)
Almirante Tamandaré
(AT)
Araucária (AR)
Balsa Nova (BN)
Bocaiúva do Sul (BS)
Campina Grande do Sul
(CGS)
Campo Largo (CL)
Campo Magro (CM)
Cerro Azul (CA)
Colombo (CO)
Contenda (CN)
Curitiba (CT)
5
19
56
21.428
4
72
8
22
28
10
49
991
55
29
72
24
8
9
27
9
59 215
7
32
152 175
47
407
652 2.78 114 47
6
217
19
18
13
Doutor Ulysses (DU)
Fazenda Rio Grande
10 252
(FRG)
Itaperuçu (IT)
71
Lapa (LA)
114
Mandirituba (MD)
23
28
Pinhais (PIN)
27 83
56
Piraquara (PIR)
15 122
41
Quatro Barras (QB)
11
19 389
Quitandinha (QUI)
17
Rio Branco do Sul (RBS)
122
São José dos Pinhais
37 228
43
(SJP)
Tijucas do Sul (TS)
10
3
Tunas do Paraná (TP)
0
81 1.110 4.344 337 145 1.094
RMC
FONTE: IBGE- Censo Demográfico (arquivo de microdados)
58
959 150
10
47
15
249
478
11
11
292
390
8 1.75
6
11
11
21
11
PIN
PIR
QB
QUI RBS
6
17
8.338
249
393
3.300
129
7.656
3.254
33 37
37.056
377
32
9
5
13
4
43
9
8
31
10
36
531 31 123
5
11.208
28
40
80
33
35
77
12
99
15
50
867
6
16
43
20
12
107
7
10
14
53
10
7
602
140
241
32
185
11
2.217
234
96
10
9
10
168
154.636
11
9
373
507
9
30
19
12
454
10 3.476
136 126
7 208
3
13
150
386
9
21
21
106
40
521 158
6
46
987 154
246
457
8.816 1.581
2.407
92
4
74
58
10
15
488
28
37
629
585
66
9
8
9
143
868
9.573
RMC
30
97
22.568
8.922
1.265
702
4.875
8.096
3.378
103
39.949
840
18.922
15
11.985
191
473
212
14
9
3
132 6.951 86
9
26
131
4.217
193
20
191
61
1.128 116
6
5
66 3.124 579
157
1.656
323
688
21.732
10 11.906
1.366
5
336
1.445
21.681
5
59
33
SJP TS TP
8
2.259
504
1.014
23.804
16.720
2.354
598
1.734
22.989
313
0
89
43
194.037
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E o sistema integrado não
proporciona as respostas para o
processo de metropolização..
•A
média mensal diária de passageiros transportados no sistema
metropolitano (isto é, fora do limite do município de Curitiba)
efetivamente se reduziu de 228.785, no ano 2006, para 183.734
em 2007;
•Na cidade de Curitiba este número aumentou de 742.518 em
2006 para 804.868 no ano 2007;
•A participação das cidades do entorno metropolitano no sistema
de transporte público integrado representa pouco mais que 20%
do total dos deslocamentos que vem ocorrendo dentro da própria
cidade de Curitiba.
•Aumento da frota de veículos particulares (46% em relação ao ano
2000)
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Arranjos institucionais
imperfeitos
•Modelo
da URBS – expertise no sistema integrado
•Papel da COMEC – convênios renovados bi-anualmente;
•Conflitos sobre o padrão de financiamento do sistema
integrado – (R$0,2-R$0,3/passageiro?)
•Visão “financeira” (URBS) versus visão de
“desenvolvimento” (COMEC)?
•Dois terminais (Colombo) não são operados
•Decisão de implantar estratégia de integração tem uma
dimensão de irreversibilidade
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Questões para o debate
•A
estratégia de mobilidade depara-se com uma
metrópole já “comprometida” – complexidades
•Novas institucionalidades são insuficientes –
precisam ser complementadas por um processo
amplo de pactuação
•Deficiências sistêmicas afetam com
intensidade maior os segmentos mais frágeis
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