FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE
CARLOS HENRIQUE CELESTINO DOS SANTOS
USO DE MINI-IMPLANTES EM RETRAÇÃO DENTÁRIA ANTERIOR
Maceió
2011
CARLOS HENRIQUE CELESTINO DOS SANTOS
USO DE MINI-IMPLANTES NA RETRAÇÃO DENTÁRIA ANTERIOR
RETRATION TEETH ANTERIOR WITH MINI SCREWS
Monografia apresentada ao ICS
Faculdades Unidas do Norte de
Minas- FUNORTE/SOEBRAS como
requisito para obtenção do título de
Especialista em Ortodontia.
Orientador: Alexandre M. Vieira
Maceió
2011
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tudo em minha vida.
A minha mulher e filhos, pelo apoio que me deram para a conclusão deste curso.
A meus pais, Jehovah dos Santos (in memorian) e Gilza Celestino, por toda
educação e amor que destes recebi.
Ao orientador Prof. Dr. Alexandre M. Vieira pelo acompanhamento e auxílio que
me proporcionou durante o curso.
Aos colegas de turma por seu companheirismo e amizade.
Aos mestres, Alexandre Pontes, Nilton Costa e Nilton Coelho, por sua
compreensão,conhecimento partilhado e doação hodierna de sua sabedoria.
Uso de mini-implantes na retração dentária anterior
Santos, Henrique*
Vieira, Alexandre**
RESUMO
A busca por um método que minimize ou, até mesmo, elimine os efeitos
colaterais
nas
retrações
anteriores
vêm
fazer
dos
mini-implantes
um
importantíssimo recurso terapêutico. Esse estudo vem demonstrar a versatilidade
e eficácia do uso dos mesmos nesta mecânica ortodôntica. Utilizou-se de
referências bibliográficas obtidas em livros e artigos publicados na internet sendo
demonstrados resultados significativos, tornando desnecessária a cooperação do
paciente, reduzindo o tempo de tratamento e melhorando a qualidade dos
resultados.
PALAVRAS-CHAVES:
1.Mini-implantes;
2.Retração
dentária
anterior;
3.Ancoragem.
_________________
*Autor da Pesquisa e Especializando em Ortodontia da FUNORTE / NEO.
**Orientador da Pesquisa e Especialista, Mestre e Doutor em Ortodontia pela são
Leopoldo Mandic.
RETRATION TEETH ANTERIOR WITH MINI SCREWS
Santos, Henrique*
Vieira, Alexandre**
ABSTRACT
The search for a method that minimizes or even eliminates the side effects
in previous downturns comes to dental mini-implants an important therapy
resource. This study is to demonstrate the versatility and effectiveness of this same
orthodontic mechanics. Used was obtained from references in books and articles
published on the Internet being demonstrated significant results, obviating the
cooperation of the patient, reducing the treatment time and improving the quality of
results.
KEYWORDS: 1.Mini-implants; 2.Previous dental retraction; 3.Anchoring.
_________________
*Research Author and Underspecialist in Facial Ortodhontics.
**Research Educacional Guide and Especialist, Master and Doctor in Facial
Ortodhontics.
LISTA DE FIGURAS
Páginas
FIGURA 1 - Descrição das partes do mini-implante ilustrando a área do
perfil transmucoso .......................................................................................
15
FIGURA 2 - Exemplo de kit de mini-implantes ortodônticos.....................
15
FIGURA 3 - Retração anterior com ancoragem direta..................................
15
FIGURA 4 - Retração anterior com vetor de força intrusivo para os
incisivos superiores .....................................................................................
18
FIGURA 5 - Diferentes possibilidades de posicionamento vertical do miniimplante
e
diferentes
alturas
do
apoio
da
região
anterior
.....................................................................................................................
22
FIGURA 6 - Posicionamentos verticais diferentes dos mini-implantes
podem gerar desníveis do plano oclusal no segmento anterior
.....................................................................................................................
23
FIGURA 7 - Ancoragem indireta para retração anterior..............................
24
LISTA DE TABELAS E QUADROS
Páginas
TABELA 1 - Sugestão de escolha do diâmetro, comprimento, angulação
e método de instalação com ou sem perfuração da cortical, de acordo
com a região de instalação .........................................................................
14
QUADRO 1 - Resumo de Protocolo ...........................................................
28
QUADRO 2 - Indicação da aplicação dos mini-implantes quanto ao
diâmetro ......................................................................................................
QUADRO
3
-
Resumo
das
principais
aplicações
40
clínicas
.....................................................................................................................
41
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................
9
OBJETIVO ........................................................................................................
11
REVISÃO DE LITERATURA ...........................................................................
12
DISCUSSÃO .....................................................................................................
26
CONCLUSÃO ...................................................................................................
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................
47
ANEXO ..............................................................................................................
32
INTRODUÇÃO
Com os mini-implantes se abre a porta a novas possibilidades de
tratamentos ortodônticos. É necessário reformular a biomecânica, estudar a
espessura e tipo de cortical que dá a retenção mecânica, mas está claro que a
falta de ancoragem e a ausência de motivação já não são obstáculos para
conseguir bons resultados em ortodontia (LABOISSIÈRE JÚNIOR et al., 2006).
O ponto mais frágil de um mini-implante utilizado como ancoragem
temporária, do ponto de vista biológico, corresponde à interação com os tecidos
epiteliais da mucosa. O epitélio une-se ao perfil transmucoso do mini-implante por
meio de hemidesmossomos e outras formas de união, incluindo-se substâncias
cementantes secretadas na interface de ambas as estruturas. O epitélio nesta
interface, provavelmente, prolifera para procurar imitar um epitélio juncional, tal
como ocorre com os implantes dentários convencionais (BEZERRA et al., 2006).
Alguns mini-implantes apresentam, em seus designs, uma discreta
aleta circular ou aba metálica acima do perfil transmucoso, na porção mais
próxima de sua cabeça. Esta aba metálica, aparentemente, protege a linha da
interface mini-implante/mucosa na superfície externa, mas, provavelmente, esta
proteção seja mais física do que microbiana, pois deve favorecer a formação e
manutenção de biofilme microbiano e pode dificultar o acesso de escovas e antisépticos neste local. Pesquisas poderiam ser feitas a esse respeito. As mucosites
e perimini-implantites ocorrem mesmo em mini-implantes bem instalados, mas em
decorrência da formação de biofilmes microbianos sobre as partes expostas ao
meio bucal e sem a higienização adequada (LABOISSIÈRE JÚNIOR et al., 2006).
Em suma, a instalação de mini-implantes representa um procedimento
clínico-cirúrgico simples, mas que expõe e comunica o meio interno com o meio
externo, em um ambiente altamente contaminado como o meio bucal. A avaliação
da condição sistêmica e óssea do paciente é importante, tanto quanto a sua
conscientização sobre a boa higienização, fundamental para o sucesso do
procedimento (LEE et al., 2007).
2. OBJETIVO
Realizar uma revisão de literatura sobre mini-implantes enfatizando a retração
dentária anterior.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Breve Histórico
Sabe-se que os implantes consistem de um parafuso intra-ósseo, um
pescoço de superfície lisa transmucosa em contato com o tecido macio (de 2,5mm
ou 4,5mm de espessura), e uma parte exposta de 2 mm. Diferentes tipos de cabeças
e desenhos estão disponíveis no mercado e seu uso varia com o tipo de situação
(KYUNG; PARK; BAE et al., 2003).
Triaca et al.,(2005) afirma que região anterior do palato duro é uma área
potencial para a colocação de implantes ortodônticos. Park et al.,(2001), propõem a
utilização de ancoragens intra-ósseas recomendando diferentes localizações mais
favoráveis como o trígono retromolar na arcada inferior. Na maxila tem-se maior
flexibilidade, porque o osso alveolar é mais largo; a mucosa palatina é muito
espessa e é necessária a utilização de parafusos relativamente longos de 4mm ou
5mm.
Os mini-implantes colocados em localizações inter-radiculares não devem
afetar as estruturas radiculares adjacentes. Estratégias para prevenir o dano
radicular incluem colocação de mini-implantes sublinguais ou em ângulo e dirigido
para o ápice. Estudos publicados descrevem o lugar de inserção como a metade da
raiz ou além do ápice radicular (KIUNG, 2007).
Para determinar o lugar onde vai implantar o mini-implante, pode-se
realizar uma guia cirúrgica com arame de latão, também podem usar-se guias
acrílicas. As potenciais complicações com o uso de implantes ortodônticos são
irritação do tecido mucoso no lugar da inserção, risco de infecção e perda prematura
do parafuso.Os parafusos podem ser colocados diretamente através da gengiva,
sem retalho mucoperiostio (MARASSI et al., 2005).
Segundo Lee et al., 2007, mini-implantes de ancoragem devem
apresentar uma resistência imediata às forças ortodônticas, não exigir a colaboração
do paciente, não provocar moléstias, ser de fácil manejo para o ortodontista e ser
compatíveis com os dispositivos ortodônticos habituais.
São de grande ajuda naqueles pacientes que apresentam:
 Pouca ou nenhuma ancoragem seja por falta de material dentário ou
por suporte periodontal pobre;
 Reticências a levar braquetes em toda a boca e que precisam de
tratamentos ortodônticos pré-protéticos (endereçar molar, etc);
 Baixa colaboração;
 Em casos de dentes inclusos;
 Pacientes de cirurgia ortognática;
De acordo com Cesare et al.,(2007) os mini-implantes estão indicados
para indivíduos: com necessidade de ancoragem máxima; não colaboradores;
unidade de ancoragem comprometida, por número reduzido de dentes, reabsorção
radicular ou seqüelas de doença periodontal; com necessidade de movimentos
dentários considerados difíceis ou complexos para os tratamentos convencionais
(por ex.: intrusão de molares e casos assimétricos).
Um diagnóstico correto do paciente é fundamental para o sucesso do
tratamento, pois o uso indevido dos mini-implantes pode agravar movimentos
ortodônticos indesejados ou mesmo levar ao declínio da estética facial em casos mal
diagnosticados. Portanto, o planejamento para instalação de mini-implantes deve ser
feito após exame clínico, avaliação da documentação ortodôntica completa do
paciente e após elaboração do plano de tratamento ortodôntico detalhado. O
ortodontista deve selecionar, então, dois ou três possíveis sítios de instalação dos
mini-implantes, levando-se em conta a direção dos vetores de força em relação ao
centro de resistência do dente ou do grupo de dentes a ser movimentado. Após a
seleção do sítio de instalação, determina-se o tipo de mini-implante a ser utilizado,
estipulando seu diâmetro e comprimento. A tabela 1 traz uma sugestão dos autores
para a escolha do diâmetro, comprimento, angulação e método de instalação, com
ou sem perfuração da cortical, de acordo com a área de instalação planejada
(ARAÚJO et al., 2006).
Tabela 1 – Sugestão de escolha do diâmetro, comprimento, angulação e método de
instalação com ou sem perfuração da cortical, de acordo com a região de instalação.
O ortodontista ou cirurgião precisará eleger um kit de instalação de miniimplantes, pois cada fabricante possui chaves específicas para seus MI (Fig. 1).
Fig. 1 - Descrição das partes do mini-implante ilustrando a área do perfil
transmucoso.
Fig. 2 - Exemplo de kit de mini-implantes ortodônticos
Radiografias periapicais e interproximais dos possíveis sítios de
instalação devem ser obtidas através da técnica do paralelismo, tomando-se o
cuidado para que a fonte de radiação esteja perpendicular ao local de instalação nos
casos de implantes entre as raízes (YAO et al., 2004). Estas radiografias serão
utilizadas para diagnosticar variações na anatomia radicular e a presença de
estruturas anatômicas importantes como o seio maxilar e o nervo mandibular.
As radiografias interproximais são mais fidedignas do que as periapicais
para avaliar se há espaço interdental suficiente para a inserção do mini-implante
entre raízes. Sugere-se executar a tomada radiográfica interproximal com a película
posicionada verticalmente (YAO et al., 2004).
Em casos de espaço insuficiente entre as raízes no primeiro sítio de
instalação escolhido, o ortodontista pode: optar por outro sítio de instalação;
aguardar até o final da fase de alinhamento e nivelamento, quando os espaços entre
as raízes normalmente estarão regularizados; fazer um preparo ortodôntico para a
instalação dos mini-implantes, utilizando colagens atípicas ou arcos segmentados
para afastar as raízes dos dentes adjacentes ao local de instalação dos miniimplantes (YAO et al., 2004).
3.2 Quantidade de Retração dos Dentes Anteriores
O uso de mini-implantes permite grandes retrações dos dentes anteriores,
porém deve-se tomar cuidado para que esse recurso de ancoragem não traga
problemas para o paciente. Uma grande retração dos incisivos pode causar declínio
da estética facial do indivíduo que será submetido ao tratamento ortodôntico,
especialmente em pacientes portadores de retrusão mandibular. Também deve ser
considerado que projeções labiais ligeiramente aumentadas são bem vistas pela
sociedade e que uma diminuição significativa da projeção dos lábios pode levar à
aparência facial de idade mais avançada(LEE et al., 2007).
A quantidade de osso disponível na sínfise mandibular ou no processo
alveolar da região anterior da maxila é outro fator a ser considerado, em particular
quando se planejam retrações “de corpo” dos incisivos. Mesmo com espaço ósseo
disponível, o ortodontista deverá verificar se o periodonto de sustentação permite
ampla movimentação, especialmente em pacientes adultos com seqüelas de
problemas periodontais. Sugere-se avaliar, também, o comprimento e a anatomia
radicular, em relação ao risco de reabsorção, principalmente quando se planeja
retração anterior associada a torque lingual de raiz. (LEE et al., 2007)
Fig. 3 - Retração anterior com ancoragem direta.
3.3 Vetores de Força de Retração e Controle Vertical dos Incisivos
As mecânicas de fechamento de espaço tendem a aumentar a
sobremordida e os ortodontistas acrescentam dobras de compensação nos fios, para
controlar este efeito colateral. Como os mini-implantes são instalados, usualmente,
em uma posição mais apical do que os ganchos dos molares, deve-se considerar
que a retração anterior com ancoragem direta de mini-implantes tende a gerar um
vetor de força mais intrusivo para os incisivos que as mecânicas tradicionais
Este vetor de força pode ser controlado modificando-se a altura da
instalação dos mini-implantes e/ou a altura do apoio utilizado na região anterior,
gerando uma série de possibilidades de linhas de ação de força. O ortodontista
deverá, portanto, antes de instalar ou indicar a instalação dos mini-implantes, definir
a linha de ação de força que pretende utilizar e o efeito vertical que o vetor de força
irá exercer sobre os dentes anteriores. (KYUNG, 2007)
Alguns autores se referem aos vetores da força de retração como puxada
ou instalação alta, média e baixa. Embora estes termos sejam apropriados para a
maxila, o emprego dos mesmos para a mandíbula pode trazer dificuldade de
interpretação para os cirurgiões e ortodontistas. Sendo assim, os vetores de força
serão descritos a seguir, de acordo com o seu efeito na região anterior (MARASSI et
al., 2005).
Fig. 4 - Retração anterior com vetor de força intrusivo para os incisivos
superiores.
3.4 Retração Com Vetor de Força Intrusivo
Este tipo de retração é indicado para indivíduos que apresentem
sobremordida aumentada por extrusão dos incisivos, sendo obtido, usualmente, com
instalação de mini-implante afastado do fio e um gancho ou apoio curto na região
anterior. Este tipo de vetor de força tende a causar na maxila um giro do plano
oclusal no sentido anti-horário. Na mandíbula, a retração tende a promover um giro
do plano oclusal no sentido horário. Para potencializar o efeito intrusivo dos
incisivos, o gancho na região anterior poderá ser voltado para oclusal, ao invés do
sentido convencional. Esta mecânica é contra-indicada para indivíduos que têm
sobremordida diminuída ou mordida aberta. Os vetores de força intrusivos gerados
pelo uso dos mini-implantes também tendem a ser desfavoráveis em retrações
unilaterais, podendo causar uma inclinação de plano oclusal frontal, por intrusão de
apenas um dos lados do arco. (KYUNG et al., 2007).
3.5 Retração Com Vetor de Força Extrusivo
Este tipo de retração é utilizado para casos de mordida aberta anterior,
onde o mini-implante é instalado próximo ao fio, associado a ganchos longos na
mesial dos caninos, para potencializar a extrusão dos incisivos e o fechamento da
mordida. Recomenda-se avaliar se o grau de exposição dos incisivos permite esta
abordagem na maxila, pois, apesar de eficiente, esta mecânica tende a causar giro
do plano oclusal no sentido horário, aumentando a exposição dos dentes anteriores
(MARASSI., 2005).
Na mandíbula, há uma tendência de giro do plano oclusal no sentido antihorário, auxiliando no fechamento da mordida. A correção da mordida aberta pode
ser potencializada pelo uso de elásticos ligando os mini-implantes ao fio na região
posterior, para intrusão dos molares inferiores, o que irá favorecer ainda mais o giro
do plano mandibular no sentido anti-horário e auxiliar de modo significativo a
correção dessa má oclusão. Na maxila, pode-se unir os mini-implantes ao fio no
segmento posterior ou utilizar um mini-implante na sutura palatina, conectado a
ganchos instalados na barra transpalatina, para obtenção de controle vertical dos
molares durante a retração anterior. (ARAÚJO et al., 2007).
Deve-se atentar para o fato de que a intrusão dos molares superiores
provoca, também, giro do plano oclusal maxilar no sentido horário, podendo
aumentar em excesso a exposição dos incisivos superiores (ARAÚJO et al., 2007).
3.5.1 Retração Com Vetor de Força Intermediário
Utilizado para os indivíduos que apresentam sobremordida próxima à
normal, quando se deseja pouca ou nenhuma alteração do plano oclusal. Mesmo em
pacientes com sobremordida normal, utiliza-se um vetor de força um pouco intrusivo,
para compensar a tendência de extrusão dos incisivos, que ocorre durante e
retração anterior. ( LEE et al., 2007)
O controle vertical dos incisivos pode, ainda, ser obtido com dobras
incorporadas ao arco ou com a instalação de mini-implante na região anterior, para
intrusão dos incisivos, durante a fase de retração. Esta mecânica está indicada para
indivíduos com faixa estreita de gengiva inserida no segmento posterior ou com
presença de seio maxilar baixo, que impeçam a instalação de miniimplante mais
apical. (MARASSI, 2006)
O sucesso do tratamento ortodôntico depende do planejamento eficiente
tanto da mecânica responsável pela movimentação dos dentes, quanto da unidade
de ancoragem (BEZERRA et al., 2004). Foram avaliados os resumos disponíveis e,
selecionados os estudos que se relacionassem especificamente aos dispositivos
temporários de ancoragem ortodôntica do tipo mini-implantes de titânio. A análise
criteriosa dos dados encontrados demonstra uma maior prevalência de artigos
relacionados a relatos de casos clínicos, revisões de literatura e descrições de
técnica, assim como a ausência de estudos com maior impacto científico. Trabalhos
prospectivos longitudinais controlados, revisões sistemáticas ou meta-análises
avaliando estes dispositivos experimentalmente ou em situações clínicas diversas,
validando cientificamente esta nova técnica são pouco efetuados.
3.6 Posicionamento Vertical e Ângulo de Instalação dos Mini-Implantes
Quando os mini-implantes forem utilizados como ancoragem direta, a
altura da instalação dos mesmos irá influenciar significativamente a linha de ação da
força utilizada na retração dos incisivos. O ortodontista deverá escolher a altura de
instalação de acordo com seus objetivos de tratamento, levando em conta as
limitações anatômicas de cada paciente (MARASSI et al., 2005).
Uma instalação mais apical, ou seja, mais afastada da crista óssea e do
fio ortodôntico (ponto de inserção 8mm ou mais acima da papila) está indicada nos
casos onde se pretende um movimento de retração anterior, associado à intrusão
dos incisivos. Esta instalação é limitada pela faixa de gengiva inserida disponível e
pela presença do seio maxilar. De um modo geral, a linha mucogengival representa
o limite apical de instalação, pois os mini-implantes instalados em gengiva inserida
apresentam melhores resultados e são mais cômodos para os pacientes. O
ortodontista deverá avaliar se, realmente, será válida uma instalação em mucosa
alveolar para obter um vetor mais intrusivo (MARASSI et al., 2005).
Fig. 5 - Diferentes possibilidades de posicionamento vertical do mini-implante
e diferentes alturas do apoio da região anterior.
O seio maxilar, usualmente, está presente na região de molares
superiores a partir de 8mm da crista óssea alveolar e deverá ser evitado durante a
instalação do mini-implante. A inserção do mini-implante próxima ao limite oclusal de
instalação (ponto de inserção em torno de 4 a 5mm acima da papila) está indicada
para casos de mordida aberta anterior. Esta instalação pode ser associada com o
uso de ganchos longos na região anterior, para potencializar o fechamento de
mordida aberta anterior, em casos onde seja possível o aumento de exposição dos
incisivos (MARASSI et al., 2006).
A instalação em altura intermediária (ponto de inserção em torno de 6 a
8mm acima da papila) é desejável para os indivíduos que apresentem sobremordida
normal ou um pouco aumentada. Na grande maioria das retrações, o ortodontista
deseja manter a inclinação do plano oclusal frontal. Para isso, é importante que os
mini-implantes sejam instalados na mesma altura do lado direito e esquerdo, pois
alturas diferentes podem gerar desníveis do plano oclusal no segmento anterior.
Recomenda-se medir a distância entre o fio ortodôntico e a perfuração de um lado e
reproduzir esta distância do lado oposto. Seria interessante utilizar, também, a
mesma angulação de instalação dos mini-implantes, para que suas extremidades
fiquem eqüidistantes do fio do lado direito e esquerdo (MARASSI et al).
Fig. 6 - Posicionamentos verticais diferentes dos mini-implantes podem
gerar desníveis do plano oclusal no segmento anterior.
Fig. 7 - Ancoragem indireta para retração anterior
Ao planejar a altura da instalação de um mini-implante que será inserido
angulado, deve-se levar em conta que sua extremidade ficará mais oclusal do que o
ponto de marcação da perfuração. Portanto, o ponto de perfuração deverá ser
ligeiramente mais cervical do que o ponto programado como origem do vetor de
força (YAO et al., 2004).
Para indivíduos que apresentem plano oclusal frontal inclinado, será
desejável a instalação de mini-implantes em diferentes alturas, gerando um vetor de
força com componente mais intrusivo em um dos lados, para melhoria ou acerto da
inclinação do plano alterado. Caso a inclinação do plano oclusal atinja também o
segmento posterior, um módulo elástico poderá ser ligado do mini-implante ao fio na
região dos molares que necessitam de intrusão, tomando-se o cuidado de controlar
a tendência de vestibularização, devido à força intrusiva (MARASSI et al., 2005).
Para retração anterior com ancoragem indireta, a altura da instalação do
mini-implante não será tão importante quanto na retração com ancoragem direta,
pois o mini-implante estará apenas estabilizando os elementos posteriores e a
biomecânica utilizada pelo ortodontista será praticamente a mesma dos tratamentos
convencionais. A ancoragem indireta tem esta vantagem de influenciar pouco nos
vetores de força da retração, porém, se houver mobilidade do mini-implante, pode
haver movimentação dos dentes da unidade de ancoragem (RITO et al., 2010).
4. DISCUSSÃO
4.1 O Procedimento Cirúrgico do Mini-Implante
Os autores Kyung et al., (2003) descreveram os seguintes aspectos para
o sucesso do tratamento com mini-implantes: habilidade do cirurgião; condição física
do paciente, seleção do local adequado , estabilidade inicial e higiene bucal.
Nascimento, Araújo e Bezerra et al., (2006) apresentam as partes
consideradas como protocolo medicamentoso: O paciente deverá fazer o usos de
profilaxia antibiótica. Os autores prescrevem como exemplo quatro cápsulas de 500
mg de amoxilina e de antiinflamatório como Etoricoxib 120mg 1 hora antes da
cirurgia. A técnica cirúrgica para instalação dos mini-implantes ortodônticos deverá
seguir um protocolo rígido de realização para evitar, sobretudo, lesão das raízes
durante sua instalação.
Marassi et al., (2005) adverte que como em outros procedimentos, existe
uma curva de aprendizado, no entanto, os clínicos podem diminuir o risco para o
paciente e obter uma taxa de sucesso mais alta, se os mesmos obtiverem
conhecimento dos detalhes da técnica, antes de empregá-la.
Para Park et al., (2004), a cirurgia de instalação dos mini-implantes
ortodônticos, apesar de extremamente simples e rápida, deverá seguir um protocolo
cirúrgico cuidadoso. Sendo assim, o autor recomenda um guia cirúrgico, o qual pode
ser confeccionado com fio de latão (0,6 mm de espessura) passando através do
ponto de contato entre as unidades dentárias, com extensão na direção apical. A
imagem radiopaca do guia visualizada na radiografia periapical, representa uma
referência para o correto posicionamento do mini-implantes, minimizando riscos de
lesões às estruturas anatômicas.
Carano et al. (2004), citam a importância de uma avaliação radiográfica
critérios para tanto, a marcação correta do radiopaco, com o intuito de evitar
pequenas distorções verticais ou horizontais, no momento da tomada da radiografia,
sendo que, se este cuidado não for seguido corre-se o risco de geração de imagens
falsas para o posicionamento correto da guia. Diz ainda este autor que o correto
posicionamento da marcação do radiopaco pode até evitar aos profissionais com
experiência na utilização da técnica de mini-implantes, o uso de guia com fio de
latão, seguindo apenas a orientação da radiografia e avaliação clínica do paciente.
Segundo Nascimento, Araújo e Bezerra et al. (2006), a intervenção
cirúrgica para a implantação de mini-implantes poderá ser efetuada em ambiente
ambulatorial, com a utilização de anestesia local infiltrativa subperiosteal, ou ainda,
com a utilização de anestésico tópico de efeito profundo. Estes autores informam
ainda que, não é recomendável ação anestésica sobre as unidades vizinhas
dentárias, para evitar o contato indesejável com as raízes.
Marassi et al. (2005), explica que é aconselhável que o paciente assine
um termo de consentimento pós-esclarecido antes da instalação. Pois este
documento servirá de guia de informações para o paciente contendo informações
sobre o uso de mini-implante, e ainda, a inclusão de riscos e limitações deste
dispositivo. Outro ponto que deve ser observado segundo Marassi et al., (2005), é o
preenchimento da ficha de anamnese com o intuito de verificar o estado de saúde do
paciente e possível necessidade de medicação específica.
O procedimento cirúrgico segundo Villela et al. (2008), deverá seguir as
seguintes etapas e recomendações:
a)
a
instalação
dos
mini-implantes
autoperfurantes
deve
ser
preferencialmente com a chave manual;
b) em regiões do palato em que a chave manual não tem acesso para
efetuar a instalação, se faz instalação utilizando o contra ângulo com
velocidade média de 20rpm;
c) o protocolo de instalação dos mini-implantes autoperfurantes simplifica o
ato cirúrgico, oferecendo uma excelente estabilidade primária e diminuindo o
risco de lesão de raiz.
A seguir se apresenta o exemplo de protocolo para a utilização de miniimplante, seguindo pelos autores Villela, Bezerra e Laboissière et al., (2006).
QUADRO 1 – Resumo de Protocolo.
Fonte: Adaptação feita pelo autor seguindo as instruções Villela, Bezerra e Labossièrre
(2006 p. 49).
O protocolo cirúrgico para a instalação dos mini-implantes autoperfurantes
é mais simples, reduz a possibilidade de lesão de raízes, reduz drasticamente a
necessidade de realização de osteotomia utilizando o motor e contra-ângulo,
proporciona uma melhor estabilidade primária em relação aos auto-rosqueantes e
minimiza as perdas de estabilidade pós-cirúrgica (BEZERRA et al., 2004).
4.2 Tempo e Magnitude da Força Aplicada
A aplicação de carga sobre os mini-implantes pode ser efetuada de forma
imediata, segundo Costa, Raffling e Melsen (1998). Para os autores Lee, Park e
Kyung (2001) a aplicação de carga só poderá ser efetuada duas semanas após a
instalação do mini-implante, sendo este o período ideal. Em relação a força os miniimplantes só devem ser submetidos a forças ortodônticas durante os 16 meses de
tratamento, para que assim se possa evitar osseointegração.Para Lin e Liou (2003) a
aplicação de carga imediata após a cirurgia deve ser efetuada quando o sítio do
implante for na gengiva inserida e após duas semanas quando em caso de
aplicação na mucosa alveolar. Ao mini-implante do tipo OMAS de 2.0 mm e 2.7 mm
de diâmetro podem suportar forças de 500 a 600 gramas.
Miyawaki et al., (2003) indicaram a aplicação de carga imediata e
contínua inferior a 2N e regulagem da força de inter-digitação mecânica, entre o
mini-implante de ancoragem e o osso alveolar.
Ritto e Kyung (2008) sugeriram a aplicação de carga imediata sobre os
mini-implantes. Kuroda, Katayama e Yamamoto (2004) aplicaram carga sobre os
mini-implantes (Keisei Medical Industrial Co Ltda, Tokyo, Japan) somente três meses
após sua instalação.
Para Marassi, Leal e Herdy (2004), os mini-implantes podem receber
carga imediata. Os estudos não têm apresentado diferenças entre aplicação de força
imediata ou mediata, pois a estabilidade dos implantes se dá principalmente por
retenção mecânica e não por osseointegração.
Marassi, Leal e Herdy (2004) sugere a aplicação de um sistema de forças
planejadas no mesmo dia ou em poucos dias após a instalação do implante. A
estabilidade desses dispositivos se dá principalmente por retenção mecânica e as
avaliações histológicas demonstram maior área de contato ósseo com os miniimplantes que receberam carga precoce do que os que não receberam força ou
receberam carga após maior período de descanso.
Nascimento, Araújo e Bezerra (2006), indicaram período denominado de
espera de 14 dias para que pudesse ser iniciada a aplicação de força sobre os miniimplantes, com a finalidade de facilitar a higienização da área de instalação do miniimplante, durante sua cicatrização do tecido mole periimplantar.
A força deverá ser aplicada o mais imediatamente após sua instalação;
Inicialmente devem receber cargas menores, que deverão ser em torno de 150g;
Esta carga poderá ser aumentada podendo chegar a uma força de 350g (VILLELA et
al., 2008).
4.3 As Complicações Clínicas Decorrentes do Uso de Mini-Implantes
Dentre as principais complicações em relação à utilização de mini-
implantes em odontologia está a perda de estabilidade decorrente da aplicação de
forças ortodônticas. Esta complicação pode ocorrer quando a estabilidade primária
adquirida na implantação é baixa. Os implantes podem sofrer movimentação com a
aplicação das forças ortodônticas. Outro fator que poderá provocar a perda de
estabilidade também pode estar relacionado com uma inflamação nos tecidos
periimplantares.
Caso ocorram estas complicações a recomendação é a retirada de
imediato do mini-implante. Para Costa, Maric e Denesino (2006) a utilização de miniimplantes pode desencadear outras complicações clínicas como: lesões nas raízes
dentárias e dos nervos e seios maxilares. Caso exista comparação dos miniimplantes com os implantes ósteo-integrados, será possível a observação de uma
redução ampla do risco de ocorrência devido, o pequeno diâmetro e do comprimento
dos mini-implantes.
Autores como Laboissière Júnior et al., (2005) comentaram que algumas
complicações clínicas podem ser provocadas com a implantação de mini-implantes
citando entre elas: fraturas durante sua instalação e remoção, além de provocar
inflamação do tecido peri-implantar e mobilidade antes ou após a aplicação de
forças sobre os mesmos.
O mini-implante é normalmente colocado em regiões radiculares, assim
sendo, deve-se tomar muito cuidado para não perfurá-las. Apesar de que as
pesquisas relacionadas à utilização de mini-implantes tenham mostrado que a região
lesionada recupera-se rapidamente, é melhor evitar qualquer complicação. Outro
aspecto a ser considerado segundo o portal de odontologia (2006) se refere aos
cuidados com os elásticos e molas acoplados aos mini-implantes, sendo que, estes
podem causar ferimentos na língua ou na mucosa jugal. Diante das recomendações
se julga a importância da atenção a lesões provocadas (MELSEN et al., 2001).
Com base na publicação de Carano et al., (2004), umas das complicações
da utilização de mini-implantes está relacionada em confronto com outras formas de
ancoragem a danos causados aos nervos, vasos e raízes; perdas de parafusos
durante sua inserção ou aplicação de carga; outro grande risco da utilização de miniimplantes em tratamentos ortodônticos é a fratura dos dispositivos que ocorrem na
instalação ou remoção.
Para Villela, Bezerra e Menezes et al., (2006), a utilização dos microparafusos ainda é alvo de muita resistência por parte de alguns cirurgiões dentistas,
devido à possibilidade de lesões de raízes. Este tipo de problema pode ser evitado
através de três atitudes: a utilização de um guia cirúrgico; o tipo de anestesia, e a
utilização de mini-implantes autoperfurantes.
A fratura ocorre normalmente durante a cirurgia de instalação do miniimplante. Sua causa está relacionada à utilização de conta-ângulo e ao excesso de
pressão aplicada durante a inserção do mini-implante na cirurgia de instalação. A
qualidade e a densidade óssea podem influenciar na resistência, que aliada à
subperfuração pode potencializar a fratura da região próxima à cabeça do miniimplante (LABOISSIÈRE JÚNIOR et al., 2005).
A ocorrência de mucosidade do tecido mole da região ao redor do miniimplante, normalmente ocorre quando o mesmo é instalado em gengiva julgal. O
acúmulo do biofilme e da placa bacteriana sobre a cabeça do mini-implante é o
principal fator causal da mucosite. Esta implicação está normalmente relacionada à
má higienização (CHUNG et al., 2004).
Depois de constatada a inflamação dos tecidos moles é necessária a
remoção da aparatologia (elásticos, amarrilhos e molas) por uma semana, a
remoção do biofilme ou da placa bacteriana manualmente. A orientação da forma de
higienização correta para o paciente na área de instalação deve ser dada pelo
profissional (BAE et at., 2002).
Outro fator considerado como complicação do uso de mini-implante é a
perda de estabilidade, podendo ser observado durante ou até mesmo antes que se
comecem as aplicações de força no tratamento ortodôntico (CARANO et al, 2004).
Para evitar ou até mesmo para minimizar os perigos com fratura, é aconselhável a
realização de movimentos no sentido cêntrico tanto no processo de instalação como
da remoção, pois se evita a concentração de forças de forma brusca em um único
lugar (LABOISSIÈRE JÚNIOR et al., 2005).
Com os traumas de tecido mole durante o tratamento ortodôntico,
frequentemente, surgem lesões de reação inflamatória semelhantes a aftas nos
locais próximos a braquetes, tubos e outros. Portanto, a posição do mini-implante na
cavidade bucal pode funcionar como fator causal dessas pequenas lesões,
normalmente relacionadas ao contato da cabeça do mini-implante tanto em mucosa
julgal quanto na língua (LABOISSIÈRE JÚNIOR et al., 2005).
Os estudos desses autores vêm ao encontro de nossos anseios, no
sentido de mostrar que as complicações que envolvem o uso de mini-implantes
ortodônticos podem ser bastante minimizantes se o profissional de odontologia
adotar as técnicas de implantação nos padrões recomendados. O resultado do
tratamento sem margem de dúvidas será considerado satisfatório para o paciente.
4.4 Sítios Para Instalação de Mini-Implantes
A instalação de mini-implantes deve ser efetuada em regiões como as
descritas por Costa, Raffling e Melsen (1998), espinha nasal anterior, sutura palatina
mediana, crista infra-zigomática, região retromolar, áreas edêntulas e laterais do
processo alveolar e região anterior da mandíbula. Kyung et al., (2007) dá algumas
orientações para sítios e tamanhos de mini-implantes para ancoragem ortodôntica.
4.4.1 Área da Crista Infrazigomática
Este local segundo o autor pode ser utilizado para retrair a dentição
maxilar completa e tem como finalidade a correção das relações de canino e de
molar de Classe II e também podem ser utilizados para intrusão de molares
superiores se os mini-implantes palatinos são utilizados concomitantes. Para a
utilização de mini-implantes em área infrazigomática é necessário uma incisão um
pouco maior e a cirurgia é mais extensa quando comparada à colocação de miniimplante na área mucogengival. Se o osso for considerado de boa qualidade e o
tecido cortical esteja duro, entretanto um mini-implante de 5 a 6 mm de comprimento
é suficiente. É quase impossível manter a cabeça do mini-implante exposta, caso
isto ocorra será necessário a utilização de um fio de ligadura e deve ser estendido
de cabeça do mini-implante (método fechado) até a área da gengiva inserida
(KYUNG et al., 2007).
4.4.2 Área de Tuberosidade Maxilar
Esta localização é recomendada para a retração de dentes pósterosuperiores, sendo utilizada quando terceiros molares estão ausentes ou foram
extraídos e a cicatrização está completa. Entretanto, esta localização é considerada
como um desafio sob o aspecto cirúrgico para a colocação do mini-implante, e sua
utilização tem sido descrita em casos em que a estrutura óssea do osso cortical esta
comprometida.
Neste
caso
mini-implantes
considerados
longos
são
necessariamente indicados. A perfuração para incisão do parafuso neste caso não é
necessária devido à cobertura da gengiva inserida. Esta localização deve ser
prescrita somente em casos especiais sendo a área considerada como ponto de
inserção devido à angulação da colocação serem considerados como fatores críticos
para o sucesso da instalação dos mini-implantes (KYUNG et al., 2007).
4.4.3 Área Palatina Mediana
Este sítio é recomendado para qualquer tipo de movimentação de dentes
póstero-superiores incluindo unilateral do arco. Neste caso um mini-implante pode
ser ligado a um arco transpalatino podendo também ser utilizado para melhorar a
ancoragem e distalizar molares (KYUNG et al., 2007).
Nenhuma incisão é necessária antes de perfuração. Esta região é
considerada como cortical óssea de boa qualidade, mesmo em se tratando da sutura
palatina mediana. Portanto, mini-implantes com diâmetros maiores funcionam
melhor em áreas suturais (KYUNG et al., 2007).
4.4.4 Área Retromolar
Esta área é indicada quando se deseja a verticalização de molares
inferiores inclinados mesialmente e a retração de dentes inferiores ou de toda
dentição mandibular (KYUNG et al., 2007).
Caso o segundo molar, inferior apresente inclinação lingual, um miniimplante poderá ser colocado por vestibular para fornecer ancoragem para sua
verticalização bucal e retração distal dos dentes. Áreas retromolares oferecem
espessura adequada e cortical óssea de alta qualidade para uma implantação
considerada boa do mini-implante. A mucosa retromolar é espessa como a do
palato. O mini-implante deve ser inserido pelo menos 4 mm no osso, nestes sítios.
Deve ser tomado cuidado, para não fraturar o mini-implante durante a sua
colocação, porque o osso do arco mandibular é forte e denso. A colocação de miniimplantes em posição disto-vestibular do segundo molar inferior tende a ser
recoberta por tecidos moles. A espessura do tecido retromolar é variável de paciente
para paciente (KYUNG et al., 2007).
O planejamento para utilização de mini-implante no caso de verticalização
de molares inclinados deve ser determinado considerando a direção e o ponto de
aplicação de forças que sejam coincidentes com a direção do dente que está sendo
verticalizado. Para que a situação possa ser corrigida em cada caso é aconselhável
a utilização de um mini-implante com cabeça do tipo braquete (KYUNG et al., 2007).
4.4.5 Entre o Primeiro e Segundo Molares Por Vestibular
Esta localização segundo (KYUNG et al., 2007) é utilizada para retração
de dentes ânteros-inferiores, assim como para intrusão e movimentação distal de
molares inferiores. Esta localização também fornece sítios para mini-implantes em
casos de diagnósticos de mordida tipo tesoura como, exemplo, mordida cruzada
posterior vestibular e mordida cruzada tipo Brodie.
Para instalação deste sítio uma pequena incisão é feita através do tecido
mucogengival antes da perfuração. A cortical óssea, geralmente, oferece espesura
suficiente, para permitir uma colocação diagonal do mini-implante. A qualidade da
cortical óssea é excelente, com uma espessura média de cerca de 3 mm, e logo
devem ser avaliados os cuidados para a prevenção em relação à geração de calor
durante a perfuração (BAE; KYUNG, 2006).
A probabilidade de danos radiculares durante a colocação de miniimplantes entre o primeiro e o segundo molar inferior é bem menor do que se
colocado no arco maxilar. A distância entre as raízes do primeiro e do segundo
molar é cerca de 4,5 mm (BAE; KYUNG, 2006).
4.4.6 Entre o Primeiro Molar e o Segundo Pré-Molar Inferiores Por Vestibular
Esta localização para a instalação de mini-implante é indicada para a
retração de dentes póstero-inferiores. Poderá também ser utilizado como
ancoragem, para movimentar molares inferiores para distal e vestibular (BAE;
KYUNG, 2006).
Nesse caso há uma faixa estreita de gengiva inserida, logo o método
aberto é também de uso limitado nesta situação. Esta área tem cortical óssea de boa
qualidade e, novamente, deve-se ter cuidado, para prevenir a geração de calor
durante a perfuração do osso (KYUNG et al., 2007).
Esta área do sítio é mais recomendada para mini-implante que são
utilizadas, para retração de dentes ântero-inferiores. O mini-implante também pode
ser utilizado, para fornecer ancoragem na movimentação distal de molares inferiores
e para controlar, verticalmente, os molares inferiores durante a retração de dentes
anteriores (BAE; KYUNG, 2006).
4.4.7 Entre Caninos e os Primeiros Pré-Molares Inferiores Por Vestibular
Este sítio é indicado para a protação de molares inferiores. Esta área tem
uma faixa estreita de gengiva inserida logo, algumas vezes, é difícil empregar o
método aberto de posicionamento cirúrgico. O espaço entre as raízes do canino e do
primeiro molar é aproximadamente 2,2 mm. O volume do osso alveolar vestibular,
nesta área, não é tão espesso quanto a parte posterior da mandíbula (KYUNG et al.,
2007).
Esta localização é um sítio comum para colocação de mini-implante os
quais serão utilizados como ancoragem para mesialização de molares inferiores. Em
alguns casos, esta área apresenta uma oportunidade para ancoragem bi-cortical, se
necessário os mini-implantes podem passar por ambas as placas cortical vestibular
e lingual (BAE; KYUNG, 2006).
4.4.8 Sínfise Mandibular Por Vestibular
Este sítio de mini-implante é indicado para intrusão de incisivos inferiores.
Esta área tem uma faixa de gengiva muito estreita, portanto o método cirúrgico
aberto não é indicado. Entretanto, o osso nesta região, usualmente é considerado
como de boa qualidade. A distância entre os incisivos inferiores é pequena, portanto
é mais indicada a colocação diagonal de mini-implantes (KYUNG et al., 2007).
4.4.9 Áreas Edêntulas
Estas são consideradas as melhores áreas para a colocação de miniimplantes e para o controle de dentes adjacentes a espaços edêntulos com o
objetivo de conseguir movimentações como verticalização de molares. Outro fator
considerado excelente para esta localização, é que a cortical óssea é de boa
qualidade e não existe risco de danos às raízes (KYUNG et al., 2007). Podem ser
colocados dois mini-implantes lado a lado, se necessário, além de poderem conectar
as estruturas superiores com uma resina foto-ativável. Desta forma, diversas
conexões, inclusive braquetes, podem ser colocadas às estruturas dos miniimplantes; eles podem até ser utilizados como dentes artificiais. A seguir se
apresenta o quadro com os diâmetros dos mini-implantes, os quais devem ser
indicados de acordo com a região e a densidade óssea presente.
QUADRO 2 – Indicação da aplicação dos mini-implantes quanto ao diâmetro
Fonte: NASCIMENTO; ARAÚJO; BEZERRA, 2006.
4.5 Aplicações Clínicas Para Utilização de Mini-Implantes
Os mini-implantes são indicados principalmente para pacientes com
necessidade de ancoragem máxima; não colaboradores; número de elementos
dentários reduzidos; portadores de movimentos dentários considerados difíceis ou
complexos para os métodos tradicionais de ancoragem (por exemplo: casos
assimétricos e intrusão de molares) (MARASSI et al., 2005).
Outros estudiosos indicaram os mini-implantes para situações clínicas em
que os pacientes necessitam de ancoragem máxima, principalmente nas dentições
com ausência de dentes e em casos em que o paciente não colabora com o
tratamento. Nascimento, Araújo e Bezerra et al., (2006) indicaram os mini-implantes
para os casos clínicos de pacientes onde a necessidade de estabilidade de uma
ancoragem esquelética estável, evitam movimentos recíprocos e indesejáveis
durante o tratamento ortodôntico para correções da arcada dentária.
Rito et al.(2010), relaciona as seguintes indicações para a utilização de
mini-implantes: ausência de unidade de ancoragem; correção de linha média e
mordida cruzada; movimentos ortodônticos simples ou complexos; pacientes que
perderam ou não unidades dentais e necessitam de movimentos ortodônticos;
tração, retração, intrusão, mesialização e distalização dos dentes; tratamento
simultâneo entre ortodontia e implantodontia. Para um melhor entendimento a seguir
se apresentam de forma resumida as aplicações clínicas para utilização de miniimplantes por estudiosos que prescrevem sua utilização, elaborada pelo autor deste
estudo.
QUADRO 3 – Resumo das principais aplicações clínica
Em relação à eficiência clínica dos mini-implantes, são preocupantes as
falhas relacionadas à sua utilização e possíveis causas de problemas como a periimplantite e a fratura da peça. Um dos motivos de perda do mini-implante é o
acúmulo de biofilme ao redor do implante ou agressão mecânica persistente,
podendo causar problemas tais como inflamação aguda ou crônica e infecção
(BEZERRA et al., 2004).
Para evitar tais adversidades, alguns cuidados relacionados ao design
dos mini-implantes devem ser tomados. É indicada a existência de pescoço
transmucoso cilíndrico, para facilitar a união da peça ao tecido mole (interface
implante-tecido mole) e a higienização. A porção transmucosa dos mini-implantes
deve ser bem polida, para que se evite o acúmulo de biofilme nos tecidos locais.
Neste estudo, observou-se, através das fotomicrografias, que todas as marcas
atendem a esse cuidado no polimento dos mini-implantes, tanto em regiões do
pescoço quanto na cabeça das peças (YAO et al., 2004)
Para Kiung, 2007, outro cuidado importante no design é o diâmetro da
cabeça do mini-implante, que deve ser mais largo que o pescoço transmucoso, para
prevenir a cobertura da peça por tecido mole. No presente trabalho, todos os miniimplantes estudados apresentaram tal característica satisfatória. Outro ponto
desejado em relação aos mini-implantes deve ser a sua facilidade e diversidade de
aplicações. É bastante interessante a possibilidade de utilização de um mesmo miniimplante para aplicação direta e indireta, ou seja, a estrutura da cabeça deve ser
anatomicamente desenhada para possibilitar o uso concomitante de elástico e de fio
ortodôntico. Dos mini-implantes estudados, apenas o Mondeal apresentou slot que
possibilita a colocação de fio ortodôntico. As demais peças apresentam apenas
botão e orifício para colocação de elásticos e molas. O design deve assegurar à
peça a prevenção contra danos tissulares irreversíveis, tais como injúria à raiz. Para
isso, a porção apical da rosca deve ser mais estreita e o sistema de perfuração
indicado bastante seguro, de forma a eliminar qualquer possibilidade de ocorrência
de injúria permanente às estruturas anatômicas. Esta característica também facilita a
inserção do mini-implante e minimiza o trauma cirúrgico.
Segundo Massari et al. em 2005, estabilidade primária é um pré-requisito
para a cicatrização e está intimamente relacionada ao suporte ósseo. A rosca em
forma de cone assegura o efeito de condensação do osso, melhorando sua
qualidade e prevenindo destruição indesejável da cortical óssea, causada por
inserção excêntrica ou mudança do eixo durante a inserção, o que faz com que a
estabilidade do implante não seja muito influenciada pela habilidade do operador ou
pelo local de inserção do implante. Quanto à utilização de mini-implantes
autoperfurantes ou auto-rosqueantes (sem e com procedimento de perfuração
prévia, respectivamente), há controvérsias.
Alguns autores acreditam que os mini-implantes autoperfurantes são os
mais traumáticos, uma vez que este procedimento produz pressão física e
microfraturas na região óssea adjacente, podendo ocorrer lesão no periósteo e no
endósteo e necrose nas células ósseas. Entretanto, outros profissionais acreditam
que o sistema de mini-implante auto-rosqueante causa maior trauma ósseo, devido
ao calor friccional produzido pela fresa no ato de perfuração prévia. Há, ainda, os
que preferem realizar a perfuração prévia com instrumento manual de alto poder
cortante, para minimizar a produção de calor, realizando resfriamento com irrigação
intensa, especialmente onde o osso é mais espesso. Não foi objetivo deste estudo o
teste in vivo, para concluir qual a melhor opção a ser utilizada. Porém, estudos
clínicos mostram mais sucesso na utilização dos mini-implantes autoperfurantes,
uma vez que estes apresentam maior estabilidade primária, quando comparados aos
auto-rosqueantes (RITO et al., 2010).
5. CONCLUSÃO
Através da revisão da literatura pertinente e resultados obtidos neste
estudo concluímos que os mini implantes ortodônticos têm uma grande contribuição
e futuro como auxiliares no tratamento ortodôntico, no entanto, novos ensaios
mecânicos e avaliações devem ser realizados para padronização de tamanhos e
formas, bem como estabelecimento de um protocolo definitivo.
O uso de mini-implantes possibilita a execução de movimentos dentários
com ancoragem absoluta e veio substituir os procedimentos convencionais de
ancoragem, que necessitam da cooperação do paciente, os quais representam um
fator de imprevisibilidade, podendo conduzir a um resultado insatisfatório. Os
miniimplantes são indicados para os tratamentos ortodônticos que precisam de
ancoragem máxima para realização dos movimentos dentários, os quais não seriam
possíveis com os métodos de ancoragem convencionais, sendo inclusive contra
indicados em pacientes com doenças sistêmicas que impeçam a intervenção
cirúrgica e que comprometam a qualidade óssea.
Cuidados especiais e monitoramento contínuo também se fazem
necessários para o sucesso do tratamento. Controle acurado da higiene bucal,
incluindo atenção profissional antes e durante o movimento, é fundamental, visto
que a placa supragengival pode contribuir para a formação de placa subgengival,
durante a intrusão. Sugerem-se, também, radiografias periapicais periódicas, com
intervalos de quatro a seis meses, para monitorar o risco de reabsorções radiculares
quando fatores predisponentes forem identificados, como raízes em forma de pipeta
ou registro de traumatismos prévios.
Vale ressaltar que os mesmos cuidados geralmente tomados quando da
utilização da mecânica convencional, em relação à contenção, também devem ser
empregados após o movimento de retração anterior com a utilização dos miniimplantes. Sugere-se, então, a manutenção destes por um período adicional de
cerca de três meses, fazendo-se sua conexão com o dente, ou grupo de dentes que
foram movimentados, por meio de um fio de amarrilho, impedindo-se, desta forma, a
recidiva do movimento obtido.
Finalmente observamos que a simplicidade no emprego de miniimplantes, de forma versátil e eficaz, torna o trabalho dos ortodontistas,
indiscutivelmente superior aos tratamentos convencionas.
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uso de mini-implantes em retração dentária anterior