INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE - FUNORTE SOEBRAS PÓS-GRADUAÇÃO EM IMPLANTODONTIA MINI-IMPLANTES: REVISÃO DE LITERATURA ANTONIO CAMILO DE OLIVEIRA FILHO Brasília, DF 2012 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS MINI-IMPLANTES: REVISÃO DE LITERATURA ANTONIO CAMILO DE OLIVEIRA FILHO Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Implantodontia do Instituto de Ciências da Saúde ICS - Funorte – SOEBRAS, no Núcleo Brasília, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista. Orientador: Ms. Kepler Lester de Queiroz BRASÍLIA, DF 2012 FOLHA DE APROVAÇÃO TEMA: MINI-IMPLANTES: REVISÃO DE LITERATURA APRESENTAÇÃO DA MONOGRAFIA EM ….../......../......... COMISSÃO EXAMINADORA ________________________________________________________ Orientador: Prof. Ms. Kepler Lester de Queiroz _________________________________________________________ Prof. Ms. Convidado __________________________________________________________ Prof. Ms. Convidado DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais e meus filhos. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, em primeiro lugar, aos meus filhos, aos amigos Antonio Viana e Rosimary Castro Viana que muito contribuíram, colegas de curso, pelo apoio e amizade constante em todos os momentos, e a todos do Instituto de Ciências da Saúde ICS - Funorte – Soebras, do Núcleo Brasília. LISTA DE SIGLAS MI – mini-implante TAD - Temporary Anchorage Devide MIA - Mini Implant Anchorage MPO – Micro Parafuso ortodôntico °C - Graus Celsius Ncm – Newton centímentro gf – gramas força LISTA DE FIGURAS Figura 1 - As três partes do microparafuso........................................................16 Figura 2 - Mini-implantes de diferentes tamanhos.............................................18 Figura 3 - Mini-implantes com diferentes comprimentos da ponta ativa e perfil transmucoso......................................................................................................23 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................12 2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA ................................................................................14 2.1 Mini-implantes............................................................................................................................ 14 2.2 Características ........................................................................................................................... 15 2.3 Indicações .................................................................................................................................. 18 2.4 Contraindicações ...................................................................................................................... 19 2.5 Vantagens dos mini-implantes ............................................................................................... 20 2.6 Desvantagens dos mini-implantes ......................................................................................... 22 2.7 Tipos de mini-implantes........................................................................................................... 23 2.8 Protocolo / Planejamento......................................................................................................... 24 2.9 Processo de seleção dos mini-implantes ............................................................................. 28 2.10 Orientações ao paciente ........................................................................................................ 28 2.11 Insucessos com mini-implantes........................................................................................... 29 2.12 Sucesso dos Mini-implantes ................................................................................................. 31 3. ANCORAGEM E MINI-IMPLANTES ......................................................................34 4. O USO DE MINI-IMPLANTES..................................................................................36 5. DISCUSSÃO .................................................................................................................42 6. CONCLUSÃO...............................................................................................................46 7. REFERÊNCIAS............................................................................................................47 RESUMO Com a utilização dos mini-implantes, surge um novo conceito de ancoragem em Ortodontia, denominado ancoragem esquelética, a qual não permite a movimentação da unidade de reação. Os mini-implantes consistem em uma alternativa para a mecânica intrusiva, devido à ancoragem eficiente, não acarreta qualquer comprometimento estético, além de demandar mínima ou nenhuma colaboração do paciente e são instalados com o objetivo de ancorar o movimento de intrusão devendo estar posicionados de forma mais apicalmente possível. Palavras-Chave: Odontologia. Mini-implantes. Ancoragem. ABSTRACT With the use of mini-implantes, a new concept for orthodontic anchorage called skeletal anchorage, which does not allow the movement of the reaction unit. The mini-implantes consist of a mechanical alternative to intrusive due to the anchoring efficient, carries no esthetic, and require minimal or no patient cooperation and are installed in order to anchor the intrusion movement should be positioned more apically possible. Keys-Words: Dentristry. Mini screw. Orthodontic Anchorage PROPOSIÇÃO Este trabalho se restringirá a relatar, através de levantamento de pesquisa bibliográfica, a partir de sites renomados e especializados, como o da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial, Revista Ato, Revista Eletrônicas sobre Ciências da Saúde em Geral como a LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO, o do Jornal Brasileiro de Ortodontia Maxilar, International Journal of Biomaterials, a revisar a literatura existente sobre mini-implantes, utilizando artigos publicados de 2005 a 2012. 1. INTRODUÇÃO Os avanços tecnológicos e científicos estão presentes em todas as áreas. Na Odontologia, destaca-se que a ortodontia vem crescendo a cada ano e inovando suas técnicas, buscando tecnologias que aperfeiçoem o processo odontológico em geral. O pioneiro na Ortodontia com esse propósito foi Edward Hartley Angle, um norte-americano, nascido em 1855, criador da revista The American Orthodontist (1907 a 1912) exclusiva a respeito de material ortodôntico. (TANAKA, 2005). Um recurso tecnológico que vem apresentando bons resultados são os mini-implantes. Eles apresentam diversas indicações clínicas, como a retração do segmento anterior, que evita o uso de aparelho extra bucal como reforço de ancoragem, verticalização de molares, intrusão de dentes anteriores e até mesmo intrusão de molares. (MELO et al. 2007, p.23). A intrusão de molares tem sido almejada em Ortodontia há muito tempo. NAKAO; PINTO; GONÇALVES (2009). Com a utilização dos mini-implantes, surge um novo conceito de ancoragem em Ortodontia, denominado ancoragem esquelética, a qual não permite a movimentação da unidade de reação. (SIMÕES, 2010). O controle da ancoragem é de principal importância para o sucesso do tratamento ortodôntico, principalmente na correção das assimetrias, onde se torna ainda mais crítico. (VILELA; SAMPAIO; BEZERRA, 2008). O mini-implante foi confeccionado em titânio puro, com dimensões reduzidas de 1,2 mm de diâmetro e 6,0 mm de comprimento, de fácil instalação e, projetados para serem colocados em qualquer área de osso alveolar, com custo reduzido e maior conforto para o paciente, usado especificamente para fins de ancoragem ortodôntica (KONAMI, 1997 e 2001, apud ALBURQUERQUE et al., 2009, p.725). É dividido em três partes: a cabeça, 12 perfil transmucoso e ponta ativa (BEZERRA et al.2004, apud PERALTA, 2009, p.12). Os mini-implantes consistem em uma alternativa para a mecânica intrusiva, devido comprometimento à ancoragem estético, além eficiente, de não demandar acarreta mínima ou qualquer nenhuma colaboração do paciente. (ARAUJO et al., 2008). Este trabalho visa relatar a bibliografia disponível a respeito de miniimplantes. Propõem-se ainda, traçar orientações ao paciente, procedimentos de manutenção, vantagens e desvantagens da utilização dos mini-implantes, casos de sucesso e insucessos, planejamento e situações de uso dos miniimplantes. 13 2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA 2.1 Mini-implantes A nomenclatura destes dispositivos varia de acordo com os autores, sendo também conhecidos com miniparafusos ou microparafusos. (MARASSI et al., 2005, p.257). Os mini-implantes ortodônticos se estabeleceram como um importante recurso de ancoragem esquelética e vem demonstrando sua eficácia quando utilizados como método de controle de ancoragem. (VALARELLI, 2010, p.177); (MARASSI, 2008), além de oferecerem o mínimo de desconforto ao paciente. (JOSGRILBERT et al., 2008). O termo mini-implante também chamado de TAD (Temporary Anchorage Devide), MIA (Mini Implant Anchorage), aparece e se define depois de cair em desuso o termo inicial de microimplante em face de o prefixo micro ser utilizado quando seu tamanho corresponde ao algarismo 10 elevado a sexta potência, que só podem ser avaliados via microscópio. (ANDRANDE, 2007). Os mini-implantes são também denominados microimplantes, microparafusos e pinos de ancoragem, e fazem parte dos Dispositivos de Ancoragem Temporária. (CONSOLARO, et al., 2008). Com a utilização dos implantes, surge um novo conceito de ancoragem em Ortodontia, denominado ancoragem esquelética, a qual não permite a movimentação da unidade de reação. (ARAUJO et al., 2006, p.126). Eles servem como um método alternativo nos casos de ancoragem máxima. (VALARELLI, 2010, p.180). O uso dos mini-implantes como ancoragem ortodôntica, proporciona ancoragem absoluta em situações de movimentação ortodôntica que necessitam de máximo controle. (BRANDÃO; MUCHA, 2008). São inseridos com o propósito de criar uma forma de ancoragem adicional, na qual a colaboração do paciente se torna quase dispensável, podendo ser removido após o tratamento. (JOSGRILBERT et al., 2008). Existem diversas formas de ancoragem como a barra-lingual e transpalatina, botão de Nance, elásticos intermaxilares e aparelho extrabucal. Apesar de eficientes em muitos casos, permitem certo grau de movimentação da unidade 14 de ancoragem ou são dependentes da colaboração do paciente. (ARAUJO et al., 2006, p.126). São inúmeras as causas das assimetrias dentárias, dentre elas: anquilose de molares decíduos; irrupções ectópicas de unidades permanentes; perda unilateral do leeway space; ausência congênita de dentes; dentes supranumerários, hábitos e perda precoce de dentes decíduos ou permanentes. (VILELA; SAMPAIO; BEZERRA, 2008). Quanto à localização para a sua implantação, os mini-implantes podem ser inseridos na região sagital mediana ou paramediana do palato duro da maxila, na cortical ou osso alveolar da área molar mandibular, bicorticalmente na área molar e de pré-molar, e no osso zigomático para correções ortodônticas e ortopédicas (BRANDÃO; MUCHA, 2008). 2.2 Características: Os mini-implantes são confeccionados de liga de titânio, variando quanto à forma, design e medidas, de acordo com a marca comercial. Possuem três porções distintas: cabeça - área para instalação de dispositivos ortodônticos; porção transmucosa ou pescoço - região existente entre a porção rosqueável e a cabeça do mini-implante (geralmente lisa, acomoda os tecidos periimplantares) e porção rosqueável - parte ativa do mini-implante. A cabeça do mini-implante: pode ter um orifício, um gancho ou botão em sua extremidade. Também pode ser encontrada com design de braquete, oferecendo a vantagem de proporcionar o controle tridimensional, bem como a ancoragem indireta e são acoplados os dispositivos como molas, elásticos ou fios de amarrilho, para ancoragem ou movimentação, conforme o planejamento. A porção transmucosa: apresenta-se em comprimentos variados, possibilitando sua colocação em diferentes sítios. Quanto mais bem 15 polida apresentar-se esta parte da peça menor a possibilidade de infecção nos tecidos adjacentes. A porção rosqueável varia nos diâmetros de 1 a 2mm, sendo o corte da rosca característica importante a ser considerada na escolha da peça. Os mini-implantes perfurantes têm o ápice extremamente fino e afiado, dispensando, na maioria dos casos, a utilização de qualquer procedimento adicional para perfuração óssea, enquanto os de ápice arredondado necessitam de perfuração com broca, no sítio onde serão posicionados, sendo estes denominados implantes autorosqueantes. (SQUEFF et al. 2008, p.50). Figura1: as três partes do microparafuso: a) cabeça, b) perfil transmucoso e c) corpo Fonte: Villela; Bezerra; Laboissière Jr, 2006 16 Quanto ao formato das roscas, o parafuso poderá ser auto rosqueante ou autoperfurante. No caso dos mini-implantes auto rosqueantes haverá necessidade da utilização de uma fresa inicial para abertura do leito cirúrgico. Esta fresa pode variar de diâmetro e deverá ser proporcional ao diâmetro do mini-implante no intuito de obter uma boa estabilidade primária pós-cirúrgica. (ANDRADE, 2007). Segundo Araujo et al., (2008), o mini-implante pode ser autorosqueante ou autoperfurante. O primeiro, devido ao poder de corte presente, após a osteotomia inicial (perfuração da mucosa gengival e cortical óssea com uma fresa), cria seu caminho de entrada no osso. O segundo, por não necessitar de fresagem óssea, tem o processo operatório mais simples e rápido. No que diz respeito à seleção do comprimento ideal do mini-implante ortodôntico a ser utilizado, deverão ser levadas em consideração a estabilidade primária e a preservação das estruturas nobres vizinhas à área operada, como raízes e feixes vásculo nervosos. (ARAUJO et al., 2008). A definição do comprimento e diâmetro do mini-implante cabe ao profissional que irá realizar a instalação. “A densidade do osso cortical é um fator essencial para a retenção do mini-implante, e varia de acordo com os pacientes e também com o local onde será aplicado”. MELO et al (2007, p.23). Para (Zétola, Michaelis e Moreira, 2005, p.99), os mini-implantes para ancoragem ortodôntica, devem ser suficientemente pequenos para serem colocados em qualquer área do osso alveolar, até mesmo no osso apical. Inicialmente, foram utilizados para ancoragem ortodôntica, parafusos de titânio destinados à fixação de fraturas e enxertos ósseos. Atualmente, os miniimplantes ortodônticos são produzidos com uma liga de titânio grau V (Ti-6Al4V), que os tornam mais resistentes à fratura e menos bioativos do que os parafusos utilizados anteriormente. (MARASSI; MARASSI; COZER, 2008, p.199). 17 Figura 2: Mini-implantes de diferentes tamanhos. Fonte: Fortini et al. 2004 2.3 Indicações: Os mini-implantes apresentam diversas indicações clínicas, entre elas: retração do segmento anterior, evitando o uso de aparelho extra bucal como reforço de ancoragem, verticalização de molares, intrusão de dentes anteriores e até mesmo intrusão de molares. (MELO et al., 2007, p.23). Para Marzola et al. (2008,p.223), os mini-implantes são indicados para pessoas com necessidade de movimentações dentárias complexas como a intrusão de molares, a distalização e mesialização de dentes posteriores, múltiplas perdas dentárias, principalmente os dentes posteriores, com dificuldades de aplicação de forças e a manutenção da ancoragem. A necessidade de ancoragem máxima, como nos casos com extração de prémolares e indicação de retração anterior, além de naturalmente, para pessoas não colaboradoras, que não aceitam os aparelhos extrabucais e/ou elásticos intermaxilares. A utilização de microparafusos como elementos de ancoragem simplifica a aparatologia ortodôntica e minimiza efeitos colaterais de forças indesejadas (VILELA; SAMPAIO; BEZERRA, 2008). 18 Segundo Marassi et al., (2005, p.257), os mini-implantes são indicados para pacientes nos seguintes casos: 1. Com necessidade de ancoragem máxima; 2. Não colaboradores; 3. Com número reduzido de elementos dentários; 4. Com necessidade de movimentos dentários, considerados difíceis ou complexos para os métodos tradicionais de ancoragem. Segundo Marassi; Marassi (2008, p.57), O uso de mini-implantes como auxiliares da fase de retração anterior irá beneficiar, principalmente, os indivíduos que apresentem: 1. dificuldades em colaborar com o uso de aparelhos extrabucais, elásticos intermaxilares ou com outros métodos de ancoragem; 2. necessidade de ancoragem máxima no arco superior, inferior ou ambos; 3. unidade de ancoragem comprometida, por número reduzido de elementos dentários, por reabsorção radicular ou por sequelas de doença periodontal; 4. plano oclusal inclinado na região anterior 2.4 Contraindicações: Segundo Marassi et al., (2005, p.258), os mini-implantes são contraindicados aos pacientes que apresentam determinados distúrbios metabólicos como diabetes juvenil (tipo 1), distúrbios hematológicos envolvendo eritrócitos (anemia), leucócitos (defesa reduzida), os portadores de distúrbios ósseos locais e sistêmicos e ainda os indivíduos que estão sob tratamento de radioterapia, presença de espaço insuficiente entre as raízes e 19 pacientes grávidas (devido ao estresse envolvido e a possibilidade de gengivite gravídica). Consolaro et al, (2008), avalia que as principais contra indicações absolutas no uso de mini-implantes são os distúrbios metabólicos do tipo diabetes juvenil tipo I; distúrbios hematológicos envolvendo eritrócitos (Anemia), leucócitos (imunidade baixa); portadores de distúrbios ósseos locais e sistêmicos; indivíduos que estão sob tratamento de radioterapia. 2.5 Vantagens dos mini-implantes: As principais são o baixo custo, forma simples de colocação e remoção, carga imediata, possibilidade de colocação entre as raízes e, principalmente a estabilidade contribuiu para o avanço deste método. (MARZOLA et al., 2008). Podem ser utilizados nos movimentos ortodônticos de intrusão anterior ou posterior, retrusão da bateria anterior, mesialização dos dentes posteriores, tração de dentes inclusos e verticalização de molares, dentre outras aplicações. (PERALTA, 2009, p.3). A utilização do mini-implante estará sempre associada ao tratamento ortodôntico possibilitando uma ancoragem esquelética, com a finalidade de minimizar e, reduzir o tempo de tratamento, trazendo ao Cirurgião Dentista um maior controle das movimentações dentárias. (ALBUQUERQUE et al., 2009, p.723). Um fator que colaborou para o sucesso dos mini-implantes foi o aperfeiçoamento da técnica, simplificando-a, pois os primeiros dispositivos de ancoragem do mercado utilizavam a perfuração óssea (fresagem) antes da colocação do parafuso e atualmente, existem os mini-implantes auto perfurantes. (BRANDÃO et al., 2008, p.255). Os mini-implantes apresentam-se como uma técnica simples e pouco invasiva, sem necessidade da utilização de terapia medicamentosa antes ou após sua inserção, sendo confortáveis para o paciente. (SQUEFF et al., 2008,p.49). 20 Os mini-implantes podem ser colocados em qualquer área do osso alveolar, não osseointegrando e de fácil remoção, apresentam procedimento cirúrgico simples e possibilidade de carga imediata. (RIGON, 2011). Uma das vantagens da utilização de microparafusos em relação aos elásticos cruzados é a possibilidade de atuar em apenas um arco isoladamente, evitando efeitos deletérios no arco oposto, como, por exemplo, forças extrusivas. (VILELA; SAMPAIO; BEZERRA, 2008). Dentre as vantagens do uso dos mini-implantes, destacam-se: instalação relativamente simples; fácil remoção; boa aceitação por parte do paciente; permite aplicação em diversos sítios, possibilitando inúmeras aplicações clínicas; permite melhorias mais significativas na estética facial; redução do tempo de tratamento; mais discreto e seguro para o paciente quando comparado com aparelhos extrabucais (elimina o risco de dano ocular associado ao uso de aparelhos extrabucais) e apresenta mínima dependência da colaboração do paciente. (MARASSI, C.; MARASSI, C. COZER, 2008). Segundo Ducos (2010), os mini-implantes possuem vários benefícios: fácil inserção e remoção, baixo custo, pequeno tamanho, possibilidade de ser implantado no osso alveolar sem complicações significativas, diversidade dos possíveis locais de inserção e facilidade de criar os sistemas de ancoragem. Além disso, ele permite a aplicação da carga logo após a inserção sem aguardar a cicatrização. Laboissière Júnior et al., (2005 apud Giani, 2010), listaram as vantagens da ancoragem absoluta com os mini-implantes ortodônticos: Menor dependência da colaboração do paciente. Diminui a necessidade do uso de aparatologia extrabucal, de elásticos intermaxilares, de barra transpalatina ou de arco lingual de Nance. Maior previsibilidade no tratamento ortodôntico. Menor tempo de tratamento ortodôntico. Mais conforto para o paciente 21 Estética mais favorável Simplificação da mecânica ortodôntica em casos complexos. Tratamento ortodôntico em pacientes com impedimentos absolutos ou relativos para a substituição de elementos perdidos por implantes osseointegráveis. Em alguns casos de intrusão não há necessidade de montagem de aparelho em todo o arco, simplificando a mecânica e evitando efeitos colaterais indesejáveis. Menor efeito colateral indesejável na mecânica ortodôntica. Cirurgia de instalação e remoção simples e menos invasiva Exames pré-operatórios simplificados. Baixo custo financeiro. Dispensa o uso do laboratório de prótese 2.6 Desvantagens dos mini-implantes: Segundo Zétola; Michaelis; Moreira (2005, p.98), o uso de miniimplantes é dependente da cooperação do paciente, podendo afetar a previsibilidade do sucesso e o tempo previsto do tratamento. O risco de fratura está intimamente relacionado ao diâmetro do implante utilizado, uma vez que, geralmente, ocorre em casos de implantes de diâmetro muito fino ou cujo pescoço não seja resistente o suficiente para suportar a tensão no momento da sua remoção e também pode ocorrer por falha do operador, em caso de aplicação de força excessiva na colocação de miniimplante do tipo autorosqueável ou autoperfurante. Outro problema comum advém da utilização de mini-implantes com porção transmucosa mal polida, o que predispõe à infecção nos tecidos locais. (SQUEFF et al., 2008, p.51). Segundo Jardim (2009) são desvantagens no uso de mini-implantes: Possível acometimento de nervos e vasos sanguíneos no ato cirúrgico; irritação da mucosa do palato e hiperplasia gengival devido à má higiene oral; possível 22 fratura do mini-implante no momento da inserção, devido a excesso de força; tendência a sofrer pequena inclinação em relação ao seu eixo no sentido da aplicação da força; incapacidade de resistir às forças de rotação; aproximação com a superfície radicular, que pode ser tocada durante sua inserção, movimentação e afrouxamento do mini-implante e a cobertura do parafuso pela gengiva adjacente. 2.7 Tipos de mini-implantes: Os mini-implantes variam de acordo com sua espessura, seu comprimento e tamanho de seu perfil transmucoso, podendo apresentar os diâmetros entre 1,0 e 2,0mm, comprimento de 4 a 15mm e perfil transmucoso entre as medidas de 1 a 3mm. (BRANDÃO, 2008). Figura 3 – Mini-implantes com diferentes comprimentos da ponta ativa e perfil transmucoso. Fonte: BRANDÃO, 2008. 23 2.8 Protocolo / Planejamento: O planejamento da cirurgia de instalação dos mini-implantes deve atender ao objetivo maior que é a obtenção de uma estabilidade inicial, a qual conferirá imobilidade ao sistema de ancoragem. (ANDRADE, 2007). Segundo Augusto, (2008), devem-se observar as seguintes etapas: 1. Escolha do Parafuso: esses parafusos produzidos a partir de liga de titânio grau V. Variando entre 1,2 a 2 mm de diâmetro com 6 a 12mm de comprimento. Forma do parafuso mais utilizada é a cônica e o tipo de rosca é a auto perfurante, pois facilita a inserção dos pinos, através da mucosa inserida. 2. Seleção do local de instalação: para selecionar os sítios onde os miniimplantes poderão ser instalados, é importante conhecer a anatomia da região e saber se há espaço suficiente entre as raízes dos dentes. Esses são requisitos mínimos para o sucesso do procedimento. 3. Biomecânica: a sua indicação clínica é bastante ampla podendo ser usados como: auxiliares nos movimentos de retração anterior, mesialização e distalização dos molares e intrusão dos dentes anteriores e posteriores. 24 Segundo Marassi e Marassi, (2008, p.70): REGIÃO DIÂMENTRO (mm) ROSCA ATIVA PERFIL TRANSMUCOSO ANGULAÇÃO MAXILA E MANDIBULAR REGIÃO ANTERIOR 1.5 mm 6 mm 1 mm 60° a 90° MAXILA VESTIBULAR POSTERIOR 1.5 mm 6 mm 1 mm 30° a 60° MAXILA PALATINA POSTERIOR 1.8 mm 6 mm 2 mm 30° a 60° SUTURA PALATINA MEDIANA 2.0 mm 6 mm 1 mm 90° a 110° MANDÍBULA VESTIBULAR POSTERIOR 1.5 mm 6 mm 1 mm 30° a 90° ÁREA EDÊNTULA OU RETROMOLAR 2.0 mm 8 mm 2 mm 0° Segundo Augusto (2008): REGIÃO DIÂMETRO (mm) COMPRIMENTO INTRAÓSSEO ANGULAÇÃO MAXILA E MANDIBULAR REGIÃO ANTERIOR 1.3 a 1.6 5 a 6 mm 60° a 90° MAXILA VESTIBULAR POSTERIOR 1.3 a 1.6 6 a 8 mm 30° a 60° MAXILA PALATINA POSTERIOR 1.5 a 1.8 7 a 9 mm 30° a 60° SUTURA PALATINA MEDIANA 1.6 a 2.0 5 a 6 mm 90° a 110° MANDÍBULA VESTIBULAR POSTERIOR 1.3 a 1.6 5 a 7 mm 30° a 90° ÁREA EDÊNTULA OU RETROMOLAR 1.6 a 2.0 7 a 9 mm 0° 25 Planejamento cirúrgico para instalação dos micro parafusos ortodônticos: De acordo com Nascimento; Araújo; Bezerra (2006): Planejamento e instalação cirúrgica Planejamento da ancoragem Avaliação radiográfica panorâmica e periapical Definição do número e localização dos microparafusos Definição do diâmetro e comprimento dos microparafusos Confecção de guia radiográfico Higiene bucal pré-cirúrgica Orientação de higienização e utilização de métodos específicos de manutenção e monitoramento da saúde peri-implantar Prescrição medicamentosa Protocolo cirúrgico para instalação dos micro parafusos auto perfurantes: Segundo Villela; Bezerra; Laboissière Jr, (2006): O protocolo cirúrgico para instalação dos microparafusos autoperfurantes é simples e reduz a possibilidade de lesão de raízes. Preparo do paciente: antes do ato cirúrgico é feito bochecho durante um minuto, com gluconato de clorexidina a 0,12% e 2% para anti-sepsia extrabucal ou com solução degermante de iodopolividona a 10%. 26 Avaliação clínica da gengiva: o local de eleição para a instalação do microparafuso deve ser, preferencialmente, em mucosa ceratinizada, quando o local de eleição para instalação é a mucosa alveolar (não ceratinizada), tornase necessário fazer uma incisão para a instalação do microparafuso sem perfil transmucoso abaixo da mucosa, conectado à cavidade bucal através de um fio de amarrilho trançado. Avaliação radiográfica: após a análise clínica do local de instalação do MPO é feita uma radiografia periapical para avaliação do espaço ósseo disponível. Anestesia: a anestesia deve ser subperiostal no local de instalação do microparafuso. Instalação do microparafuso autoperfurante: o processo de instalação pode ser dividido em 3 partes: a escolha definitiva do local de instalação, perfuração da mucosa e a instalação do MPO. Avaliação da estabilidade primária: a avaliação deve ser feita com o auxílio da sonda exploradora ou da sonda milimetrada, que deve exercer uma pressão na cabeça do microparafuso com a finalidade de verificar a estabilidade do mesmo. Avaliação radiográfica final: a avaliação final deve ser feita com radiografias periapicais, levando-se em conta as distorções e superposições de imagens comuns neste tipo de radiografia. Algumas vezes torna-se necessário mais de uma tomada radiográfica para a confirmação de que o microparafuso não atingiu raízes dentárias ou estruturas anatômicas vizinhas 27 Instalação cirúrgica: O procedimento cirúrgico ocorre da seguinte forma, segundo Min Bae et al, (2003, p57-58) : 1) Medicação prévia, se necessário. 2) Localização do local de inserção, a partir de um guia, visualizado na radiografia bitewing 3) Administração de anestesia local (lidocaína a 2%). 4) Pequena incisão com bisturi. 5) Perfuração de um “orifício piloto” de 1 mm de diâmetro, somente através do osso cortical. 6) Inserção do microimplante de 1,2mm com o uso de uma chave. As forças ortodônticas podem ser aplicadas após a cicatrização do tecido mole, o que leva normalmente duas semanas. 2.9 Processo de seleção dos mini-implantes: A seleção dos mini-implantes se inicia na avaliação do local a ser colocado, de acordo com a proximidade das raízes a densidade do tecido ósseo a ser perfurado para colocação dos parafusos quantidade de gengiva na região da colocação, conforme sua resistência à tração, para que resista às forças ortodônticas para as quais ele foi selecionado. (BRANDÃO, 2008, p.255) 2.10 Orientações ao paciente: Segundo Villela; Bezerra; Laboissière jr., (2006): 28 O paciente deve ser orientado a observar três importantes aspectos: higiene da cabeça do microparafuso, avaliação da estabilidade e sintomatologia dolorosa. A manutenção de uma boa higiene do microparafuso é muito importante para garantir a saúde aos tecidos peri-implantares. Esta higiene deve ser feita com escova dental de cerdas macias embebidas em colutório bucal (Gluconato de clorexidine 0,12%). A falha neste controle da higiene pode comprometer o sucesso de todo o procedimento, e deve ser avaliado rigorosamente pelo ortodontista. O paciente deve ser orientado para avisar imediatamente o cirurgião ou ortodontista se observar alguma mobilidade do microparafuso, pois o mesmo deve apresentar boa estabilidade durante todo o período da sua presença na cavidade bucal. 2.11 Insucessos com mini-implantes: Apesar de pouco frequentes, as principais causas de insucesso na utilização dos mini-implantes estão relacionadas a sua fratura, perda de estabilidade e lesão de tecido mole. (BRANDÃO, 2008, p.255). Os mini-implantes apresentam um considerável percentual de insucesso clínico devido à instabilidade imediata ou tardia. (GIGLIOTTI et al. 2011, p.48). Pode acontecer a mucosite. É a inflamação do tecido mole da região ao redor do mini-implante. Normalmente ocorre quando o mini-implante é instalado em gengiva jugal. (GIANI, 2010). Segundo Augusto, 2010 há riscos de complicações na sua utilização dos mini-implantes tais como: Fratura do parafuso: A fratura ocorre, normalmente, durante a cirurgia de instalação. A remoção da parte remanescente é necessária, se a região fosse alvo de movimentação ortodôntica. 29 Mucosite: Inflamação do tecido mole ao redor do parafuso ocorre, normalmente, quando o mini-implante era inserido em mucosa alveolar. A instalação do mini-implante em gengiva queratinizada, juntamente com uma correta higienização reduz o risco de ocorrer mucosite. Perda da estabilidade: O acúmulo de biofilme, sobre a cabeça do miniimplante, é principal fator casual das perdas e estava relacionada à má higienização. Lesão de tecido mole: Lesões de tecido mole semelhante a aftas surgem durante o tratamento com ancoragem absoluta em decorrência do contato da cabeça dos mini-implantes com a mucosa e/ou com a língua. Segundo Jardim (2008), ocorreram complicações na sua utilização com mini-implantes tais como a perda de estabilidade; a mucosite peri-implantar; a lesão de mucosa; a lesão de raízes e a fratura do mini-implante. Dentre os principais problemas que podem ocorrer está na mobilidade ou deslocamento do mini-implante. Nos casos em que ocorre pequena mobilidade, recomenda-se reaperto do implante e manutenção de força de baixa intensidade. (MARASSI; MARASSI, C.; COZER, 2008). Segundo Albuquerque et al., (2009, p.733), os principais fatores que contribuem para o insucesso desse tipo de tratamento podem relacionar-se: Iatrogênicos: Calor excessivo durante a utilização das brocas. Danos radiculares ou aproximação. Estabilidade mecânica inicial inadequada. Contaminações do mini-implante. Inflamações decorrente de comprometimento gengival causado por materiais elásticos. 30 Injurias em estruturas anatômicas. Fraturas do mini-implante. Intrínsecos: Doenças sistêmicas. Qualidade e quantidade óssea. Faixa de gengiva inserida disponível. Idade e condição física. Inflamações decorrente de má higienização bucal. Microfloras bucal, salivação, respiração bucal 2.12 Sucesso dos Mini-implantes: O sucesso dos mini-implantes dependeria também de diversos fatores como a habilidade do cirurgião, as condições físicas do paciente, além de uma adequada higiene bucal. Também foi notado que poucas falhas foram observadas quanto aos mini-implantes. (PERALTA, p.11) Segundo Marassi et al., (2005, p.263), são passos para que se obtenha sucesso no tratamento com mini-implantes: 1. Planejamento cuidadoso na escolha do local de instalação, do tipo de mini-implante e do nível de força a ser aplicado sobre o mini-implante; 2. Evitar cirurgia traumática, utilizando contra-ângulo de redução e irrigação adequada para evitar aquecimento durante a perfuração; 3. Evitar instalação de mini-implantes em mucosa alveolar; 4. Utilizar implante mais espesso ou dois implantes conjugados nos casos de pacientes dolicofaciais ou pacientes com corticais delgadas; 5. Evitar aplicação de força excessiva sobre o mini-implante durante o tratamento; 31 6. Fornecer orientações pós-operatórias para os pacientes, contendo instruções para ótima higiene oral ao redor do implante e para que o paciente evite pressão com a língua ou dedo sobre o implante. 7. Evitar inflamação ao redor do mini-implante durante o uso deste dispositivo como auxiliar do tratamento ortodôntico. 32 33 3. ANCORAGEM E MINI-IMPLANTES A ancoragem é um princípio importante para o sucesso do tratamento ortodôntico e seu controle é fundamental para a obtenção dos resultados desejados. Os recursos de ancoragem mais utilizados comumente são limitados e muitas vezes dependem da colaboração do paciente. A ancoragem por implantes tem a grande vantagem de serem mais estáveis, sendo utilizada para a movimentação de dentes individualmente ou em grupo. OLIVEIRA e SILVA et al. (2010). A ancoragem esquelética foi introduzida em 1983 por Creekmore e Eklund, através do uso de parafusos sobre a espinha nasal anterior para intrusão dos incisivos e vários métodos de fixação têm sido realizados utilizando dispositivos rígidos para movimentação dentária como implantes dentários, mini-implantes e mini placas de titânio. (FREIRE-MAIA; PEREIRA; RIBEIRO, 2011, p.133). A ancoragem pode ser definida em Ortodontia como a resistência ao movimento dentário indesejado. MELO et al (2007, p.21), e também é um dos parâmetros mais importantes no tratamento ortodôntico. (DUCOS, 2010, p.19). O controle da ancoragem é fundamental para o sucesso do tratamento ortodôntico, sem ela seria impossível a obtenção de uma oclusão ideal através de uma mecânica ortodôntica. (ZÉTOLA, MICHAELIS e MOREIRA, 2005). A ancoragem poder ser obtida, tanto por mecanismos intrabucais (Barra palatina, Botão de Nance, etc), como por meio de aparelhos extrabucais, o que torna a colaboração do paciente imprescindível para o sucesso do tratamento.” MELO et al (2007, p.21). A ancoragem dentária pode ser usada como auxílio no tratamento ortodôntico, entretanto para movimentos dentários aonde a ancoragem tem que ser máxima, o uso do dispositivo extrabucal seria o mais indicado. (ZÉTOLA, MICHAELIS e MOREIRA, 2005, p.98). Diversos problemas de ancoragem 34 podem ser resolvidos com a utilização dos mini-implantes. (DUCOS, 2010, p.22). Segundo Sequeff et al (2008 apud Simões, 2010) avaliaram os MI utilizados na ancoragem ortodôntica, com a finalidade de identificar características importantes para o bom desempenho deste recurso como acessório de ancoragem. Foram analisados 30 MI (5 peças de cada grupo) sendo 4 de marcas nacionais (INP, SIN, Conexão e Neodente) e um de marca alemã (Mondeal). Para observação da topografia e design das peças, as mesmas foram montadas em bases de alumínio próprias para este fim, com fita dupla face de carbono e levadas ao microscópio eletrônico de varredura. O equipamento utilizado foi o modelo LEO 940 (Zeiss, Alemanha), na faixa de alto vácuo, com 20kv de aceleração e corrente do filamento de0,8μA. Foram realizadas fotomicrografias de 25x,50x, 100x e 200x dos mini-implantes estudados, sendo obtidas imagens da cabeça, da porção transmucosa e da porção rosqueável das peças. Foi feito também análise de dispersão de RX, medições em projetor de perfil digital para avaliar a profundidade das roscas e a distância inter-roscas. Com relação ao torque de inserção e ocorrência de fratura os que tiveram maior média de resistência foram os de maior diâmetro. Concluindo-se que após caracterização da topografia e design dos miniimplantes estudados, bem como do teste de torque, todos os MI testados estão aptos à utilização clínica como reforço de ancoragem ortodôntica Segundo Umemori et al., (apud Zétola, Michaelis e Moreira, 2005, p.99), foi desenvolvido um sistema de ancoragem intrabucal esquelética por meio de implantes temporários de mini placas de titânio na maxila e/ou mandíbula, com o propósito de corrigir mordidas abertas esqueléticas pela intrusão de molares. Concluíram que a intrusão molar associa-se a uma mínima extrusão de incisivos inferiores e uma rotação do plano oclusal no sentido anti-horário. 35 4. O USO DE MINI-IMPLANTES Os microparafusos podem ser empregados com sucesso nos diversos tipos de assimetrias dentárias, como: inclinação do plano oclusal, desvio de linha média, relação molar assimétrica e mordida cruzada posterior unilateral (VILELA;SAMPAIO;BEZERRA, 2008). A utilização dos mini-implantes onde se faz necessária a intrusão de molares tem-se mostrado bastante apropriada, uma vez que promove vetores verticais de força, sem a presença de forças extrusivas recíprocas nos outros dentes. (SQUEFF et al., 2008, p.50). Os mini-implantes que são instalados com o objetivo de ancorar o movimento de intrusão devem estar posicionados de forma mais apicalmente possível, tanto no arco superior quanto no inferior, respeitando-se, em geral, os limites da mucosa queratinizada, tal distância proporciona maior possibilidade de ativação do sistema assim como diminui, durante a intrusão, o risco de lesões às raízes das unidades dentárias adjacentes, que poderiam ocorrer pela proximidade com uma área mais ampla da superfície radicular. (POGGIO et al., (2006 apud SOARES, 2011). Segundo Cope, 2005 apud Soares, 2011, há muito tempo a ortodontia tem trabalhado de forma intensa em diversos mecanismos para a intrusão de dentes posteriores e o controle da dimensão vertical. Entre os dispositivos utilizados estão os seguintes: bite blocks posteriores (apoio interoclusal de acrílico, de espessura variável, ajustado aos dentes posteriores, mantendo a mandíbula aberta de 3 a 4 mm além de sua posição de repouso), forças extrasorais, forças advindas de magnetos, cirurgias ortognáticas, entre outros. Embora todas essas opções sejam viáveis, elas estão atreladas a certas limitações, tais como dificuldade no controle de forças e colaboração do paciente. Há um grau de dificuldade maior quando se tenta realizar a intrusão dos molares com o uso dos procedimentos ortodônticos convencionais, porém, 36 através da mini placa como ancoragem rígida, pode-se conseguir a intrusão dos mesmos. (ZÉTOLA, MICHAELIS e MOREIRA, 2005, p.99). Araujo et al., (2008) estabelece o seguinte protocolo para intrusão dentária: Em incisivos: Incisivos com inclinação adequada utilizar dois miniimplantes, um do lado direito e outro do esquerdo, instalados o mais apicalmente possível entre a raiz do incisivo lateral e do canino. Com inclinação desfavorável utilizar apenas um na linha média próxima à espinha nasal. Em caninos: Em caninos, para manter sua posição axial, é necessário colocar dois miniparafusos um pela mesial e o outro na distal por vestibular, utilizando o fio do aparelho fixo junto à coroa para impedir movimentos indesejáveis de inclinação dental. Dentes posteriores: Dentes posteriores individuais necessitam a instalação de dois mini-implantes sendo um oposto ao outro, portando, vestibular e palatino, mesial e distal. Para dentes posteriores em grupo deve seguir a mesma região do individual mudando apenas a forma da utilização das forças Consolaro et al., (2009), para a correção da linha média e ausência de dentes posteriores, os mini-implantes devem ser instalados distalmente ao espaço a ser utilizado para a correção. Kravitz et al., (2008), a partir de dois mini-implantes ortodôntico para fixação esquelética para intruir o molar superior, houve simplificação do tratamento ortodôntico, eliminando a necessidade de uma cirurgia extensa, aparelhos extra bucais, e ancoragens intra orais e preservado o indispensável esmalte dentário e também gastos econômicos menores. 37 Zétola, Michaelis; Moreira, (2005. p.103), em um estudo utilizou-se a ancoragem ortodôntica rígida com sucesso para a intrusão de seis milímetros dos molares superiores no lado esquerdo, aonde o tratamento com ancoragem dentária não havia surtido efeito desejado. A paciente possuindo os dentes 26 e 27 com extrusão importante devido à ausência dos antagonistas. Foi instalado um aparelho fixo superior, utilizando uma barra transpalatina nos dentes 15 e 25 para ancoragem com objetivo de intruir os molares superiores esquerdos, além do dispositivo quadri-hélice para auxiliar no descruzamento do dente 18. O tempo de força intrusiva através de elásticos verticais foi de 5 meses e a intrusão obtida foi de 6 mm. Após a remoção do aparelho ortodôntico, fez-se a clareação dentária superior e inferior, instalação de próteses definitiva sobre os implantes e reabilitação estética dentária. Kanomi (1997, apud BAKRI, 2010) utilizou um sistema de mini-implantes especificamente desenhados para o uso em Ortodontia, descrevendo um protocolo cirúrgico para um implante de 1,2 mm de diâmetro por 6 mm de comprimento em um caso clínico com curva de Spee e trespasse vertical acentuado. Após 4 meses, usando os mini-implantes entre as raízes dos incisivos centrais inferiores, através de ligaduras entre o fio ligado ao braquetes e o mini-implante, houve intrusão de 6 mm destes dentes anteriores. Não foram encontradas patologias periodontais nem reabsorções apicais, demonstrando que um mini-implante é pequeno suficiente para áreas entre raízes no osso alveolar humano. Melo et al., (2007), para intrusão de molares, sugere-se a instalação de dois mini-implantes, um na mesial e outro na distal do dente a ser intruído, sendo um na vestibular e outro na superfície lingual. Este planejamento com dois implantes tem como objetivo evitar movimento de inclinação dos dentes durante a intrusão, mantendo um sistema de forças controlado. Quanto à força, têm sido usados 50g para intrusão de cada molar e o tempo médio de intrusão é de 3 meses, para que seja possível a reabilitação protética do arco antagonista. 38 Smalley, et al., (1988. apud Araujo, 2008), verificaram a estabilidade e a eficiência dos implantes osseointegrados de titânio para protração maxilar. Foram utilizados quatro macacos, que receberam implantes na região zigomática, maxilar, frontal e occipital. A reparação óssea ocorreu em quatro meses, sendo aplicada uma força de 600 gf em cada lado, obtendo-se um deslocamento médio de até 8 mm no avanço da maxila. As aplicações de força foram realizadas somente na maxila em conjunto, de forma diferenciada. Os autores relataram a ocorrência de uma boa remodelação na região de suturas. Concluíram que os implantes osseointegrados de titânio promoveram uma ancoragem estável na mecânica de proteção maxilar, apresentando deslocamento anterior do complexo maxilar sem grandes alterações dento alveolares, promovendo boa estabilidade. Lima Filho; Bolognese, 2007 apud Soares, 2011, p.32, a posição de instalação do mini-implante para realizar o movimento de mesialização de dentes posteriores, é o mais próximo possível do plano oclusal, pois assim diminui-se o vetor intrusivo na mesial do molar e, consequentemente, diminuise a inclinação. Para evitar a rotação dos dentes a serem movimentados, podese optar pela instalação de mini-implantes por vestibular e palatino/ou lingual. Melsen; Fiorelli (1996, apud Giani, 2010, p.44) sugeriram uma força de 50g por vestibular e 50g por palatino para intrusão de molares superiores e que este cálculo depende da área de superfície e do número de raízes presentes em cada dente. Concluindo que: permite-se aplicar uma força de intrusão duas a três vezes maior em dentes posteriores do que em dentes anteriores. Bittencourt; Raymundo; Mucha (2011), mini-implantes apresentam vantagens sobre outros dispositivos utilizados como recurso de ancoragem, mas a determinação de áreas adequadas, por meio de tomografia computadorizada (TC) em todos os casos pode ser dispendiosa. Usando TC de 12 pacientes adultos, foram obtidas média e desvio padrão para a distância 39 inter-radicular nas alturas de 2, 5, 8 e 11 mm a partir da crista do osso alveolar. As médias foram comparadas com dados da literatura e médias foram novamente obtidas. Levando em conta a altura de 3 mm, a distância interradicular mais favorável na mandíbula foi encontrada entre os primeiros e segundos molares, entre primeiro e segundo pré-molares e, finalmente, entre caninos e primeiros pré-molares, respectivamente. Na maxila, os espaços interradiculares mais favoráveis foram encontrados entre caninos e primeiros prémolares, entre pré-molares e entre segundos pré-molares e primeiro molar, respectivamente. O local mais seguro para a inserção de mini-implantes interradiculares na mandíbula foi encontrada entre os primeiros e segundos molares, enquanto que na maxila, entre os caninos e primeiros pré-molares. Bianchi; Bianchi; Tavares, (2006), verificaram sobre o uso de miniimplantes (miniplacas e parafusos) usados como ancoragem ortodôntica. Para elucidar a técnica, foi descrito um caso clínico utilizando mini-implantes (dois parafusos de 1,8 mm x 8 mm) para a intrusão dos primeiros molares superiores direito e esquerdo em uma paciente do sexo feminino de 39 anos, que pela falta dos dentes antagonistas inferiores teve os molares superiores extruídos. Após seis meses de tratamento ortodôntico, os molares foram completamente nivelados utilizando forças ortodônticas. Os parafusos foram removidos após dois meses de contenção após o término da Ortodontia. Os resultados demonstram que o uso de mini-implantes para a ancoragem ortodôntica para a intrusão de dentes é um método eficaz. Hauy; Cuoghi; Mendonça (2007) avaliaram as alterações ocorridas nas posições dos terceiros molares inferiores em pacientes tratados ortodonticamente com extrações dos primeiros pré-molares com a utilização de 80 ortopantomografias, obtidas no pré e pós-tratamento ortodôntico corretivo de 40 pacientes, divididos em dois grupos. O grupo 1 constou de 20 pacientes (13 femininos e 7 masculinos) que se submeteram a tratamento ortodôntico com extrações de primeiros pré-molares. O grupo 2 foi constituído por 20 pacientes (13 femininos e 7 masculinos) tratados ortodonticamente sem 40 extrações. Foram estabelecidas medidas angulares, com o objetivo de avaliar as inclinações e medidas lineares, para analisar as modificações no sentido vertical dos terceiros molares. Todos os dados foram mensurados duas vezes, cujos valores médios foram submetidos dos testes t emparelhado e teste t independente. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes (p<0,01) entre as medidas angulares finais e iniciais do grupo 1. Concluiu-se que os deslocamentos verticais dos terceiros molares inferiores são semelhantes nos casos tratados ortodonticamente com e sem extrações e que estes elementos dentários tornam-se mais verticalizados ao final da terapia realizada com extrações de primeiros pré-molares inferiores. 41 5. DISCUSSÃO O uso dos mini-implantes alargou os horizontes da Ortodontia e ampliou a interface da Implantologia. A instalação dos mini-implantes não causa dor ou inconveniente ao paciente. Após a necessidade do uso do mini-implante, este é removido, muitas vezes somente com anestesia tópica (pomada). O seu mecanismo de ação baseia-se no imbricamento mecânico de sua estrutura metálica nas corticais e osso denso e não necessariamente no conceito da osseointegração. A forma e o comprimento das espiras são fundamentais para sua fixação. A resistência a forças de fratura pode ser aumentada com o design cônico e com espiras apropriadas para a auto perfuração. (CONSOLARO, et al. 2008). É utilizado geralmente no tratamento ortodôntico que necessite de boa ancoragem. A movimentação desejada do mini-implante depende da qualidade da estabilidade das ancoragens usadas na transmissão das forças. Os pontos de ancoragem devem apresentar maior resistência à movimentação que os dentes que estão fora da posição ideal da arcada. (DUCOS, 2010). Os mini-implantes são considerados a forma mais eficaz de se conseguir a ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico, além de oferecerem o mínimo de desconforto ao paciente (JOSGRILBERT et al., 2008). A utilização de microparafusos de titânio como recurso de ancoragem esquelética em Ortodontia tem demonstrado alta versatilidade de aplicação clínica devido a suas dimensões reduzidas, baixo custo, simplicidade de instalação e remoção. Estão indicados, sobretudo, para casos clínicos onde há necessidade de estabelecimento de uma ancoragem esquelética estável, evitando movimentos recíprocos indesejáveis durante o tratamento ortodôntico corretivo. (NASCIMENTO; ARAÚJO; BEZERRA, 2006). Os mini-implantes apresentam-se como uma alternativa aos implantes osseointegrados e miniplacas, podendo ser utilizados com sucesso como ancoragem nos movimentos de retração, intrusão, extrusão e protrusão, tanto de dentes anteriores, como de dentes posteriores. (NUNES, 2008). 42 Quanto as desvantagens encontradas no uso dos mini-implantes, verifica-se a possibilidade de fratura relacionada a seu pequeno diâmetro, cuidados com estruturas anatômicas vizinhas e predisposição ao desenvolvimento de mucosite relacionada a má higiene oral. Quanto as vantagens, segundo Jardim (2009), os mini-implantes não dependerem da colaboração do paciente para o cumprimento de ativação/aplicação extraoral; abrevia o tempo de tratamento ortodôntico em até 6 meses; permitem a retração de até 6 dentes anteriores simultaneamente; fornecem ancoragem absoluta; redução do risco de lesão radicular; permite a aplicação de carga imediata; fácil manipulação, instalação e remoção; promovem irritação mínima dos tecidos adjacentes; proporciona uma mecânica ortodôntica controlada; comportam-se de maneira estável após instalação; não provocam reações recíprocas nos demais dentes; dispensam o uso de aparatos ortodônticos; apresentam boa relação custo benefício e eficácia comprovada. Ressalta-se sobre os mini-implantes que, segundo Ducos (2010, p.100): a) O mini-implante autorosqueante e o autoperfurante apresentaram desempenho similar em relação à variação na concentração de tensão, com pequena vantagem para o autorosqueante; b) Em todos os modelos de mini-implantes totalmente restritos e nas condições de carregamento analisadas, o ponto de maior concentração de tensão ocorre na região do início da rosca logo abaixo do transmucoso; c) O ponto de maior concentração de tensão coincide com o ponto de ruptura do mini-implante submetido ao ensaio de torção quando da inserção ou remoção; d) A modificação de arredondamento na raiz da rosca proporciona menores níveis de concentração de tensão quando o mini-implante está inclinado e possui filetes livres; 43 e) O esforço de torção durante a inserção do mini-implante combinado com o subsequente esforço de flexão aplicado pode induzir a falha prematura dos mini-implantes, com exceção do totalmente inserido; f) O filete de rosca com ângulo de 60° foi um dos que apresentou menor concentração de tensões, devendo, portanto ser mantido por ser padronizado pelo Sistema Métrico; g) Os mini-implantes apresentaram fratura e fractografia típica de material dúctil; h) Os dois tipos de mini-implantes quando utilizados para ancoragem na condição de totalmente inseridos, sem inclinação, torque (aperto) de 10Ncm e esforço lateral (flexão) de 400 gf, os níveis de tensão permanecem abaixo do limite de escoamento do material. A utilização de microparafusos para ancoragem ortodôntica absoluta tem demonstrado ser um recurso eficiente, podendo ser indicada para diversas situações clínicas como retração, protração, intrusão e extrusão de dentes anteriores e posteriores. A simplicidade de instalação e remoção, aliada ao baixo custo e alta flexibilidade de uso clínico, predispõe a uma grande aceitação e conforto por parte do paciente e torna a mecânica ortodôntica mais efetiva, por meio do maior controle da unidade de ancoragem, sem a presença de movimentos recíprocos indesejáveis. O sucesso deste recurso de ancoragem, porém, depende de cuidados que passam por detalhado planejamento ortodônticocirúrgico, aplicação de força adequada e manutenção da saúde periimplantar. (NASCIMENTO; ARAÚJO; BEZERRA, 2006). Com a introdução dos microparafusos na prática ortodôntica, surge uma nova opção de ancoragem absoluta, que, dentre as inúmeras aplicações clínicas, pode ser utilizada na correção de assimetrias dentoalveolares. Este recurso simplifica a mecânica ortodôntica, evita efeitos colaterais indesejáveis, produz resultados mais previsíveis, dispensa a colaboração do paciente, tem fácil aceitação, reduz o tempo de tratamento e tem se mostrado confiável ao longo do tempo, provando ser um sistema eficaz de ancoragem. (VILELA, H.M.; SAMPAIO, A.L.S.; BEZERRA,2008). 44 Em resumo, os mini-implantes apresentam como vantagem o procedimento cirúrgico simples, de custo menos elevado, as possibilidades de carga imediata e de serem colocados em qualquer área do osso alveolar, além de serem de fácil remoção devido ao fato de não osseointegrarem. 45 6. CONCLUSÃO Os mini-implantes atualmente representam um grande avanço na Ortodontia, por proporcionarem máxima ancoragem com o mínimo de cooperação dos pacientes. Esses recursos visam simplificar o processo ortodôntico, evitam efeitos colaterais indesejáveis, produzem resultados mais previsíveis, dispensando a colaboração do paciente, reduzem o tempo de tratamento e tem-se mostrado confiável ao longo do tempo. 46 7. REFERÊNCIAS ALBURQUERQUE et al. Instalação de mini-implantes ortodônticos considerações anatômicas da maxila relato de caso clínico cirúrgico. Revista Ato. Ago. 2009. (monografia). ANDRADE, R.M.F. Mini-implantes e mini esquelética. São José do Rio Preto. 2007 placas para ancoragem ARAUJO et al. Intrusão dentária utilizando mini-implantes. R Dental Press Ortodon Ortop Facial Maringá, v. 13, n. 5, p: 36-48, set./out. 2008. AUGUSTO, Leonardo. Ortodônticos. 2010. Guidelines: Os protocolos dos miniimplantes BAKRI. N.F.Y. Utilização de mini-implantes para intrusão de molares. Passo Fundo: 2010. BIANCHI, Rafael; BIANCHI, Alexandre; TAVARES, Carlos Alberto. Miniimplantes para ancoragem ortodôntica: revisão e caso clínico. Rev. Assoc. Paul. 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