EMBRIOLOGIA
Fecundação:
Encontro
dos
gametas
masculino
(Espermatozóide) e feminino (Óvulo) formando a primeira
célula do novo ser (Célula-ovo ou Zigoto).
Segmentação - Após a Fecundação ocorrem sucessivas mitoses,
originando células denominadas de Blastômeros.
Mórula: grupo de blastômeros agregados. (Amora)
Blástula: esfera oca onde a camada de células denominada
blastoderma envolve a blastocela (cavidade);
O tipo de segmentação depende da quantidade de vitelo presente no ovo.
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO
1.Segmentação ou Clivagem
HOLOBLÁSTICA (TOTAL):
a) Total e igual - Ocorre em ovos oligolécitos, pois a pequena quantidade e a distribuição
homogênea ensejam a divisão em células de igual tamanho. (Ex. Ovo anfioxo).
 O primeiro plano de divisão é longitudinal. O ovo foi dividido em duas células
iguais.
 O segundo plano, também longitudinal, acarreta a divisão do ovo em 4 células
iguais.
 O terceiro plano é horizontal paralelo à linha equatorial, estando um pouco
acima..
 As próximas divisões são realizadas em planos alternados (longitudinais e
transversais), determinando a formação da MÓRULA.
 As divisões se sucedem e as células deslocam-se deixando no centro um espaço
cheio de líquido, denominado blastocela e uma camada de revestimento denominada
blastoderma. Forma-se a BLÁSTULA
b) Total e desigual – Ocorre em ovos mediolécitos com diferenciação polar
incompleta. A distribuição heterogênea do vitelo acarretará o surgimento de
blastômeros bem desiguais com tamanhos diferentes. (Ex. Ovo de sapo).
 Os dois primeiros planos são idênticos ao da holoblástica total e igual.
 O terceiro plano contudo ocorre bem acima da linha equatorial, acontecendo
assim 4 micrômeros (blastômeros pequenos) e 4 macrômeros (blastômeros
grandes). Apresenta blatocela deslocada para o pólo animal.
Meroblástica (Parcial) - Ovos telolécitos com diferenciação polar
completa e centrolécitos.
a) Parcial e Discoidal - Ocorre apenas nos ovos telolécitos de
diferenciação polar completa. As divisões acontecerão apenas na
região do protoplasma (polar superior ou animal). Ocorre em ovo
de aves.
b) Parcial e Superficial - Ocorre em ovos centrolécitos. Acontecerão
apenas divisões nucleares. O citoplasma periférico não se dividirá.
Após sucessivas divisões, os núcleos formados migram para a
periferia da célula. É característica dos Artrópodes.
TIPOS DE SEGMENTAÇÕES
Segmentação especial do ovo dos mamíferos
 O ovo oligolécito
 Envolvido por espessa membrana denominada zona pelúcida.
 Clivagem é holoblástica, produzindo a mórula.
 As divisões prosseguem e, no lugar da blástula, surge o blastocisto, uma
estrutura esférica envolvendo um grupo de células e uma cavidade.
 A parede do blastocisto é chamada trofoblasto e inicialmente constituída por
uma única cama da celular, com a função de obter ali mento para nutrição do
embrião. As células situadas no interior do blastocisto constituem a massa
celular interna, da qual se formará o embrião.
Embriologia do Anfioxo
O anfioxo é um pequeno animal de 5 a 8cm de comprimento, transparente e
pisciforme.
Segmentação holoblástica igual.
MÓRULA
BLÁSTULA
Caracteriza-se, de um modo geral, pela forma globosa e por apre
sentar uma única camada de células (blastoderma), delimitan do
uma cavidade fechada (blastocela).
GASTRULAÇÃO
• É o processo de formação da gástrula, estágio embrionário que se
inicia a partir da blástula e se caracteriza pela existência de duas
camadas celulares.
• No anfioxo, a gastrulação é feita por embolia.
GASTRULAÇÃO
Ocorre a formação do arquêntero, do blastóporo, da Mesentoderme, esta irá
originar a mesoderme e a endoderme e da Ectoderme.
GASTRULAÇÃO
Mais detalhes:
4. Os três tecidos
embrionários são formados,
preparando a
organogênese. O
blastóporo é rodeado por
um tampão celular.
Futura ectoderme
Futura mesoderme
Futura endoderme
Polo
Animal
Polo
Vegetal
Blastocele
intestino
Lábio dorsal do
blastóporo
Tampão
celular
Polo
Animal
polo
Vegetal
Lábio dorsal
do blastóporo
2. Gastrulação
1. Diferentes regiões
começa com a
da blastula contém
formação de uma
determinações
abertura entre os
citoplasmicas que
pólos. Células da
determinam seus
superfície se movem
destinos durante a
para o interior através
gastrulação.
do blastóporo.
Lábio
ventral do
blastóporo
3. A blastocele
diminui. O blastóporo
torna-se mais circular.
Tampão
celular
NEURULAÇÃO - Ocorre a formação do Tubo Neural
 Células ectoblásticas dorsais do embrião tornam-se mais alongadas e passam a
constituir a placa neural.
 Placa neural invagina-se e forma o sulco ou goteira neural. O sulco aprofunda-se, e
seus bordos unem-se, transformando-se no canal neural, sobre o qual se refaz o
ectoblasto.
 Orientando-se dorsal e longitudinalmente entre o ectoblasto e o endoblasto, o canal
neural transforma-se no sistema nervoso central.
* O tubo neural possui, no início, duas aberturas: o neuróporo, anterior, em comunicação
com o meio externo, e o canal neurentérico, que se comunica com o arquêntero.
Posteriormente, ocorre o fechamento das duas aberturas.
NEURULAÇÃO, FORMAÇÃO DO MESOBLASTO E DA NOTOCORDA
 No teto do arquêntero, o mesoderma forma três evaginações: uma central,
que formará a notocorda, e duas laterais, que originarão o celoma.
 As duas vesículas laterais constituem os somitos.
 Em cada um dos somitos, a parede é chamada de mesoblasto ou mesoderma,
enquanto a cavidade central representa o celoma.
 A evaginação longitudinal media na transforma-se na notocorda.
1 – Três folhetos germinativos: ectoderma, endoderma e mesoderma.
2 – Tubo neural.
3 – Notocorda.
4 – Intestino primitivo.
VISÃO GERAL
DO
DESENVOLVIMENTO
Organogênese - Ocorre a formação dos órgãos.
ECTODERME
Epiblasto ou ectoderma epidérmico - origina a epiderme, camada superficial da pele,
e seus anexos são: pelos, cabelos, unhas, garras, bem como as glândulas sebáceas,
sudoríparas, mamárias, cavidades bucal e nasal, o cristalino e as vesículas olfativas e
auditivas.
Neuroblasto ou ectoderma neural - representado pelo tubo neural, encarrega-se da
organogênese do sistema nervoso central, constituído pelo encéfalo e a medula
espinhal.
MESODERME - Após a neurulação, segmenta-se em três partes:epímero,
mesômero e hipômero.
ENDODERME - Forma o revestimento interno do intestino, do trato respiratório,
da bexiga, além das glândulas seguintes: fígado, pâncreas, tireóide e paratireóides
Somatopleura dá origem aos músculos viscerais, ao
pericárdio (tecido que envolve o coração) e aos
ossos e músculos dos apêndiceslocomotores, braços
e pernas.
Esplancnopleura origina os músculos lisos, o
miocárdio (musculatura do coração), o endocárdio
(tecido que recobre internamente o coração) e o
endotélio (camada celular que reveste internamente
os vasos sanguíneos).
Anexos Embrionários dos Vertebrados:
Saco Vitelínico ou Vesícula Vitelínica: bolsa que armazena o vitelo
(reserva nutritiva) dos embriões. Origem: endoderme e
mesoderme
Ex: Peixes, Répteis, Aves, Mamíferos Monotremados.
Âmnio ou Âmnion: bolsa com líquido amniótico que mantém a
hidratação do embrião e o protege contra choques mecânicos.
Origem: ectodérmica e mesodérmica
Ex: Répteis, Aves e Mamíferos.
Alantóide: bolsa que armazena as excretas nitrogenadas do
embrião, além de permitir as trocas gasosas deste com o meio, e
realizar a absorção de cálcio a partir da casca. Origem:
endodérmica e mesodérmica
Ex: Répteis, Aves e Mamíferos.
Córion ou Cório: membrana impermeável que envolve o embrião
e todos os seus anexos, evitando a desidratação.
Ex: Répteis, Aves e Mamíferos.
Anexos embrionários
de aves
Anexos embrionários
de aves
Alantocório
(trocas gasosas)
Placenta
Estrutura vascularizados mamíferos que se forma do Córion + Alantóide e do
endométrio materno.
Não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que tem uma
parte materna e outra fetal.
Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal.
Produz hormônios, além de substâncias de defesa (barreira contra infecções),
nutrição, respiração e excreção.
Ocorrência:
• mamíferos metatérios( marsupiais) vivíparos
com placenta rudimentar;
Ex. Canguru, coala, gambá,..
• mamíferos eutérios( placentários) vivíparos
com placenta desenvolvida
• Não ocorre nos Prototérios (monotrematas),
botam ovos.
Ex.équidna e ornitorrinco)
Resumo do ciclo ovariano, fertilização e primeira semana de desenvolvimento
Vitaminas
 Compostos orgânicos que atuam como coenzimas - ativando
as enzimas responsáveis pelo metabolismo celular.
 Agem em pequenas quantidades.
 Obtidas por meio dos alimentos.
Classificação
a) Lipossolúveis - se dissolvem apenas em óleos e gorduras. (A, D, E e K).
b) Hidrossolúveis - se dissolvem em água. (C e complexo B).
LIPOSSOLÚVEIS
Vitamina A (retinol) - indispensável para a visão, especialmente
noturna, bem como para a regeneração dos epitélios (pele e
mucosas).
Carência - provoca nictalopia (cegueira noturna), hemeralopia
(ofuscamento), xeroftalmia (ulceração da córnea) e baixa resistência
às infecções.
Vitamina D - calciferol - perfeita calcificação dos ossos e dentes. É
ingerida na forma de provitamina D que se transforma em D, na pele,
pela ação dos raios UV.
Carência - provoca o raquitismo na infância, a osteomalácia
(amolecimento geral do esqueleto) no adulto e a osteoporose (ossos
quebradiços) no idoso.
Vitamina E (tocoferol) - antiestéril, no homem, tem ação antioxidante,
evitando a oxidação de compostos celulares.
Carência - degeneração muscular, esterilidade no macho.
Vitamina K - anti-hemorrágica que atua na coagulação sanguínea,
favorecendo a síntese de pro trombina.
Carência - retardamento da coagulação do sangue - hemorragia.
HIDROSSOLÚVEIS
Vitamina B1 (tiamina ou aneurina) - atua como enzima no
metabolismo dos açúcares, permitindo a liberação de energia
necessária às atividades vitais. É conhecida como “vitamina da
disposição”, graças aos efeitos benéficos sobre a disposição mental.
Carência - produz o beribéri, numa polineurite generalizada.
Vitamina B2 (riboflavina) - constituinte das flavoproteínas (FAD),
coenzimas que atuam como transportadoras de elétrons no processo
respiratório.
Carência - glossite (inflamação da língua) e a queilose (fissuras nos
cantos dos lábios).
Vitamina B3 (niacina ou nicotinamida ou ácido nicotínico),
constituinte do NAD e do NADP, substâncias fundamentais na
bioenergética celular.
Carência - produz a pelagra (pele áspera), enfermidade que se
caracteriza por dermatite, diarreia e demência; por essa razão,
também é conheci da como doença dos três Ds.
Vitamina B5 (ácido pantotênico) - constituinte da coenzima A
Contribui para a formação de células, mantendo o crescimento normal,
e para o desenvolvimento do SNC.
Carência - hipoglicemia, dermatite, perturbações gástricas,
alopecia (queda de pelos e cabelos).
Vitamina B6 piridoxina entra na constituição química das
transaminases, enzimas atuantes na formação de aminoácidos.
Carência – inflamações das extremidades do corpo (mãos e pés),
convulsões e hiperirritabilidade.
Vitamina B12 (cianocobalamina) - atua na formação de hemácias,
prevenindo a anemia.
Carência - Na ausência dessa vitamina, ocorre a anemia perniciosa.
Vitamina H (biotina) - sintetizada pelas bactérias e necessária
para a manutenção da pele e das mucosas.
Carência - dermatite.
Vitamina C ácido ascórbico. Atua nos processos imunológicos,
estimulando a produção de anticorpos, e na prevenção de resfriados.
Carência - escorbuto, moléstia que se manifesta por fraqueza, dores
musculares e sangramento das gengivas.
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