Prevalência da Deficiência de Vitamina D em
Homens Portadores de Diabetes Mellitus Tipo2
AUTORES: Neves,AP1; Santos, LL1; Dantas,D1 ; Bandeira,E2 & Bandeira, F3;
1. Médica-residente de Endocrinologia do HAM; 2. Médico Endocrinologista e Mestre pela Universidade Federal de Pernambuco
3. Chefe da Clínica Endocrinológica do HAM e Professor Doutor Adjunto da Fundação Universidade de Pernambuco.
Unidade de Endocrinologia e Diabetes - Hospital Agamenon Magalhães - MS/SES/UPE, Recife - PE.
INTRODUÇÃO
A vitamina D é essencial para o bom funcionamento do organismo, principalmente, para
o sistema osteomuscular, imunológico e cardiovascular. Novas evidências sugerem uma associação entre
hipovitaminose D e algumas condições crônicas, tal como Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Estima-se
que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo apresentem deficiência ou insuficiência de vitamina D.
Contudo, dados específicos sobre homens diabéticos ainda são escassos. A patogênese pode estar
relacionada à ação da vitamina D na sensibilidade e/ou secreção de insulina. Diante do atual cenário, em
que mais de 220 milhões de pessoas estão acometidas com DM2, segundo dados da OMS, o rastreio da
carência de vitamina D pode amenizar os efeitos negativos na qualidade de vida dessa população
OBJETIVO: Estimar a prevalência da deficiência de vitamina
D[25(OH)D] em pacientes do sexo masculino, portadores de Diabetes
Mellitus tipo 2, seguidos em ambulatório de serviço de referência do
Sistema único de Saúde, em Recife (latitude 8°04´03´´S), PE.
MÉTODO: Através da dosagem de 25(OH)D sérica, foram avaliados
52 homens, portadores de DM2 com idade entre 50 e 80 anos (média de
62,42 anos), atendidos no ambulatório de endocrinologia. Os pacientes
referiam alta exposição solar em atividade diária, embora o índice solar
não tenha sido quantificado.
RESULTADOS: A distribuição de faixa etária dos pacientes foi
semelhante, sendo que 75% deles tinham mais de 5 anos de diagnóstico
de DM2, dentre estes, cerca de 46% tinham mais de 10 anos.
Aproximadamente 80% eram hipertensos e faziam uso de AAS, 42%
faziam uso de estatina,70% tinham circunferência abdominal inferior a
102cm e a média de IMC foi de 27,71kg/m2(±4,10). Destes pacientes,
1,9% apresentaram 25(OH)D sérica abaixo de 20ng/ml, e 3,8% tiveram
valores abaixo de 30ng/ml, totalizando 5,7% de pacientes portadores de
deficiência de 25(OH)D. Esta prevalência foi menor que a encontrada
em mulheres pós-menopausa atendidas no mesmo serviço.
Gráfico 1
Percentual de deficiência de Vitamina D em
homens com DM tipo 2
CONCLUSÃO
Encontramos prevalência mais baixa de deficiência de vitamina D em uma população de
homens com Diabetes Mellitus tipo 2 e alta freqüência de exposição solar no dia-a-dia.
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