PESQUISA OPERACIONAL - OTIMIZAÇÃO COMBINATÓRIA PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. EM REDES ROTEIRO Esta aula tem por base o Capítulo 6 do livro de Taha (2008): Otimização em Redes CPM e PERT OTIMIZAÇÃO EM REDES Definições Rede Conjunto de nós conectados por arcos (ramos). Uma rede é descrita pela notação (N, A), sendo N o conjunto de nós e A o conjunto de arcos. P.ex.: N = {1, 2, 3, 4, 5} A = {(1, 2), (1, 3), (2, 3), (2, 5), (3, 4), (3, 5), (4, 2), (4, 5)} OTIMIZAÇÃO EM REDES Definições OTIMIZAÇÃO EM REDES Definições Rede Associado com cada rede está um fluxo P.ex.: fluxo de produtos de petróleo em uma tubulação ou fluxo de automóveis em rodovias; O fluxo em uma rede é limitado pela capacidade de seus arcos, que pode ser finita ou infinita. OTIMIZAÇÃO EM REDES Definições Rede Um arco é orientado (ou dirigido) se ele permitir fluxo positivo em uma direção e fluxo zero na direção oposta; Uma rede orientada é aquela na qual todos os arcos são orientados; Um caminho é uma sequência de arcos distintos que ligam dois nós passando por outros nós, independente da direção de fluxo em cada arco; Um caminho forma um ciclo (ou loop) se conectar um nó a si mesmo, passando por outros nós; OTIMIZAÇÃO EM REDES Definições Rede Uma rede conectada é uma rede tal que todos os pares de nós estão ligados por no mínimo um caminho; Uma árvore é uma rede conectada sem ciclos, formada por um subconjunto de todos os nós; Uma árvore geradora é uma árvore que liga todos os nós da rede; OTIMIZAÇÃO EM REDES Exemplos Projetos de rede de tubulação em geral (petróleo, água fluídos industriais etc.); Determinação do caminho mais curto (trajetos); Determinação da capacidade máxima de tubulações; Determinação de cronograma de um projeto; E muitos outros.... OTIMIZAÇÃO EM REDES Algoritmos de otimização em redes Árvore geradora mínima Algoritmo do caminho mas curto Algoritmo do fluxo máximo Algoritmo de caminho crítico (COM – Critical Path Method) Algoritmo capacitado de rede de custo mínimo CPM E PERT CPM – Critical Path Method ou Método do caminho crítico PERT – Program Evaluation and Review Technique ou Técnica de Revisão e Avaliação de Programa São métodos baseados em rede, desenvolvidos para auxiliar no planejamento, na programação e no controle de projetos. CPM E PERT Um projeto é definido como um conjunto de atividades inter-relacionadas, sendo que cada atividade consome tempo e recursos; O objetivo do CPM e do PERT é fornecer meios analíticos para programar as atividades; CPM E PERT Em primeiro lugar, se definem as atividades do projeto, suas relações de precedência e seus requisitos de tempo; Em seguida, as relações de precedência entre as atividades deverão ser representadas por uma rede; A terceira etapa envolve cálculos específicos para desenvolver uma programação temporal para o projeto; Durante a execução do projeto, pode ser que as coisas não ocorram conforme o planejado, assim como algumas atividades podem ser adiantadas ou atrasadas; Quando isso ocorre, a programação deve ser revisada para refletir a realidade. CPM E PERT PERT e CPM são técnicas independentes; CPM Considera durações determinísticas para as atividades; PERT Considera durações probabilísticas; CPM E PERT Representação em rede Cada atividade do projeto é representada por um arco que aponta na direção do desenvolvimento de um projeto; Os nós da rede estabelecem as relações de precedência entre as diferentes atividades; CPM E PERT Representação em rede As três regras para construir a rede: Regra 1: Cada atividade é representada por um, e somente um, arco; Regra 2: Cada atividade deve ser identificada por dois nós finais distintos; Regra 3: Para manter as relações corretas de precedência, é preciso responder às seguintes perguntas quando cada atividade for adicionada à rede: a) Quais atividades devem preceder imediatamente a atividade atual? b) Quais atividades devem vir após a atividade atual? c) Quais atividades devem ocorrer concorrentemente com a atividade atual? CPM E PERT Representação em rede Regra 2: Cada atividade deve ser identificada por dois nós finais distintos; Uma atividade fictícia pode ser usada para representar duas atividades concorrentes, A e B; Por definição, uma atividade fictícia é representada por um arco tracejado e não consome nem tempo nem recursos; São usadas para fornecer nós finais exclusivos para as atividades e satisfazer a regra 2; CPM E PERT Representação em rede Regra 2: Cada atividade deve ser identificada por dois nós finais distintos; Uma atividade fictícia pode ser usada para representar duas atividades concorrentes, A e B; Por definição, uma atividade fictícia é representada por um arco tracejado e não consome nem tempo nem recursos; São usadas para fornecer nós finais exclusivos para as atividades e satisfazer a regra 2; CPM E PERT Representação em rede As três regras para construir a rede: Regra 3: Para manter as relações corretas de precedência, é preciso responder às seguintes perguntas quando cada atividade for adicionada à rede: a) Quais atividades devem preceder imediatamente a atividade atual? b) Quais atividades devem vir após a atividade atual? c) Quais atividades devem ocorrer concorrentemente com a atividade atual? CPM E PERT Representação em rede As respostas para as perguntas da Regra 3 podem exigir a utilização de atividades fictícias para garantir as precedências corretas entre as atividades. Por exemplo: Considere o seguinte segmento de um projeto: 1. A atividade C começa imediatamente após a conclusão de A e B; 2. A atividade E só começa após a conclusão de B. CPM E PERT Representação em rede Faça os exercícios sobre representação de redes. Conjunto 6.5A do livro Problema número 1 Problema número 6 Problema número 8 CPM E PERT Cálculos do caminho crítico O resultado final do COM é a construção da programação temporal para o projeto; CPM E PERT Cálculos do caminho crítico Para atingir esse objetivo de modo conveniente, executamos cálculos especiais para produzir as seguintes informações: 1. Duração total necessária para concluir o projeto; 2. Classificação das atividades do projeto como críticas e não críticas; Uma atividade é crítica se não houver nenhum “espaço de manobra”, ou folga, na determinação de seus tempos de início e conclusão; Uma atividade não crítica permite certa folga na programação, de modo que o tempo de início da atividade pode ser adiantado ou atrasado dentro de limites sem que afete a conclusão do projeto como um todo. CPM E PERT Cálculos do caminho crítico Para fazer todos os cálculos necessários, define-se um evento como o ponto no tempo em que as atividades são concluídas e outras iniciadas; Em termos de rede, um evento corresponde a um nó; Defina-se: = tempo mais cedo da ocorrência do evento j j = tempo mais tarde da ocorrência do evento j Dij = duração da atividade (i, j) j CPM E PERT Cálculos do caminho crítico As definições do tempo mais cedo e do tempo mais tarde da ocorrência do evento j são especificadas em relação às datas de início e conclusão do projeto inteiro; Os cálculos do caminho crítico envolvem dois passos: Primeiro: o cálculo no sentido nó inicial - nó final do projeto, denominado forward pass, que determina os tempos mais cedo de ocorrência dos eventos Segundo: o cálculo no sentido nó final – nó inicial, denominado backward pass, que determina os tempos mais tarde de ocorrência dos eventos; CPM E PERT Cálculos do caminho crítico Forward pass (tempos mais cedo de ocorrência, ) Os cálculos começam no nó 1 e continuam recursivamente até o nó final n; Etapa inicial: determine tempo 0; Etapa geral: dado que os nós p, q, ...., e v são ligados diretamente ao no j por atividades de entrada (p, j), (q, j), ..., e (v, j), e que os tempos de ocorrência mais cedo dos eventos (nós) p, q, ..., e v já foram calculados, a ocorrência mais cedo do evento j é calculada como: , = max { 1 p = 0 para indicar que o projeto começa no + Dpj, q + Dqj, ..., v + Dvj} O forward pass vai estar concluído quando n no nó n tiver sido calculado. j representa o caminho (duração) mais longo até o nó j. CPM E PERT Cálculos do caminho crítico Backard pass (tempos mais tarde de ocorrência, ) Após a conclusão do forward pass, os cálculos do backward pass começam no nó n e terminam no nó 1; Etapa inicial: determine n = n para indicar que os tempos mais cedo e mais tarde da ocorrência do último nó do projeto serão os mesmos; Etapa geral: dado que os nós p, q, ...., e v são ligados diretamente ao no j por atividades de entrada (j, p), (j, q), ..., e (j, v), e que os tempos mais tarde de ocorrência dos nós p, q, ..., e v já foram calculados, a ocorrência mais tarde do nó j é calculada como: , = min {p - Djp, q - Djq, ..., v - Djv} O backard pass vai estar concluído quando 1 no nó 1 for calculado. 1 = 1 (= 0) CPM E PERT Cálculos do caminho crítico Com base nos cálculos precedentes, uma atividade (i, j) será crítica se satisfazer três condições: 1. 2. 3. i = i j = j j - i = j - i = Dij As três condições declaram que os tempos mais cedo e mais tarde da ocorrência dos nós finais i e j são iguais, e que a duração Dij se ajusta “rigidamente” ao espaço de tempo especificado. Portanto, uma atividade que não satisfaça as três condições é não crítica. Por definição, as atividades críticas de uma rede devem constituir um caminho ininterrupto que abranja toda a rede, do início ao fim. CPM E PERT Exercício CPM E PERT Exercícios Faça os exercícios sobre representação de redes. Conjunto 6.5B do livro Problema número 1 Problema número 2 Problema número 3 CPM E PERT O que você pode aprofundar no estudo de CPM: Para saber mais sobre resolver problemas de COM, procure estudar também: Regras para construção da programação temporal Formulação do problema de CPM em Programação Linear Estes dois tópicos são cobertos pelo livro de TAHA (2008). CPM E PERT O que mais você pode aprofundar A diferença entre CPM e PERT é que no PERT, a duração de uma atividade se baseia em três estimativas: Tempo otimista, a, que ocorre quando a execução vai muitíssimo bem; Tempo mais provável, m, que ocorre quando a execução transcorre sob condições normais; Tempo pessimista, b, que ocorre quando a execução vai muitíssimo mal. Dê uma olhada no livro de TAHA (2008) sobre como resolver problemas de PERT. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TAHA, H. A. Pesquisa Operacional. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2008.