1 Análise de Decisão Aplicada a Gerência Empresarial – UVA PERT/CPM - VII Bibliografia: GOMES, Carlos – Apendice C Prof. Felipe Figueira www.felipefigueira.com [email protected] 2 PERT/CPM • O PERT / CPM é uma ferramenta de valiosa colaboração quando da elaboração de um planejamento e de seu respectivo controle, objetivando atingir uma determinada meta. 3 Conceitos Básicos • O CPM – Critical Path Method, foi elaborado entre 1956 e 1958 pela Dupont Company, que desenvolvia projetos de produtos químicos. Para cumprirem os seus objetivos deveriam executar os projetos com o máximo de precisão em relação ao fator tempo. • O PERT – Program (Project) Evaluation and Review Technique, foi elaborado por volta de 1957 por uma equipe de Projetos Especiais da Marinha dos EUA quando necessitava desenvolver um projeto muito complexo, construir um foguete, o qual requeria um sólido planejamento e um rígido controle, considerando a grandeza dos projeto. 4 PERT permite • Visualizar a interdependência entre atividades. • Identificar as atividades que não podem sofrer atraso, sem modificar o tempo previsto para a conclusão do projeto. • Responde a questões do tipo: • Quais as atividades que podem ser iniciadas e realizadas antes da atividade J? • Quais as atividades que estão impedidas de realizarem o seu início antes da conclusão da atividade? 5 Equacionando Tempo, Custos e Qualidade 6 Conceitos Básicos • O PERT trabalha com três estimativas de tempo: ▫ Tempo otimista – condições favoráveis. ▫ Tempo mais provável – tempo mais próximo da realidade. ▫ Tempo pessimista – condições desfavoráveis. • Por este motivo o PERT possui características probabilísticas e variáveis aleatórias. Portanto para calcular o tempo de cada atividade é necessário usar a fórmula. • O CPM possui características determinísticas e variáveis reais. 7 Conceitos Básicos • Atividade: representa uma parcela do trabalho total necessário para a execução de um projeto. Consome tempo e recursos (humanos, financeiros, tecnológicos e materiais). • Evento: é a caracterização no tempo da origem ou do término de uma atividade, não consome tempo e nem recursos. Conceitos Básicos 8 • Atividade fantasma: não consome tempo e nem recursos, mas só deve ser utilizada quando for realmente necessária. • Casos que deve ser utilizada: ▫ Evitar que entre dois eventos sucessivos exista mais do que uma atividade. ▫ Demonstrar a independência de uma atividade. Conceitos Básicos • Atividades condicionantes: são aquelas que condicionam a realização das atividades que lhes sucedem. • Atividades paralelas: são duas ou mais atividades ocorridas entre dois eventos sucessivos. • Atividades simultâneas: são duas ou mais atividades que partem de um único evento e se direcionam para eventos diferentes. 9 10 Roteiro Básico para aplicar a técnica 1. Levantar todas as atividades necessárias para a realização do projeto. 2. Elaborar o Quadro de Prioridades – QP, o qual consiste em demonstrar a interdependência das atividades, ou seja, ordem de relacionamento (atividades que antecedem sucedem umas a outras). Roteiro Básico para aplicar a técnica 11 3. Com base no QP, montar o Diagrama ou a Rede, que é a representação gráfica do projeto. Roteiro Básico para aplicar a técnica 12 • Passos necessários para montar a rede: ▫ Por meio do QP verificar quais atividades partem do evento inicial; ▫ Ignorar as atividades antecessoras e montar a rede observando o destino de cada atividade, segundo o QP na ordem sequencial em que são empregadas (de cima para baixo); ▫ Numerar os eventos, no início o número 1 e ao final o maior número de acordo com o projeto; ▫ Verificar se a Rede foi montada corretamente, “perguntando” ao QP de cima para baixo, qual a origem de cada atividade e observar a sua concordância com a Rede. 13 Roteiro Básico para aplicar a técnica 4. Calcular as datas mais cedo e mais tarde - Data mais cedo é o momento no qual é possível ter concluídas todas as atividades que condicionam um evento. 2 4 (4) 3 C = Data mais cedo C = Dcant + Dativ (t >) Dcant = Data mais cedo anterior Dativ = Duração da atividade (t >) = Maior tempo Roteiro Básico para aplicar a técnica 14 Cálculo do cedo: a) b) Ao evento inicial atribuir o valor 0 (zero), caso não seja determinado; Empregar a fórmula de cálculo do cedo [C = Dcant + Dativ (t >)] , c) para cada evento (a partir do evento inicial). Se a um determinado evento chegar mais do que uma atividade (evento 9), escolher aquela de (maior tempo). Roteiro Básico para aplicar a técnica 15 - Data mais tarde é o último momento permissível para as atividades chegarem a um determinado evento sem atrasar o início das atividades que lhes sucedem. 3 A B A – deve iniciar-se no 3º dia B – deve iniciar-se no 5º dia T = Data mais tarde Dtpost = Data mais cedo anterior Dativ = Duração da atividade T= Dtpost - Dativ (t<) (t <) = Menor tempo Roteiro Básico para aplicar a técnica 16 Cálculo do tarde (exatamente igual ao do cedo, mas no sentido inverso): a) b) c) Ao evento final atribuir o mesmo valor da data mais cedo final (quando não determinado); Empregar a fórmula de cálculo do tarde T = Dtpost - Dativ (t<), para cada evento (a partir do evento final); Se a um determinado evento partir mais do que uma atividade (evento 1), compare as atividades que dele saíram (A, B e C) e escolha a de menor valor. Roteiro Básico para aplicar a técnica 17 5. Calcular o Tempo Disponível - TD O TD deve ser calculado com o objetivo de verificar a disponibilidade de tempo de cada atividade para poder fazer os ajustes necessários de forma a não atrasar o prazo fixado para o término do projeto. 18 Roteiro Básico para aplicar a técnica 6. Calcular as Folgas das Atividades As folgas são estabelecidas com o objetivo de verificar a diferença entre as possíveis datas de início (cedo inicial e tarde inicial) e suas possíveis datas de término (cedo final e tarde final). 5 (3) 1 - A 10 Primeira data de início ..................... 3 Última data de término .................... 18 Primeira data de término ................. 13 Última data de início ....................... 8 1 (14) 8 2 19 Roteiro Básico para aplicar a técnica 20 Roteiro Básico para aplicar a técnica Cálculo das Folgas: ⇨ FL (Folga Livre) é o atraso máximo que uma atividade pode ter sem comprometer a data mais cedo do seu evento final. FL = (Dcf - Dci) – D ⇨ FT (Folga Total) é o Tempo Disponível menos a duração da atividade. FT = TD – D ou FT = (Dtf - Dci) – D ⇨ FD (Folga Dependente) é o prazo disponível entre o tarde do evento final e o tarde do evento inicial para realizar uma atividade. FD = (Dtf - Dti) – D ⇨ FI (Folga Independente) é o prazo disponível entre o cedo final e o tarde inicial para realizar uma atividade (eventualmente dá um número negativo). FI = (Dcf - Dti) - D 21 Roteiro Básico para aplicar a técnica Exemplo do cálculo das folgas e do tempo disponível: 5 (3) 1 A 10 1 (14) 8 2 22 Determinação do Caminho Crítico O Caminho Crítico é formado pelas atividades mais relevantes do projeto para fins de controle, pois elas não podem sofrer qualquer tipo de atraso, e se isto acontecer irá refletir diretamente no prazo fixado para o término do projeto. O Caminho Crítico é constituído pelas atividades (interligadas) de maior caminho, entre o evento inicial e o evento final, o qual, inclusive, podem passar pelas atividades fantasmas. 23 Roteiro Básico para aplicar a técnica Métodos para estabelecer o Caminho Crítico: 1º Pelas diferenças constantes entre os cedos e os tardes (encontrada no último evento). Regras Básicas: a) não são críticas as atividades cuja diferença entre cedos e tardes não seja igual àquela encontrada no último evento; b) poderão ser críticas aquelas atividades cuja diferença no evento inicial e final entre cedos e tardes seja igual à encontrada no último evento; c) são, realmente, atividades críticas aquelas que obedecem à condição anterior e que a data mais tarde de seu evento final, menos a sua própria duração, é exatamente igual à data mais tarde de seu evento inicial, ou seja: Tarde Posterior – Duração da Atividade = Tarde Anterior 24 William Shakespeare Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a.