TECNOLOGIA E VAREJO: MERCADOS QUE CADA VEZ MAIS SE CRUZAM A NRF vem trazendo informações e expositores que demonstram como a integração cada vez maior e mais prática do varejo com TI pode possibilitar o uso mais assertivo e inteligente da tecnologia, gerando a capacidade de atrair e fidelizar mais consumidores. Além disso, algumas questões também têm se se mostrado sempre presentes, como é o caso do omnichannel, a mobilidade, o aumento de produtividade nos pontos de venda e necessidade de conhecer melhor o consumidor e aperfeiçoar uma maneira de se relacionar com ele, de uma forma mais precisa e específica. As palestras que se seguem ilustram e debatem algumas dessas questões de forma prática, mostrando os cases de empresas bem sucedidas. Na palestra “Além das lojas Físicas: um diálogo entre Warby Parker e Fast Company de como combinar varejo físico com digital”, foi apresentado o case da Warby Parker, uma ótica online, nascida há 3 anos e meio, que migrou para o varejo físico, sendo uma das lojas de maior venda por metro quadrado nos EUA, com crescimento da empresa de 100% em relação a 2012. Além do profundo conhecimento do cliente, o que lhes possibilita se comunicar com informações relevantes e customizadas, a Warby Parker teve como foco em suas operações físicas a experiência de compra, tornando-a divertida. Nas lojas, os clientes podem experimentar os óculos dentro de um ambiente que lembra uma biblioteca – todos os detalhes da loja são importantes neste sentido (iluminação, cores, exposição etc). Com a oferta de uma experiência superior, a Warby Parker consegue atingir taxas de 85% de conversão. Além de toda a ambientação e atendimento prestado, a empresa trabalha ainda com um forte apelo social, onde, para cada óculos vendido, há a doação de outro para pessoas necessitadas. Dentre a preocupação quanto ao aumento da produtividade nos pdv’s, foi apresentado um estudo sobre o rastreamento ocular na palestra “Como conectar-se com os consumidores na loja e online: novos insights de rastreio ocular (eye-tracking)”. Apresentado por Scott Young, da Perception Research, e por Raymond Burke, da Univerdidade de Indiana, o estudo, feito com 150 clientes utilizando a metodologia do eye-tracking, sugere que o varejo pode estar fazendo coisas demais e que confundem o cliente. A ferramenta mostra como o cliente se comporta visualmente no ponto de venda, na decisão e escolha do produto, por meio de tecnologia infravermelha. Ao mesmo tempo em que se percebe que muitos recursos são gastos por não se entender o comportamento do consumidor, fica claro também que há uma grande oportunidade para os varejistas melhorarem o nível de atratividade de seus clientes. Como extrair conhecimentos relevantes a partir de uma explosão de dados – esse é um dos grandes desafios do mundo dos negócios atual e também um dos temas da palestra “A nova Era do Valor”. Gini Rometty, Chairman e CEO da IBM, trouxe à tona uma questão que esteve presente em várias palestras: a intersecção dos mercados de tecnologia e varejo, elencando 3 grandes tendências: o big data, como uma nova forma de conectar os clientes ao varejo – será possível, por exemplo, acumular informações suficientes dos consumidores para saber exatamente quais produtos oferecer, em que período e a que preço. Outra tendência é o armazenamento das informações em nuvem, e, por fim, o surgimento de uma tecnologia chamada Cognitive, onde sistemas serão capazes de aprender sozinhos, dispensando a programação, o que poderá alavancar a produtividade dos varejistas e a capacidade de atender os clientes em todos os seus momentos de compra. Num mundo onde o comportamento e as expectativas dos clientes mudam cada vez mais, a agilidade na captura, extração e análise das informações se tornam base de uma vantagem competitiva. Foi apresentado também o case da North Face, onde sistemas inteligentes ajudam o cliente no processo de pesquisa e compra. Em decorrência de todos esses desafios advindos da era digital, os executivos estão cada vez mais ansiosos com essas demandas, assunto tratado por Mitch Joel, da Twist Image, na palestra “CTRL ALT DEL – Reinvente o seu negócio”. Ele destacou a importância de se ter prazer ao lidar com os dados, num conceito de estímulo às pessoas para criarem insights, ideias e novas perspectivas de negócios ou de atendimento aos clientes. O desafio das empresas é a busca da experiência personalizada e customizada, com relevância para o cliente e isso traz enormes oportunidades para o varejo. Com relação ao cenário econômico mundial, tivemos ainda a palestra “Forças Globais do Varejo 2014”, apresentada pela Deloitte e que chama a atenção por realizar uma leitura econômica dos principais países do mundo e continentes, bem como avaliação das 250 maiores empresas varejistas mundiais. Em destaque o crescimento da economia americana e maior consumo nos próximos anos, num cenário de estabilização da Europa e China. O Brasil teve destaque negativo por não ter feito as suas lições de casa e por ter perdido oportunidades de alavancar seu crescimento econômico. Walmart é ainda a maior empresa mundial de varejo (US$ 469 bi), seguida da Tesco (US$ 101 bi) e Costco (US$ 99bi).Representando o Brasil, na lista das 250 maiores, tivemos as Lojas Americanas (US$ 5,83 bi), ocupando a 5ª posição do ranking da América Latina. A NRF trouxe ainda o ex-presidente George W. Bush, que falou de sua experiência ao longo dos 8 anos à frente da presidência dos EUA e os enormes desafios enfrentados . Bush destacou o papel do líder na condução de sua equipe, principalmente em momentos difíceis e deixou clara a importância de se cercar de gente competente ao seu redor, entre outras coisas. Amanhã acompanhe o conteúdo do terceiro dia da NRF em nossa HOT NEWS. Lembramos que dia 30 de Janeiro em São Paulo será promovido pela ABF o evento Pós NRF em que Adir Ribeiro, Presidente da Praxis Business, será um dos palestrantes. Para maiores informações e inscrições acesse: http://www.portaldofranchising.com.br/noticias/inscreva-se-agora-para-opos-nrf-2014-abf Praxis Business – www.praxisbusiness.com.br