Caro candidato, Você está participando do processo seletivo da Arcor do Brasil para a posição de Trainee e neste momento gostaríamos de convidá-lo para a etapa do Painel. Nesta etapa, você deverá realizar uma apresentação sobre o case a seguir. Esta apresentação deverá ser realizada em 15 minutos, o modelo deverá ser definido por você, é importante lembrar que todos os materiais necessários para sua explanação (apresentação em power point, impressão, vídeos, cartazes, etc), devem estar finalizados até a data da sua seleção. Após sua exposição, o gestor terá até 10 minutos para perguntas e respostas. Qualquer dúvida, entre em contato com a Viva Talentos! A Arcor e a Viva agradecem antecipadamente sua participação e lhe deseja um Bom Trabalho!! CASE: Marketing Desafios do Varejo no Séc. XXI Vamos viajar no tempo? Estamos em 1995. Imaginemos agora a seguinte situação: você está indo comprar um sapato e encontra uma amiga na rua. Papo vai, papo vem e você comenta que está indo fazer compras. O que ela provavelmente perguntaria? Algo como: “Você está indo comprar o quê?”. Voltamos ao presente e você se encontra na mesma situação, só que agora, ao invés de dizer que está indo fazer compras, você responde: estou indo ao shopping. Será que sua amiga perguntaria “Você está indo comprar o quê?”? Acredito que não. O que mudou? É que “ir as compras” em 1995 e “ir ao shopping” hoje em dia significam coisas diferentes. Na primeira, a intenção era comprar algo. Na segunda, a intenção é ter uma atividade de lazer, onde “pode ser” que aconteçam compras. Então o varejo hoje em dia necessita entender que para os clientes as compras se confundem com lazer. Assim, eles e elas buscam um modelo de atendimento de vendas que provoquem uma experiência de compra positiva, algo prazeroso e não simplesmente a venda de produtos e serviços. Além disso, cada vez mais é necessário oferecer um ambiente que atenda a algumas expectativas humanas que apesar de primitivas e instintivas, estão a cada dia mais apuradas: os sensos de comunidade, do social, e da hospitalidade e a necessidade de sentir-se parte e pertencer. Até mais ou menos o ano 2000 as lojas de varejo foram desenhadas de forma estimularem as pessoas a comprarem mais e isso já não satisfaz mais as necessidades do público. Como vimos, desde então os consumidores têm outras expectativas além das compras. Eles e elas querem sentir-se bem, se relacionar e se socializar. Se encontram um ambiente que proporcione isso, elas tenderão a comprar mais. O exemplo do Starbucks, que oferece internet grátis pelo tempo que você quiser, sem te pressionar para consumir ou pedir para sair, tem muito a nos dizer sobre como se relacionar com este shopper. Como se isso não bastasse, temos o crescimento expressivo do e-commerce, surgimento de novas tecnologias, aumento da penetração dos smartphones e redes sociais, e discussões sobre cross-channel e omnichannel, etc... Rick Caruso, reconhecido por ser um líder que cria negócios inovadores, em sua palestra na Retail's Big Show deste ano, lançou alguns desafios: • O shopping tradicional está morto: shoppers precisam de projetos habitáveis. Varejistas devem abraçar a alma da origem do varejo para garantir o futuro. O ser humano precisa dirigir o varejo, não o varejo dirigir o ser humano • Criação de conexão e comunidade são tudo: uma experiência de compra convincente aumenta market share e fidelidade. Os varejistas que focarem em conceitos de hospitalidade vão prosperar, independentemente da concorrência • Digital não significa a morte para o varejo físico: o e-commerce cobre uma lacuna das necessidades dos shoppers. Porém, interações face-a-face com marcas, o aspecto social do comércio e o contato físico com os produtos vai continuar a preencher necessidades humanas básicas e conduzir as pessoas para os as lojas físicas • Meios de comunicação social conectam pessoas entre si e com as marcas: internet e as mídias sociais são ferramentas extremamente valiosas no menu de um varejista, pois lhes permitem interagir com clientes em várias frentes e aprender sobre eles no processo. Em resumo, o varejo precisa ser dinâmico e adaptar-se às mudanças impostas pelo mercado. As mudanças ocorreram com grande velocidade, exigindo muita agilidade e grandes transformações na forma de comercializar produtos e gerir as empresas. Para alcançar o sucesso no setor varejista, é preciso observar também como as pessoas compram nestes diferentes canais. A dica é do psicólogo especializado em ciência do consumo e CEO da empresa de pesquisa e consultoria Envirosell, Paco Underhill, que recentemente afirmou que, em pleno século XXI, alguns problemas perseguem a realidade do varejo. Em primeiro lugar, as diferenças entre a percepção de um jovem e de um idoso. “A forma que uma pessoa com mais de 60 anos enxerga um produto é totalmente diferente da maneira como uma pessoa de 25 anos vê a marca. Inclusive a cor que enxergamos muda. Com o passar dos anos, a visão começa a ficar amarelada”, destaca ele. A segunda dificuldade do setor é que os homens fazem o mundo para os homens e hoje as mulheres são as consumidoras mais fieis do varejo. “Antigamente era vendido somente produtos de beleza para mulheres, hoje vendemos de tudo. Não é mais preciso de músculos para assumir determinadas profissões. Um terço dos pilotos de aviões de guerra são mulheres”, frisou. Na sequência, outro problema é a questão do tempo. Segundo ele, as pessoas estão mais pobres em relação ao tempo do que ao dinheiro e isso afeta as compras. “As pessoas ficam mais tempo no congestionamento do que passeando nas lojas”. O psicólogo chamou a atenção para a dúvida sobre o que é global e o que é local, considerando a questão como o quarto problema, devido ao fato de o lojista não entender a diferença de como o cliente faz as compras. “Entender a organização do varejo em 2014 não é só ter bons líderes, é preciso ter uma equipe preparada”. Desta forma, é necessário entender que com a reorganização do mercado, o crescimento da concorrência globalizada assume grande proporção, e por vezes, dificulta a permanência no mercado de estruturas menores formadas por Micro e Pequenas Empresas. Utilizando-se do seu poder de barganha na hora de adquirir produtos junto aos fornecedores, os novos “players” e redes de varejo desenvolvem campanhas de comercialização agressivas e podem praticar margens de lucros menores, fruto da rotatividade dos produtos e da comercialização de produtos afins. No pequeno varejo, já morreu ou está a caminho, a loja que está estocando sem vender, comprando mercadorias que não giram ou precificando seus produtos só com base nos cálculos de formação dos preços de venda. Mais profissionais e competitivas, algumas redes varejistas de hoje já mantêm em suas estruturas funcionários específicos para treinamento, psicólogos para dar suporte e selecionar colaboradores, além de empresas de consultorias terceirizadas que se especializaram na prestação de serviço e treinamento para gerentes, supervisores e vendedores. O cliente de hoje é bem informado e consciente dos seus direitos como consumidor, exigindo um atendimento qualificado. As lojas que sobreviveram ou surgiram nos últimos tempos, tiveram que se adaptar a este novo cenário. O consumidor do século XXI, pressionado pela falta de tempo, anseia cada vez mais por conveniências. A ampla oferta de crédito, serviços e produtos são a base do novo conceito de varejo que vem abocanhando a maior fatia do mercado. Os espaços, além de informatizados, agora estão sendo ocupados por lojas que cuidam muito bem das suas marcas, fachadas, vitrines, iluminação, layout e merchandising. A loja que não está informatizada perde cada vez mais espaço. Os consumidores querem cada vez mais novidades quando passam em frente às vitrines, exigindo profissionais eficientes nos setores de compras e no atendimento aos clientes. Por outro lado, a escassez de recursos e os custos, aliados a um consumidor que quer sempre novidades, exigem uma administração competente dos estoques e do giro das mercadorias. Desta forma, a loja que vende apenas produtos vai perder espaço para a que se propõe a vender soluções para os problemas e desafios dos clientes, através de excelente atendimento, crédito, serviços, enfim, provocar uma experiência de compra relevante e prazerosa. A época em que os clientes iam as lojas eventualmente, buscando somente o que acreditavam que necessitavam, ficou para trás. Comprar se incorporou a vidas das pessoas como um complemento de uma atividade de lazer (ir ao shopping) e caminhamos na direção onde a regra do jogo é comprar sempre, de forma natural, já que as indústrias estão sempre lançando novos produtos ou reforçando os antigos com acessórios e novidades. Desta forma, o espaço agora é das lojas informatizadas, que mantêm uma eficiente gestão de estoques e vendem com total domínio das tendências de mercado e das preferências de seu público-alvo. Por fim, podemos concluir que para os lojistas que pretendem se destacar neste mercado de grande concorrência, é necessário mudar a cultura de operação da loja. Jeff Immelt, CEO da General Electric, declarou certa vez: “A realidade é que vendas “morreu”. Nos dias de hoje, o vendedor precisa ser um especialista em produtividade de seus clientes”. Sábia conclusão para entender o mercado nesta primeira década do século XXI, onde as palavras de ordem são “percepção de valor”. É preciso conhecer bem o público alvo, cuidar da relação entre o que se vende e de como se vende, focando nos benefícios para os consumidores, na diferença que aquele produto trará para eles, para suas vidas e para as pessoas com quem eles se relaciona. E isso só é possível através de uma equipe de vendedores treinada, interessada e comprometida com o sucesso de seus clientes. Nota: Este texto foi elaborado por Jorge Pontual que em alguns momentos redigiu, mas na maior parte do tempo atuou reunindo segmentos de diferentes artigos encontrados na internet, de diversos autores. Partes destes textos foram copiadas na íntegra e outras foram utilizadas como base para desenvolver alguns raciocínios. Os endereços destes textos são: http://www.supervarejo.com.br/noticias/comportamento-do-consumidor-e-o-segredo-dosucesso-no-varejo/ http://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/29672/nrf-2014-desafios-do-varejofisico-para-o-sec--xxi.html http://www.varejista.com.br/artigos/operacoes/647/varejo-competitivo CASE: “Desafios do Varejo” Sua apresentação deverá ser pautada com base neste artigo, dessa forma: - A evolução do ponto de venda é nítida quando olhamos para lojas de shopping e canais de venda não tradicionais, entretanto o modelo de supermercados têm apresentado poucas inovações e mantém as tradicionais gôndolas no formato de décadas passadas. Como você analisa a evolução deste canal de vendas frente a evolução das técnicas de merchandising e conhecimento do shopper? Por que? - Pensando na sua rotina de compras e de seus amigos e familiares, quais são as ações de varejo que realmente produzem resultado e os fazem comprar? O que seria inovador e poderia atraí-los? BOM TRABALHO!!!