Transtornos Globais do Desenvolvimento Dra. Tatiana Malheiros Assumpção Psiquiatra da Infância e Adolescência Pós-graduanda do IP-USP Pesquisadora voluntária do PDD-IP-USP Histórico • • Jean Marc Itard (1801):Victor de Aveyron John Haslam (1809): Observações sobre a loucura e a melancolia; dois meninos com atraso de desenvolvimento, alterações na comunicação, boa memória, comportamento agitado e negativista. Histórico Henry Maudsley (1887): Fisiologia e patologia da mente; 30 páginas dedicadas à alienação da primeira infância. Heller (1908): Demência de Heller Sancte De Sanctis (1910): Demência Precocíssima Histórico Leo Kanner (1943): Autistic disturbances of affective contact; descrição de 11 crianças de 2 a 11 anos, sendo 8 meninos e 3 meninas, com uma síndrome caracterizada por inabilidade de se relacionar com pessoas e situações, solidão autista extrema, falha em assumir postura antecipatória, dificuldade em adquirir fala comunicativa e excelente memória. Histórico Hans Asperger (1944): psicopatia autística Psiquiatria Americana (anos 60): ◦ Psicoses da primeira e segunda infância Psicoses Autísticas Psicoses Simbióticas Atypical Child Histórico V. Lotter (1966): Epidemiology of autistic conditions in young children; Middlesex (Grã-Bretanha); 4,5:10000. Leo Kanner (1971): Follow-up study of eleven autistic children; evolução desfavorável. Conceito Deficiência: toda e qualquer perda, falta ou alteração de estrutura ou função, qualquer que seja sua causa Incapacidade: restrição, consequente de deficiência, da habilidade de desempenhar uma atividade funcional comum para o ser humano Desvantagem (handicap): decorrente de deficiência e/ou incapacidade que o impede de desempenhar um papel que esteja de acordo com sua idade, sexo, fatores sociais e culturais (OMS, 1993) Conceito Deficiência Incapacidade Desvantagem Conceito Autismo é uma síndrome comportamental com etiologias biológicas múltiplas e evolução de um distúrbio do desenvolvimento, caracterizada por déficit na interação social e no relacionamento com os outros, associado a alterações de linguagem e comportamento (Gillberg, 1990) Conceito Mudanças conceituais: • - de doença a síndrome - de causa afetiva a cognitiva - de base psicogênica a base biológica Conceito • Mudanças na prevalência: - de quadros raros a quadros frequentes - 4:10.000 a 1:500 Conceito • Mudanças Terapêuticas: - de tratamentos anti-psicóticos ao tratamento de sintomas-alvo - de psicoterapia de base analítica a abordagens pedagógicas com base cognitivo-comportamental Classificação DSM-IV-TR ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Transtorno Autista Transtorno de Rett Transtorno Desintegrativo da Infância Transtorno de Asperger Transtorno Global do Desenvolvimento SOE Classificação • CID-10 – Autismo Infantil – Autismo Atípico – Síndrome de Rett – Outros Transtornos Desintegrativos da Infância – Transtorno de Hiperatividade associado a Retardo mental e Movimentos Estereotipados – Síndrome de Asperger – Outros Transtornos Globais do Desenvolvimento – Transtorno Globais do Desenvolvimento NE O Espectro do Autismo Diagnóstico Diferencial Dentro dos transtornos de desenvolvimento: ◦ Retardo mental ◦ Alterações de linguagem ◦ Carência afetiva (retração prolongada) Dentro dos transtornos globais de desenvolvimento: ◦ Síndrome de Asperger Diagnóstico Diferencial Dentro dos transtornos globais de desenvolvimento: ◦ ◦ ◦ ◦ Síndrome de Asperger Síndrome de Rett Transtornos Desintegrativos da Infância Transtornos Globais Não Especificados Diagnóstico Diferencial Com o grupo dos transtornos específicos do desenvolvimento: ◦ Transtornos do desenvolvimento do aprendizado ◦ Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade Diagnóstico Diferencial Fora do grupo dos transtornos de desenvolvimento: ◦ Esquizofrenia ◦ Transtorno Desafiador de Oposição Avaliação Clínica Anamnese detalhada Estudo neuropsiquiátrico (desenvolvimento, avaliação física, neurológica e psiquiátrica) Escalas e questionários específicos Avaliação auditiva e de linguagem Avaliação oftalmológica Avaliação Clínica Estudo genético Estudos de neuroimagem EEG Potenciais evocados auditivos Triagem para EIM Avaliação Clínica Psicometria ◦ Avaliações de desenvolvimento Motor Mental não verbal Cognição sensório-motora Eficiência intelectual Sociabilidade e comportamento adaptativo ◦ Avaliações de personalidade ◦ Instrumentos específicos para diferentes funções Etiologia Multifatorial ◦ Poligênica ◦ Ambiental ◦ Interação epistática Associação com outras patologias em 30 a 65% dos casos Etiologia Estudos genéticos ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Recorrência na irmandade Concordância em gêmeos MZ Comorbidade com síndromes monogênicas Muitas regiões cromossômicas envolvidas Triagem genômica Pesquisa de mutações em genes candidatos Detecção de genes de suscetibilidade Etiologia Bases genéticas ◦ Herdabilidade: indica quanto da variação de um fenótipo pode ser explicada por fatores genéticos ◦ No autismo: 90% do fenótipo é explicado por fatores genéticos Etiologia Aspectos neuroanatômicos e neurofisiológicos ◦ Não há marcador biológico específico ◦ Estudos de neuroimagem, neuroimagem funcional, eletroencefalografia, potenciais evocados, função de neurotransmissores, hormônios e proteínas cerebrais, fatores imunológicos Etiologia Aspectos neuroanatômicos e neurofisiológicos ◦ Áreas relacionadas a prejuízos funcionais: Sociais: córtex orbitofrontal, córtex do cíngulo anterior, giro fusiforme, sulco temporal superior, amígdala, giro frontal inferior, córtex parietal posterior Comunicacionais: giro frontal inferior, sulco temporal superior, área motora suplementar, gânglios da base, substância negra,tálamo, núcleos cerebelares da ponte Etiologia Aspectos neuroanatômicos e neurofisiológicos ◦ Áreas relacionadas a prejuízos funcionais: Comportamentos repetitivos: córtex orbitofrontal, córtex do cíngulo anterior, gânglios da base, tálamo Teorias explicativas • • • Teoria da Mente Teoria da Coerência Central Teoria da Disfunção Executiva Teorias explicativas Mindblindness (Baron-Cohen, 1995) Estímulos com autopropulsão e direção Representações diádicas (desejo e objetivo) Olhos ID EDD SAM Totalidade dos estados mentais, expressados como meta-representações ToMM Representações diádicas (ver) Representações triádicas Conhecimento da mente, guardado e usado como teoria Teorias explicativas Teoria da coerência central (Frith, 1989): ◦ Processamento da informação dentro de um contexto em que se capta o essencial Reunião e classificação de imagens por séries (Happé, 1994) Localização de figuras escondidas (Shah & Frith, 1993) Memorização de uma série de palavras sem nexo ao invés daquelas providas de significado (Hermelin & O´Connor, 1970) Teorias explicativas • Teoria da Função Executiva: déficits no planejamento e flexibilidade cognitiva • Planejamento • Memória de trabalho • Inibição de respostas • Flexibilidade cognitiva (Hughes & Russel, 1993; Ozonoff et al., 1994) Epidemiologia Transtornos Globais de Desenvolvimento ◦ 0,6% Autismo Infantil ◦ 7 a 13:10000 ◦ 4♂:1♀ Com RM moderado ou grave: 1,5♂:1♀ Sem RM: 5,5♂:1♀ Escassez de estudos nacionais AUTISMO INFANTIL Critérios Diagnósticos DSM-IV-TR • A. Um total de seis ou mais de (1), (2) e (3), com pelo menos dois de (1), um de (2) e um de (3): • – (1) prejuízo qualitativo na interação social, manifestado por pelo menos dois dos seguintes: • Prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não verbais para regular a interação social • Fracasso em resolver relacionamentos compares apropriados ao nível de desenvolvimento • Falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações • Falta de reciprocidade social ou emocional Critérios Diagnósticos • DSM-IV-TR – (2) prejuízos qualitativos na comunicação, manifestados por pelo menos um dos seguintes: • Atraso ou ausência total do desenvolvimento de linguagem falada (não acompanhado por tentativa de compensá-lo) • Em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter conversações • Uso estereotipado e repetitivo da linguagem, ou linguagem idiossincrática • Falta de jogos ou brincadeiras de imitação social adequados ao nível de desenvolvimento Critérios Diagnósticos • DSM-IV-TR – (3) Padrões restritos e repetitivos de comportamento interesse e atividades, manifestados por pelo menos um dos seguintes: • Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse, anormais em intensidade e foco • Adesão aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos e não funcionais • Maneirismos motores estereotipados e repetitivos • Preocupação persistente com partes do corpo Critérios Diagnósticos DSM-IV-TR B. Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes dos três anos de idade: ◦ Interação social ◦ Linguagem para fins de comunicação social ◦ Jogos imaginativos ou simbólicos Critérios Diagnósticos DSM-IV-TR C. A perturbação não é mais bem explicada por Transtorno de Rett ou Transtorno Desintegrativo da Infância D - Não existe atraso geral clínicamente significativo na linguagem. E - Não existe um atraso clínicamente significativo no desenvolvimento de habilidades de auto-ajuda apropriadas a idade, comportamento adaptativo e curiosidade acerca do ambiente na infância. F - Não são satisfeitos os critérios para um outro Transtorno do Desenvolvimento ou Esquizofrenia. Critérios Diagnósticos • • CID-10 Perturbação global do desenvolvimento caracterizada por: – Desenvolvimento anormal ou alterado manifestado antes dos três anos de idade – Presença de perturbação característica do funcionamento em cada um dos domínios seguintes: • Interações sociais • Comunicação • Comportamento focalizado e repetitivo Critérios Diagnósticos CID-10 A perturbação pode ser acompanhada por numerosas outras manifestações inespecíficas, como fobias, perturbações do sono ou alimentação, crises de birra, agressividade (autoagressividade) SÍNDROME DE ASPERGER Critérios Diagnósticos • • DSM-IV-TR A. Prejuízo na interação social, incluindo pelo menos dois dos seguintes: – Prejuízo marcado no uso do contato visual, expressão facial, gestos e linguagem corporal para comunicar-se – Falha em desenvolver relações interpessoais apropriadas à idade – Falha em compartilhar interesses, prazer ou conquistas com outros – Falta de reciprocidade emocional ou social Critérios Diagnósticos • • DSM-IV-TR B. Comportamento anormal, incluindo pelo menos dois dos seguintes: – Preocupação insistente com um ou mais padrões restritos de interesse, anormais em intensidade e foco – Aderência inflexível a rotinas ou rituais não funcionais – Movimentos repetitivos e estereotipados – Preocupação persistente com apenas uma parte dos objetos Critérios Diagnósticos DSM-IV-TR C. O transtorno causa prejuízo significativo nas funções sociais, ocupacionais ou outras áreas de funcionamento. D. Não há atraso significativo no desenvolvimento da linguagem Critérios Diagnósticos • • • DSM-IV-TR E. Não há atraso significativo no desenvolvimento cognitivo, ou de atividades de auto-cuidado, ou curiosidade sobre o ambiente, ou comportamento adaptativo (exceto na função social) F. O transtorno não preenche critérios para outros transtornos globais do desenvolvimento ou para esquizofrenia Critérios Diagnósticos • • CID-10 Perturbação global do desenvolvimento caracterizada por: – Presença de perturbação característica do funcionamento em cada um dos domínios seguintes: • Interações sociais • Comunicação • Comportamento focalizado e repetitivo – Ausência de atraso de desenvolvimento da linguagem Tratamento e Manejo Psicofarmacologia ◦ Relacionamento social e comunicação são pouco responsivos à medicação ◦ Sintomas-alvo: sintomas ou condutas que interfiram na possibilidade de participação nos sistemas educacionais, sociais, laborais, familiares e terapêuticos Tratamento e Manejo • Psicofarmacologia – Efeitos neuroquímicos sobre sinais autísticos: • Haloperidol, risperidona, clomipramina, fluoxetina, fluvoxamina, sertralina, naltrexone – Tratamento de transtornos comportamentais frequentemente associados ao autismo: • Buspirona, metilfenidato (resultados variáveis, com risco de efeito paradoxal), propranolol, clonidina – Poucos resultados positivos comprovados: • Secretina, vitaminas B6 e B12, magnésio, dieta sem glúten e caseína (Baghdadli, Gonnier, Aussilloux, 2002) Tratamento e Manejo Abordagens psicossociais ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Aconselhamento familiar Atendimento psicológico Treinamento de integração sensorial Terapia fonoaudiológica Treino de habilidades sociais Educação especial Tratamento e Manejo Condutas terapêuticas em linguagem e comunicação ◦ Ampliação de habilidades de: Atenção compartilhada Reciprocidade social Regulação do comportamento e das emoções Linguagem e habilidades cognitivas relacionadas ◦ Estratégias mediadoras da linguagem verbal e não verbal Tratamento e Manejo Condutas terapêuticas em linguagem e comunicação ◦ Autismo infantil Desenvolvimento de habilidades de sustentação de competências sociais e precursoras da linguagem verbal Atenção compartilhada Pedido Interação social Imitação de ações isoladas e com contexto Percepção de diferentes pontos de vista em jogos sociais Tratamento e Manejo Condutas terapêuticas em linguagem e comunicação ◦ Síndrome de Asperger Desenvolvimento das habilidades metalinguísticas Detecção e resolução de ambiguidades Expressão diferenciada segundo o contexto Compreensão de significados múltiplos e flexíveis de palavras Compreensão de expressões idiomáticas Tratamento e Manejo Comunicação alternativa e ampliada ◦ Uso integrado de componentes, incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas utilizados pelos indivíduos para complementar a comunicação ◦ Pode melhorar produção verbal de pacientes com distúrbios de desenvolvimento Tratamento e Manejo Comunicação alternativa e ampliada ◦ Comunicação por sinais manuais ◦ Por escrita e saída de voz (computadorizada) ◦ Por figuras: PECS (Picture Exchange Communication System) Programa de seis etapas Discriminação de símbolos Utilização com função comunicativa Agrupamento para formação de sentenças simples Tratamento e Manejo Método TEACCH ◦ Criado em 1964, Universidade da Carolina do Norte ◦ Principais características: Estrutura física que favoreça a compreensão da atividade Programação da rotina de acordo com desenvolvimento individual (período de atenção, diversificação das atividades) Apresentação da rotina: objetos concretos, figuras, símbolos, escrita Tratamento e Manejo Método TEACCH Sistemas de trabalho para estimular realização de tarefas com entendimento e intenção Da esquerda para a direita com cesto do “acabou” Com emparelhamento de cores, símbolos e palavras Apoio visual Tipos de atividades organizados da mais simples para a mais complexa A questão da educação EUA (1975): lei 1412, The Education for All Handicaped Children Act; obriga agências educacionais municipais e estaduais a fornecer educação gratuita e adequada, envolvendo prevenção, diagnóstico precoce, intervenção precoce, serviços de idade escolar, serviços para adultos e serviços familiares. A questão da educação Inglaterra ◦ Pós II Guerra: educação dos deficientes no ensino regular sempre que possível e prático. ◦ Década de 1970: Chronically Sick and Disabled Act, cuidados longitudinais no serviço público. A questão da educação França (1975): Loi d’orientation em faveur des personnes handicappèes; prevenção, identificação, cuidados, educação, formação, orientação profissional, emprego, garantia de um mínimo de recursos, integração social, acesso aos esportes e lazer dos indivíduos com deficiências como obrigação nacional A situação brasileira Lei 4024/61, artigos 88 e 89: primeira menção à educação especial, sem propor nenhum dever ao Estado Criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) em 1973 por pressão das instituições privadas Emenda constitucional 12 (1978): garantia legal à instrução especial e gratuita aos portadores de deficiência, com aumento da criação de instituições especializadas públicas A situação brasileira Lei 5692/71, artigo 9º: tratamento educacional especializado para os que apresentam deficiências físicas e mentais, deixando aos conselhos de Educação a normatização do setor Lei 7853/89: educação especial obrigatória da primeira infância à reabilitação profissional na rede pública de ensino Lei 8069/90: ECA A situação brasileira Lei 9394/96: capítulo V exclusivo para a educação especial, com orientação para que seja realizada, preferencialmente, na rede pública regular de ensino Educação Inclusiva Quem é o aluno? ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Quais são seus objetos de interesse? Segue instruções? Quais? Senta-se à mesa espontaneamente? Como se comunica? Que habilidades possui? (contato visual, imitações motoras, identificação de objetos funcionais, atenção compartilhada) ◦ Controla esfíncteres? Educação Inclusiva Dez coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse: 1. Eu sou uma criança! 2. Minhas percepções sensoriais estão desorganizadas 3. Lembre-se de distinguir “não quero” de “não consigo” 4. Eu penso concretamente, então interpreto tudo de forma literal Educação Inclusiva 5. Seja paciente com meu vocabulário limitado 6. Eu me oriento muito pela visão 7. Priorize e procure construir a partir do que já posso fazer 8. Ajude-me nas interações sociais 9. Tente identificar o que inicia minhas crises 10. Ame-me incondicionalmente (Ellen Notbohm, 2005; revista Autismo, abril 2012) Educação Inclusiva Diretrizes italianas para realização de inclusão: ◦ ◦ ◦ Limite de 20 alunos por sala Limite de dois alunos de inclusão por sala Presença de professor de apoio na sala Mediador das relações com os outros alunos e o professor da turma Proporcional às necessidades do aluno Educação Inclusiva Diretrizes italianas para realização de inclusão: Plano pedagógico individualizado, construído pelos educadores, que vá de encontro ao conteúdo do plano pedagógico geral Pluralidade de estratégias de ação individuais, em pequenos grupo e com a classe Avaliação contínua, coletiva, baseada no sujeito como parâmetro de si mesmo Colaboração entre escola e equipe multidisciplinar Educação Inclusiva Pontos-chave: ◦ ◦ ◦ ◦ Inclusão como processo que não se refere exclusivamente aos alunos com deficiência Desenvolvida a partir da existência de dificuldades Evitação da cisão entre as didáticas geral e especial Atribuição de importância à ação e à centralidade dos sujeitos envolvidos Educação Inclusiva Pontos-chave: ◦ ◦ ◦ ◦ Flexibilidade da estrutura metodológica Ação pedagógica baseada na construção participativa de regras Recuperação e prevenção da dispersão escolar Redução dos handicap Educação Inclusiva Pontos-chave: ◦ ◦ Melhoria da qualidade do ensino, explorando recursos existentes Implementação de projetos que favoreçam multiplicação dos recursos e colaboração entre instituições Educação Inclusiva Inclusão não é: ◦ ◦ “descarregar”, sem preparação ou suportes, estudantes portadores de deficiência em salas de aula comuns e ambientes comunitários Ignorar as necessidades individuais do estudante mediante decisões sobre designação de sala ou instrução baseadas apenas em seus tipos de deficiência Educação Inclusiva Inclusão não é: ◦ ◦ Expor estudantes a perigos ou riscos desnecessários Colocar demandas desmedidas sobre professores e diretores violando a idéia de proporção natural (10% dos alunos com planos individualizados de educação, dos quais 1% possui deficiência grave) e sobrecarregando escolas com mais estudantes do que elas podem normalmente suportar Educação Inclusiva Inclusão não é: ◦ ◦ Ignorar as preocupações dos pais mediante designação de sala e decisões instrucionais sem a participação deles Limitar oportunidades integradas para estudantes deficientes às atividades “especiais” (arte, música, reuniões), quaisquer que sejam suas necessidades individuais Educação Inclusiva ABA (Applied Behavior Analisys): Instrução Programada ◦ Planejamento para que o aprendizado seja mantido por reforço positivo ◦ Transformação da aprendizagem no benefício em si (reforço natural) ◦ Feedback imediato ao aluno (mantém interesse) Educação Inclusiva ABA (Applied Behavior Analisys): Instrução Programada ◦ Comparação com o próprio aluno ◦ Orientação e auxílio na composição de respostas passando por todos os prérequisitos necessários para um comportamento complexo Educação Inclusiva ABA (Applied Behavior Analisys): Instrução Programada ◦ Apresentação dos conteúdos em ordem crescente de complexidade, mantendo o comportamento adquirido a cada novo estágio ◦ Adequação do material ao aluno ◦ Monitoração contínua do desempenho Educação Inclusiva O papel do Acompanhante terapêutico (AT): ◦ Auxílio na generalização de comportamentos aprendidos em intervenção individualizada ◦ Detectar e modificar eventos antecedentes para conseguir uma resposta correta a eles e fornecer o feedback imediato Para reflexão Para reflexão Para saber mais Schwartzman, JS; Araújo, CA; Transtornos do Espectro do Autismo; São Paulo; Memnon edições científicas; 2011 Baptista, CR; Bosa, C; Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção; São Paulo; Artmed; 2002 (reimpressão 2007) Sassaki, RK; Inclusão: construindo uma sociedade para todos; Rio de Janeiro; WVA; 1997; 3a. Edição Assumpção Junior, FB; Tardivo, LSP; Psicologia do Excepcional: deficiência física, mental e sensorial; coleção Fundamentos de Psicologia; Rio de Janeiro; Guanabara Koogan; 2008 www.psiquiatriainfantil.com.br Obrigada! [email protected]