Transtornos Globais do Desenvolvimento: Atuais Pesquisas sobre Reabilitação Prof. Dr. J. R. Facion Instituto Nacional de Pós-Graduação e Eventos Acadêmicos-INAPEA www.inapea.com São eles: -Transtorno Autista -Transtorno de Rett -Transtorno Desintegrativo da Infância -Transtorno de Asperger e -Transtorno Invasivo do Desenvolvimento SOE. Diagnóstico Diferencial O Transtorno de Rett tem sido observado no sexo feminino, enquanto que o Transtorno Autista acomete muito mais freqüentemente o sexo masculino. No Transtorno de Rett há um padrão característico de desaceleração do crescimento craniano, perda de habilidades manuais voluntárias adquiridas anteriormente e o aparecimento de marcha pouco coordenada ou movimentos do tronco. Ainda que durante os anos pré-escolares, meninas com Transtorno de Rett podem exibir dificuldades na interação social similares àquelas observadas no Transtorno Autista, estas tendem a ser temporárias. O Transtorno Autista difere do Transtorno Desintegrativo da Infância, que tem um padrão distinto de regressão seguindo-se a pelo menos 2 anos de desenvolvimento normal. No Transtorno Autista, as anormalidades do desenvolvimento geralmente são percebidas já no primeiro ano de vida. Quando não se dispõe de informações sobre o desenvolvimento inicial ou quando não é possível documentar o período exigido O Transtorno de Asperger pode ser diferenciado do de Transtorno Autista pela ausência de atraso no desenvolvimento normal, deve-se fazer o desenvolvimento da linguagem. diagnóstico O Transtorno Autista é compreendido dentro dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento que causam prejuízos severos e invasivos nas diversas áreas do desenvolvimento (habilidades de interação social recíproca, de comunicação ou presença de comportamentos e/ou interesses estereotipados). Eles vêm, muitas vezes, acompanhados de um Retardo Neuropsicomotor, significando assim, uma segunda formulação de diagnóstico e uma possível maior associação com distúrbios de comportamentos mais graves e, por conseqüência, de maiores dificuldades de convívio do dia-a-dia. O autismo é visto como uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de vinte entre cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. É encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica ou social. Não se conseguiu até agora provar nenhuma causa psicológica, no meio ambiente destas crianças que possa causar a doença. Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, são verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Eles incluem: 1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas; 2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo; 3. Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de idéias. Uso de palavras sem associação com o significado; 4. Relacionamento anormal com objetos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos ou crianças. Uso inadequado de objetos e brinquedos Existem formas mais graves onde crianças com autismo podem apresentar comportamento destrutivo, auto-agressivo e forte resistência a mudanças. Há ainda crianças com níveis de inteligência mais preservados, onde é possível observar determinadas habilidades bastante desenvolvidas as quais podem constituir verdadeiros talentos relacionados a sensibilidade musical, habilidades matemáticas, memorização, desenhos e pinturas, dentre outros. Mas, primeiramente, temos que responder à seguinte pergunta: O que é, realmente, Autismo, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, ou Psicose? Isto não é tão simples assim, pois, não se conseguiu, até hoje, uma definição e uma delimitação consensual das terminologias sobre estes diversos transtornos. A multiplicidade destas terminologias fenomenológicas e, respectivamente, seus sinônimos demonstram a complexidade do problema e a diversidade dos princípios de esclarecimentos existentes até hoje. A complexidade de uma série de crises de comportamentos, sob o ponto de vista de uma quantidade enorme de mecanismos causais, assim, como os mecanismos de reações do meio ambiente, representam um procedimento terapêutico complexo, significativo e necessário. Por isto, um modelo terapêutico para estas crises, tem que considerar também, o nível estrutural da pessoa; assim como uma quantidade de outros fatores, por exemplo, a reação do meio ambiente, especificamente, a da família ou da pessoa de convívio, o meio social, o comportamento educativo, não deixando de mencionar também, uma pesada carga afetiva de todos os envolvidos com esta criança ou jovem. Para cada criança é necessário esboçar um conceito terapêutico individual e integrativo, ou seja, não conseguimos, até hoje, indicar um conceito que tenha uma validade generalizada ou ideal. Não existe ainda um tratamento específico que elimine as bases fisiológicas irregulares ou anormais do autismo. O tratamento limita-se a modificar e minimizar determinados sintomas, como a hiperatividade, estereotipias, agressividade consigo e com os outros, irritabilidade, transtornos alimentares e do sono, considerando também a importância da rapidez do diagnóstico e do tratamento para que o paciente possa estar, o quanto antes, mais capacitado para participar dos programas de atividades e terapias psicossociais. Não existe ainda um tratamento específico que elimine as bases fisiológicas irregulares ou anormais do autismo. O tratamento limita-se a modificar e minimizar determinados sintomas, como a hiperatividade, estereotipias, agressividade consigo e com os outros, irritabilidade, transtornos alimentares e do sono, considerando também a importância da rapidez do diagnóstico e do tratamento para que o paciente possa estar, o quanto antes, mais capacitado para participar dos programas de atividades e terapias psicossociais. Considera-se que não existe um tratamento decididamente eficaz para o Autismo Infantil, o que há é uma tentativa de controlar o quadro sintomático deste transtorno. Como há desequilíbrios em vários sistemas neuroquímicos, primariamente, os de dopamina e serotonina, as medicações mais usuais tendem a atuar nesse sistema. Pesquisando sobre as possíveis formas de tratamentos para o Transtorno Autista encontram-se informações que auxiliam a compreensão dos procedimentos medicamentosos e interação dos profissionais, que de alguma forma, contribuem para a melhoria dos casos de autismo. Desta forma, algumas conclusões podem ser tecidas. A farmacologia tenta administrar os sintomas do autismo e não a cura-lo, visto que, não se sabe, até hoje, a(s) causa(s) deste transtorno. O tratamento se restringe à atenuação de alguns sintomas considerados como os mais graves, que impossibilitam o autista de ter uma vida mais tranqüila. Logo, não são todos os sintomas que terão um tratamento prioritário, mas sim os que põem em risco a vida do paciente e os que prejudicam com a sua aprendizagem como, por exemplo, a insônia, a hiperatividade, a auto e a hetero-agressão. Sabe-se que, a pessoa com Transtorno Autista, assim como qualquer ser humano, possui um corpo com uma composição bioquímica diferente. Então um medicamento pode servir para um autista e não servir para outro. Podemos exemplificar esse ponto se comparamos quatro pessoas consumindo a mesma quantidade de cerveja e na mesma hora. É bem provável que observemos quatro reações diferentes, como por exemplo, um pode ficar mais alegre, o outro mais deprimido, o terceiro sonolento e o último completamente bêbado. Modificação de comportamento -ABA Terapia de "Holding"; Aproximação direta do paciente/aluno; Comunicação facilitada; · Técnicas de integração sensorial; e Educação Especial: TEACCH e CFN Ainda não se conhece a cura para os TGDs. No entanto, existem abordagens educacionais e de tratamentos que reduzem alguns dos desafios associados a estas deficiências. A intervenção terapêutica pode ajudar a diminuir os comportamentos destrutivos e a educação deve ensinar atividades que promovam maior independência dessa pessoas. O tratamento para ser eficaz precisa atender as necessidades comportamentais individuais de cada criança. Ouvimos e lemos muito sobre procedimentos diferentes, como musicoterapia, equoterapia, reorganização neurológica, comunicação facilitada, PECS (comunicação por figuras), vitaminas, dietas. Alguns destes foram comprovados cientificamente, outros não. Mas ainda que tudo isso pareça confuso, é preciso escolher o que for melhor para o seu aluno. Por isso a necessidade de manter-se atualizado Ainda que as intervenções educacional sejam a chave para melhorar a vida das pessoas com TGDs, alguns pais e profissionais acreditam que certos procedimentos exerçam papel importante no desenvolvimento das habilidades comunicativas e na redução dos sintomas comportamentais associados com o autismo. Estas terapias complementares incluem música, arte, esportes, terapia com animal. Todas podem ajudar no aumento das oportunidades de comunicação, desenvolvendo a interação social e proporcionando conquistas. Precisamos acreditar na potencialidade de nossos pesquisadores, tanto da área de saúde mental quando da educação especial e lutar por uma vida mais digna para as pessoas com TGDs. Não sabemos ao certo o que elas sentem, se sofrem, se têm consciência de seu problema, mas não podemos nos prender a isso e deixalas entregues à própria sorte. Ao invés disso, devemos a cada momento percebê-las além da superfície e dá-lhes a chance de serem compreendidas. Neste sentido acreditamos que uma integração, como foi proposto nesta apresentação, entre os diversos procedimentos terapêutico/pedagógicos, consolidando um modelo integrativo, poderá melhorar a nossa forma de atingir os objetivos mais nobres da vida humana: A paz e a harmonia. [email protected] 04/11/2015 23