• Neuropsicomotricidade Cláudio Pereira Neves Prof. De Educação Física Fisioterapeuta Ms. Educação Brasileira Equipe de avaliação CMAI [email protected] Psicomotricidade De forma geral, o que é preciso para uma pessoa escrever? DESENVOLVIMENTO MOTOR INDIVÍDUO •HEREDITARIEDADE •BIOLOGIA •NATUREZA •FATORES INTRÍSECOS TAREFA •ASPECTOS MOTORES •ASPECTOS PERCEPTIVOS •ASPECTOS ENERGÉTICOS ESTIMULAÇÃO OCASIONAL indivíduo AMBIENTE •EXPERIÊNCIA •APRENDIZAGEM •ENCORAJAMENTO •FATORES INTRÍNSECOS (querer poder... ESTIMULAÇÃO ORGANIZADA EVOLUÇÃO DA MOTRICIDADE • Ela se da desde que existam possibilidades de ação e o desaparecimento dos reflexos primitivos; • Pela aparição da atividade dos extensores da mão; • Pela oposição do polegar; • Pela rotação do punho; • Pela dissociação de movimentos, dando lugar à aquisição das sinergias, que regulam o movimento e impedem as sincinesias e paratonias. (AJURIANGUERRA ,1970). Surgimento • Oliveira (1997) aponta que o surgimento do termo psicomotricidade ocorreu com Dupré em 1920, significando um entrelaçamento entre movimento e o pensamento. • Júlio de Ajuriaguerra (1948, 1959, 1964,1977, 1988, etc.); Henri Vallom (1925, 1934, 1947, etc.); Jean Lê Boulch (1967, 1972,1984, etc.); Vitor da Fonseca (1983, 1985, 1998, 2000, 2004, etc.), Gislene de Campos Oliveira(1997, 2000, 2002, etc.), dentre outros. Definições conceituais: • Concepção psicopedagógica do movimento humano (Vítor da Fonseca,1993) • É a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas (José; E.A; Coelho,M) • Prática que tem como eixo central o movimento e o corpo de um sujeito desejante (Levin, Steban, 1995) Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP) • ...diz que a Psicomotricidade é uma Ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (1999). Objeto • Primeiro a criança age junto com o objeto; • Em seguida age sobre o objeto; • Finalmente age sem o objeto; (AJURIANGUERRA 1970) O CORPO • PERCEBIDO; • CONHECIDO; • VIVIDO ; • REPRESENTADO; Stamback 1856 Mendes e Fonseca (1988) Psicomotricidade é utilizada para detectar dificuldades de aprendizagem pela análise do desempenho da criança, a história de experiência lúdico-motora e o perfil de adaptabilidade em cada etapa do desenvolvimento. Utiliza-se as Baterias Psicomotoras – BPM - Gislene Campos Oliveira - Vitor da Fonseca BPM (FONSECA 1995) 1. 2. 3. 4. Tonicidade; Extensibilidade; Passividade; Paratonia; (descontração voluntária); 5. Diadococinesia (coordenação sucessiva e antagônica mãos); 6. Sincinesias; 7. Noções do corpo; 8. Equilíbrio; 9. Imobilidade; 10. Equilíbrio estático e dinâmico; 11. Lateralização e dominância lateral; 12. Praxia global e Específica 13. Estruturação temporal e Espacial; BPM (FONSECA 1995, p.115) 1. 2. 3. 4. 5. Pontos 27-28 22-26 14-21 9-13 7-8 • Tipo de perfil 1. 2. 3. 4. 5. Superior Bom Normal Dispráxico deficitário • Dificuldades de aprendizagem 1. __ 2. __ 3. __ 4. Ligeiras (específicas) 5. Significativas (Moderadas ou severas) Elementos básico da psicomotricidade Fatores: -Praxia Fina -Praxia global -Estruturação EspaçoTemporal -Noção corporal (somatognosia) -Lateralidade -Equilíbrio -Tônus 7 - Praxia global 3 - Noção corporal 9 -Estruturação espacial 8 - Praxia fina 5 - Estruturação espacial 4 - lateralização 6 - Estruturação temporal 2 - equilíbrio 1- tonicidade Tônus • Sequência do desenvolvimento: postura ação motora ação mental. • tônus muscular apresenta-se como uma tensão que regula e controla a atividade postural como suporte do movimento. Tonicidade A tonicidade, que indica o tono muscular, tem um papel fundamental no desenvolvimento motor, é ela que garante as atitudes, a postura, as mímicas, as emoções (expressão), de onde emergem todas as atividades motoras humanas . A importância do tônus muscular é ressaltada por vários autores. Oliveira (1997) diz que “O tônus muscular está presente em todas as funções motrizes do organismo com o equilíbrio, a coordenação, o movimento etc., todo o comportamento comunicativo está relacionado com o tônus” (p.27). Desarmonia do Tônus Motor • Pode ocorrer em indivíduos com um bom nível motor: variações afetivas, com as emoções. • PARATONIA: o individuo não pode realizar movimentos e ao tentá-lo aumenta mais sua rigidez. • SINCINESIAS: são movimentos que se realizam de forma involuntária, ao contrair-se um grupo de músculos, realiza-se outro movimento junto com o que centramos nossa atenção. Por ex.: enquanto a criança escreve, mostra ou morde a ponta da língua. Está diretamente relacionado com certa imaturidade sobre o controle do tônus. Pode ser algo normal até os 10-12 anos, idade em que vão desaparecendo. • Por si mesmas não são transtornos, apenas são sintomas de algum outro problema. Atividade para o tônus • Andando com brinquedo – A atividade de locomoção com apoio tem como objetivo tonificar a musculatura relacionada à posição em pé. O deslocamento contribui para o equilíbrio postural. Com a atividade, desenvolve-se também a noção visual e espacial, pois o bebê tem que observar para onde ele pode empurrar o brinquedo para poder deslocar-se. Túnel – O uso do túnel favorece o deslocamento engatinhando (4 apoios), o que possibilita tonificar a musculatura de braços, pernas e tronco. O aspecto visual e espacial também é trabalhado nesta atividade, pois os bebês podem encontrar saídas e possibilidades de ficarem em pé dentro do túnel. Rolo – O rolo possibilita a tonificação da musculatura dos braços e da musculatura dorsal do bebê, a fim de prepará-lo para o sentar. Bebê Rolando – Rolar é a primeira forma de deslocamento global do bebê, movimento que requer a integração da musculatura dos dois lados do corpo. Cobertor – O “arrastar” sobre o cobertor possibilita o ajustamento do corpo na posição sentada, pois, quando o cobertor é puxado, o bebê contrai a musculatura necessária para manter-se em equilíbrio. Equilíbrio Equilíbrio O equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção. • O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa postura sobre uma base. • • O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em movimento, determinando sucessivas alterações da base de sustentação. • O equilíbrio é a base primordial de toda coordenação geral, é a manutenção do corpo na posição normal, sem oscilações ou desvios, mantendo-se no seu centro de gravidade. • Integração: Tônus, Vestíbulo coclear e cerebelo. Equilíbrio • Quanto mais defeituoso é o equilíbrio corporal, mais energia e atenção escapa em detrimento de outras atividades. • Quase todas as crianças que apresentam dificuldades em seu equilíbrio, são crianças tímidas, retraídas e excessivamente dependentes. • A Bola de Bobath possibilita o fortalecimento da musculatura dorsal e abdominal. Quando o bebê está sobre a bola, busca estabilidade e precisa ajustar-se a cada instante. Estes “ajustamentos” possibilitam a busca pelo equilíbrio corporal. Problemas no equilíbrio • Segundo a Fonseca esse déficit envolve os centros de postura e tonicidade (áreas primárias de Luria) que interferem nos estados de atenção e alerta, que são bases da aprendizagem como um todo. Esquema Corporal Esquema corporal • É também conhecido por estruturação corporal. Vitor da Fonseca (1983) também o chama de somatognosia. • Wallon (1968) (in De MEUR e STAES, 1989) diz que “O esquema corporal é elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança. É a representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo” (p. 9). • “O esquema corporal não é um conceito aprendido, que se possa ensinar, pois não depende de treinamento [...] é uma construção mental que a criança realiza gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo. É um resumo e uma síntese de sua experiência corporal” (OLIVERA, p. 52, 1997). • Muitas condutas psicomotoras dependem do esquema corporal, tais como o equilíbrio, a coordenação visomotora, a percepção de movimentos e de posição no espaço e a linguagem. • Ademais, o corpo é também uma expressão da individualidade. E o referencial para perceber-se, perceber o outro e as coisas que o cercam se dá a partir do próprio corpo. Esquema corporal • Crianças com dificuldade de aprendizagem frequentemente emergem de uma fraca autoimagem, nesse sentido Fonseca diz que as novas aprendizagens são construídas sobre sistemas pré-existentes, ou seja, se o anterior não for bem assimilado o próximo terá maiores chances de também não ser. • Segundo Vitor da Fonseca, uma má percepção corporal revela uma má percepção sensitiva e proprioceptiva corporal, que devem ser estimuladas. • Duas graves consequências no distúrbio do esquema corporal são apontadas por Oliveira (1997): - o não desenvolvimento de instrumentos próprios para o bom relacionamento social e o com meio ambiente. - e um mau desenvolvimento da linguagem. Partes do corpo – Trabalhar com as partes do corpo permite o auto conhecimento pelo sentido cinestésico, onde a criança toca a parte do corpo solicitada, respeitando a lei “céfalo caudal” e “próximo distal”. Atividade de expressão corporal A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e função de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar - verbal e gestualmente - no mundo. Minha perna quebrou; Estou com dor de cabeça; Gosto de viajar; Grupo inventar uma frase sem usar palavras o outro tem que adivinhar!! – Etc. – – – – Espelho – Vendo-se no espelho, a criança constrói seu esquema corporal, usando sua própria referência. O relaxamento: – Relaxamento global – com ele a criança será capaz de sentir e precisar as noções de repouso, de extensão, de peso, de contato. – Relaxamento segmentário (das partes) – permite que a criança tome consciência das sensações de contração e de relaxamento localizadas a esta ou aquela parte do corpo. Em todo o processo de conscientização sobre seu corpo a criança vai, pouco a pouco, fazendo diferenciações entre o eu e o outro; sujeito e objeto; mundo interior e mundo exterior, como também do espaço objetivo, já que ela tende a tomar consciência dos seus limites corporais. Uma constituição inadequada do esquema corporal pode trazer consequências na coordenação dos movimentos, que costumam ser observadas em atividades cotidianas como o atraso ao se despir e dificuldades em executar habilidades manuais. Expressão facial Imitar/reconhecer Identificar/Memória Transtornos do Esquema Corporal ASOMATOGNOSIA: O SUJEITO É INCAPAZ DE RECONHECER E MOSTRAR EM SEU CORPO ALGUMA DE SUAS PARTES. PODE OCORRER A PARTIR DE ALGUMA LESÃO NEUROLÓGICA. A AGNOSIA DIGITAL É A MAIS FREQUENTE NAS CRIANÇAS: ESTA NÃO É CAPAZ DE RECONHECER, MOSTRAR NEM MOVER OS DISTINTOS DEDOS DE SUA PRÓPRIA MÃO OU DE OUTRA • Fonseca (1995)diz que essa má percepção corporal tem provável causa numa má percepção sensitiva e proprioceptiva . • Esse autor ainda diz que crianças com dificuldade de aprendizagem frequentemente emergem de uma fraca auto-imagem e que as próximas aprendizagens, que dela dependerem, também poderão vir a serem deficitárias. Exemplos de Atividades • Pique de pegar: partes dos corpo; • Quem corre “foge” tem que por a mão em tal lugar, o pegador ou o professor escolhe o local: • Músicas; • Desenho; • Explorar andar, saltar, estalar língua. • De 0 a 4 anos Cabelos; mãos; pés; boca; orelhas; olhos; nariz; costas; ventre; joelhos. • De 4 a 5 anos Calcanhares; bochechas; testa; queixo; pescoço; polegares; unhas; lábios; ombros. • De 5 a 7 Cotovelos; cílios; punhos; sobrancelhas; narinas; “barriga da perna”; pálpebras; tornozelos; quadril. Lateralidade Lateralidade • Na concepção de Oliveira (1997), a lateralidade é propensão do ser humano em utilizar mais um lado do corpo do que o outro, ou seja: há um predomínio, uma dominância motora nas mãos, olhos, ouvidos e pés. • Essa autora ainda pontua que até um ano de idade não se verifica nenhuma dominância, no entanto, é nesse período que a lateralidade começa a se evidenciar e que só podemos falar em dominância propriamente dita entre os 5 e 7 anos de idade. • Podemos acrescer à lateralidade o entendimento da “divisão” lados direito e esquerdo do corpo, interligando-os às noções e ao desenvolvimento do esquema corporal. Para tanto, dizemos que uma criança (pessoa) tenha uma consciência da lateralidade quando ela reconhece os lados direito e esquerdo no seu corpo, no outro, nos objetos do seu meio e entre esses objetos. Transtornos do Esquema Corporal TRANSTORNOS DA LATERALIDADE: ALTERAÇÕES NA ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL E, PORTANTO, NA LEITURA/ESCRITA (DAÍ, O FRACASSO ESCOLAR). AS MAIS FREQUENTES SÃO: 1- Lateralidade contrariada, aquela criança que tendo seu lado esquerdo dominante, por influencias sociais passam a escrever com uma falsa dominância destra. 2- Ambidestrismo :a criança utiliza indistintamente os dois lados de seu corpo para realizar coisas; também origina sérios transtornos à criança, espacialmente, em relação à aprendizagem. 3- Lateralidade cruzada: também origina problemas de organização corporal. Quando a criança não tem uma lateralidade claramente definida, temos que ajudá-la a resolve-la em algum sentido, sem impor qual será o escolhido. • Um dos problemas relevantes quando se há a perturbação da lateralidade é o aparecimento de sincinesias, que “...é o comprometimento de alguns músculos que participam e se movem, sem necessidade, durante a execução de outros movimentos envolvidos em determinada ação. É involuntária e geralmente inconsciente” (OLIVERA, p.73, 1997). • Outras importantes consequências da perturbação da lateralidade, na área educacional, é a dificuldade em apreender a direção gráfica, os conceitos de direita e esquerda e a dificuldade na coordenação motora fina. Esses que são considerados graves problemas de aprendizagem escolar. Ditado Topológico • EX: Objetivos: distância, forma, cor, lateralidade. 1- No meio da folha, desenhe uma casa, de um lado da casa desenhe uma árvore do outro lado desenhe um menino empinando uma pipa, atrás da casa desenhe umas montanhas, nuvens e um sol brilhante, embaixo desenhe um lago com peixes e patos perto do lago desenhe uma menina. Coloque nome em cada desenho. • Amarrar, prender algo nos braços, pernas: Pique de pegar simples mão, • Pular com um pé só; • Amarelinha: ida com um pé volta com outro; • Quadriculado; • Driblar a bola com uma mão depois com a outra; • Rodar bambolê num braço e no outro; • Orientação com olhos vendados: • Reversibilidade: prof. de frente aos alunos • Vivo morto: com braços ( elevar direito ou esquerdo. Estruturação Espacial • Alguns autores também a denominam orientação espacial, organização espacial ou ainda estruturação espaço-temporal, tal como na concepção de Fonseca (1983). • Para Oliveira (1997) a estruturação espacial é um conceito que vai sendo apreendido pelo indivíduo, é uma elaboração e uma construção mental que se opera através de seus movimentos em relação aos objetos que estão em seu meio. • Essa autora ainda diz que, para que uma criança perceba a posição dos objetos no espaço, precisa, primeiramente, ter uma boa imagem corporal, pois usa seu corpo com um ponto de referência. Ela só se organiza quando possui um domínio de seu corpo no espaço. [...] • Mendes (2001) diz que a organização espacial é a possibilidade, para o indivíduo, de organizar-se perante o mundo que o cerca, de organizar as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las. É ter a noção de direção (acima, abaixo, à frente, atrás, ao lado), e de distância (longe, perto) em integração. Toda nossa percepção do mundo é uma percepção espacial na qual o corpo é o termo de referência (p.39). PROBLEMAS NA PERCEPÇÃO ESPACIAL • A criança não é capaz de distinguir um “b” de um de um “d”, um “p” de um “q”, “21” de “12”, caso não perceba a diferença entre direita e esquerda. • Se não sabe bem alto e baixo, confunde “b” com “p”, o “n” e o “u” o “ou” e o “on”. Inicia-se com a percepção do seu corpo no espaço, para depois usá-lo como referência quadriculado Letras; números; Misto; Direita; Esquerda; Frente; trás; etc • A boa percepção do espaço exterior se dá por consequência à boa percepção do próprio corpo, revelando, novamente, a questão das etapas que se sucedem na maturação neuropisico-fisiológica do indivíduo, já que “Para a criança assimilar os conceitos espaciais precisa também, como já afirmamos, ter uma lateralidade bem definida (OLIVEIRA, p. 79, 1997). Potes – Os potes nos permitem, de forma divertida, trabalhar a noção de “dentro e fora”. • Empilhar – Nas atividades de empilhar trabalha-se a coordenação visual e motora e a noção espacial. Estruturação Temporal Medes (2001) diz que a ...a estruturação temporal é a capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos (antes, durante, após); da duração dos intervalos (hora, minuto, aceleração, freada, andar, corrida); renovação cíclica de certos períodos (dias da semana, meses, estações) e do caráter irreversível do tempo (noção de envelhecimento, plantas e pessoas). A noção do tempo está intimamente ligada à noção de espaço e para sua compreensão é fundamental a ação da memória, que desempenha papel importantíssimo (p.p. 39-40). • Pinte, recorte e cole na sequencia: • De forma geral é através da orientação temporal que o indivíduo apreenderá a localização dos acontecimentos presentes, passados e futuro, podendo, então, planejar e organizar melhor sua vida. Espaço temporal (problemas) • Uma má organização espacial ou temporal acarretará fracasso em matemática. Para calcular a criança deve ter pontos de referência, colocar os números corretamente, possuir noção de fileira, de coluna, deve combinar formas. Coordenação Global: • - A coordenação dinâmica global ou geral [também conhecida por Coordenação motora grossa] é considerada como a possibilidade de controle dos movimentos amplos de nosso corpo. Victor : praxia Global. • Possibilita contrair grupos musculares diferentes de uma forma independente, promovendo a dissociação de movimentos, ou seja, realiza múltiplos movimentos ao mesmo tempo, mesmo assim conservando a unidade do gesto. • Envolve movimentos básicos de membros inferiores e superiores simultaneamente, tais como: correr, saltar, arremessar bolas, lançar, levar objetos, marchar, andar, suspender-se, etc., (MENDES, 2001). • Entretanto, é dependente de uma boa capacidade de equilíbrio postural ( que depende do tônus) ligadas às sensações proprioceptivas cinestésicas e labirínticas, e, quanto maior o equilíbrio, mais econômica a atividade do indivíduo e mais coordenadas serão suas ações. • • • • • • • • Jogos pré-desportivos; Ordem, seu lugar, sem rir... Jogar bola para cima e passar por baixo. Polichinelo; Ginástica; Danças; Estafetas com obstáculos; boliche Coordenação Fina praxia fina De forma geral: capacidade de controlar os pequenos músculos para exercícios refinados, como: recorte, perfuração, colagem, encaixes, e envolve a coordenação óculo-motora, viso-manual, e músculofacial (MENDES, 2001). E o deficiente visual? Tátilcinestésica. • A praxia fina traduz um produto final no qual participam todos os restantes fatores psicomotores. • A tríade postura-visão-mão é uma recoordenação sistêmica que está na base da praxia fina. Fonseca (1995) • Nesse mesmo sentido, Fonseca (1995), diz que essa coordenação compreende o que ele denomina de micromotricidade e a perícia manual. • Entretanto, temos que considerar como parte da coordenação fina a questão do controle ocular, ou seja, a visão conjuntamente com o gesto manual, comumente chamada de coordenação óculo-manual, viso-motora ou olhomão (como por exemplo, experiências de lançar e pegar). Macarrão – Pegar fios de espaguete exige o movimento de pinça, tão importante nessa fase do desenvolvimento. Lanterna - Usando a lanterna, pode-se explorar a coordenação visual e espacial, em que o bebê terá que acompanhar com os olhos o espaço por onde o ponto luminoso irá passar. O bebê tenta “pegar” o ponto de luz, o que possibilita também o trabalho de coordenação visual e motora. Bolha de sabão – A brincadeira possibilita a coordenação visual e motora, pois o jogo olho/mão é o ponto mais explorado nessa atividade. A criança terá que se adaptar a cada momento para apanhar as bolhas de sabão Dispraxias (dificuldade na praxia global e ou fina) • Há uma lentidão ou ineficiência na planificação de novas ações, independentemente de uma inteligência normal ou de uma motricidade funcional. • O problema reside na ligação entre o intelecto e os membros, entre o psíquico e o motor. Há, então, uma dificuldade na organização, na sequencialização e na própria ação (execução motora), visto que nas tarefas da praxia global se revela o nível de atenção voluntária da criança frente a situações novas e o seu potencial de cognição. A parte ou loccus que faz essa organização no cérebro é o lobo frontal. • Estafetas: tampinhas, clipes com uma mão; fita crepe com nome, letras números; PSICOMOTRICIDADE A fase ideal para trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento motor, intelectual e sócio-emocional é do nascimento aos 8 anos de idade. (Manhães, 2004) PSICOMOTRICIDADE • Este período é propício para desenvolver dificuldades de aprendizagens, sendo importante observar todo o contexto em que a criança vive. • Se as dificuldades não forem exploradas e trabalhadas a tempo, poderão surgir déficits na escrita, na leitura, no cálculo matemático, na socialização, entre outras. (Fonseca, 1995; Gualberto, 2003). Percepções/discriminações: • Percepção auditiva; • Percepção visual; • Percepção tátil; • Percepção olfativa/gustativa; • Percepção motora; • Percepção espacial; • DISCRIMINAÇÕES E INTER-RELAÇÕES P E R C E P Ç Ã O v I S U A L Percepção visual Encaixe – As atividades de encaixe proporcionam ao bebê o desenvolvimento da coordenação visual e motora, em que ele irá experimentar a solução de problemas, pois os encaixes possuem alternativas restritas. Gelatina – Tentando pegar os cubos de gelatina o bebê experimenta sensações como consistência e temperatura. Percepção auditiva