Humanização no Atendimento Enf./Profª: Letícia Lazarini de Abreu A Humanização como política transversal na rede SUS • Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; • Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; • Identificação das necessidades sociais de saúde; • Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde; • Compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e de atendimento; Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com: • A troca e a construção de saberes; • O trabalho em rede com equipes multiprofissionais; • A identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes sujeitos do campo da saúde; • O pacto entre os diferentes níveis de gestão assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede; • O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde; • Construção de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do SUS. Com a implementação da Política de Humanização, trabalhamos para consolidar quatro marcas específicas: • Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo. • Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial; • As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS; • As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários assim como educação permanente aos trabalhadores. Três eixos principais: Acolhimento: Recepção do usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas preocupações, angústias, e ao mesmo tempo, colocando os limites necessários, garantindo atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência quando necessário. Educação permanente: Aprendizagem no trabalho, onde o aprender e ensinar se incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho. Ouvidoria: Serviço representativo de demandas do usuário e/ou trabalhador de saúde e instrumento gerencial na medida em que mapeia problemas, aponta áreas críticas e estabelece a intermediação das relações, promovendo a aproximação das instâncias gerencias. ATENDIMENTO AO PÚBLICO O atendimento ao público é um serviço complexo, sua simplicidade é apenas aparente. É através do atendimento feito ao usuário no primeiro instante em que este chega na instituição, o que chamamos de “porta de entrada”, onde se investiga as origens da falta de qualidade do serviço prestado ao usuário o que ocasiona problemas. CAUSAS: Falta de treinamento do funcionário ; Desinformação do usuário; Planejamento ineficaz da instituição. Atualmente as instituições públicas se deparam com cidadãos mais exigentes, com consciência dos direitos de cidadania que crescem com a consolidação do regime democrático e os eleitorescontribuintes cobrando não só a ampliação da oferta mas também a qualidade dos serviços prestados pelo Estado. DIFICULDADES DO SERVIÇO • CLIENTE: enfrenta fila, desesperado, desconfiado. chega irritado, com dor, com medo, apressado, descontrolado, exigente, • FUNCIONÁRIO: dificuldades de explicar que não é ele que faz as leis do país e as normas da instituição, que não dispõe da informação desejada, que não depende dele só a agilização do atendimento, é colocado no lugar de “para raios afetivo” destinado a captar as descargas emocionais dos usuários. O trabalho desenvolvido pelo funcionário na situação de atendimento é fundamentalmente uma atividade de mediação entre as finalidades da instituição e os objetivos dos usuários. Essa mediação não é uma “função prescrita” de fácil execução; ao contrario, ela é fonte permanente de conflito que comporta múltiplas dimensões. PONTOS DE VISTA DA INSTITUIÇÃO, DO USUÁRIO E DO ATENDENTE • Do ponto de vista da instituição: Transforma o atendente metaforicamente nos “BRAÇOS, PERNAS, E CABEÇA DA INSTITUIÇÃO” ou modo pelo qual a instituição busca “personificar–se”, abandonando sua condição de ente abstrato. • Do ponto de vista do usuário: Existe uma tendência a despersonificar o atendente, ou seja, o atendente deixa de ser alguém portador de uma identidade singular para encarnar a figura da instituição e, dessa forma, ser responsabilizada pela resposta adequada á demanda do usuário. PONTOS DE VISTA DA INSTITUIÇÃO, DO USUÁRIO E DO ATENDENTE • Do ponto de vista do atendente: Este tende a encarar este trabalho como um momento de gerir interesses nem sempre compatíveis e harmônicos, buscando cumprir as tarefas prescritas, evoluir suas competências, preservar sua saúde e construir sua identidade profissional. Essa mediação caracteriza o serviço de atendimento objetivando a satisfação do usuário, eficiência e bem estar dos atendentes, eficácia e qualidade do serviço. CORDIALIDADE. UM REMÉDIO SEM CONTRA-INDICAÇÕES Missão: “Prestar atendimento humanizado, efetivando a integralidade das ações que visem a promoção, proteção e recuperação da Saúde, dirigidas a todas as fases da vida e de forma abrangente para toda a população, bem como, proporcionar o comprometimento dos profissionais de Saúde nas ações.” CORDIALIDADE UM REMÉDIO SEM CONTRA-INDICAÇÕES •Uma cultura de humanização pode levar certo tempo para ser assimilada e requer a contribuição de todos. Porém, uma vez integrada ao dia-a-dia, todos têm a ganhar: usuários, profissionais e o sistema de saúde como um todo. •Recebendo e informando os usuários de forma cordial, você agiliza o atendimento, conforta os pacientes e torna o ambiente mais agradável, inclusive para quem trabalha. Organograma da rede de saúde USUÁRIO Unidade de Saúde da Família Centro Municipal de Saúde PRONTO ATENDIMENTO Centro Municipal de Saúde ESPECIALIDADES MÉDICAS Hospitais de Referência Unidade de Saúde da Família • Neste primeiro atendimento, o usuário poderá contar com diversos serviços e atendimentos. • Sempre que possível, o usuário deve procurar primeiro as Unidades de Saúde da Família, mas ele nunca pode sair de uma Unidade de Saúde sem atendimento ou esclarecimento. Caso necessário, haverá o encaminhamento para um pronto atendimento ou especialidade médica. Centro Municipal de Saúde • Pronto Atendimento: Esta unidade deverá ter atendimento contínuo (24 horas) com clinica médica e equipe de enfermagem. O objetivo deste atendimento, entre outros, é dar retaguarda às unidades básicas de saúde da família e receber o usuário no primeiro atendimento de urgência e emergência e encaminhá-lo se for o caso para os hospitais de referência ou PSF. • Especialidades Médicas: Para ser atendido o usuário deverá ter sido encaminhado pelas Unidades de Saúde da Família ou pelo pronto atendimento(em caso de urgência). Hospitais de Referência O usuário deverá ter sido encaminhado pelo pronto atendimento, ou pela clínica de especialidades médica. Nas Unidades hospitalares, o usuário encontrará os seguintes procedimentos: internações, exames complexos e procedimentos cirúrgicos, entre outros. Podemos também, englobar as clínicas e centros de referência onde encaminhamos pequenas cirurgias e exames complementares. CORDIALIDADE UM REMÉDIO SEM CONTRA-INDICAÇÕES Ao direcionar o usuário para o local adequado, a Rede de Saúde agiliza o atendimento e melhora a qualidade de vida da população. Propomos: + Qualidade no atendimento + Saúde para a população + Valorização do profissional Além de mais organizado o atendimento vai contar com a humanização na prestação de serviços. Nesse quesito, você profissional da saúde, tem uma enorme relevância. Sua participação no processo de humanização do atendimento é essencial. Aqui vão algumas dicas para você melhorar o tratamento ao usuário e o ambiente de trabalho: O ambiente interno das unidades de saúde deve ser sinalizado. Todos devem zelar pelos equipamentos, instalações e aparência das unidades de saúde. Clareza das informações oferecidas aos usuários: Seja amigável, apresente-se ao usuário. Informe aos familiares sobre o atendimento do usuário. Toda unidade de saúde deve fornecer meios para a efetivação de queixas e sugestões. Clareza das informações oferecidas aos usuários: Ofereça privacidade no atendimento ao usuário. Seja atencioso e gentil. Ouça o usuário e entenda suas necessidades. Condições de acesso e presteza dos serviços: O acesso de acompanhantes e visitas deve ser facilitado. A presença de um ente querido pode auxiliar o tratamento/recuperação do paciente. A sala de espera deve ser um local de triagem para o atendimento prioritário, como gestantes, idosos. O sistema de marcação de consultas/exames deve ser CLARO. Certifique-se de que o usuário compreendeu as datas e conhece os locais a serem procurados. CONHECEMOS A CONSTITUIÇÃO? Direitos do funcionário público de saúde: Desacato (código penal 6 meses a 2anos – art.331-CP); desacato = afrontar, vexar, quando no exercício da função. Deveres do funcionário público de saúde: • Atendimento digno, respeitoso, atencioso; • Tratamento pelo nome e não por números códigos, desrespeito ou preconceitos, de classe, cor, cultura etc. • O usuário deve ter segurança de proteção de seus dados pessoais e outras informações sigilosas (sigilo profissional), privacidade, individualidade etc. • Local digno e adequado para o atendimento; • Respeito aos valores étnicos e culturais (costumes próprios, religião etc.); • Ser ético = funcionário público perante as leis e a função de ser digno, social. Valoração pessoal e profissional. • BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! • POR FAVOR! OBRIGADA! • ...PALAVRAS EDUCADAS E UM SORRISO PODEM MINIMIZAR O SOFRIMENTO E OS PROBLEMAS... OS NOSSOS E O DOS USUÁRIOS... Obrigada!!!