UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA Estratégia e acção eleitoral António Cardoso [email protected] UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral. 1234567- Análise e investigação do eleitorado. Fixação dos objectivos. Escolha dos alvos prioritários. Escolha das linhas de orientação. Escolha dos media. Implementação da estratégia. Organização, planeamento e controlo. [email protected] 2 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 1- Análise e investigação do eleitorado. As estatísticas disponíveis. Análise estatística dos Escrutínios anteriores. Caracterização socio-económicos da população (INE) Os dados primários. Atitudes politicas fundamentas dos eleitores. Opiniões conjunturais sobre a situação geral e sobre os problemas da actualidade. Atitude dos eleitores relativamente ao governo, aos partidos e aos políticos. Intenções e comportamentos de voto. [email protected] 3 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 2- Fixação dos objectivos. Contrariamente ao que se pensa habitualmente, uma campanha eleitoral para um partido ou candidato, não tem necessariamente por objectivo ganhar uma eleição. Os objectivos teóricos de todos os candidatos é o de obter o máximo de votos, contudo os objectivos realistas que eles fixam podem variar segundo: os simpatizantes, os meios financeiros e humanos disponíveis, a natureza da consulta e o modo de escrutínio. Os 3 grandes objectivos: A difusão das ideias do candidato. Aumentar a sua notoriedade, melhorar a sua imagem, promover e divulgar as suas ideias e atrair apoiantes activos para futuras campanhas. A obtenção de um bom resultado. Obter um score elevado (ex. 0 2º lugar) para lhe assegurar uma certa influência politica. Por ex: obter um nº suficiente de votos para ter acento parlamentar (Bloco de esquerda) ou para permitir uma coligação (PP). A obtenção da maioria dos votos – objectivo mais ambicioso. (Problema da sua comunicação) [email protected] 4 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 3- Escolha dos alvos prioritários. Numa Cª eleitoral, o tempo, a energia e os recursos do candidato/partido são limitados. Por uma questão de eficácia é fundamental concentrar-se em certos segmentos do eleitorado que apresentem uma importância particular e podem ter um papel determinante no escrutínio. Os alvos naturais: Os líderes de opinião: Os flutuantes: mudam constantemente de partido, têm pouco interesse os eleitores próximos e mais permeáveis às ideias/programas do candidato/partido pela politica e são os mais influenciáveis (idosos, mulheres, níveis sócioeconómico baixo). Mal informados, desprovidos de uma ideologia e de opinião politica, estes eleitores são sensíveis à influência da Cª eleitoral. Os indecisos/críticos: informados. Os adquiridos: militantes. [email protected] 5 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação. Durante uma Cª um candidato é tentado a falar de diversas questões e a tomar posição sobre vários problemas, pois as preocupações dos eleitores são numerosas e variadas e porque os adversários fazem Cª é preciso responder aos seus argumentos Todavia, para que uma campanha seja eficaz é fundamental que se articule de forma coerente em torno de um nº de pequenas ideias fortes, linhas de orientação sobre as quais o candidato concentra os seus esforços de comunicação. a) b) c) d) e) Escolha Escolha Escolha Escolha O Estilo do terreno. do tom. dos temas. do eixo – Slogan. e a Linguagem [email protected] 6 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação (Cont.) a) Escolha do terreno: consiste numa zona geográfica onde vai concentrar o seu debate e na definição dos seus critérios eleitorais a privilegiar (ideologia, programas, personalidade dos candidatos). Nível geográfico do debate eleitoral: depende muito do tipo de escrutínio (Presidenciais, autárquicas, legislativas, europeias). As cidades com grande aglomerado populacional. As escolha dos critérios eleitorais a privilegiar: tem a ver com os critérios considerados pelos eleitores para fazer uma escolha. Critérios ideológicos (Politização da Cª - debate ideológico). Critérios programáticos (associada aos probl. políticos, Critérios de imagem (personalização da Cª). económicos e sociais da actualidade). Tecnicidade do discurso. [email protected] 7 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação (Cont.) b) Escolha do tom: posição relativamente aos adversários. Tom Polémico: consiste em desenvolver uma posição critica face aos Tom neutro: consiste em ignorar os adversários e apenas falar dos adversários. Pode ser mais ou menos agressivo ou defensivo relativamente ás acções, Cª, programas, ideias, ... dos adversários. problemas e das soluções que ele mesmo propõe. OBS: A escolha do tom da Cª depende de 3 considerações: Depende da situação que o candidato ocupa na competição. Considerar as opiniões relativamente ao candidato considerado e dos seus adversários. Depende do tom que adoptarem os outros adversários [email protected] 8 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação (Cont.) c) Escolha dos temas: de todos os temas possíveis da Cª é importante reter um pequeno nº sobre o qual concentrará os seus esforços. Conforme o principio da concentração de esforços e o principio da concentração USP (Unique Selling Preposition). Em matéria ideológica (liberdade, justiça social, família, Esqª/Dta....) Em matéria dos programas (impostos, educação/privatizações, emprego, crescimento eco. ...) Em matéria de personalidade (inteligência, honestidade, autoridade, competências económicas, ...) Métodos para a escolha dos temas (consulta do eleitorado): Privilegiar os temas que o candidato julga mais importantes; Privilegiar os temas que o eleitorado julga mais importantes; Exploração dos pontos fortes do candidato; Corrigir os pontos fracos do candidato. [email protected] 9 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação (Cont.) d) Escolha do eixo: grande tema que pode ser traduzido num slogan. Eixo ideológico: afirmar o que o diferencia entre a esqª e dta. Eixo Politico: voltados para o eleitorado e para o futuro (união e concentração; continuidade; mudança; renovação; ...) Eixo pessoal: personalização da comunicação. Eixo temático: grandes temas e preocupações. O SLOGAN é a tradução + simples do tema e com maior penetração ao nível da comunicação. [email protected] 10 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 4- Escolha das linhas de orientação (Cont.) e) O estilo e a linguagem. O estilo da Cª é, em primeiro lugar uma questão de sensibilidade (na emissão e na recepção, pois só a sinceridade garante a credibilidade). A linguagem dos políticos é um elemento fundamental do estilo politico. O Objectivo dos políticos: Falar para ser ouvido, depois para ser compreendido e depois para ser apreciado. O estilo de uma Cª reside num dos 3 efeitos: Efeito de impacto (declaração da candidatura; utilização dos media; originalidade do tom); Efeito da potência (intensidade da utilização dos media) Efeito de sedução (provoca adesão afectiva e sentimental ao candidato) [email protected] 11 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 5- A escolha dos media. As opções em matéria de media: Nem todas as formas de PUB são autorizadas. Utilização gratuita de alguns suportes (D.tos de antena) e cobertura mediática. Meios audiovisuais. Meios bidirecccionais Meios interactivos. [email protected] 12 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 5- A escolha dos media (cont.) Fixação do orçamento (% dedicada aos media). Selecção dos media e distribuição orçamental. Definição dos objectivos da estratégia de media: Boa cobertura de determinados alvos. Possibilidade de comunicação diferenciada. Possibilidade de estabelecer interactividade. Objectivos prioritários da comunicação. Notoriedade; Imagem; Mensagens ideológicas; Mensagens argumentadas; Mobilização de militantes. [email protected] 13 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 6- Implementação da estratégia. Modo de utilização dos principais media. 5% de inspiração e 95 % de transpiração. É durante o curto período em que se desenvolve a Cª que se vai comprovar a qualidade da organização e do planeamento e a implicação dos militantes A importância que têm os mais pequenos detalhes obriga á intervenção de diferentes profissionais. Organização material Especialistas em marketing e publicidade A utilização do cartaz (notoriedade, credibilidade, imagem, difusão do tema): a ilustração (fotografia do candidato) e o texto (curto). Os media individualizados (MKT Directo, visitas ao domicilio). As prestações pessoais do candidato (Qd. Está sózinho: debates, discurso,...). As relações com a imprensa. [email protected] 14 UFP Marketing Politico Estratégia e acção eleitoral (Cont.). 7- Organização, planeamento e controlo. Organização da Cª. (5 grandes funções) Direcção da Cª: constituído pelo director da Cª, o candidato e conselheiros. Fixar as orientações e as estratégias da Cª; Coordenação da acção de todas as áreas da estrutura; Planeamento geral das operações; Controlo e desenvolvimento do planeamento da Cª. Criação do material da Cª. Relações com a imprensa. Finanças. Direcção das operações no terreno. Jurídico Utilização dos Recursos humanos: militantes, voluntários e serviço externo Colecta de fundos. Planeamento e controlo da Cª Calendarização (modulação no tempo e intensidade). Análise da eficácia (sondagens, impacto da mensagem, notoridedade, ...) [email protected] 15