1º Boletim Informativo do Comitê Gestor Estadual Intersetorial do Programa Bolsa Família Espírito Santo - Novembro 2012 1º Boletim Informativo do Comitê Gestor Estadual Intersetorial do Programa Bolsa Família Texto: Comitê Intersetorial do Programa Bolsa Família Magali Rocha Pereira Abker SEADH) Eliete Rodrigues de Souza (Sedu) Luciana Azevedo Taliuli (SEP) Renato Luiz Carpanedo (Sesa) Colaboração: Camila Ribeiro Kézia do Nascimento Santos Silva Renato Casagrande Governador Givaldo Vieira da Silva Vice-Governador Rodrigo Coelho do Carmo Secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos Klinger Barbosa Secretário de Estado da Educação José Tadeu Marino Secretário de Estado da Saúde Robson Leite Nascimento Secretário de Estado de Economia e Planejamento Núcleo de Avaliação e Gestão da Informação (Nagi) Clarice Romeiro Campos Edilene Santana Machado Lúcia Filomena Botani Magali Rocha Pereira Abker Michella Lombardi Santana Rutinéia Jacob de Melo Wilian Carlos Gonçalves Carlesso Estagiários Camila Ribeiro Cláudia Moreira Rodrigues Kézia do Nascimento Santos Silva Marivalda Ramos dos Santos Sumário 1 Programa Bolsa Família no Estado do Espírito Santo..........................................................................05 2 Condicionalidades...............................................................................................................................07 3 Educação.............................................................................................................................................09 4 Saúde...................................................................................................................................................14 5 Assistência Social................................................................................................................................19 Considerações finais...............................................................................................................................22 4 1 Programa Bolsa Família no Estado do Espírito Santo O Governo do Estado do Espírito Santo aderiu ao Programa Bolsa Família no ano de 2004, e vem aprimorando suas ações ano a ano, com a parceria que vem sendo desenvolvida de forma intersetorial entre as Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos; Secretaria de Estado de Saúde; Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Trabalho, e Secretaria de Estado de Economia e Planejamento, que compõem o Comitê Gestor Estadual Intersetorial do Programa Bolsa Família. Os gráficos abaixo apresentam a evolução entre os anos de 2006 a 2012 do número de famílias beneficiárias e do valor financeiro repassado anualmente diretamente às famílias do Estado do Espírito Santo essenciais para o desafio de reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza na esfera estadual, o Estado do Espírito Santo idealizou a adoção de medidas primordiais para o seu enfrentamento (ESPÍRITO SANTO, 2011). GRÁFICO 1: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS NO PBF - 2006-2012 200.000 195.000 197.068 191.421 190.000 187.927 190.428 189.983 Ano 2009 Ano 2010 192.365 185.000 180.000 175.000 171.419 170.000 165.000 160.000 155.000 Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2011 Ano 2012 Fonte: Matriz de Informação/Sagi/MDS Obs: Dados até o mês de outubro de 2012 Observa-se que no Espírito Santo o número de famílias atendidas vem aumentando gradativamente a partir do ano de 2008, havendo uma pequena queda em 2010, sendo que o acumulado de 2012 supera em aproximadamente cinco mil famílias todo o ano de 2011. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 5 GRÁFICO 2: EVOLUÇÃO DO REPASSE FINANCEIRO NO PBF AO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - 2006-2012 300.000.000,00 50.000.000,00 0,00 Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 234.692.380,00 198.301.764,00 180.269.180,00 140.831.600,00 100.000.000,00 121.944.133,00 150.000.000,00 161.518.145,00 200.000.000,00 241.494.657,00 250.000.000,00 Ano 2012 Fonte: Matriz de Informação/Sagi/MDS O gráfico apresentado indica a evolução do repasse financeiro no PBF ao Estado do Espírito Santo de 2006 até 2012. Verifica-se que ocorre um aumento gradativo nos valores repassados, com uma pequena queda no acumulado no último ano de R$ 6.802.277,00. Vale ressaltar que o valor apresentado em 2012 foi repassado até o mês de outubro. GRÁFICO 3: EVOLUÇÃO MENSAL DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS NO PBF NO ESPÍRITO SANTO - ANO DE 2012 Fonte: Matriz de Informação/Sagi/MDS No mês de outubro de 2012, o Governo Federal, através do Programa Bolsa Família atendeu 197.949 famílias no Estado do Espírito Santo, repassando diretamente a elas o total de R$ 25.348.844,00. 6 GRÁFICO 4: EVOLUÇÃO MENSAL DO VALOR FINANCEIRO REPASSADO AOS BENEFICIÁRIOS DO PBF NO ESPÍRITO SANTO - ANO DE 2012 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 22.626.416,00 22.265.740,00 20.000.000,00 22.265.740,00 21.000.000,00 21.982.522,00 22.000.000,00 22.160.348,00 23.000.000,00 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 25.348.844,00 25.199.122,00 23.977.144,00 24.000.000,00 24.506.950,00 25.000.000,00 25.034.902,00 26.000.000,00 out/12 Fonte: Matriz de Informação/Sagi/MDS Observa-se aumento gradativo no número de famílias beneficiárias do PBF e dos valores repassados ao Estado. A transferência direta de renda para as famílias beneficiárias do PBF traz alívio imediato à pobreza e injeta mensalmente mais de R$ 20 milhões na economia do Estado do Espírito Santo. 2Condicionalidades De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), as condicionalidades são compromissos assumidos tanto pelas famílias beneficiárias, quanto pelo Poder Público, com o objetivo de contribuir para a efetivação dos direitos sociais básicos de cidadania, por meio do acesso aos serviços nas áreas de Educação, Saúde e ssistência ocial (BRASIL, 2012). O acompanhamento do cumprimento das condicionalidades pelos municípios reforça a relação entre intersetorialidade e equidade (direitos sociais de todos e de cada um), ao apoiar e incentivar a gestão integrada do Programa Bolsa Família entre as áreas de Educação, Saúde e Assistência Social (BRASIL, 2012). Além disso, o acompanhamento das condicionalidades visa fomentar caminhos para as famílias beneficiárias do PBF para o rompimento do ciclo intergeracional da pobreza, bem como possibilitar aos gestores municipais mecanismos com os quais visualizem as dificuldades das famílias no acesso aos serviços básicos de educação e saúde, para que facilitem a construção de ações intersetoriais. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 7 A Operação das Condicionalidades no Espírito Santo De acordo com o MEC, existem 2.630 escolas (federais, estaduais, municipais e particulares) com estudantes beneficiados pelo PBF no Espírito Santo, sendo 533 da rede estadual, 1.862 da municipal, 15 da federal e 220 da particular. De acordo com a Matriz de Informação Social (MDS), 235.937 estudantes foram acompanhados por bimestre na educação no Espírito Santo e 102.857 de famílias foram acompanhadas por semestre na saúde em 2012. Ferramentas e Sistemas de Gestão das Condicionalidades O Sistema Presença é gerido pelo Ministério da Educação (MEC) e operacionalizado pelos municípios, por meio do Registro Nominal da Frequência Escolar. Já o Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde é gerido pelo Ministério da Saúde (MS) e operacionalizado pelos municípios, por meio do Registro Nominal do Acompanhamento da Saúde. MUNICÍPIOS e FAMÍLIAS Inserem as famílias em acompanhamento familiar e registram no Sicon. MDS Geração de público para o acompanhamento (PA) da condicionalidade com base nas informações do Cadastro Único e Folha de Pagamentos PBF MEC/MS Inserem informações do PA nos sistemas específicos MUNICÍPIOS, ESTADOS e DF Analisam os resultados das condicionalidades para identificação de famílias em situação de vulnerabilidade e risco social MUNICÍPIOS Registro do acompanhamento das condicionalidades nos sistemas MDS Comunica as famílias quanto aos efeitos no benefício, por meio de mensagem no extrato e envio de correspondência. MEC/MS Consolidam informações registradas pelos municípios MDS Identifica famílias com descumprimento de condicionalidade e comanda a repercussão nos benefícios 8 O Sistema de Condicionalidades é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e tem como funcionalidade subsidiar a gestão intersetorial das condicionalidades, por meio da gestão de público para acompanhamento, da realização de pesquisa de indivíduos, famílias e da extração de relatórios consolidados, que orientam a gestão federal, estadual e municipal. O Painel de Indicadores elaborado pelo MDS proporciona visão intersetorial e integrada das condicionalidades, com informações agrupadas por nível municipal, estadual e federal. Todos os municípios do Espírito Santo, assim como de todo o país, integram o sistema de acompanhamento de condicionalidades ao longo de vários períodos do ano, como demonstrado no quadro abaixo: Períodos de acompanhamento Fevereiro e março Janeiro a junho Abril e maio EDUCAÇÃO Junho e julho SAÚDE Agosto e setembro Julho a dezembro Outubro e novembro 3 Educação . A gestão do acompanhamento das condicionalidades na área da educação é de responsabilidade das secretarias estadual e municipais de Educação, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e com apoio e parceria da Senarc/MDS. O compromisso da condicionalidade da educação é a frequência escolar de cada integrante das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família na faixa de idade entre seis e 17 anos. O acompanhamento é feito bimestralmente em cinco períodos, com o registro da frequência escolar realizado por meio do Sistema de Acompanhamento da Frequência Escolar (Sistema Presença) pelos operadores municipais máster e operador/diretor de escola. Em 2012, o calendário anual de registro das condicionalidades da frequência escolar no sistema fica definido da seguinte forma: Períodos de acompanhamento Abertura do sistema Fechamento do sistema 1º Período Fevereiro e março 15/03/2012 28/04/2012 2º Período Abril e maio 18/05/2012 29/06/2012 3º Período Junho e julho 20/07/2012 29/08/2012 4º Período Agosto e setembro 20/09/2012 29/10/2012 5º Período Outubro e novembro 16/11/2012 22/12/2012 Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 9 No ano de 2006, o acompanhamento passou a ser realizado pelas secretarias de Estado e municipais de Educação, através do Sistema Presença, e, desde então, apresenta uma tendência de crescimento consistente, conforme demonstra o gráfico abaixo. GRÁFICO 5: PERCENTUAL DE ACOMPANHAMENTO DA CONDICIONALIDADE DA EDUCAÇÃO - 2006-ABRIL/2012 100,00 80,00 88,5 87,3 84,4 83,57 89 74,78 60,00 61,21 40,00 20,00 0,00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores As secretarias estadual e municipais de Educação realizam o acompanhamento gerencial para identificar os motivos do não-cumprimento das condicionalidades. A partir daí, são implementadas ações de acompanhamento das famílias em descumprimento, consideradas em situação de maior vulnerabilidade social. GRÁFICO 6: PERCENTUAL DE ACOMPANHAMENTO DA CONDICIONALIDADE DA EDUCAÇÃO ESTUDANTES DE 6 A 15 ANOS - 2009-ABRIL/2012 94 91,75 92 90 90,04 89,2 88 86,99 84,52 84,86 89,65 87,24 86,00 85,88 90,83 90,92 89,03 88,08 86 84 91,36 91,77 83,73 82 80 2009 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores 10 2010 2011 ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR 78 2012 O percentual de acompanhamento da condicionalidade da educação de crianças e adolescentes entre seis e 15 anos partiu de um patamar de 84,52%, em 2009, para mais de 89%, em maio de 2012. Apresentando uma queda no percentual entre setembro e maio de 2012, o Espírito Santo demonstra estar solidificando o acompanhamento em todo o seu território. 85 GRÁFICO 7: PERCENTUAL DE ACOMPANHAMENTO DA CONDICIONALIDADE DA EDUCAÇÃO - ESTUDANTES DE 16 A 17 ANOS - 2009-2012 80,10 80 77,67 75 68,85 70 65 70,47 67,51 67,62 72,44 74,40 75,50 80,50 78,64 76,81 76,52 75,34 73,73 73,20 65,95 60 55 2009 2010 2011 ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR OUT/NOV AGO/SET JUN/JUL ABR/MAI FEV/MAR 50 2012 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores O percentual de acompanhamento da condicionalidade da educação de adolescentes de 16 e 17 anos partiu de um patamar de 67,62%, em 2009, e chegou a mais de 70% em maio de 2012. Mesmo indicando leve queda no percentual de acompanhamento da condicionalidade da educação entre março e maio de 2012, o Espírito Santo, a cada ano que passa, solidifica o acompanhamento por todo o seu território. QUADRO 2: TOTAL DE ESTUDANTES DE 6 A 15 ANOS ACOMPANHADOS NA FREQUÊNCIA ESCOLAR – 2012 Acompanhamento da Educação Bimestre ABR/MAI 2012 Bimestre FEV/MAR 2012 Público Acompanhados % Público Acompanhados % Espírito Santo 224.687 204.082 90,83 238.220 213.564 89,65 Caparaó 18.041 16.013 88,76 19.226 16.887 87,83 Central Serrana 6.011 5.439 90,48 6.284 5.557 88,43 Central Sul 17.068 15.729 92,15 18.107 16.310 90,08 Centro-oeste 16.908 15.379 90,96 17.800 15.932 89,51 Litoral Sul 12.238 11.278 92,16 12.821 11.738 91,55 Metropolitana 81.558 76.155 93,38 86.768 79.589 91,73 Nordeste 24.912 21.790 87,47 26.309 22.453 85,34 Noroeste 15.281 13.610 89,06 15.800 13.849 87,65 Rio Doce 21.858 19.056 87,18 23.465 21.003 89,51 Sudoeste Serrana 10.812 9.633 89,1 11.640 10.246 88,02 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 11 A média estadual é de 89,65% de acompanhamento da frequência escolar de estudantes entre seis e 15 anos. As microrregiões Central Sul, Litoral Sul e Metropolitana apresentam um percentual acima de 90%, ou seja, superior à média estadual. QUADRO 3: TOTAL DE ESTUDANTES DE 16 E 17 ANOS ACOMPANHADOS NA FREQUÊNCIA ESCOLAR – 2012 Bimestre FEV/MAR 2012 Acompanhamento da Educação Bimestre ABR/MAI 2012 Público Acompanhados % Público Acompanhados % Espírito Santo 20.246 16.299 80,50 30.856 22.750 73,73 Caparaó 1.590 1.155 72,64 2.523 1.639 64,96 572 428 74,83 883 549 62,17 Central Sul 1.422 1.165 81,93 2.177 1.647 75,65 Centro-oeste 1.406 1.077 76,60 2.112 1.526 72,25 Litoral Sul 1.280 947 73,98 1.887 1.301 68,95 Metropolitana 6.987 6.193 88,64 10.907 8.629 79,11 Nordeste 2.525 2.077 82,26 3.678 2.690 73,14 Noroeste 1.707 1.343 78,68 2.474 1.695 68,51 Rio Doce 1.869 1.276 68,27 2.733 2.100 76,84 888 638 71,85 1.482 974 65,72 Central Serrana Sudoeste Serrana Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores A média estadual é de 73,73% de acompanhamento da frequência escolar de 16 e 17 anos. As microrregiões Central Sul, Metropolitana e Rio Doce apresentam um percentual acima de 75%, ou seja, superior à média estadual. GRÁFICO 8: FREQUÊNCIA ESCOLAR DE ESTUDANTES DE 6 A 15 ANOS NÚMERO DE ACOMPANHAMENTOS ACUMULADOS 20092012 1.200.000 1.003.758 986.571 1.000.000 971.199 800.000 591.786 600.000 400.000 200.000 67.121 0 FEV-NOV 2009 70.934 FEV-NOV 2010 81.404 FEV-NOV 2011 Estudantes com baixa frequência (inferior a 85%) Estudantes com frequência acima (igual ou superior a 85%) 12 37.127 FEV-JUL 2012 A condicionalidade da educação prevê frequência escolar mensal mínima de 85%, para estudantes de seis a 15 anos, para que a família não tenha reflexo no valor do benefício. No ano de 2012, somente 37.127 do total de 591.786 mil estudantes acompanhados apresentaram baixa frequência às aulas, ou seja, frequência inferior a 85%. Em caso de baixa frequência, a escola também informa os motivos das ausências, de acordo com tabela do Sistema Presença (MEC). Dependendo da natureza do motivo informado, a baixa frequência do estudante pode não provocar repercussão no benefício, como, por exemplo, no caso de situações que envolvam problemas de saúde. O trabalho intersetorial em casos de baixa frequência é extremamente importante quando a situação que leva a ausência da criança ou do adolescente na escola não forem problemas de saúde. A Assistência Social deve, nesses casos, realizar o acompanhamento da família e identificar possíveis causas de ausência na escola. GRÁFICO 9: FREQUÊNCIA ESCOLAR DE ESTUDANTES DE 16 E 17 ANOS NÚMERO DE ACOMPANHAMENTO ACUMULADOS - 2009-2012 100.000 91.448 90.000 80.000 69.595 70.000 66.960 58.555 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 10.214 FEV-NOV 2009 12.830 FEV-NOV 2010 11.589 FEV-NOV 2011 10.260 FEV-JUL 2012 Estudantes com baixa frequência (inferior a 75%) Estudantes com frequência acima (igual ou superior a 75%) A condicionalidade da educação prevê frequência escolar mensal mínima de 75%, para estudantes de 16 e 17 anos. No ano de 2012, 10.260 do total 58.555 mil estudantes acompanhados apresentaram baixa frequência às aulas, ou seja, frequência inferior a 75%. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 13 QUADRO 4: MÉDIA ANUAL DO CUMPRIMENTO DA CONDICIONALIDADE DA EDUCAÇÃO ESTUDANTES DE 6 A 15 ANOS - 2009-MAIO/2012 Condicionalidade e frequência 2009 2010 2011 2012 Crianças e adolescentes acompanhados com frequência acima, (igual ou superior a 85%) 93,69% 93,46% 92,28% 94,23% Crianças e adolescentes acompanhados com baixa frequência (inferior a 85%) 6,31% 6,54% 7,72% 5,77% Total de acompanhamentos realizados por ano 100% 100% 100% 100% Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores De 2009 a 2012, o percentual de crianças e adolescentes com frequência superior a 85%, ou seja, o mínimo exigido para permanência no Programa Bolsa Família, vem crescendo, alcançando 95% em maio de 2012. QUADRO 5: MÉDIA ANUAL DO CUMPRIMENTO DA CONDICIONALIDADE DA EDUCAÇÃO ESTUDANTES DE 16 E 17 ANOS - 2009-MAIO/2012 Condicionalidade frequência 2009 2010 2011 2012 Adolescentes acompanhados com frequência acima (igual ou superior a 75%) 90,00% 84,44% 85,11% 84,39% Adolescentes acompanhados com baixa frequência (inferior a 75%) 10,00% 15,56% 14,89% 31,22% 100% 100% 100% 100% Total de acompanhamentos realizados por ano Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores De 2011 a 2012, o acompanhamento de adolescentes de 16 e 17 anos com frequência superior a 75% apresentou queda percentual de mais de 5%. 4Saúde A condicionalidade da saúde tem como premissa o acesso das famílias beneficiárias aos serviços básicos, como acompanhamento do pré-natal de gestantes e de nutrizes, além do acompanhamento do calendário vacinal e informações nutricionais do crescimento de crianças menores de sete anos. O registro das informações ocorre duas vezes por ano, no Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde (MS). 14 A concessão do beneficio variável à gestante ocorre pela identificação de grávidas beneficiárias do PBF durante o acompanhamento das condicionalidades pelas equipes da saúde. GRÁFICO 10: EVOLUÇÃO PERCENTUAL DO ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES DE SAÚDE NO PBF-ES - 2006-2012 (1ª vigência) 80 69,02 70 63,18 60 50 51,34 53,4 53,54 57,43 62,09 62,44 66,43 43,73 40 38,21 30 28,95 31,01 20 10 0 1ª vig. 2006 2ª vig. 1ª vig. 2ª vig. 1ª vig. 2ª vig. 1ª vig. 2ª vig. 1ª vig. 2ª vig. 1ª vig. 2ª vig. 1ª vig. 2006 2007 2007 2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 Fonte: Ministério da Saúde - MS/ SAS/ DAB/ CGAN O percentual de famílias acompanhadas apresenta crescimento significativo, desde a primeira vigência, em 2006, saltando de 28,95% de famílias acompanhadas para 69,02%, em junho de 2012. QUADRO 6: FAMÍLIAS COM PERFIL SAÚDE ACOMPANHADAS (2ª VIGÊNCIA DE 2011 E 1ª VIGÊNCIA DE 2012) Famílias acompanhadas % acompanhamento Famílias com perfil saúde Famílias acompanhadas % acompanhamento 1° vigência de 2012 Famílias com perfil saúde 2° vigência de 2011 Espírito Santo 153.704 102.103 66,43 149.016 102.857 69,02 Caparaó 13.643 10.165 74,51 13.350 11.121 83,30 Acompanhamento da saúde Central Serrana 4.397 3.300 75,05 4.371 3.397 77,72 Central Sul 11.632 9.500 81,67 11.427 9.471 82,88 Centro-Oeste 12.243 8.840 72,20 11.909 8.195 68,81 Litoral Sul 9.365 7.458 79,64 9.019 7.295 80,88 Metropolitana 50.712 25.609 50,50 49.533 26.643 53,79 Nordeste 17.665 13.450 76,14 16.526 12.188 73,75 Noroeste 12.018 7.562 62,92 11.722 7.820 66,71 Rio Doce 13.920 9.576 68,79 13.348 10.110 75,74 Sudoeste Serrana 8.109 6.643 81,92 7.811 6.617 84,71 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 15 A média estadual de acompanhamento das famílias com perfil saúde é de 69,02% de famílias com perfil e acompanhadas pela saúde. Algumas microrregiões do Estado apresentam o percentual acima de 70%, exceto as microrregiões Centro-oeste, Metropolitana e Noroeste. GRÁFICO 11: CRIANÇAS VACINADAS E COM DADOS NUTRICIONAIS REGISTRADOS (% EM RELAÇÃO AO TOTAL DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS) 110% 100% 56,74 60,49 60,65 62,55 63,41 64,27 62,92 66,44 68,80 53,23 54,51 53,90 52,26 57,36 57,28 57,26 59,37 61,74 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 1ª vig. 2008 2ª vig. 2008 1ª vig. 2009 2ª vig. 2009 1ª vig. 2010 2ª vig. 2010 1ª vig. 2011 2ª vig. 2011 1ª vig. 2012 Crianças com dados nutricionais registrados Crianças com vacinação em dia Fonte: Ministério da Saúde - MS/ SAS/ DAB/ CGAN Considerando a condicionalidade da saúde referente ao acompanhamento de crianças menores de sete anos, observa-se a vacinação e a avaliação nutricional relativa ao seu crescimento e desenvolvimento. No primeiro semestre de 2012, mais de 60% das crianças pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família tiveram seus dados nutricionais registrados. Quase 70% delas apresentaram cumprimento do calendário vacinal, na primeira vigência de 2012. O registro de dados nutricionais e do crescimento alcançou 61% de crianças acompanhadas. QUADRO 7: CRIANÇAS COM PERFIL SAÙDE COM VACINAÇÃO EM DIA E DADOS NUTRICIONAIS REGISTRADOS (2ª VIGÊNCIA DE 2011 E 1ª VIGÊNCIA DE 2012) Crianças com perfil saúde Crianças com dados nutricionais registrados 2° vigência de 2011 1° vigência de 2012 2° vigência de 2011 1° vigência de 2012 Espírito Santo 59.791 60.141 53.828 53.591 Caparaó 5.791 6.558 5.823 6.096 Central Serrana 1.632 1.660 1.570 1.618 Central Sul 5.627 5.350 4.864 4.644 Centro-Oeste 5.218 4.766 5.064 4.594 Litoral Sul 3.532 3.463 2.788 2.741 Metropolitana 15.636 16.963 12.899 13.735 Nordeste 7.411 6.397 6.836 6.091 Noroeste 4.332 4.554 3.998 4.265 Rio Doce 6.907 6.929 6.733 6.793 Sudoeste Serrana 3.705 3.501 3.253 3.014 Fonte: Bolsa Família / Datasus 16 Crianças com perfil saúde com vacinação em dia De acordo com os dados do quadro acima, e análise de crianças com perfil saúde, observa-se que o quantitativo de crianças com vacinação em dia, da segunda vigência de 2011 à primeira vigência de 2012, tem aumentado gradativamente. O percentual de crianças com dados nutricionais registrados nesse período apresenta uma queda significativa em determinadas microrregiões do Estado do Espírito do Santo. Acompanhamento de Pré-Natal Praticamente todas as gestantes acompanhadas pela saúde através das condicionalidades estão com o pré-natal em dia. O monitoramento dessa condicionalidade é importante para a saúde da mulher e o desenvolvimento adequado da criança, desde o período gestacional a O acompanhamento da criança até os sete anos, através do calendário de vacinação em dia e informações nutricionais, registradas no sistema. QUADRO 8: QUANTIDADE DE GESTANTES ACOMPANHADAS (2ª VIGÊNCIA DE 2011 E 1ª VIGÊNCIA DE 2012) Gestantes com pré-natal em dia % Gestantes acompanhadas Gestantes com pré-natal em dia % 1° vigência de 2012 Gestantes acompanhadas 2° vigência de 2011 1.791 1.779 99,33 2.277 2.260 99,25 Caparaó 230 227 98,70 261 256 98,08 Central Serrana 20 20 100,00 21 21 100,00 Central Sul 131 131 100,00 189 188 99,47 Centro-Oeste 157 155 98,73 165 165 100,00 Litoral Sul 131 131 100,00 100 99 99,00 Metropolitana 454 451 99,34 581 574 98,80 Nordeste 246 246 100,00 357 354 99,16 Noroeste 102 102 100,00 175 175 100,00 Rio Doce 176 175 99,43 292 292 100,00 Sudoeste Serrana 144 141 97,92 136 136 100,00 Gestantes PBF Espírito Santo Fonte: Bolsa Família / Datasus A média estadual é de 99,25% de gestantes acompanhadas. As microrregiões Central Serrana, Centro-Oeste, Noroeste, Rio Doce e Sudoeste Serrana apresentam um percentual acima de 99,25%, ou seja, superior à média estadual. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 17 5 Assistência Social Frequência mensal mínima de 85% nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), para beneficiários do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e do Programa Bolsa Família, até 16anos. –... O acompanhamento das condicionalidades é fundamental para garantir o acesso das famílias aos serviços de saúde, educação e assistência social. A partir dessa estratégia é possível identificar as famílias que apresentam dificuldades de acesso a esses serviços, de modo que o município atue de forma a transformar essa situação. Repercussão Gradativa - BFA A repercussão gradativa consiste na aplicação de efeitos no beneficio de famílias (BFA) que não cumprem as condicionalidades de educação ou de saúde. Esse processo é gradativo, partindo da simples advertência até o cancelamento dos benefícios. As repercussões têm como finalidade sinalizar as situações que dificultam o acesso das famílias aos serviços de educação e saúde, a fim de que sejam resolvidas. A aplicação gradativa dos efeitos permite ao Poder Público, no intervalo entre a advertência e o cancelamento, desenvolver e articular ações de acompanhamento junto às famílias em descumprimento de condicionalidades. GRÁFICO 12: QUANTIDADE DE EFEITOS NO BENEFÍCIO DAS FAMILIAS (BFA) EM DESCUMPRIMENTO - 2009-2012 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 1.677 3.294 6.046 1.596 3.035 2.136 3.068 11.018 5.133 4.769 9.104 9.075 25.000 20.000 21.541 17.924 15.000 17.721 926 1.569 2.684 5.022 10.000 9.615 5.000 0 2009 Advertência 2010 Bloqueio Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores 18 1ª Suspensão 2011 2ª Suspensão 2012 Cancelamento No período de 2009 a 2011, 136.953 mil efeitos foram aplicados aos benefícios de famílias em descumprimento que possuem crianças e adolescentes entre seis e 15 anos. Tomando como base o ano de 2011, do universo de 36.769 efeitos, 2.136 chegaram a ter os respectivos benefícios cancelados. Observa-se que o número de repercussão do benefício vem decaindo de ano e ano. Repercussão Gradativa - Bvj O Benefício Variável Jovem (BVJ) foi criado em 2008 para apoiar a permanência na escola dos jovens de 16 e 17 anos. A exemplo do BFA, o programa também usa a repercussão gradativa, que, neste caso, consiste na aplicação de efeito no PBF do jovem que não cumpre o mínimo de 75% de frequência escolar mensal. Porém, as fases no BVJ são mais curtas, consistindo apenas na advertência, suspensão e cancelamento. Pelo fato de o BVJ representar um período mais curto, o acompanhamento intersetorial é ainda mais fundamental para apoiar a permanência na escola e o cumprimento da frequência pelos jovens. Outra diferença é que a repercussão causada pelo descumprimento do jovem incide apenas sobre sua parcela do beneficio, não afetando o restante dos benefícios da família, se houver. GRÁFICO 13: REPERCUSSÃO: QUANTIDADE DE JOVENS POR TIPO DE EFEITO POR DESCUMPRIMENTO - 2009-2012 9.000 8.000 7.000 1294 753 2.307 1131 2.122 6.000 1.764 5.000 4.000 4.849 4.767 4.074 3.000 661 1.674 2.915 2.000 1.000 0 2009 2010 Advertência 2011 Suspensão 2012 Cancelamento Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores Entre 2009 e 2011, cerca de 23 mil efeitos foram aplicados no benefício de jovens em descumprimento de condicionalidades, ou seja, apresentaram menos de 75% de frequência escolar.Isso significou, em 2011, que, de um total de 6.969 efeitos aplicados, 1.131 tiveram o PBF cancelado. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 19 Acompanhamento familiar no SICON O módulo de acompanhamento familiar é uma ferramenta disponível no SICON para que os gestores municipais do PBF e técnicos da Assistência Social registrem os serviços ofertados pelas equipes de proteção social às famílias em descumprimento de condicionalidades, especialmente as que estejam com suspensão no benefício, prioridade prevista pelo Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda. No Espírito Santo, dos 78 municípios, somente 26 utilizam o módulo de acompanhamento familiar no SICON, com registro ativo de 914 famílias até junho de 2012, desde a sua implementação, em 2009. Em 2011, tivemos 43.738 de efeitos no benefício das famílias por descumprimento de condicionalidades. Considerando que o objetivo do acompanhamento familiar no SICON é a manutenção da transferência de renda, para não agravar a situação de vulnerabilidade, o crescimento nos registros de acompanhamento dessas famílias é um desafio para a gestão intersetorial das condicionalidades. GRÁFICO 14: NÚMERO DE MUNICÍPIOS QUE UTILIZAM O ACOMPANHAMENTO FAMILIAR NO SICON - DEZEMBRO/2011-AGOSTO/2012 30 26 25 24 20 17 15 10 5 0 1 31 de dezembro de 2009 31de dezembro de 2010 31de dezembro de 2011 30 de junho de 2012 Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores Embora lentamente, observa-se crescimento na utilização do acompanhamento familiar no SICON. 20 QUADRO 9: NÚMERO DE FAMÍLIAS EM ACOMPANHAMENTO FAMILIAR NO ESPÍRITO SANTO 31 de dezembro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2011 30 de junho de 2012 27 352 886 914 Caparaó - - 32 32 Central Serrana - 14 14 16 Central Sul - 3 7 12 Centro-Oeste - 21 177 204 Litoral Sul - 5 61 73 27 296 558 464 Nordeste - 3 8 8 Noroeste - 5 19 89 Rio Doce - - 1 4 Sudoeste Serrana - 5 9 12 Espírito Santo Metropolitana Fonte: MDS – Senarc/Decon/SICON/Painel de Indicadores Considerando que o SICON é uma ferramenta para o gerenciamento das condicionalidades do Bolsa Família, o Estado ainda precisa avançar e tornar padrão a utilização dessa ferramenta. Observa-se que microrregiões do Estado do Espírito Santo apresentam baixo acompanhamento familiar do sistema como base de consulta. Descrição do Desenvolvimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Espírito Santo 21 Considerações finais O objetivo deste boletim informativo é possibilitar uma análise abrangente sobre as condicionalidades do Programa Bolsa Família e seu desenvolvimento no Estado do Espírito Santo. Todas as informações contidas no documento foram possíveis com a parceria que vem sendo desenvolvida de forma intersetorial entre Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos; Secretaria de Estado de Saúde; Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Trabalho, e Secretaria de Estado de Economia e Planejamento, que compõem o Comitê Gestor Estadual Intersetorial do Programa Bolsa Família. Assim, através dos resultados apresentados, podemos afirmar que um trabalho intersetorial possibilita uma gestão eficiente do Programa Bolsa Família, contribuindo para o rompimento do ciclo intergeracional da pobreza, e acenando para a emancipação da famílias beneficiarias do Programa no estado do Espírito Santo. 22