I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará Câmara Técnica de Medicina Intensiva Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência FORTALEZA(CE) MARÇO A OUTUBRO DE 2012 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 1 Condutas médicas no paciente com intercorrência na enfermaria Abordagem Diagnóstico Critério de gravidade Tratamento Gestão clínica do enfermo 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 2 RESOLUÇÃO CREMEC nº 42/2011 Define e regulamenta as atividades dos plantonistas hospitalares Art. 1º - As instituições hospitalares jurisdicionadas por este Conselho e que possuam mais de 50 leitos de internação estão obrigadas a manter em suas dependências pelo menos um médico plantonista para atendimento das intercorrências dos pacientes internados, durante as 24 horas do dia, incluindo feriados, em regime de plantão. Parágrafo Único: É obrigatório que os plantonistas hospitalares tenham treinamento em suporte básico e avançado de vida. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 3 HOSPITAIS E SUAS COMPLEXIDADES Total de vidas perdidas por ano Atividades de Risco (Canadá) Perigoso >1/1000 Ultra-seguro < 1/100.000 Seguro 100.000 10.000 Hospitalização Dirigir Plataformas de Petróleo 1.000 Arvorismo Viagens aéreas Caminhoneiro 100 Portar Armas de Fogo Construção 10 Rock Climbing 10 100 1.000 BungeeJumping 10.000 Mergulho 100.000 1.000.000 Número de contatos para cada fatalidade 10.000.000 O ABISMO DA ASSISTÊNCIA Melhores práticas (Guidelines) O Plantonista Hospitalar deve ter uma visão e postura diferenciadas frente ao paciente hospitalizado • Promoção continua da qualidade assistencial • Definição da segurança do paciente internado como prioridade • Aplicação de uma medicina baseada em evidências por meio de adesão plena aos protocolos assistenciais. GAP Prática assistenciais diárias Considerações O médico que atende a intercorrência do paciente internado, não supre todas as necessidades de atendimento contempladas pelo médico assistente. Há ainda o compromisso ético em comunicar a intercorrência quando existe a necessidade de mudança de conduta mediante a gravidade ou risco. Deve ser assegurado que o paciente deve retornar ao seu médico após a alta hospitalar. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 7 SINAIS DE ALERTA 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 8 Buist M, Bernard S, Nguyen TV, Moore G, Anderson J. Resuscitation. 2004;62(2):137-141. • Sinais clínicos independentes quando encontrados estão associados com aumento do risco de morte • Diminuição no sensório. • Perda do sensório. • Hipoxia • Taquipnéia • Hipotensão Franklin’s article identified several warning signs present within six hours of arrest: • • • • • PAM <70, >130 mmHg FC <45, >125 /min FR <10, >30 /min Dor torácica Alteração do estado mental 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 9 Crit Care Med. 1994;22(2):244-247. Resuscitation. 2004;62(2):137-141. • 70% dos pacientes apresentam evidências de deterioração respiratória nas 8 horas que antecedem a parada. • 66% dos pacientes apresentam sinais e sintomas anormais em até 6 horas antes da parada. • O médico é notificado somente em 25% dos casos. Com base nos sistemas de escore • É possível precocemente identificar de maneira segura e eficaz pacientes apresentando deterioração do seu quadro clínico onde quer que o paciente esteja. O plantonista hospitalar que atende a intercorrência conhecimento e habilidade • Devem responder prontamente assim que o paciente sob risco é identificado. Modelo 1 Early Warning Scoring System Critérios simplificados Preocupação do médico assistente com a evolução do paciente. 05/11/2015 Fc <40 or >130 bpm PAS <90 mmHg Fr <8 or >28 /min. Spo2 <90% mesmo com O2 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM Mudança aguda do nível de consciência Queda do débito urinário (<50 ml/ 4 horas) 12 Modelo 2 Barking, Havering and Redbridge System for Evaluating Critically Sick Paciente com 2 ou mais das condições abaixo PAS <101 >200 05/11/2015 FR <9 >20 FC <51 >110 SPO2 <90% CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM Débito urinário <1ml/kg/2 h Queda no nível de cosnciência 13 PCR AVALIAÇÃO DO PACIENTE CLASSIFICAÇÃO DO ESCORE DE ALERTA DO TIME DE INTERCORRÊNCIA ENFERMAGEM -ACIONAR A EQUIPE DO CÓDIGO AZUL (PARADA) -INICIAR IMEDIATAMENTE AS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO -INICIAR VENTILAÇÃO COM AMBU E MÁSCARA (O2) -LEVAR O CARRO DE PARADA À BEIRA DO LEITO -MONITORIZAR O PACIENTE ACIONAR O PLANTONISTA DO TIME E INFORMAR CLARAMENTE: - A UNIDADE SOLICITANTE, LEITO, O CÓDIGO DO RISCO E O MOTIVO - INFORMAR CLARAMENTE SE FOR PARADA CÁRDIORESPIRATÓRIA - INFORMAR SE FOR PACIENTE TERMINAL SOB CUIDADOS PALIATIVOS - REGISTRAR NA FICHA OS HORÁRIOS DE ACIONAMENTO E DA CHEGADA DO PLANTONISTA -SEPARAR O PRONTUÁRIO E A PRESCRIÇÃO DO PACIENTE NO BALCÃO DO POSTO CÓDIGO AMARELO ATENDER A UNIDADE SOLICITANTE EM ATÉ 30 MINUTOS CÓDIGO VERMELHO ATENDER A UNIDADE SOLICITANTE EM ATÉ 5 MINUTOS CÓDIGO AZUL ATENDER A UNIDADE SOLICITANTE IMEDIATAMENTE INICIAR PROTOCOLO DE PARADA CÁRDIORESPIRATÓRIA MÉDICO PLANTONISTA DO TIME AVALIAR O PACIENTE EFETUAR AS INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS TRANSFERIR PARA UTI SE INDICADO OU PARA INTERCORRÊNCIA AVALIAR O PACIENTE E EFETUAR AS INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS •COMUNICAR O MÉDICO ASSISTENTE (TELEFONAR E EVOLUIR NO PRONTUÁRIO) : OS RISCOS ENCONTRADOS E AS CONDUTAS TOMADAS. •SINALIZAR NA PASSAGEM DE PLANTÃO A NECESSIDADE DE REAVALIAÇÃO EFETUAR E AS INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS TRANSFERIR PARA UTI SE INDICADO OU PARA INTERCORRÊNCIA ABORDAGEM DO PACIENTE COM INTERCORRÊNCIA NA ENFERMARIA A • AVALIAÇÃO SUBJETIVA E OBJETIVA 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 15 IDENTIFICAÇÃO Abordagem • Paciente/Leito; Identificação do plantonista para com o paciente e acompanhantes; Médico assistente • Data da internação; Grau de investimento (terminalidade?) Lista de Problemas Observados • Motivo do chamado • História da doença atual desde o início da internação NEUROLÓGICO • Nível de consciência; pupilas; escala de Glasgow; Déficit motor; uso de sedação CARDIOVASCULAR • Pulso, freq. Cardíaca, bulhas cardíacas, PA e perfusão periférica. • Uso de drogas vasoativas , anti-hipertensivos e antiarrítmicos. • Resultados de exames ECG e ECO. RESPIRATÓRIO • Dispneia, cianose (SPO2), FR, uso de musculatura acessória, estridor , crepitações, roncos e sibilos. • Resultados dos exames de Rx de tórax e gasometria arterial. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 16 GASTRINTESTINAL Abordagem • Exame do abdome, relato de engasgos, alimentação oral , enteral ou parenteral. • Diarreia ou obstipação. RENAL E METABÓLICO • Diurese, eletrólitos, bioquímica, uso de sondas vesicais, glicemias INFECÇÃO/HEMATOLÓGICO • Curva térmica, leucograma, culturas, uso de antibióticos (quantos, quais e por quanto tempo) • Hematócrito e coagulograma PSICOSSOCIAL • Terminalidade? • Depressão, delirium • Grau de conhecimento do paciente e familiares da doença TUBOS, DRENOS, CATETERES E MEDICAMENTOS • Posicionamento. • Presença de sinais flogísticos/ infecção 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 17 ABORDAGEM DO PACIENTE COM INTERCORRÊNCIA NA ENFERMARIA ABRODAGEM A • AVALIAÇÃO SUBJETIVA E OBJETIVA B • LISTA DE PROBLEMAS RELEVANTES C • ANÁLISE SISTEMÁTICA BUSCANDO ESTABELECER CONEXÕES ENTRE OS PROBLEMAS ENCONTRADOS A PARTIR DE JUSTIFICATIVAS FISIOPATOLÓGICAS D • PROPOR CONDUTAS DIAGNÓSTICAS E/OU TERAPÊUTICAS COM BASE NA ANÁLISE 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 18 Alguns Diagnósticos possíveis PCR/Dor torácica/Arritmias cardíacas/ EAP/HAS SEPSE/ Febre AVCi/AVCh/ TCE/ Convulsão/ Delirium Dispnéia/ Insuf resp/ Broncoespasmo/ TEP Emergência hipertensiva Choque hipovolêmico, cardiogênico e anafilático. Hemorragia digestiva/ Pancreatite aguda/ Reação adversa. Cetoacidose/ Distúrbios HE. Coagulopatia 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 19 Critérios de Gravidade e internação em UTI Intubação traqueal/ Ventilação mecânica/ PCR/ Insuf respiratória aguda Instabilidade hemodinâmica/ uso de vasopressores Necessidade de reposição de mais de 6 unidades de conc de hemácias em 24 horas Uso endovenoso de antiarrítmicos Insuficiência coronariana aguda Glasgow < 8 Morte encefálica em potencial doador Hemorragia meníngea / intracraniana (Escore Hemphill >1) AVCi em fase aguda (NIHSS>10) Estado de mal convulsivo IRA com necessidade de diálise de urgência HDA/ Pancreatite aguda grave/ Hepatite Fulminante Distúrbio hidroeletrolítico grave com convulsão, arritmias , fraqueza muscular. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 20 Médico Hospitalista 1° referência The New England Journal of Medicine 1996 Atualidade Time de resposta rápida – modelo de transição Fonte: Revista Melhores Práticas em saúde, qualidade e acreditação 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 22 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 23 O Plantonista hospitalar • Promoção continua da qualidade assistencial • Definição da segurança do paciente internado como prioridade • Aplicação de uma medicina baseada em evidências por meio de adesão plena aos protocolos assistenciais. • Redução dos custos referentes à internação hospitalar ao limitar gastos e riscos desnecessários e ao promover a desospitalização oportuna. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 24 Padronização de Registros 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 25 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 26 Aferição de resultados Carta de Controle de Processo Protocolo de Sepse: Administração de Antibiótico até 2 horas 3 ° P D C A 2 1.5 1 2 ° P D C A 100.0% 66.7% 66.7% 75.0% 80.0% 66.7% 66.7% 100.0% 100.0% 66.7% 66.7% 0.5 75.0% 50.0% 25.0% 0 33.3% 0.0% -0.5 -1 Limite inf. do controle 05/11/2015 Limite sup. do controle Limite de especificação CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM Dados 27 Aferição de resultados Média Redução de 53,3% de PCR nas Unidades abertas em 2 anos Melhorias em equipamentos 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 29 Fontes http://www.medicohospitalista.com.br Vicent Jl. Critc Care Med 2005; 33:1225-9. Varon J. Handbook of Pratical Care Medicine. Springer-Verlang, 2002. 05/11/2015 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 30