Tipos de Estudo Bibliografia • Epidemiologia clinica Elementos esenciais • Robert H. Fletcher • Clinical Trials: A practical approach • Stuart j. Pocock • Primer of Epidemiology • Gary D. Friedman • Evidence-based Medicine • David L. Sackett • PDQ Statistics • Geoffrey Norman • David Streiner • PDQ Epidemiology • David Streiner • Gepffrey Norman • Designing Clinical Research2nd edition •Stephen B. Hulley et al • Como elaborar sua tese: Estrutura e referencias • Edna Terezinha Rother • Maria Elisa Rangel Braga • Metdologia científica para a área de saúde • Sônia Vieira • William Saad Hossne • www.evidencias.com • www.metodologia.com Conceitos Básicos Conceitos Básicos Bias (viés, tendenciosidade) Randomização (aleatorização) Mascaramento Validade Interna Fator em estudo Desfecho clínico Conceitos Básicos Bias (víeis, vício, tendenciosidade) - Erro ou desvio sistemático do estudo - Conclusões tendenciosas - Seu efeito não é diminuído aumentando-se a amostra Mascaramento (cegueira) - Tentativa de evitar que os participantes do estudo saibam qual tratamento está sendo administrado - Uni, duplo ou triplo-cego Bias •Seleção dos pacientes •Alocação do tratamento •Avaliação dos resultados •Análise dos dados •Relato dos Resultados Conceitos Básicos •Randomização (aleatório) - Distribui os participantes ao acaso, mesma probabilidade •Validade interna - Quando os resultados são verdadeiros para o grupo estudado (amostra) •Validade externa - Aplicabilidade, generalização - O quantos os resultados de um estudo aplicam-se a outros indivíduos Conceitos Básicos •Fator em estudo - Agente de investigação que determina o desfecho de interesse - Ex: fator de risco, de exposição, prognóstico •Desfecho clínico - Evento de investigação supostamente causado pelo fator em estudo - Ex: doença, complicação, efeito terapêutico Conceitos Básicos •Padrão ouro (gold standard) •Fator de confusão •Reprodutividade •Validade •Eficácia •Efetividade •Eficiência Conceitos Básicos •Padrão ouro (gold standard) - Método, procedimento ou medida largamente aceita como sendo a melhor Conceitos Básicos • Fator de confusão - Associação entre fator de estudo e a doença está distorcida por um terceiro fator associado tanto a exposição quanto ao risco de desenvolver a doença Conjunto inicial Grupo experimental Grupo controle Conceitos Básicos •Reprodutibilidade -Capacidade de uma medida dar o mesmo resultado ou muito semelhante quando submetida à repetições -Intra/inter-observador •Validade -Capacidade de uma medida avaliar realmente aquilo que está pretendendo medir Conceitos Básicos •Eficácia - Uma intervenção funciona em condições ideais •Efetividade - Uma intervenção funciona em condições habituais •Eficiência - Uma intervenção funciona em condições habituais, mesmo levando-se em consideração os custos e riscos Conceitos Básicos •Sensibilidade •Especificidade •Incidência •Prevalência •Placebo •Intervenção Conceitos Básicos •Sensibilidade - Proporção de pessoas que tem um teste positivo e têm a doença - Um teste sensível raramente deixa de encontrar pessoas com a doença •Especificidade - Proporção de pessoas que têm um teste negativo e não tem a doença - Um teste específico raramente classificará erroneamente pessoas sadias e doentes •Incidência - Proporção de ind. que não têm uma condição clínica e que a desenvolve no decorrer de um período Sensibilidade-Especificidade Teste Doença Presente Ausente (a) F+ (b) Positivo V Negativo F- S=a/a+c (c) V (d) E=d/b+d Sensibilidade e Especificidade Cem paciente (80 doentes e 20 não doentes) foram submetidos a um teste que apresenta sensibilidade de 90% e especificidade de 10%. 1. Construa uma tabela 2x2 demonstrando o número de paciente em cada quadrante Doença Presente Teste Positivo Negativo 72a a 8cc Ausente 4bb 16d d Conceitos Básicos •Prevalência - Proporção de indivíduos que apresentam uma condição clínica em um determinado ponto de tempo •Placebo - Substância inerte administrada ao paciente para comparar seus efeitos com outra intervenção •Intervenção - Qualquer tratamento ou procedimento administrados ao paciente de um estudo por determinação do investigador Conceitos Básicos •Risco Relativo - É a razão da incidência da doença entre os expostos e os não expostos - Estudos coorte •Razão de risco (Odds ratio) - Expressa a força de associação entre um fator em estudo e um desfecho clínico - Estudos caso-controle Tipos de Estudo Tipos de Estudos Estados descritivos Estados analíticos Série de casos Observacional Intervenção ECR Caso-controle Transversal Coorte Estudos Descritivos •Distribuição da doença na população de acordo com sua características - Sexo, raça, idade, estado civil, classe social, distribuição geográfica, manifestações clínico-laboratoriais, tempo de ocorrência Estudos Descritivos •Vantagens - Facilidade de execução - Baixo custo - Rapidez nos resultados •Desvantagens - Impossibilidade de estabelecer relação de causalidade entre fator de estudo e o desfecho clínico - Pesquisador fica sujeito a lembranças e recomendações dos indivíduos investigados (biasviés) Estudos Observacionais •São aqueles em que os participantes da pesquisa não são sorteados para respectivos grupos, porque já pertencem a eles antes do início da pesquisa •Estudos transversais •Coorte •Caso-controle Estudo Transversal •Determinação simultânea do fator de interesse e do desfecho em investigação numa população bem definida •Para avaliar se existe relação entre as variáveis (ex: fumantes e problemas respiratórios), o pesquisador toma uma amostra da população e conta o número de elementos que caem em cada categoria •Estudo de prevalência das doenças Estudo Transversal Amostra Fumantes com problemas respiratórios ... Fumantes sem problemas respiratórios ... Não-fumantes com problemas respiratórios ... Não-fumantes com problemas respiratórios ... Estudos de Prevalência •Examinam a relação entre doenças e outras características ou varáveis de interessem e com eles existem numa população definida , num período de tempo •A presença ou ausência de doença ou outras varáveis é determinada em cada membro da população do estudo ou numa amostra representativa num determinado período de tempo Nº de pessoas com doença Nº total no grupo Estudos Coorte •Partem de grupos de indivíduos com ou sem fator de exposição e que ainda não desenvolveram o desfecho de interesse •Quando prospectivos os grupos são seguidos longitudinalmente, depois de certo tempo avalia-se quem desenvolve ou não a doença Estudos Coorte Exposição ao fator de risco Doença Sim População Amostra Sim Tempo Não Sim Pesquisa Estudos Coorte •Riscos Relativos - Quantas vezes os indivíduos expostos desenvolve a doença quando comparados ao não expostos - É a medida da força de uma associação nos estudos coorte -Quando mais forte a associação, maior se´r risco relativo - RR < 1 indica fator de proteção para doença - RR = 1 indica que não existe associação Risco Relativo Casos Não-casos Expostos a b Nãoexpostos c d RR=a/(a+b) c/(c+d) Risco Relativo Duzentos indivíduos (100 fumantes e 100 não) foram acompanhados num período de 5 anos. Ao final do estudo, os números encontrados foram(tabela) 1. Calcule a incidência da doença nos expostos 2. Calcule a incidência da doença nos não-expostos 3. Calcule o risco-relativo para fator em estudo (exposição) RR=a(a+b) c/(c+d) Doença Expostos Casos 80 a Não-casos 20 b Não-expostos 10 c 90 d RR=80/(100) 10/(100) Estudos de Incidência •Enfocam mais diretamente os fatores relacionados ao desenvolvimento da doença •Um grupo populacional livre da doença a ser investigado é identificado num determinado tempo e os itens de interesse são medidos neste grupo =Coorte •Estes pacientes são seguidos num determinado período de tempo para o desenvolvimento da doença possa ser estudado - Nº de pessoas que desenvolve a doença Nº total de pessoas Estudos Caso-controle •O investigador parte de indivíduos com doença (casos) e sem doença (controles) e busca no passado a presença ou ausência do fator de exposição •A medida de estatística de associação entre exposição e doença é a razão de risco (odds ratio) Estudos Caso-controle Exposição ao fator de risco Sim Tempo Sim Pesquisa Amostra com doença População Amostra sem risco de risco Estudos Caso-controle •Razão de riscos (Odds ratio) - Forma de expressar a força de associação entre um fator em estudo e um desfecho clínico quando o estudo não permite estimativa direta da incidência da doença na população estudada Razão de chances Casos Não-casos Expostos a b Nãoexpostos c d Razão de chances-Oddes ratio Duzentos indivíduos (100 câncer de pulmão e 100 não) foram avaliados retrospectivamente quando a exposição ou não ao cigarro. Ao final do estudo, os números encontrados foram: (tabela) 1. Calcule a razão de chances (associação) entre a exposição e a da doença RC=ad Casos Não-casos bc Expostos 80 a 10 b Não-expostos 20 c 90 d RC=80x90 10x20 Estudos Prospectivos-Retrospectivos Período de tempo durante o qual os dados foram registrados em relação ao tempo no qual o estudo começou Retrospectivo Investigação Prospectivo Prospectivo: O investigador planeja e controla os métodos de avaliação Causa Efeito Retrospectivo: Os dados já foram colhidos Efeito Causa Ensaios clínicos Controlados •Estudos prospectivos utilizados para comparar determinada investigação com outra ou com placebo •Desenho considerado padrão-ouro para testar eficácia/efetividade - Alocação randomizada -possibilita a mesma probabilidade de um indivíduo cair num grupo ou outro de tratamento - toma os grupos mais semelhantes entre si - Estudo duplo-cego Teste de hipóteses População Verdadeiro Estudo Ho: A=B Ho: a=B Falso Verd. Poder (1-B) I (a) Falso II (B) Cor Estudo tipo “Cross-Over” •Ensaio clínico em que todos os pacientes recebem os dois tratamentos •Os pacientes servem como seus próprios controles •Necessita de um número maior de pacientes (tamanho menor da amostra) Revisão Sistemática Revisão sistemática é um tipo de investigação científica que reúne vários estudos originais , sintetizando os resultados, através de estratégias que limitam vieses e erros aleatórios. Metanálise È uma síntese matemática dos resultados dos estudos primários EC1 EC2 EC3 EC4 Revisão sistemática Metanálise Possíveis Conclusões Existe Evidência Suficiente insuficiente Não-existe Ensaio clínico com protocolo adequado Qualidade Boa Poder estatístico bom Qualidade ruim Qualidade boa Qualidade ruim poder estatístico Poder estatístico Poder estatístico bom ruim ruim Não usar Usar ensaio clínico c/ novo protocolo Ensaio Clínico Ensaio clínico c/ mesmo protocolo c/novos protocolos Revisão de Literatura Publicações Médicas •1985: 20.000 revistas biomédicas •Para atualização nas 10 melhores revistas de Medicina Interna - 200 artigos e 10 editorias por mês - Expansão da literatura: - 6 a 7% por ano Fontes de informação •Artigos •Guias práticos •Editoriais •Meta-análise •Palestras •Seminários •Workshops •Propagandas e revistas médicas •Etc, etc, etc Seleção de artigos •O artigo aborda a questão clínica específica que motivou a pesquisa? •O arquivo representa uma pesquisa original? •A pesquisa está baseada numa boa metodologia? Estruturação dos artigos médicos •Método •Revisão sistemática •Confiança Maior •Estudo controlado randomizado •Estudo de coorte •Estudo de caso-controle •Série de casos •Relato de caso Menor Estruturação dos artigos Médicos •Título •Resumo •Introdução •Por que você começou? •Métodos •O que você fez? •Resultados •O que você encontrou? •Discussão •O que isso significa? Estratégia para seleção e leitura de arquivos • Título (interessante ou não) não •Autores (impressão positiva ou não) não •Resumo (se válido, resultados são) não úteis) •Local (se válidos, resultados podem ser implementados na prática diária) não Qual a proposição do artigo? •Teste diagnóstico •Curso clínico e prognóstico •Etiologia •Terapia Se a resposta for sim •Material e métodos •Avaliação completa e metodológica do artigo Aplicabilidade dos resultados do trabalho na prática diária Pacientes Não Paciente Sim Paciente Pesquisa Científica Pesquisa Científica •Pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo, encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos Pesquisa Científica Anatomia Fisiologia Qual é a pergunta do seu trabalho??? Anatomia da Pesquisa • Pergunta • Significância • Desenho • Sujeito • Variáveis • Aspectos estatísticos Anatomia da Pesquisa • Pergunta - Qual a questão que o estudo vai abordar? • Significância - Por que esta questão é importante? • desenho - Como o estudo é estruturado? • Sujeito - Quem são os sujeitos e como eles serão selecionados? •Variáveis - Que medidas serão feitas? • Aspectos estatísticos? - Qual o tamanho do estudo e como será analisado? Fisiologia da Pesquisa Verdade no Universo População Inferência Achados no estudo Amostra Fisiologia da Pesquisa Desenho e implantação Escrevendo as conclusões FINER criteria for a good research question • Feasible - Número adequado de pacientes - Conhecimento da técnica - Possível (tempo e dinheiro) • Interesting - Para o investigador • Novel - Confirma ou afasta um achado interior - Amplia achados interiores - Fornece novos conhecimentos • Ethical • Relevant - Para o conhecimento científico - Para as políticas clínicas e de saúde - Direção para fundos de pesquisa Requisitos para uma pesquisa 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Conhecimentos do assunto a ser pesquisado Curiosidade Criatividade Integridade intelectual Atitude autocorretiva Sensibilidade social Imaginação disciplinada Perseverança e paciência Confiança na experiência Planejamento de uma Pesquisa 1. Escolha do tema 2. Delimitação do assunto 3. Levantamento bibliográfico ou revisão 4. Formulação do problema 5. Construção de hipóteses 6. Indicação das variáveis Planejamento de uma Pesquisa 7. Delimitação do universo (amostragem) 8. Seleção dos métodos e técnicas 9. Construção dos instrumentos de pesquisa 10.Teste dos instrumentos e procedimentos metodológicos Escolha do Tema 1. Originalidade • Novo enfoque • Novos argumentos e pontos de vista • Contribuir para o esclarecimento do assunto 2. Relevância • Deve ter importância • Estar ligado a uma questão de interesse geral 3. Viabilidade • Aspectos práticos da pesquisa Definido o Problema Pergunta principal do Estudo Definido o Problema • 1º passo é um dos mais difíceis • Definir o problema e escolher a questão ou questões a serem respondidas •Questões: relacionadas à prevenção, diagnósticos e/ou tratamento Pergunta Principal • Objetiva • Específica • Relevante Pesquisador: definição clara e objetiva da pergunta a que o estudo se propõe responder Pergunta do Estudo 1. O paciente ou problema em questão 2. A “intervenção” ou fator em estudo 3. Intervenção de comparação (quando relevante) 4. Desfecho clínico de interesse Pergunta do Estudo •A partir da definição da pergunta: -Revisar a leitura -Escolher o método de estudo -Preparar o protocolo