Formação dos professores de Língua Portuguesa/Inglesa: problemas e desafios Eliana Cristina Orestes e-mail: [email protected] Universidade do Sagrado Coração, Bauru/SP Renata Cristina de Freitas Santos Paulo e-mail: [email protected] Universidade do Sagrado Coração, Bauru/SP Profª. Dra. Poliana S. A. Santos Camargo e-mail: [email protected] Universidade do Sagrado Coração, Bauru/SP Comunicação oral Pesquisa concluída RESUMO EXPANDIDO A formação de professores é um processo de aprendizagem e conhecimentos teóricos e práticos, ou seja, é um processo de transformação e construção de conhecimentos do aluno para a profissão docente. As instituições de ensino superior têm a responsabilidade de oferecerem essa base sólida aos futuros docentes, preparando-os para os desafios da carreira (PIMENTA, 2002). Entende-se que a formação docente inicial deve ser constituída por períodos de teoria e períodos de prática que tem um tempo determinado para se concretizar. A formação profissional tem a finalidade de desenvolver habilidades indispensáveis e decisivas para a formação de saberes, pois, o domínio, a capacidade e desenvoltura dos professores no ato de lecionar faz toda a diferença, como afirma Guarnieri (2005). Já a formação continuada faz com que os docentes estejam atualizados, sempre adquirindo novos conhecimentos e aperfeiçoando os já adquiridos, abrindo possibilidades para novas práticas, dinâmicas e sabedorias, a fim de colocar em prática tudo que aprenderam e conquistar os interesses dos alunos para o tema proposto (BEHRENS, 2006). Pesquisas revelam que a técnica da "cópia" utilizada pelo corpo discente pode prejudicar os trabalhos dos futuros profissionais. Quando o aluno passa do quadro para o caderno sem a mediação adequada, ele automaticamente deixa de sentir prazer pelo assunto e a aprendizagem torna algo maçante e cansativo. Mesmo descontentes com essa prática os futuros professores automaticamente a utilizam reproduzindo-as durante o período de estágio, criticam a escola, mas internalizam o que vivem nela. Em contrapartida, as “estratégias de ensino” referem-se aos meios utilizados pelos docentes na execução do processo de ensino, de acordo com cada atividade a fim de atingir os resultados esperados. As estratégias visam à consecução de objetivos, portanto, há que ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele momento com o processo de ensinoaprendizagem. Por isso, os objetivos que norteiam o conteúdo da aula, devem estar claros para os sujeitos envolvidos – professores e alunos – e estar presentes no contrato didático, registrado no programa de aprendizagem correspondente ao módulo, fase, curso, etc. (ALVES, 2004). Objetivo: A proposta deste trabalho é apresentar algumas estratégias e metodologias utilizadas atualmente pelos professores de Língua Portuguesa/ Inglesa. Tendo como objetivo analisar a prática dos docentes, suas estratégias de ensino, e buscar através da metodologia de cada um, dar uma base àqueles ainda iniciantes e sem muita noção de estratégias e de opiniões a respeito. Como em toda profissão na docência também há obstáculos e desafios a serem enfrentados, por este motivo é necessário criar estratégias para vencê-los, mas para isso é preciso muito trabalho, esforço dedicação e o amor. E serão estas as questões trabalhadas nesta pesquisa, considerações, opiniões e diversas estratégias de um corpo docente já formado e experiente. Metodologia: O presente trabalho teve como instrumento para coleta de dados um roteiro semiestruturado. A entrevista foi realizada com 44 docentes. Cada aluno do curso de Letras Português/Inglês da Universidade Sagrado Coração fez uma entrevista com um professor já formado de acordo com a proposta da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Resultados e discussões: Com base nas entrevistas realizadas com os professores de língua portuguesa e/ou inglesa, identificamos que a maioria atua em escolas públicas. Selecionamos algumas questões para apresentar nesse trabalho. Em relação as estratégias utilizadas para vencer as dificuldades escolares e de aprendizagem: 53% dos professores disseram utilizar diferentes recursos pedagógicos e novas metodologias, tais como: internet, debates entre aluno e professor e buscam formas para tornar suas aulas mais dinâmicas. Dos entrevistados, 16 % afirmaram que o diálogo entre professor e aluno é a melhor das estratégias, pois acreditam que com essa técnica eles poderão conhecer melhor o aluno e conseguir melhores resultados, 15% apostaram na questão da afetividade, amizade e a boa relação com os alunos, 7 % responderam que os pais presentes na vida escolar dos filhos trazem melhores resultados, 6% relacionam a disciplina com situações vividas pelos alunos, como por exemplo, a interpretação de uma peça de teatro com histórias da vida real, 3% apostaram em outras estratégias, como: atenção individualizada para o aluno com mais dificuldade e jogos educacionais. Em relação a ser um bom professor: 26% responderam que é estar sempre à disposição do aluno, ser flexível e ter domínio do conteúdo a ser trabalhado, já 23% disseram que o essencial é sempre saber ouvir o aluno e ter um bom relacionamento com eles, para que assim consigam envolvê-los em suas aulas, 20% defenderam suas teses, partindo de princípios sócios afetivos, e responderam que para ser um bom profissional o professor deve amar aquilo que faz sentir prazer ao lecionar, pois um professor motivado se dedicará ao máximo, obtendo assim melhores resultados, 16 % disseram para que o professor seja considerado bom, ele deve desenvolver as potencialidades do aluno como um todo, e contribuir para a formação do educando no mundo a fora, e para o restante que corresponde a 15 % defendem outros princípios tais como o respeito às diferenças, o ganhar a atenção do aluno mais difícil e não trabalhar apenas o que está no currículo. Os entrevistados foram questionados sobre uma possível mudança de profissão e 90% responderam que não mudariam, justamente pelo amor ao lecionar, e dos 10% que disseram sim, a maioria mostra-se desmotivada pela falta de reconhecimento com a educação, e principalmente do descaso dos próprios alunos. Analisando todas estas respostas, podemos inferir que as melhores estratégias visam a utilização de diferentes recursos pedagógicos e metodologias. Já a segunda questão que se refere às características de um bom professor, podese dizer que todas as competências se completam, pois um bom professor deve adquirir todas. Atualmente, ser professor não é uma missão fácil, mas não existirá desafios que os farão desistir se o amor pela profissão prevalecer. Considerações finais: Esta atividade foi muito importante para os graduandos do curso de letras, pois possibilitou uma aproximação com a realidade escolar por meio de uma nova experiência. Segundo Gatti e Garcia (2011), as situações em que os saberes construídos na universidade são relacionados com aqueles constituídos na escola nos cursos de formação inicial são significativas. Esses momentos impulsionam reflexões e ações para o enfrentamento dos desafios escolares cotidianos com o objetivo de instrumentalizar adequadamente os futuros professores. Muitos alunos da graduação tiveram a satisfação e o incentivo através do professor entrevistado, pois mesmo com tantos desafios e problemas eles dedicamse muito, pois amam o que fazem. Trabalhar como docente é uma das grandes satisfações dos entrevistados. Palavras-chave: Formação docente; estratégias pedagógicas; língua portuguesa; língua inglesa. Referencias: ALVES, BEHRENS, M. A. Formação continuada de professores e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 2006. FREIRE, Paulo. Revista Querubim, 2015. Formação de professores de língua portuguesa: impressões de viagem. Disponível em: <http://www.uff.br/feuffrevistaquerubim/images/arquivos/artigos/formao_professores_ de_lp_-_impresses_de__viagem-1.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2015. FREITAS, M. T. A. Leitores e escritores de um novo tempo. In: Maria Teresa de Assunção Freitas; Sérgio Roberto Costa. (Org.). Leitura e escrita na formação de professores. Juiz de Fora: EDUFJF/CONPED/MUSA, 2002, v. 1, p. 97-105. GATTI, Bernadete A.; GARCIA, Walter E. Bernardete A. Gatti: educadora e pesquisadora. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. GUARNIERI, Maria Regina (Org.) Aprendendo a ensinar: o caminho nada suave da docência. 2. Ed. Campinas: Autores Associados, 2005. NATALI, Adriana. Revista Língua Portuguesa, 2002. A olímpiada de verdade. Disponível em: < revistalíngua.uol.com.br/textos/78/a-olimpiada-de-verdade-2553721.asp>. Acesso em: 14 mar. 2015. PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léia. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002. TADESCO, Maria Teresa. SMS Prefeitura, 2011. 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