Conceitos de Administração e Ética
Empresarial
Profª Me. Francielli M. Borges Ladeira
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Ética Empresarial
• Objetivos
•
•
•
•
•
•
Conhecer os princípios fundamentais sobre ética
organizacional.
Entender como as condutas morais influenciam o
funcionamento das organizações e a representatividade da ética
empresarial no mundo dos negócios.
Compreender o impacto e o desenvolvimento moral das
pessoas nas organizações.
Compreender a importância da ética e do capital humano
quando o assunto é ética organizacional.
Demonstrar e compreender a funcionalidade dos códigos de
ética e apresentar alguns exemplos de atuação ética no campo
organizacional.
Discutir os principais desafios éticos na atualidade e apresentar
um exemplo de como praticar a gestão ética corporativa.
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Plano de Estudo
• Ética nas organizações: princípios fundamentais.
• Criação de sistemas de valores: a ética empresarial.
• O desenvolvimento moral das pessoas e
organizações.
• Ética e capital humano.
• Códigos de ética.
• Desafios éticos na atualidade e a ética corporativa.
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Introdução
• O Cliente como maior motivador para a ética
nas organizações.
• É possível obter lucros e agir de forma ética?
• Ética, valores, integridade e responsabilidade
social como forma da organização alcançar a
sustentabilidade.
• Sendo um sistema social, as organizações
também devem se preocupar com o
desenvolvimento social, econômico e moral
dos seus recursos humanos.
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Ética nas Organizações: Princípios
Fundamentais
ÉTICA: ethos (grego) = costume, modo de agir.
MORAL: mores (latim) = costume, conduta,
modo de agir.
• A moral normatiza e direciona a prática das
pessoas.
• A ética é a teoria sobre a moral, ou seja, como a
“ciência do comportamento” ou a “reflexão filosófica
sobre a moral”.
• O interesse da ética é “compreender como se dá a
formação dos hábitos, dos costumes e até mesmo
das regras e leis que regem uma determinada
sociedade” (ALENCASTRO, 2010, p. 33).
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Ética nas Organizações: Princípios
Fundamentais
• Marketing de Ética (meia ética):
• Esforço equívoco em tornar mais importante o parecer ético
do que ser ético.
• “Ética é um conjunto de valores e regras que definem
a conduta dos indivíduos como certo ou errado” (SILVA,
2008, p. 60).
• Ética organizacional:
• Não ao individualismo e a seus subprodutos: não ao
egocentrismo e corporativismo; não ao autoritarismo e suas
subdivisões em ilhas de poder – arquipélago organizacional;
não ao totalitarismo político, com a centralização do poder;
não ao totalitarismo organizacional, com o comportamento
burocrático; não ao totalitarismo emocional, com o
paternalismo (MATOS, 2011, p. 35).
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VÍDEO
• Quais atitudes necessárias para ser um
profissional ético?
VÍDEO
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Ética nas Organizações: Princípios
Fundamentais
• Como conduzir as atividades organizacionais
de maneira ética e, ainda assim, alcançar
níveis elevados de desempenho econômico?
VÍDEO:<http://exame.abril.com.br/videos/sua-carreira/o-que-fazer-se-meu-chefe-agecomo-o-lobo-de-wall-street>.
• A ética empresarial transforma-se em mais um elemento da
administração do dia a dia, juntamente com as operações e
estratégia competitiva.
• As ações efetivas devem ser em prol do uso de linguagem
ética no ambiente de trabalho e na vida, de tornar o
comportamento ético uma rotina com a qual as pessoas
possam se acostumar e investir em ações que atinjam o
âmago do ser humano, que o faça refletir e tomar consciência
das consequências de seus atos.
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Criação de Sistemas de Valores: A
Ética Empresarial
• A concepção filosófica que define uma
empresa advém de valores.
• Valor: valore (latim) = qualidade pela qual nós
escolhemos alguma coisa em detrimento de
outra, ou a estimamos mais ou menos.
• Os valores sociais fornecem os padrões de certo/errado.
• A pessoa incorpora emocionalmente (por meio da
educação) esses valores.
• Em outras palavras, registram no cérebro as referências de
certo/errado que agora passam a orientar suas atitudes.
• Essa incorporação, sob a interpretação da razão, assume a
forma de ‘decisão ética’.
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Como eliminar o concorrente e ainda ser
ético na condução dos negócios?
• Aglutinar virtudes de cooperação e
integridade é uma tentativa de associar a
ética à excelência.
• As virtudes de seus integrantes definem seu
clima ético, componente fundamental da
cultura empresarial.
• A falácia da falta ou excesso de virtudes.
• O incentivo de virtudes e a correção dos
vícios é uma das formas fundamentais de
fortalecer uma cultura empresarial voltada
para a ética.
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O desenvolvimento Moral das
Pessoas nas Organizações
• A moral normatiza e direciona a prática das pessoas.
• Normas de conduta são formuladas pela sociedade e
servem para colocar limites nos desejos e ambições
individuais e dirigindo-os para uma relação
equilibrada com as necessidades sociais.
• 1ª etapa – Anomia (negação da lei): comportamento puramente
instintivo, que se orienta pelo prazer ou pela dor.
• 2ª etapa – Heteronomia (lei estabelecida por outros): obediência às
ordens para receber recompensas ou evitar castigo.
• 3ª etapa – Socionomia (lei interiorizada pelo convívio social):
Interiorização das noções de responsabilidade, obrigação, respeito e
justiça e a empatia.
• 4ª etapa – Autonomia (lei própria): representa o comportamento
maduro, de maneira que este se orienta por seus próprios princípios
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O desenvolvimento Moral das
Pessoas nas Organizações
• Nas organizações, as pessoas acabam
justificando a sua conduta não ética em
quatro racionalizações comuns:
• Convencer-se de que seu comportamento não é
realmente ilegal.
• Que o comportamento é do melhor interesse de
todos.
• Que ninguém descobrirá o que está sendo feito.
• Convencer-se de que a organização protegerá tal
comportamento.
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O desenvolvimento Moral das
Pessoas nas Organizações
• A liderança ética também é muito importante para resgatar,
influenciar, orientar condutas éticas e conduzir. É preciso
conhecer bem as pessoas a serem lideradas, fazer com que
seus seguidores o sigam com liberdade e bom senso e não por
medo. Pelo menos três razões são apontadas para que a
liderança seja ética:
1. A necessidade dos líderes em conquistar a boa vontade dos
empregados, de maneira que eles se colocam a serviço dos objetivos
empresariais, tratando, portanto, dos funcionários com respeito.
2. Os trabalhadores possuem mais conhecimentos, informação e poder,
dessa forma, a ética do líder influencia diretamente a ética dos
empregados.
3. Não se aceita mais o uso coercitivo ou manipulador de poder, de forma
que, atualmente, as pessoas não respeitam mais líderes ou não
confiam neles apenas por seu cargo/função, mas pelo poder exercido
com dignidade e responsabilidade.
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Ética e Capital Humano
• Capital humano é definido como o conjunto de
habilidades que tornam uma pessoa mais capacitada a
realizar um trabalho (ARRUDA et al, 2003, p. 156).
• Representam um valor em si mesmas e, ao
desenvolverem suas atividades, mediante seu trabalho
em organizações, são as principais responsáveis pelo
desenvolvimento econômico e social.
• A ética nos ajuda a entender que um bom profissional
não é aquele que age como uma máquina, cumprindo
ordens inconscientemente e deixando de impor limites
entre os mundos profissional e pessoal.
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Ética e Capital Humano
• Ser ético na condução dos negócios implica em:
1. Atitude de gestão: reconhecer as necessidades
pessoais, respeitar a dignidade humana,
reconhecer o desempenho funcional, propiciar a
participação nos resultados, estimular o
compromisso social, favorecer a educação
continuada.
2. Comportamento exemplar do gestor com sua
equipe: dar a informação relevante, avaliar e
fornecer feedback, abrir espaço para a contribuição
criativa, institucionalizar canais de comunicação e
delegar.
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Ética e Capital Humano
• A partir da criação de valores e do ethos
organizacional, os empregados precisam apropriarse dos valores de sua empresa, a fim de manter
uma coerência técnica e ética, fazendo parte do
todo sem perder sua identidade pessoal,
preservando seu lugar de sujeito, livre, consciente,
responsável e criativo.
• E isso não é uma missão fácil, considerando que a
maioria das empresas fomenta em seus membros,
quase sempre, que eles se amalgamem a elas,
assim, não haja a diferença entre o que desejam,
pensam e cultivam.
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CÓDIGOS DE ÉTICA
• Ética Religiosa: é delimitada por princípios e
regras religiosos, de maneira que os mandamentos
têm caráter imperativo.
• Ética do Dever: centrado na razão humana, o
dever nasce do reconhecimento por parte do ser
humano da necessidade obrigatória de obedecer à
lei.
• Ética Finalista (finalismo): não parte de regras,
mas de objetivos.
• Utilitarismo: o utilitarismo vê o bom como aquilo
que é útil à maioria das pessoas, admitindo o
sacrifício individual em favor da coletividade.
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CÓDIGOS DE ÉTICA
• O mundo organizacional é permeado por conflitos, choque
entre interesses individuais e institucionais, de modo que a
ética serve para regular essas relações, colocando limites e
parâmetros a serem seguidos.
• É fundamental a existência de padrões e políticas uniformes
para que os empregados possam saber, em qualquer
circunstância, qual a conduta adequada e apropriada.
•
São desenvolvidos por meio de um processo que envolve
todos os integrantes da empresa e que passa por etapas
como sensibilização, conscientização, motivação,
capacitação e, finalmente, a adoção de um código de
conduta baseado em princípios e valores perenes.
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Desafios Éticos na Atualidade e a
Ética Corporativa
• A tecnologia da informação: a rápida evolução
tecnológica dos softwares impõe às pessoas
gastarem acima de suas possibilidades para se
manterem atualizadas com respeito às versões de
programas.
• O marketing eletrônico: crescem as condutas
antiéticas relacionadas à propaganda, pagamentos,
distribuição e pós-venda.
• O mito da amoralidade dos sistemas: a tecnologia
da informação não é suscetível de avaliação moral ou
censuras, é compreensível, porém não exime a
responsabilidade daqueles que detêm as ferramentas
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e conhecimento.
Desafios Éticos na Atualidade e a
Ética Corporativa
• A transição da era industrial para a informacional: é
preciso revisar e adaptar as organizações para que
ofereçam seus bens, serviços e ideias de acordo com
requisitos e necessidades atuais da sociedade, porém,
não é necessário criar uma nova ética.
• A informação: sem a comunicação, é inútil, e a
comunicação sem a informação é vazia.
• A privacidade de informação pessoal: sem
legislação específica, o mau uso das informações é
divulgado a todos na internet.
• A propriedade intelectual: direitos autorais, marcas e
patentes carecem de doutrinas éticas que norteiem as
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leis e regulamentos específicos.
Desafios Éticos na Atualidade e a
Ética Corporativa
• A empresa necessita desenvolver-se de tal
forma que a ética, a conduta ética, os valores e
convicções primários da organização tornem-se
parte da cultura da empresa.
• Um ideário ético deve ter como práticas linhas
mestras que se guiem na tríplice dimensão:
• Cultura corporativa transparente.
• Liderança integrada.
• Estratégia participativa consensual.
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Desafios Éticos na Atualidade e a
Ética Corporativa
• Dos pressupostos valores culturais, estratégia da
praticidade a valores e princípios éticos e lideranças
integradas, resultam três verdades pouco
conscientizadas e indispensáveis à Cultura Ética e à
Formulação de Gestão da Ética:
• Motivação: a qual reflete a força potencial e interior, que só
exterioriza em uma cultura de participação criativa e com a
extensão do poder decisório para toda a organização.
• Equipes integradas: refletindo o compromisso da liderança
em consolidar verdades e vontades comuns.
• Lucro sustentado: que representa o resultado de uma
estratégia consistente e apoiada em valores culturais,
integração, no conhecimento, competência e
corresponsabilização ética.
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Revisão
• Conceitos Gerais
Ad – direção, tendência para.
Minister – subordinação, obediência.
“Um processo dinâmico de tomar decisões sobre a utilização
de recursos, para possibilitar a realização de objetivos”
Maximiano (2004, p. 33).
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Revisão
Ambiente Interno das Organizações
• Proprietários: pessoas com direitos legais de
propriedade do negócio.
• Empregados: os recursos humanos compõem o
principal recurso interno de uma organização.
• Administradores: corpo governante eleito pelos
acionistas ou escolhido pelo proprietário que visa a
garantir o desempenho de funções administrativas
e resultados estabelecidos.
• Ambiente Físico: representam as instalações das
organizações.
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Revisão
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Revisão
• Princípios Gerais da Administração (HENRY
FAYOL):
1. Divisão do trabalho
2. Autoridade
3. Disciplina
4. Unidade de comando
5. Unidade de direção
6. Subordinação do
indivíduo
7. Remuneração
8. Centralização
9. Hierarquia
10.Ordem
11.Equidade
12.Estabilidade pessoal
13.Iniciativa
14.Espírito de equipe
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Revisão
TEORIA X
TEORIA Y
As pessoas não gostam do trabalho e, se Não é inerente aos trabalhadores detestar o
possível, irão evitá-lo.
trabalho e eles reagirão bem diante de boas
condições de trabalho e boas atitudes.
Porque as pessoas não gostam do trabalho, As pessoas exercitarão a automotivação e a
elas devem ser coagidas, ameaçadas, supervisão para realizar os objetivos da
manipuladas, dirigidas e controladas.
organização
com
os
quais
estejam
pessoalmente envolvidas.
A pessoa comum deseja segurança, tem A maioria das pessoas pode aprender a
pouca
ambição
e
evita
assumir assumir responsabilidades.
responsabilidade. Os trabalhadores têm
necessidade de receber ordens e realmente
preferem que lhes seja dito o que fazer.
Poucas pessoas são realmente criativas.
Muitas pessoas são capazes de ser criativas,
praticando
a
inventividade
e
sendo
imaginativas.
As limitadas faculdades intelectuais dos As faculdades individuais do trabalhador
trabalhadores comuns são adequadamente médio não são plenamente utilizadas no
desafiadas pelo moderno desenho do moderno ambiente industrial.
trabalho.
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Revisão
Clima Organizacional
• “A atmosfera psicológica, resultante dos
comportamentos, dos modelos de gestão e
das políticas empresariais, refletida nos
relacionamentos interpessoais” (SILVA, 2008).
• Para mudar o clima organizacional, é preciso
capacidade inovadora:
•
•
•
•
Adaptabilidade.
Senso de identidade.
Perspectiva exata do meio ambiente.
Integração entre os participantes.
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Revisão
Críticas a APO
• As metas quantitativas encorajam os funcionários a
concentrarem seus esforços na quantidade da
produção, e não na qualidade.
• As metas específicas de produção são tratadas como
teto, e não como piso (ou seja, ao serem atingidas,
para-se o processo).
• As metas específicas limitam o potencial das provas,
por dissuadirem seus esforços de melhoria constante.
• As metas quantitativas permitem práticas questionáveis
e desonestas, como vendas falsas e entregas que não
foram pedidas.
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Revisão
• O modelo japonês de administração é o
modelo Toyota de administração, que foi
exportado para todo o mundo.
• Eliminação de desperdícios. O princípio da
eliminação de desperdícios, aplicado primeiro à
fábrica, deu origem à ideia de produção enxuta,
que consiste em fabricar com o máximo de
economia de recursos.
• Fabricação com qualidade. O princípio da
fabricação com qualidade tem por objetivo
produzir virtualmente sem defeitos, o que
também é uma forma de eliminar desperdícios.
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Revisão
• O Benchmarking é uma prática de comparar, por
meio de algum parâmetro mensurável, o
desempenho de uma operação fundamental da
empresa com uma operação semelhante em outras
organizações.
• Processo contínuo: é um processo gerencial e de
autoaperfeiçoamento, que precisa ser contínuo para ser eficaz.
• Medição: pode ser realizada com práticas internas e externas
• Produtos, serviços e práticas: revela não apenas as
melhores práticas, mas também como essas práticas são
usadas.
• Empresas reconhecidas como líderes em suas indústrias:
deve ser dirigido para as empresas e funções reconhecidas
como sendo as melhores ou líderes em suas indústrias.
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