INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 53 . MAIO DE 2015 Manutenção garante alta disponibilidade do parque gerador Encontro debate os desafios do setor elétrico Tractebel tem novo diretor administrativo ONU defende nova aliança global GDF SUEZ passa a se chamar ENGIE SUMÁRIO 03 04 06 10 15 18 2 06 mensagem do presidente 03. Um ano diferente 360º 04. Tractebel inaugura escritório em Fortaleza para atender parques eólicos 04. Canoagem Ecológica 05. Termelétrica Charqueadas 05. Sincronismo da Usina Termelétrica Ferrari 12 USINA 06. Tractebel inova na construção de parque eólico no Ceará 08. Modernização aumenta eficiência das usinas Empresa 10. Tractebel tem novo diretor administrativo 12. Performance humana: todos unidos pela excelência ENTREVISTA 15. Flávio Antônio Neiva, presidente da ABRAGE Empresa 18. Receita líquida de vendas aumenta, mas lucro cai 3,7% 19. IV ESA 21. Uma nova aliança global Tractebel Energia 23 25 27 MEIO AMBIENTE 23. Meio ambiente também é solidariedade ENGIE 25. GDF SUEZ passa a se chamar ENGIE 26. Prêmio GDF SUEZ de inovação 2015 ALTA VOLTAGEM 27. Rating mantido 27. Jirau coloca mais duas turbinas em operação Mensagem do Presidente Um ano diferente Plínio Bordin O ano de 2015 começou diferente para a Tractebel Energia. Anunciamos, em abril, o resultado do primeiro trimestre, que chegou a R$ 345 milhões de Lucro Líquido, um incremento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2014. As vendas de energia da Tractebel alcançaram, no primeiro trimestre de 2015, 4.245 MW médios, um crescimento de 0,5% em relação ao mesmo trimestre de 2014. A receita líquida de vendas totalizou, nos três primeiros meses deste ano, R$ 1,62 bilhão, 1,5% menor que a do mesmo período de 2014. O EBITDA atingiu R$ 790 milhões no período, mostrando um crescimento de 13,8% em relação ao primeiro trimestre de 2014, e a margem EBITDA no primeiro trimestre deste ano foi de 48,8%, incremento de 6,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Ressaltamos que a alocação de energia realizada pela Empresa foi maior neste primeiro trimestre, impossibilitando uma comparação com o resultado do mesmo período de 2014. Essa extrapolação simples e direta do resultado do trimestre para o ano inteiro não deve ser feita. Isso porque o setor elétrico ainda está sob o forte impacto do GSF (Generation Scaling Factor), sofrendo com a baixa hidrologia no País. O expressivo déficit de geração hidráulica faz com que a diferença entre a energia vendida e a que é efetivamente produzida pelo conjunto das hidrelétricas brasileiras tenha que ser comprada no mercado de curto prazo, a preços mais elevados. Essa situação criou um custo enorme para as geradoras, que precisam honrar os seus contratos de venda de energia hidráulica. O impacto financeiro do GSF para todo o setor foi da ordem de R$ 26 bilhões, em 2014, e esse valor pode se manter em 2015, mesmo com a redução do PLD de R$ 822/ MWh para R$ 388/MWh. A Tractebel tem conseguido honrar seus compromissos e obter Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia resultados, mesmo em momentos de crise graças, à sua gestão e aos seus empregados. O ano de 2015 marca uma mudança Usinas e chegou a gerenciar o Departamento de Geração Hidráulica. para dar continuidade a essa história de sucesso. Depois de 37 Ao Luciano, agradecemos pela liderança, espírito apaziguador e fidelidade anos dedicados à Companhia, dos quais nos últimos 15 anos e desejamos muita felicidade e igual sucesso na nova etapa de sua vida. Ao como diretor administrativo, Luciano Andriani se aposentou. Júlio, manifestamos nosso apoio total e a confiança na condução da Diretoria Para prosseguir com esse modelo de sucesso e garantir que Administrativa. a Tractebel supere os desafios vindouros, convocamos Júlio César Lunardi, com ampla experiência dentro da Empresa na Manoel Zaroni Torres Diretoria de Produção, onde ocupou cargos de liderança em Diretor-presidente BoasNovas 3 360o Tractebel inaugura escritório em Fortaleza para atender parques eólicos Plínio Bordin Desde dezembro, a Tractebel Energia conta com um escritório em Fortaleza, Ceará, para estar próxima aos principais fornecedores, clientes e demais facilidades, como banco, cartório, correio, etc. “Centralizamos toda a atividade administrativa da Regional de Eólicas e vamos atender a todos os parques da Tractebel, como os de Trairi, Santa Mônica e Beberibe, no Ceará; Pedra do Sal no Piauí, e os futuros Parques Eólicos da Bahia (Campo Largo) e Rio Grande do Norte (RN)”, revela o gerente da REEL (Regional de Eólicas) e também responsável pelo escritório de Fortaleza, Alexandre Thiele. A Companhia não descarta investir em outros parques na região, pois suas eólicas alcançaram bom desempenho no ano passado, com geração bruta de 622.403 MWh, o que dá uma geração média de 71 MW, para uma potência instalada de 159 MW. “Isto significa um fator de capacidade acima de 44%, considerado muito alto em termos Ampliação do número de Usinas eólicas levou à abertura de escritório em Fortaleza Canoagem Ecológica de parques eólicos”, complementa Thiele. Cris Malinowski Zandoná O Consórcio Machadinho e a Tractebel Energia apoiaram a 5ª edição da Canoagem Ecológica de Paim Filho (RS), que contou com a participação de 140 canoeiros em 45 canoas. Eles percorreram 19km do Rio Inhandava e recolheram 220 kg de dejetos das suas margens. O projeto teve início em 2010, quando foram recolhidas 3 mil toneladas de lixo. “Hoje, cinco anos depois da inserção do projeto, diminuiu consideravelmente a quantidade de lixo que encontramos”, explica a bióloga e responsável pelo projeto, Cris Zandoná. 4 Tractebel Energia Canoeiros recolhem lixo do rio Inhandava, que faz parte da bacia do Rio Uruguai, divisa SC/RS 360o Divulgação Tractebel Termelétrica Charqueadas No ano passado, a Usina Termelétrica Charqueadas, localizada no Rio Grande do Sul, atingiu geração de 352.556,83 MWh, contra os 253.942,67 MW produzidos em 2013. Essa foi a segunda maior produção da termelétrica, já que a geração recorde se deu no ano 2000, com 359.702,5 MW. Segundo o gerente da Usina, Renato Barbosa, essa alta geração se deve ao período de pouca chuva nas regiões Sudeste e Nordeste, que iniciou em 2013 e se manteve durante todo o ano de 2014. Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, todas as usinas térmicas do Brasil precisam ser despachadas de forma permanente, ou seja, estão gerando energia na sua máxima capacidade. Usina Termelétrica Charqueadas, em operação há mais de 50 anos, atingiu segundo recorde anual de geração em 2014 Sincronismo da Usina Termelétrica Ferrari Divulgação STAGE25 O turbogerador 5 da Usina Termelétrica Ferrari foi sincronizado ao SIN (Sistema Interligado Nacional) no dia 28 de abril, o que caracterizou o início da operação em teste. Antes das obras de ampliação, a Usina contava com 65,5 MW de capacidade instalada e 23,2 MW médios de capacidade comercial. Com a ampliação, Ferrari passa a oferecer 80,5 MW de capacidade instalada e 35,6 MW de capacidade comercial ao parque gerador da Tractebel Energia, que investiu cerca de R$ 80 milhões nas obras. Termelétrica Ferrari foi ampliada sem que fossem registrados acidentes de trabalho BoasNovas 5 USINA Tractebel inova na construção de parque eólico no Ceará Charles Robson Obras de implantação do Complexo Eólico Santa Mônica avançam no litoral oeste do Ceará No segundo semestre de 2016, será inaugurado mais um Charles Robson empreendimento da Tractebel Energia para gerar eletricidade com a força dos ventos. O Complexo Eólico Santa Mônica, em construção no município cearense de Trairi, terá 36 aerogeradores de 2,7 Megawatts (MW) cada, totalizando 97,2 MW de capacidade instalada, o suficiente para alimentar uma cidade de 170 mil habitantes. Pela primeira vez em obras do gênero, o projeto usará um dispositivo de montagem das torres que dispensa o uso de grandes guindastes, reduzindo custos e acelerando o ritmo dos trabalhos. O valor total do investimento no Complexo é de R$ 460 milhões. Iniciadas em agosto do ano passado, as obras estão na fase de finalização dos acessos internos e das plataformas de montagem. “O próximo passo é construir as fundações dos aerogeradores”, diz o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Luiz Jansson Laydner. Em paralelo, estão sendo fabricados os equipamentos, com destaque para as torres de concreto com 119 metros de altura que serão produzidas em uma fábrica próxima aos parques que compõem o Complexo. “O projeto beneficiará a população local pelas diversas ações que a Tractebel fará na região, algumas na forma de compensações ambientais e outras por iniciativa própria”, prossegue Laydner. 6 Tractebel Energia Estrada de acesso a Ouro Verde foi melhorada para o trânsito de caminhões USINA Charles Robson Uma ponte precisou ser construída para que os caminhões não precisassem trafegar pelo centro urbano de Trairi Charles Robson Ele menciona a geração de emprego durante a construção civil e a montagem eletromecânica. “Talvez o benefício mais perene seja a qualificação da mão de obra”, afirma. Trairi, a 123 quilômetros de Fortaleza, tem 54 mil habitantes e um IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,606, considerado médio. Realizados junto com o poder público e com a sociedade civil, os projetos de desenvolvimento econômico e social do município priorizam as iniciativas sustentáveis e as vocações locais. Essas ações incluem o fortalecimento da produção e venda das rendas de bilro; a revitalização de áreas públicas; o restabelecimento de ligação viária entre os distritos; a doação de equipamentos para exames radiológicos; a reforma e ampliação de instalações de atendimento a crianças e adolescentes e o incentivo ao turismo. Entre as razões que motivaram a escolha do local, estão a qualidade dos ventos, a boa infraestrutura e as sinergias com o Complexo Trairi, já em operação. O novo Complexo usará parte das obras de acesso às linhas de média tensão de Trairi e compartilhará tanto a Subestação elevadora quanto a Linha de Transmissão em 230 kV, que já liga Trairi à Subestação Pecém II. As equipes de operação também se dedicarão aos dois Complexos. Outros fatores importantes são o amplo conhecimento que a Tractebel tem das comunidades do entorno e a relação transparente com os órgãos governamentais. MONTAGEM – “Nossos principais desafios logísticos e de engenharia, além da fabricação dos equipamentos, são o transporte das pás e a montagem das torres, que será feita com um novo e revolucionário dispositivo de içamento, o Eolift”, diz o gerente do projeto, engenheiro Carlos Holme. Essa nova tecnologia permite empilhar os segmentos das torres de cima para baixo, ao contrário do método convencional. “A principal vantagem do Eolift é eliminar a necessidade do uso de grandes guindastes, que são caros e pouco disponíveis”, explica o engenheiro. Iranildo dos Santos Moura, 30 anos, nascido e criado no sítio Ilha, em Trairi, contratado para atuar como servente nas obras é um exemplo do aproveitamento da mão de obra local BoasNovas 7 USINA Modernização aumenta eficiência das usinas Plinio Bordin Usina Salto Santiago, de 1.420 MW de capacidade instalada recebe investimentos para modernização de equipamentos e sistemas Composto por 27 usinas, o parque gerador da Tractebel Energia hidráulico da planta, aumentando a eficiência da conversão da energia no vem passando por constantes modernizações nos últimos anos, conjunto Turbina e Gerador. “Com a modernização, a garantia física total principalmente nas plantas com maior tempo de funcionamento. adicionada à Usina Salto Santiago é de 24,2 MW médios”, informa o diretor. O objetivo é aumentar a confiabilidade, a disponibilidade e a eficiência Na UHSS, entre outras intervenções, será implantado um novo Sistema dessas Usinas, sejam elas hidrelétricas ou termelétricas. É o caso da Digital de Supervisão e Controle da Usina – SDSC que comportará todas Hidrelétrica Passo Fundo (2x113 MW), no Rio Grande do Sul, uma das as modernizações realizadas nas unidades geradoras, dos serviços mais antigas da Companhia, cuja modernização se caracterizou por auxiliares elétricos e mecânicos, tomada d'água e vertedouro, além de intervenções nos sistemas e equipamentos, resultando numa maior estar compatível com as novas condições operativas da unidade. eficiência na geração de energia. Outras plantas também estão em processo de modernização, como O diretor de Produção da Tractebel Energia, José Carlos Cauduro as unidades da UTLA, que faz parte do Complexo Termelétrico Jorge Minuzzo, avalia que a intervenção em Passo Fundo foi feita para que cada Lacerda (SC) e a Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra (MT/MS). Minuzzo unidade geradora dure mais 35 anos, aumentando a confiabilidade e ressalta que essas atualizações fortalecem as equipes de manutenção da disponibilidade da Usina. “Haverá aumento de performance, refletidos Companhia, principalmente a ENG (Engenharia de Manutenção) e a TMS na melhor resposta à regulação de frequência e tempo de estabilização e (Tractebel Manutenção e Serviços). Essas duas áreas, junto com as áreas sincronismo da unidade geradora”, comenta. de Geração Térmica (DGT) e Hidráulica (DGH), buscam soluções, novos Na Usina Salto Santiago (4x355 MW), o objetivo também é garantir que equipamentos e fazem todo o planejamento para realizar as intervenções cada unidade geradora dure mais 35 anos. Os rotores são produto de necessárias. “As modernizações servem também como base e referência, um novo projeto, que altera e amplia as condições do projeto original aprimorando e treinando as equipes de Operação e Manutenção”, das turbinas. Eles possibilitarão o melhor aproveitamento do potencial complementa Minuzzo. 8 Tractebel Energia USINA ENG e TMS áreas complementares Divulgação Tractebel As duas áreas – ENG e TMS – participam, juntamente com DGT e DGH, do Plano Plurianual da Diretoria de Produção e são imprescindíveis para chegar à meta da Empresa: alta disponibilidade do parque gerador. A ENG fica responsável por atividades de estudos e projetos de engenharia de manutenção relacionadas ao parque gerador da Tractebel e a TMS é a responsável pela manutenção dos equipamentos e sistemas de todas as Usinas. Essas áreas trabalham de forma complementar e atuam em conjunto, antecipando falhas, implantando ações de planejamento, programando paradas anuais, além de participarem, com outras áreas da Empresa, do desenvolvimento de estudos e da implementação de projetos de repotencialização e recapacitação das Usinas. O gerente da ENG, Luiz Felippe, lembra que a Engenharia de Manutenção da Tractebel deve enxergar todas as partes que compõem uma usina em funcionamento. “A cada dia aprimoramos a elaboração de diagnósticos, análises do estado dos equipamentos, investigamos causas-raiz de falhas e geramos informações técnicas. Tudo isso para mitigar riscos de perda de disponibilidade, ao assegurar a lucratividade e perenidade do negócio”, observa. Por sua vez, a TMS possui uma estrutura com três centrais de manutenção: Hidrelétrica, Termelétrica e de Sistemas, atendendo as Usinas hidrelétricas e termelétricas. A equipe da TMS é responsável pela manutenção preventiva e pela corretiva ou intempestiva do parque gerador da Companhia. O trabalho é intenso para 2015. Até dezembro, várias plantas passam por manutenção preventiva. Além das unidades de Jorge Lacerda A, que completa 50 anos, as termelétricas William Arjona (MS), Ibitiúva (SP) e Lages (SC) também ganham novo fôlego. “Nossas equipes também dão suporte técnico na instalação de novos projetos, como vai ocorrer com Pampa Sul (RS)”, diz o gerente da TMS, Linomar Osil Ferreira. Turbina Francis de eixo vertical transforma a energia hidráulica em energia mecânica Silveira Produções MANUTENÇÃO Preventiva – É a manutenção programada, ou seja, todo o equipamento da Usina tem um plano de manutenção. Toda a programação anual de paradas é lançada no SAU – Sistema de Acompanhamento de Usinas. Exemplos: parada contratual de 4.000h de operação para inspeção no rotor da Turbina da unidade geradora 1 da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra e inspeção periódica Bienal e substituição da válvula distribuidora da unidade geradora 3 de Salto Osório. Corretiva ou intempestiva – Ocorre sem a equipe ter uma programação. A máquina está funcionando e falha, parcial ou completamente. Neste caso, a equipe entra em ação para resolver de forma imediata o problema. Luiz Felippe (dir) e Linomar acompanham a manutenção preventiva e revitalização do estator do gerador da Unidade 1 da UTLA, no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda BoasNovas 9 EMPRESA Tractebel tem novo diretor administrativo Plinio Bordin Maurício Bähr, presidente do Conselho da Tractebel Energia, o ex-diretor Luciano Andriani, o novo diretor Júlio César Lunardi e o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres durante a cerimônia de posse da DA Depois de 37 anos de trabalho, o diretor administrativo da Tractebel “Foi difícil tomar a decisão porque tenho muita satisfação de trabalhar Energia, Luciano Andriani, se aposentou, passando o cargo para o e conviver com os colegas. Aqui construímos uma Empresa positiva, engenheiro eletricista, Júlio César Lunardi, que assumiu a Diretoria em com um bom ambiente de trabalho, onde fiz muitas amizades. Mas é 30 de abril. Luciano construiu uma carreira de sucesso e saiu aplaudido o momento de me dedicar a outras atividades e realizar outros pelo presidente, Manoel Zaroni Torres, pelos colegas diretores e pelos sonhos”, afirmou. empregados da Companhia. Ao tomar posse, Júlio César Lunardi, disse que não será fácil substituir Na despedida, o sentimento era um só: se aposenta um profissional Luciano e que se sente um privilegiado pela indicação. O novo diretor de alto gabarito, um amigo e, acima de tudo, um homem ponderado e se formou em 1985 pela UFSC, entrou em 1986 na Eletrosul e cursou comunicativo. “Só tenho a agradecer por contar com o Luciano durante recentemente MBA pela Fundação Dom Cabral. Otimista por natureza 15 anos na minha equipe. Sempre fiel, sem sua diplomática atuação não e apesar da crise política, econômica e de credibilidade que o Brasil teríamos o ambiente de trabalho que temos hoje”, ressaltou Zaroni. atravessa, Júlio acredita que toda a sociedade deve se esforçar para Formado em Administração de Empresas pela UFSC (Universidade Federal resgatar os verdadeiros valores. “A minha indicação para a posição de de Santa Catarina), Luciano Andriani entrou como estagiário na Eletrosul, diretor administrativo é o reconhecimento de um trabalho de equipe. com 21 anos. Desempenhou diferentes funções, entre elas no Arquivo, Temos bons desafios e ótimas oportunidades pela frente, sempre na Biblioteca, em Sistemas de Informações e em Recursos Humanos. Na crescendo com sustentabilidade e no topo da geração privada do privatização de 1998, optou pela Gerasul para ser o gerente de Recursos setor elétrico brasileiro”. Humanos e Informática. Dois anos depois, foi convidado por Zaroni para assumir a Diretoria Administrativa, da qual se despediu neste abril de 2015. Ao deixar a Tractebel, Luciano Andriani recebeu diversas homenagens, entre elas, da Escola de Samba Dascuia e da Sociedade Novo Horizonte, ambas de Florianópolis 10 Tractebel Energia EMPRESA Edson Junkes Plinio Bordin Luciano Andriani vai se dedicar a projetos pessoais após 37 anos na Empresa Júlio Lunardi assume a DA depois de fazer carreira na Diretoria de Produção Qual o maior desafio que você enfrentou como Que cargos você ocupou na Tractebel? diretor administrativo? Júlio César Lunardi – Ingressei na Eletrosul/Tractebel, em 1986, para Luciano Andriani – A gestão de empresas no Brasil trabalhar na Usina Hidrelétrica Passo Fundo (RS). Depois fui transferido ainda é um processo difícil, com muito mais desafios para a Hidrelétrica Salto Santiago (PR), onde fiquei um ano. Logo retornei que o normalmente esperado para o exercício de uma a Passo Fundo, como gerente do Setor de Operação. De lá, saí, em atividade econômica, em especial quando comparado com 1999, para atuar na implantação da Usina Hidrelétrica Itá e, em 2001, países que se encontram em um estágio mais avançado fui para a implantação da Usina Machadinho como gerente adjunto de de desenvolvimento. Mas acredito que tivemos êxito na comissionamento e, depois, como gerente local, até 2008. Assumi a construção de uma Empresa forte, sustentável e competitiva, gerência Regional do Rio Iguaçu em 2008 e cheguei a Florianópolis pois partimos de um processo de privatização de uma em 2012 para ser o gerente do Departamento de Geração Hidráulica. estatal, que contava com muitas qualidades. Esforçamo- Assumo agora mais um desafio, ser o diretor administrativo da Empresa. nos para manter essas qualidades, mas também tivemos o desafio de expandir e criar novas oportunidades, que se Quais os desafios de um engenheiro eletricista no cargo de refletiram no crescimento de todas as pessoas envolvidas, diretor Administrativo? o que é motivo de grande satisfação. J.C.L. – Minha atuação profissional sempre foi na área de produção, notadamente junto às Usinas Hidrelétricas, e isto me propiciou conhecer O que você vai levar de dentro da Tractebel que servirá muito a Empresa, seus empregados e colaboradores. Agora, na Diretoria pra toda a vida? Administrativa terei esta visão ampliada e espero desenvolver, juntamente L.A. – Sem dúvida os valores que construímos juntos e com os colegas, trabalhando em equipe, as ações necessárias para que criaram na Empresa um grande laço de amizade e que a Tractebel continue crescendo, proporcionando oportunidades cooperação entre as pessoas. Aprendi a conviver com uma de desenvolvimento para todos. equipe muito especial, comprometida com os resultados, com a ética e com o espírito de equipe. Há um grande carinho Qual o momento que consideras mais especial da tua vida entre as pessoas que trabalham na Tractebel Energia. profissional? Por quê? J.C.L. – Um dos momentos especiais da minha vida foi junto à hidrelétrica O que pretende fazer daqui pra frente? Machadinho. Nesta Usina, cujo proprietário é o Consórcio Machadinho, L.A. – Acredito que a aposentadoria não é um fim, mas um com oito sócios, a Tractebel Energia detêm 19,3% do patrimônio novo começo. Portanto, ela abre imensas possibilidades e é responsável pela sua operação e manutenção. Foi aí que tive a de se fazer um pouco do que sonhamos, mas não tivemos oportunidade de atuar desde o "primeiro tijolo" e esta experiência me oportunidade de colocar em prática. O que continua a me proporcionou muito conhecimento técnico e humano, pela diversidade de causar alguma preocupação é saber que o tempo disponível, situações vivenciadas e pelo contato intenso com entidades empresariais como sempre, é pouco. Por isso, temos que continuar a fazer e em especial com as pessoas. escolhas entre tudo o que gostaríamos de fazer. BoasNovas 11 EMPRESA Todos unidos pela excelência Plinio Bordin Tractebel Energia é a primeira empresa privada de geração de energia do Brasil a adotar o Programa Performance Humana Plinio Bordin Em implantação nas 27 Usinas da Tractebel, o Programa de Melhoria da Performance Humana tem o intuito de conscientizar para a mudança de comportamento e de atitudes dos empregados na busca da melhora da produtividade e da segurança no trabalho. Formatado nos Estados Unidos pelo EPRI (Electric Power Research Institute) e aplicado em vários países, o programa está baseado no diálogo e na comunicação, ambos imprescindíveis para o seu sucesso, já que no caso da Tractebel envolve quase 2.500 pessoas – 850 funcionários e 1.600 contratados – de Norte a Sul do País. O gerente do DGH (Departamento de Geração Hidráulica), Artur Ellwanger, explica que o programa é mundialmente adotado nas usinas nucleares, onde teve o seu início, principalmente após o evento com a usina nuclear de Chernobyl na Ucrânia. Nas demais fontes de geração (hidro e térmicas) ele ainda é muito pouco utilizado. “Essa metodologia trata o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho”, comenta. A ideia é, complementa o gerente de Recursos Humanos Euclides Backes, tirar as pessoas do automático. “Todo o ser 12 Tractebel Energia A comunicação clara é um dos fundamentos para a execução segura e eficaz das atividades nas Usinas EMPRESA humano erra e o erro, mesmo sem existir a intenção de quem erra, é inerente ao trabalho. O ser humano, ao mesmo tempo em Ferramentas para executantes que pode ser uma fonte de erros, é a solução para os problemas, desde que esteja consciente e devidamente focado nas Auto verificação – É aplicada durante ações específicas de atividades no seu ambiente de trabalho”, diz. performance baseada em habilidades para evitar a desatenção. Ou seja, parar na frente do equipamento e analisar; depois pensar Eficácia – O Programa de Performance Humana adotado no que realmente vai fazer e qual o resultado que deve alcançar; pela Tractebel Energia foi desenvolvido pelo EPRI, instituto logo vem o agir e no final rever o que fez. norte-americano de pesquisa e desenvolvimento do setor Verificação com pares – É uma técnica de prevenção de elétrico, e trata a questão do comportamento das pessoas erros que envolvem um acordo entre dois executantes antes de quando executam e/ou supervisionam atividades dentro de realizar uma tarefa específica e também com o objetivo de evitar usinas. “Eles idealizaram uma metodologia e desenvolveram a desatenção. É uma comunicação de três vias: Falo para um ferramentas que, aplicadas, mudam atitudes e comportamentos empregado, e ele deve repetir o que foi falado, e eu volto a repetir, no trabalho, na maioria das vezes mesmo sem o empregado se sempre da mesma forma. Só assim vai ter certeza do que foi falado, dar conta disso”, afirma Ellwanger, acrescentando que o foco ou seja, que a comunicação foi compreendida. está no empregado fazer sua atividade com maior eficácia. Regra dos dois minutos – parar e analisar o ambiente de Aprovado em dezembro de 2013 para ser aplicado nas atividades trabalho, antes da execução dos serviços, verificar se está tudo de Operação e Manutenção da Tractebel, o Programa conta certo por, no mínimo, dois minutos. com um Comitê de 14 pessoas e tem como responsável o diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo. "A expectativa é que os resultados comecem a aparecer em 2 a 3 anos após sua Ferramentas para os supervisores implantação", afirma Minuzzo. “O Comitê, que se reúne mensalmente, definiu como será Instruções anteriores ao trabalho – Para evitar a aplicado esse programa dentro da Empresa. Os gerentes já desatenção e incerteza; para rever a experiência operacional antes foram treinados e começamos, agora, aplicando o Performance de realizar alguma atividade importante, que não seja de rotina ou Humana em todos os empregados e contratados da área após intervalos de trabalho. operacional”, informa José Carlos Borgmann, coordenador do Revisão posterior – É realizada para constatar se o Programa. Neste ano, foram realizadas três turmas nas usinas planejamento, a transmissão de instruções e a execução da tarefa do Rio Iguaçu – hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, ou da atividade foram eficazes. ambas no Paraná. Até o final deste ano todos os empregados e Atitude de questionamento – É um processo sistemático contratados deverão estar treinados e aplicando no seu dia a dia que começa com a definição do problema e termina com a algumas das ferramentas do Performance Humana (veja box). implantação de uma solução, para evitar a incerteza sobre uma Com isso, mais uma vez, a Companhia adota novas ferramentas situação nova ou não identificada. para buscar a excelência operacional nas suas Usinas. Divulgação Tractebel Treinamento na Usina Hidrelétrica Salto Santiago BoasNovas 13 www.tractebelenergia.com.br Quando uma empresa pensa nos próximos vinte anos, é planejamento. Quando pensa nos próximos duzentos, é sustentabilidade. O trabalho da Tractebel é muito mais do que gerar energia. Nosso compromisso é fazer isso de maneira sustentável, respeitando a natureza, as comunidades onde atuamos e as futuras gerações. E isso só é possível porque, além de utilizar fontes limpas e renováveis em mais de 80% do que produzimos, estamos sempre investindo em projetos que promovem a melhoria social, ambiental e econômica. Tudo porque acreditamos que a importância de uma empresa é maior quando todos ganham com ela. ENTREVISTA GSF é o maior problema para os geradores de energia Arquivo ABRAGE Os problemas enfrentados pelo setor, principalmente a questão do vultosas exposições mensais das empresas é uma das tarefas do setor GSF (Fator de Ajuste de Geração), que vem prejudicando o resultado atualmente. Mas, outros desafios também merecem nossa atenção, econômico das geradoras brasileiras, é um dos grandes desafios a ser entre eles: vencido pela ABRAGE (Associação Brasileira de Empresas Geradoras 1 – O debate em torno do papel do MRE (Mecanismo de Realocação de Energia Elétrica). Para saber quais as ações que estão sendo de Energia), pois com as mudanças paulatinas na matriz energética, traçadas e outras preocupações do setor, a revista BOAS NOVAS o MRE tem sido descaracterizado, não havendo atualmente equidade conversou com o presidente da ABRAGE, Flávio Antônio Neiva. na participação dos ônus e bônus do mecanismo entre fontes que dele fazem uso, sem previsão legal; Boas Novas – Quais são, hoje, os maiores desafios enfrentados 2 – Reexame dos prazos dos leilões para a construção de novas usinas pelas geradoras de energia do País? Cite-os. (A-5 x A-6), definindo prazos mais realistas para a entrada em operação Flávio Antônio Neiva, presidente da ABRAGE – A questão do dos empreendimentos, de forma a acomodar os atrasos frequentes GSF (Fator de Ajuste de Geração) é o grande desafio do momento motivados por problemas intercorrentes de várias naturezas; para o segmento de geradores do Brasil e mitigar os efeitos das 3 – Alternativas estruturais no SIN (Sistema Interligado Nacional) para BoasNovas 15 ENTREVISTA o atendimento à demanda máxima, tendo em vista a crescente incorporação do MRE; o reexame dos prazos dos leilões para a construção de usinas hidrelétricas sem reservatórios, os recorrentes esvaziamentos dos de novas hidrelétricas; as alternativas estruturais no SIN para o reservatórios existentes, aumento do consumo devido às altas temperaturas atendimento à demanda máxima; e o GSF. verificadas no verão, agregação de fontes sem a “despachabilidade” necessária para o atendimento ao consumo na hora B.N. – O que o Governo pode fazer para garantir que da ponta, etc.; a geração de energia seja um bom negócio para os 4 – Reexame dos valores da tarifa de geração (GAG) para as empresas que investidores? prorrogaram suas concessões segundo a Lei 12.783/13, tendo em vista que os F.N. – Os reajustes promovidos pelo Governo nos preços valores atuais são insuficientes para fazer frente aos inúmeros compromissos iniciais dos leilões A-3 e A-5 com certeza serão um importante dessas concessões. atrativo para os empreendedores. Além disso, os estudos recentes da ANEEL para a definição prévia dos excludentes de B.N. – Como a ABRAGE avalia o GSF e o impacto nas geradoras responsabilidades na fase de construção do empreendimento em 2015? e a mobilização para a busca de soluções para os problemas F.N. – Nos últimos anos, a ABRAGE vem empreendendo esforços junto à mais graves do setor, como o caso do GSF, são importantes ANEEL e Ministério de Minas e Energia na busca de solução para esse grave sinalizadores para o mercado de investidores do setor elétrico. problema do setor elétrico. Conforme mencionado, o GSF é atualmente o maior Por último, a questão do licenciamento ambiental deve ser problema enfrentado pelas empresas geradoras, tendo em vista os valores priorizada para garantir o perfeito cumprimento do cronograma bilionários das exposições dele decorrentes. Essa questão tem sido tratada no das obras. setor elétrico desde o ano passado, mas ainda não se encontrou uma solução para o problema. B.N. – A baixa hidrologia registrada de 2013 para cá Para o ano de 2015 vislumbramos a continuidade dessas exposições em valores mostra que o Brasil não deve mais ficar dependente vultosos, o que certamente levará as empresas a se protegerem através de das hidrelétricas? Qual a saída? Apostar mais em hedge no seu portfólio de oferta de energia. Como consequência do aumento fontes complementares? de hedge, haverá uma redução na oferta de energia para contratos, podendo F.N. – As dificuldades ambientais para a viabilização da resultar em aumento de preços de energia. Por outro lado, para os novos expansão da oferta de energia por meio de usinas com empreendimentos que não conseguem fazer hedge (Sociedades de Propósito reservatórios e os problemas de armazenamento, decorrentes Específico, por exemplo) a exposição motivada pelo GSF pode ser um enorme dos recentes períodos hidrológicos críticos, sinalizam ao País empecilho para a viabilização econômico-financeira do empreendimento. B.N. – Quais os principais Projetos de Lei que tramitam no Congresso Nacional que são do interesse da ABRAGE? F.N. – Há um conjunto de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional que tratam de aperfeiçoamentos na legislação sobre licenciamento ambiental de empreendimentos e a ABRAGE atua nesses projetos em consonância com o Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico – FMASE. Além disso, existem PLs que propõem alterações na política de recursos hídricos do país e a ABRAGE, por representar o segmento de geração no Conselho Nacional de Recursos Hídricos, também tem especial interesse no acompanhamento da sua tramitação no Congresso Nacional; e PLs relacionados a alterações na carga tributária incidente sobre o Setor Elétrico. B.N. – Quais as mudanças que o senhor sugere para aperfeiçoar o modelo energético brasileiro? Por quê? F.N. – A ABRAGE entende serem prementes as discussões em torno dos temas que se constituem hoje desafios importantes para o setor elétrico, entre eles estão: discussão ampla sobre as fontes primárias de energia elétrica (hidráulica, gás, carvão, eólica, nuclear, etc.), quanto à sua localização e disponibilidade, e a consequente projeção da matriz de energia elétrica; discussão sobre os custos x benefícios da retomada da construção de usinas com reservatórios, tanto na tarifa final para os consumidores quanto na segurança energética para o Sistema; o reexame dos valores de GAG; o debate em torno do papel 16 Tractebel Energia Nos últimos anos, a ABRAGE vem empreendendo esforços junto à ANEEL e Ministério de Minas e Energia na busca de solução para esse grave problema do setor elétrico. Conforme mencionado, o GSF é atualmente o maior problema enfrentado pelas empresas geradoras, tendo em vista os valores bilionários das exposições dele decorrentes. ENTREVISTA Arquivo ABRAGE É importante também que ocorra a expansão dessa matriz com outras fontes complementares, como a eólica, a solar e a biomassa, pois todas elas contribuem para a composição de uma matriz cada vez mais limpa. das empresas geradoras: institucional/legal, operação & manutenção de usinas, meio ambiente, regras de comercialização de energia, econômico-financeiros, jurídicos, recursos hídricos, planejamento energético, segurança de barragens, controle patrimonial, etc. Nesses grupos há uma troca intensa de informações e de conhecimento entre os profissionais das empresas, contribuindo para o seu crescimento e para a formulação de propostas convergentes para os grandes problemas do setor elétrico brasileiro. Arquivo ABRAGE a necessidade de expansão de sua matriz, com a maior inserção de geração termelétrica oriunda de fontes térmicas limpas, como o gás. É importante também que ocorra a expansão dessa matriz com outras fontes complementares, como a eólica, a solar e a biomassa, pois todas elas contribuem para a composição de uma matriz cada vez mais limpa. É necessário também que o CNPE (Conselho Nacional de Politica Energética) promova uma discussão ampla sobre as fontes primárias de energia elétrica (hidráulica, gás, carvão, eólica, nuclear, etc.), quanto à sua localização e disponibilidade, e a consequente projeção da matriz de energia elétrica. B.N. – Como funcionam os Grupos de Trabalho da ABRAGE e qual a sua importância para as empresas do setor elétrico? F.N. – Os Grupos de Trabalho da ABRAGE, que contam com a participação de representantes de todas as Associadas, são a estrutura fundamental que sustenta o funcionamento da Associação. Todos os assuntos conduzidos pela ABRAGE são tratados inicialmente no âmbito dos seus Grupos de Trabalho e, depois de bem debatidos, se necessário, são então encaminhados à deliberação da Assembleia da Associação. Esses grupos abrangem todas as áreas operacionais BoasNovas 17 EMPRESA Receita líquida de vendas aumenta, mas lucro cai 3,7% Momento não é dos melhores no setor elétrico e resultado poderia ter sido pior A crise hídrica foi o maior problema enfrentado Nas reuniões das APIMECs, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o diretor presidente, pela Tractebel Energia, que viu seu lucro líquido Manoel Zaroni Torres, afirmou que o resultado é satisfatório tendo em vista as dificuldades encolher 3,7% em 2014, registrando R$ 1,38 bilhão, causadas pela escassez de chuvas. "A diversidade de nossas fontes aliada à gestão ou seja, R$ 54 milhões menos do que o apurado em coordenada do planejamento e controle da oferta, do portfólio de contratos e da 2013. O EBITDA chegou a R$ 2,90 bilhões no ano manutenção das Usinas, permitiu-nos enfrentar os desafios do ano, confirmando a passado, uma queda de 4,8% ou R$ 148 milhões resiliência apontada pelo mercado como um de principais diferenciais da Tractebel", na comparação com 2013. Já a receita líquida de enfatiza o executivo. vendas foi de R$ 6,47 bilhões, em 2014, 16,2% ou No Rio de Janeiro, para uma plateia de analistas, investidores, sócios da APIMEC e R$ 904 milhões acima da alcançada em 2013. jornalistas, o diretor Financeiro, Eduardo Sattamini, disse que Empresa está atenta às oportunidades de negócios que devem surgir. “Projetamos um investimento de R$ 963 Plinio Bordin milhões em 2015, que estão distribuídos entre a manutenção do parque gerador, o início da construção da Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski) e os parques eólicos no Nordeste”, afirmou Sattami. Nos próximos três anos, a Tractebel vai injetar R$ 4 bilhões em seu parque gerador. “Acreditamos no potencial e no desenvolvimento de nosso País e, mesmo num momento de crise, estamos construindo a Termelétrica Pampa Sul (340 MW) no Rio Grande do Sul; o Complexo Eólico Santa Mônica (97 MW), no Ceará; o Complexo Eólico Campo Largo (327 MW), primeiro empreendimento da Tractebel na Bahia; e expandindo a Termelétrica Ferrari (15 MW), em São Paulo”, ressalta o diretor presidente Zaroni. Com esses empreendimentos, a maior empresa privada de energia do Brasil adicionará 779 MW em seu diversificado parque gerador. Atualmente, a Tractebel possui capacidade instalada própria de 7.027,2 MW, em 27 Usinas operadas pela Companhia em um portfólio balanceado – 79% hidrelétricas, 16% termelétricas e 5% complementares. DIVIDENDOS – O Conselho de Administração da Tractebel aprovou, em 30 de março, a proposta de dividendos complementares referentes ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014, no montante de R$ 172,1 milhões (R$ 0,2636276932 por ação). Assim, o total de proventos relativos a 2014 atingiu R$ 775,2 milhões, equivalente a R$ 1,1875973571 por ação, ou 55% do lucro líquido distribuível ajustado, enquanto que nos três exercícios anteriores alcançou 100%. "A redução do payout foi uma decisão prudente. Temos diante Em ano de crise hídrica, resultado da Tractebel foi possível em função da operação de termelétricas, como o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, de 857 MW, em Santa Catarina de nós incertezas conjunturais ligadas à hidrologia e um plano de expansão arrojado, apesar de perfeitamente compatível com a saúde financeira da Tractebel", explica Zaroni. RESULTADO 1º TRI 2015 de 2014, e a margem EBITDA no primeiro trimestre deste ano foi de As vendas de energia da Tractebel alcançaram no primeiro trimestre 48,8%, incremento de 6,6 pontos percentuais em relação ao mesmo de 2015, 4.245 MW médios, um crescimento de 0,5% em relação ao período do ano passado. mesmo período de 2014. A receita líquida de vendas totalizou nos três "É bom ressaltar que a alocação de energia realizada pela Empresa foi primeiros meses deste ano R$ 1,62 bilhão, 1,5% menor que a do mesmo maior neste primeiro trimestre, o que impossibilita uma comparação período de 2014. Já o lucro líquido foi R$ 345 milhões neste período, com o resultado do mesmo período de 2014”, explica o diretor valor 19,2% acima do alcançado no 1TRI de 2014, e correspondente presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. Segundo ele, a R$ 0,5282 por ação. O EBITDA atingiu R$ 790 milhões no período, deve ficar claro também que uma simples extrapolação do resultado mostrando um crescimento de 13,8% em relação ao primeiro trimestre do trimestre para o ano inteiro não deve ser feita. 18 Tractebel Energia EMPRESA Encontro debate desafios socioambientais e patrimoniais Renato Gama O gerente de Meio Ambiente José Lourival Magri, a advogada Cristina Riggenbach e o coordenador de Patrimônio, Rivelino Augusto dos Reis, todos da Tractebel Energia, elucidam dúvidas sobre uso de reservatórios Vários assuntos relacionados ao setor elétrico brasileiro e às atividades ambientais anos e mediante nossa inserção nas comunidades via e patrimoniais das Usinas da Tractebel foram apresentados e debatidos no IV ESA projetos sociais e culturais", observou Luciano Andriani (Encontro Sociopatrimonial e Ambiental), que ocorreu no auditório da sede da ao se despedir do cargo de diretor Administrativo. Companhia, em Florianópolis, durante os dias 28 e 29 de abril. “O ESA é uma boa Renato Gama oportunidade de nivelar informações, procedimentos, divulgar nossas políticas e interagir com as empresas parceiras sobre as questões socioambientais e patrimoniais”, explica o gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri. Diferente de outros anos, o ESA 2015 contou com a participação de outras empresas do setor e do Instituto Acende Brasil, com a palestra de Alexandre Uhlig, abordando A Matriz Elétrica Brasileira: Perspectivas para o Futuro. Uhlig analisou o setor e resgatou os últimos 20 anos. Além disso, explorou cenários propostos por três instituições diferentes, suas perspectivas de consumo, os recursos disponíveis e o potencial de oferta existente. No primeiro dia do evento, dois outros temas chamaram a atenção: Atendimento à Resolução Normativa Nº 501 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Nº 03 – ANA (Agência Nacional de Águas) e o CAR (Cadastro Ambiental Rural). Obrigatório para todos os imóveis rurais, o CAR é um registro eletrônico com a finalidade de integrar as informações ambientais daquela área. "Temos milhares de propriedades no entorno de nossas Usinas e temos o compromisso de manter essas áreas e deixá-las melhor. E temos feito isso com o plantio de milhares de árvores todos os Alexandre Uhlig, do Instituto Acende Brasil BoasNovas 19 EMPRESA Renato Gama GESTÃO PATRIMONIAL – Gustavo Sbrissia – da Brookfield Energia; Ivan Takeshi Toyama – da Duke Energy; Gisele Leopoldo – da Neoenergia; Nasser Bhering Nasser – da CSC (BAESA, ENERCAN) e Rivelino Augusto dos Reis – da Tractebel Energia, debateram a Gestão Patrimonial nas Usinas de Energia Elétrica – Cenário Nacional. "A troca de experiências, o convívio e o conhecimento de boas práticas do mercado são resultados importantes do ESA, mas é fundamental transformar o que foi discutido em ações que possam fazer a Tractebel Energia avançar ainda mais nos aspectos sociopatrimoniais e ambientais", ressalta o novo diretor Administrativo Júlio César Lunardi. Empregada da Tractebel Energia, Rosemirian do Carmo Santana apresentou o Projeto Reciclagem de Resíduos, criado e desenvolvido dentro da Empresa. Outros dois empregados, Leandro Marcos Magri e Luciane Pedro, apresentaram o tema Responsabilidade Social Corporativa – da Implantação de Projetos à Operação das Usinas. Áreas de preservação e bom relacionamento O segundo dia do evento foi aberto debatendo o momento atual dos investimentos da Empresa, tema do diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Luiz Laydner, que abordou a Ampliação do Parque Gerador da Companhia. Na sequência, cases de três empreendimentos nos quais a Tractebel tem participação foram apresentados. O programa Vizinhos do Lago, iniciado em 2007, e que, a cada ano, vem estreitando os laços da Usina José Laydner, diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos Hidrelétrica Itá com seus lindeiros e promovendo um bom relacionamento entre eles foi Renato Gama abordado por Felipe Batista e Luis Paulo Kuczmarski, da empresa Lago Azul Consultoria. Roberto Pizzato, do Consórcio Machadinho, e Luiz Paulo Mafioletti, da Natural Consultoria, falaram do caso de sucesso de Machadinho no relacionamento com as comunidades e, por sua vez, Odilon Parente, apresentou o case da Usina Hidrelétrica Estreito, no qual abordou as questões patrimoniais e suas implicações socioambientais. A boa convivência é uma marca nos projetos do Meio Ambiente nas Usinas da Tractebel. O gerente de Meio Ambiente da Companhia, José Lourival Magri, revela que a Tractebel Energia é responsável por cuidar de Áreas de Preservação Permanente em quase todas as regiões do País, cujo perímetro é do tamanho da costa brasileira. PACUERA – Atualmente, todas as hidrelétricas brasileiras devem possuir o seu Pacuera (Plano de Conservação e Uso do Reservatório Artificial), que disciplina a conservação, recuperação, uso e ocupação ordenada do entorno do reservatório. Na Tractebel são, hoje, quatro Usinas com Pacueras aprovados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)– Itá, Machadinho, Ponte de Pedra e Cana Brava – “É bom ressaltar que o Pacuera da Usina Machadinho é benchmarking para o Ibama. E é esse o nosso instrumento para fomentar os usos múltiplos dos reservatórios”, explica Magri. Na mesma área outro tema abordado foi a Utilização dos Reservatórios pelas Comunidades e Controle do Plano de Uso. Desse debate entre empregados da Tractebel, participaram Cristina Riggenbach, do Jurídico; Rivelino dos Reis, coordenador Sociopatrimonial, e o gerente do Meio Ambiente, José Lourival Magri. Os três responderam perguntas enviadas José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Produção por empregados de diversas Usinas da Empresa, tirando dúvidas e esclarecendo as principais questões do dia a dia de quem cuida do uso de reservatórios. Na sequência, O diretor de Produção José Carlos Cauduro Minuzzo, Jonas Benedet falou sobre a regularização do Condomínio Passo da Entrada, de Passo em sua explanação no ESA, resumiu bem o espírito Fundo e Anderson Martins apresentou Projetos de Regularização Fundiária, que tem como do evento: “Não podemos nos esquecer de que nós objetivo identificar as pendências, planejar e executar as ações de regularização e também chegamos depois, que as comunidades já existiam atualizar as bases de dados dos empreendimentos da Companhia. antes dos empreendimentos e cabe a nós fazer “Precisamos ter a consciência de que, para sermos sustentáveis como Empresa, mais do a gestão responsável dos mesmos, atendendo que Usinas, temos de construir relacionamentos. O encontro atingiu o seu objetivo de alinhar as exigências legais, mas também promovendo os conhecimentos, trocar experiências e boas práticas e reforçar posicionamentos em impactos positivos tanto na qualidade de vida termos da gestão sociopatrimonial e ambiental de nossos empreendimentos”, avalia Neloir. quanto no meio ambiente destas localidades”. 20 Tractebel Energia EMPRESA Uma nova aliança global Plínio Bordin Uma plateia formada por empresários, empregados da Tractebel e representantes de diversas instituições assiste à palestra do representante da ONU no Brasil, Jorge Chediek Uma nova agenda civilizatória global irá entrar em vigor em 2016 para Tractebel Energia, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do aprofundar os ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e as Extremo Sul), Consórcio Baesa/Enercan, Unimed, Univali, Portonave, empresas têm papel fundamental para colocá-la em prática. O tema foi Facisc e Eletrobrás/Eletrosul. A Tractebel é embaixadora do ODM 3 - apresentado, no dia 23 de abril, em Florianópolis, pelo representante da Promover a Igualdade de Gênero e a Autonomia das Mulheres. ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil, Jorge Chediek, que “Temos apoiado campanhas de enfrentamento da violência contra falou sobre os Objetivos no evento Diálogos para a Sustentabilidade. a mulher e fóruns infanto-juvenis contra o assédio sexual e o assédio Em encontros com o governador de Santa Catarina, Raimundo moral”, disse o diretor Administrativo Júlio César Lunardi. Ele mencionou Colombo, com empresários e jovens, Chediek destacou que a ainda o apoio a campanhas contra o câncer de mama (Outubro Rosa), experiência brasileira tem servido de exemplo para muitos países. auxílio-creche e maternidade e o programa de treinamento WIN Brasil – “Propomos uma nova aliança global pela construção de um mundo Women in Network. A meta do grupo GDF SUEZ para este ano é que um mais justo e sustentável”, disse em palestra no auditório da Tractebel em cada três cargos de alta gestão e 25% dos cargos de gerência sejam Energia a representantes de empresas catarinenses apoiadoras dos ocupados por mulheres. ODMs. “A agenda pós-2015 é mais ambiciosa: não falamos em reduzir, Plínio Bordin mas sim em eliminar a pobreza”. Para o embaixador da ONU, muitas das soluções para os problemas globais, sobretudo as vinculadas à produção e consumo, serão geradas pelo setor privado, em parcerias com governos, sociedade civil e organismos internacionais: “Meu conselho é que essa agenda seja adotada como parte do DNA das empresas, pois vai ser um grande negócio”. Ele ressaltou a importância da pressão dos consumidores e os riscos para a reputação e as finanças das empresas que não abraçarem a causa da sustentabilidade. O evento foi promovido pelo Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, o Movimento Nós Podemos Santa Catarina e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com participação dos embaixadores dos ODMs em Santa Catarina: Chediek (dir.) recebe livros sobre Santa Catarina que foram patrocinados pela Tractebel BoasNovas 21 EMPRESA Entenda os ODMs e ODSs Os ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) foram estabelecidos pela ONU, em 2000, com o apoio de 191 nações e ficaram conhecidos como 8 Jeitos de Mudar o Mundo: 1 – Erradicar a extrema pobreza e a fome; Empresas de energia são atores-chave na nova agenda de desenvolvimento sustentável. 2 – Atingir o ensino básico universal; 3 – Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulher; 4 – Reduzir a mortalidade infantil; Boas Novas – O que o Brasil tem a ensinar ao mundo em relação 5 – Melhorar a saúde materna; aos Objetivos do Milênio? 6 – Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; Jorge Chediek – O Brasil tem uma experiência realmente 7 – Garantir a sustentabilidade ambiental; e extraordinária. Em 20 anos, elevou seu índice de desenvolvimento 8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. humano em quase 48%. Melhorou em todas as categorias: saúde, Esses objetivos expiram no final de 2015. educação, expectativa de vida e renda. E também, diferentemente de A ONU trabalha, em conjunto com governos, sociedade civil e outros países, conseguiu fazer isso ao mesmo tempo em que reduzia outros parceiros, para dar continuidade aos ODMs por meio de desigualdades. Muitas políticas sociais no Brasil, incluindo programas uma agenda de desenvolvimento pós-2015. Ela é organizada de transferência de renda, de alimentação escolar, de promoção da em 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), agricultura familiar, geram enorme interesse mundial. Boa parte do abrangendo questões como pobreza, fome, educação, nosso trabalho é promover a troca de experiências entre o Brasil e mudança climática e acesso à justiça. Há um novo conjunto outros países do Sul. de metas, com foco na preservação dos recursos naturais e na sustentabilidade. O prazo para adesão aos ODSs pelos Boas Novas – Isso coloca o País em posição melhor para implantar Estados-membros da ONU é setembro deste ano. os ODSs? J.C. – Sim, pois o Brasil, além de ter tido grande sucesso em sua política social, também implementou boas políticas ambientais. Por exemplo, Plínio Bordin o desmatamento foi radicalmente reduzido, a matriz energética brasileira é muito limpa e o País tem um compromisso com uma visão de desenvolvimento sustentável em suas políticas públicas. O Brasil está muito bem posicionado para continuar melhorando a agenda dos ODMs que está embutida na agenda dos ODSs. Boas Novas – Como as empresas de energia podem contribuir com os ODSs? J. C. – As empresas de energia são atores-chave em na nova agenda de desenvolvimento sustentável. Elas devem virar parceiras, primeiro assegurando acesso universal à energia barata. Também devem assumir a liderança tecnológica na utilização de fontes renováveis para geração de energia, adoção de boas práticas para reduzir as perdas dos sistemas de distribuição e de transmissão e promoção de uma cultura de poupança dos consumidores. Estamos muito confiantes que as empresas brasileiras vão dar também um bom exemplo nesse sentido. Boas Novas – Como a ONU dialoga com as grandes corporações para que possam aderir aos ODSs? J. C. – A ONU está propondo que, para as empresas, é essencial virar parceiras dessa agenda, porque é um imperativo para garantir a sustentabilidade da nossa espécie. Ao mesmo tempo, gera excelentes oportunidades de negócios. Não fazê-lo vai gerar custos enormes de reputação e econômicos. As empresas com visão já estão se engajando Chediek falou à Revista Boas Novas sobre o papel do setor elétrico nos ODSs 22 Tractebel Energia muito ativamente na construção dessa agenda. MEIO AMBIENTE Meio ambiente também é solidariedade Arquivo pessoal Na tarde de 20 de abril, um tornado com velocidade estimada em 250 quilômetros por hora devastou o município de Xanxerê, provocando estragos também em Ponte Serrada, no Oeste catarinense. Nos dias que se seguiram à tragédia, o engenheiro florestal Janir de Oliveira Souza Júnior, funcionário da Prefeitura de Xanxerê, juntou-se a um grande contingente de voluntários nos trabalhos de apoio aos mais de 50 mil moradores afetados nas duas cidades. Com o pensamento voltado para a reconstrução, Janir recorda a utilidade dos ensinamentos do que aprendeu, entre 2012 e 2013, no município de Itá: “Meio ambiente não é só fauna e flora, é também relacionamento entre as pessoas, é solidariedade”, afirma. “Aprendi que educação ambiental envolve uma visão holística do mundo, uma reflexão sobre o porquê das nossas ações e como elas podem resultar em benefícios para a comunidade”. O engenheiro é um dos quase 250 profissionais capacitados pelo PFEA (Programa de Formação de Educadores Ambientais) desde 2009. Criado pelo Consórcio Itá para atender uma das condicionantes do licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica Itá, o Programa chega à sexta edição com excelente receptividade. A parceria institucional envolve o CDA (Centro de Divulgação Ambiental) do Consórcio Itá; a Uniso (Universidade de Sorocaba), a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). “Temos o PFEA como a ‘menina dos olhos’, pela abrangência e credibilidade que conquistou”, diz o gerente geral do Consórcio Itá, Reginaldo de Oliveira. “Isso aumenta a nossa responsabilidade de sempre buscar seu aperfeiçoamento”. Há muitas possibilidades de aplicação dos conteúdos, destaca: “Por exemplo, nos aspectos de adaptação da população à relocação da cidade de Itá, na convivência harmoniosa com o reservatório da Usina e nos programas para uso múltiplo do reservatório”. A elaboração do currículo e a seleção da equipe pedagógica foram coordenadas pelo professor Marcos Reigota, da Uniso, biólogo com Formado no PFEA, Janir de Oliveira Souza Júnior foi a Xanxerê ajudar as vítimas do tornado BoasNovas 23 MEIO AMBIENTE Divulgação CDA Nova turma de educadores ambientais começou a ser formada em abril Divulgação CDA pós-doutorado em Educação. “Adotamos o enfoque teórico de ‘meio ambiente e vida cotidiana’, com o uso do recurso metodológico das narrativas orais, escritas, teatrais, musicais, cinematográficas ou ainda fotográficas”, explica. “Assim os participantes trazem não só os seus conhecimentos e experiências, como também as suas dúvidas, inquietações, sentimentos, narrativas sobre as realidades em que vivem e os desafios que encontram diariamente”. O cabo Leandro Costenaro, da Polícia Militar de Joaçaba, que integrou a turma de 2010, conta que o PFEA ajudou muito no relacionamento humano, na maneira dele se expressar e conviver com as pessoas. “Hoje faço trabalho comunitário recuperando áreas com o plantio de árvores e recebendo crianças para atividades recreativas na sede rural da associação da PM”. Em Xanxerê, o engenheiro Janir pretende usar os fundamentos do que aprendeu para reconstruir passeios públicos, áreas de lazer e a arborização urbana. “Penso em aplicar as técnicas de educação ambiental para restabelecer a cidadania e a harmonia entre as pessoas”, afirma. As sementes plantadas pelo PFEA encontraram solo fértil. 24 Turma formada em 2014 foi a quinta do Programa Tractebel Energia ENGIE GDF SUEZ passa a se chamar ENGIE A GDF SUEZ anunciou, no dia 24 de abril, a mudança do nome do Grupo para ENGIE. A nova marca reforçará a atuação global da companhia e o foco em fontes de energia renováveis. Em comunicado, o CEO da ENGIE Gérard Mestrallet, explicou que o novo nome também representa a preparação do Grupo para os desafios apresentados pelas profundas mudanças que o setor de energia está passando em todo o mundo, com o desenvolvimento de fontes de energia renováveis e uma redução no consumo resultante da eficiência energética e revolução digital. "Para enfrentar os novos desafios dessa realidade e acelerar nosso desenvolvimento, nós decidimos dar ao grupo um novo nome: ENGIE. É um nome fácil e poderoso, nome que evoca energia para todos e em todas as culturas, um nome que personifica nossos valores e atividades", afirmou o executivo. O novo nome expressa ainda a nova ambição corporativa do Grupo, cuja condução será feita por Isabelle Kocher, atual Chief Operating Officer (COO). A executiva vai assumir a liderança da ENGIE quando Mestrallet deixar o cargo no ano que vem. A nova denominação da marca utiliza o sol nascente como sua Divulgação ENGIE Presidente do Chile Michelle Bachelet (esq) e ministro de Energia, Máximo Pacheco, assinam o contrato com a E-CL Chile será conectado por linha de transmissão da ENGIE logomarca, simbolizando um novo dia no mundo da energia. Visando definir sua dimensão internacional, a ENGIE escolheu manter o slogan A empresa chilena E-CL, do Grupo ENGIE, fará a atual By People for People. O nome GDF SUEZ continuará a ser a interconexão elétrica do SING (Sistema Interconectado denominação social do Grupo, isto é, o nome jurídico. Assim, o nome do Norte Grande) ao SIC (Sistema Interconectado GDF SUEZ será mantido em todos os documentos regulamentares e da Central), unindo o Chile de norte a sul. O projeto estará Bolsa de Valores. em operação em 2017, representando um mercado Hoje, apenas a marca corporativa e suas representações nos diferentes elétrico mais eficiente, seguro, sustentável países mudam. O Grupo está avaliando a utilização do novo nome e, principalmente, com menores custos. nas suas diferentes empresas. A intenção é racionalizar e simplificar O contrato entre o governo chileno e a E-CL foi a carteira de marcas para reforçar a legibilidade, a notoriedade, e a assinado no dia 16 de abril, em cerimônia que coerência global em benefício à nova marca. Por enquanto não há contou com a presença da presidente do Chile orientação para alteração do nome e da marca da Tractebel Energia. Michelle Bachelet e do Ministro de Energia Máximo Pacheco. “Agradecemos a confiança depositada pelo Governo ao escolher a E-CL para tocar o projeto e nos comprometemos a seguir desenvolvendo esta iniciativa com a mesma garra e seriedade com que trabalhamos nos últimos quatro anos, desde quando iniciamos o desenho da linha de transmissão”, afirmou o CEO da ENGIE no Chile, Juan Clavería. O investimento será de US$ 860 milhões. A linha de transmissão de 500 kV terá 600 km de extensão, ligando Mejillones (SING) a Copiapó (SIC). BoasNovas 25 ENGIE Prêmio GDF SUEZ Brasil de inovação 2015 Shutterstock A ENGIE entende que o mundo da energia está passando por profundas e duradouras transformações e acredita que a inovação é essencial para enfrentar os desafios desse mundo em constante mudança, além de contribuir para o desenvolvimento dos países, das empresas e das pessoas. Por isso, o Grupo lançou um ambicioso programa de inovação em diversas regiões em que atua para fomentar a criatividade empreendedora. Como parte dessa iniciativa, a GDF SUEZ Brasil está organizando o Prêmio GDF SUEZ Brasil de Inovação 2015. O prêmio reconhecerá os projetos inovadores do setor de energia ligados aos seguintes temas: eficiência energética; novas fontes de energias renováveis; mitigação e adaptação; tecnologias inteligentes; cidades inteligentes e mobilidade; e gás do Século XXI. Os projetos serão divididos em cinco categorias: Categoria 1: Ideias de Novas Atividades / Novos modelos de negócios, para atividades inovadoras na fase inicial Quatro categorias para as Inovações que já foram implementadas pelo menos uma vez: Categoria 2: Desenvolvimento de Negócios Categoria 3: Relações comerciais e com clientes Categoria 4: Desempenho operacional, técnico e tecnológico Categoria 5: Excelência em Gestão A comissão julgadora é formada por entidades com forte envolvimento com o tema inovação tais como: o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel); e criação de valor. Os vencedores serão premiados durante o GDF SUEZ Innovation a Coppe-UFRJ; a Laborelec (Centro de tecnologia Day, que acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 10 de junho. Entre os prêmios estão a baseado na Bélgica e presente em diversos países), possibilidade de inclusão dos projetos vencedores nos programas de P&D do Grupo, o Instituto Acende Brasil e a Câmara de Comércio além de uma viagem a Paris para participar do evento mundial de inovação da ENGIE, França-Brasil. o GDF SUEZ Innovation Week, que acontecerá de 15 a 19 de junho. Como previsto no Os projetos serão avaliados de acordo com o grau Regulamento, funcionários da ENGIE e suas subsidiárias não estão aptos a participar. de inovação, viabilidade/grau de implementação Para mais informações sobre o Prêmio, acesse www.gdfsuezla.com. 26 Tractebel Energia ALTA VOLTAGEM Rating mantido Divulgação Tractebel A agência Fitch Ratings reafirmou, em 20 de abril, o Rating Internacional da Tractebel Energia em BBB e o Rating Nacional de Longo Prazo em AAA, ambos com perspectiva estável. "A reafirmação do rating da Tractebel tem grande relevância, especialmente no momento por que passa o setor, e assume uma importância ainda maior por distinguir a Companhia dos demais agentes do mercado, ratificando a qualidade dos seus ativos e de sua gestão", afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini. Em dezembro último, a Standard & Poor’s também havia reafirmado os ratings de crédito corporativo da Empresa em “brAAA/brA-1” na Escala Nacional Brasil, com perspectiva estável, ou seja, a melhor qualidade de crédito possível para uma empresa brasileira. Rating possibilita acesso a crédito, que promove os investimentos da Tractebel, como a construção da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski) Divulgação ENGIE Jirau coloca mais duas turbinas em operação A usina hidrelétrica Jirau (3.750 MW), da qual a ENGIE detém 40%, em comissionamento no rio Madeira, no estado de Rondônia, está agora com 27 turbinas em operação comercial, totalizando 2.025 MW (em 29/4/15). Duas outras turbinas já estão em teste. A hidrelétrica entrou em operação em 2013 e atingirá 100% de sua energia assegurada no segundo semestre de 2015. Usina de Jirau é o maior empreendimento do Grupo em construção no Brasil Coordenação e edição Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Reportagem e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista responsável Duda Hamilton Concepção gráfica e editoração Dzigual Golinelli Foto da capa Plinio Bordin Tiragem 2.600 exemplares www.tractebelenergia.com.br Tractebel, novamente AAA(bra) no Rating Nacional de Longo Prazo pela agência Fitch Ratings. A Tractebel apresenta altos níveis de disponibilidade na produção e conta com um parque gerador diversif icado, o que possibilita flexibilidade operacional. Graças a esses fatores, somados à competência na gestão, a agência reafirmou o Rating Internacional da Companhia em BBB e o Rating Nacional de Longo Prazo em AAA(bra). Uma condição destacada no cenário econômico atual, reconhecida por uma agência renomada e que demonstra a capacidade da Tractebel de seguir investindo na energia que move o País.