INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 54 . JULHO DE 2015
50 anos do
Complexo Termelétrico
Jorge Lacerda
Começa a
instalação da
UTE Pampa Sul
UTE Ferrari
entra em
operação
IV Semínário Ética,
Sustentabilidade
e Energia
Inaugurado Centro
de Operação
do Sistema
SUMÁRIO
06
03
04
06
16
19
2
12
20
mensagem do presidente
03.
Passado, presente e futuro
360º
04.
CEO da Tractebel integra ranking dos
melhores executivos da América Latina
04.
Prêmio Fatma de Jornalismo
05.
Turismo em SC e RS
05.
Avaliação de venda de projetos
USINA
06.
50 anos do Complexo
Jorge Lacerda
08.
Começa a obra da UTE Pampa Sul
11.
Sede abriga novo Centro de
Operação do Sistema
12.
Termelétricas sendo modernizadas
14.
Aumenta capacidade nominal
da Termelétrica Ferrari
20
24
Empresa
20.
Ética, geração de energia
e meio ambiente
22.
Por dentro da Tractebel reúne
profissionais em São Paulo
ENGIE
24.
ENGIE Brasil é premiada pelo 4º ano
consecutivo durante o Prêmio LIF 2015
ENTREVISTA
25.
Início da incubação do Projeto Ypira
16.
26.
ENGIE Brasil premia os
melhores projetos inovadores
Financiamento é o gargalo a
ser vencido pela energia eólica
USINA
19.
Bons ventos movimentam
projetos no Nordeste
Tractebel Energia
27
ALTA VOLTAGEM
27.
Tractebel aloca mais energia e
melhora resultado no 2º TRI 2015
27.
Tractebel na Euronext
Mensagem do Presidente
Passado, presente
e futuro
Plínio Bordin
Estamos diante de um momento especial, quando passado,
presente e futuro convergem para demonstrar a importância
da Tractebel Energia paras as comunidades onde está inserida.
Acabamos de celebrar os 50 anos do Complexo Termelétrico Jorge
Lacerda, ação que reflete a relevância da geração térmica para o
País, do cuidado da Companhia com seus ativos e do investimento
socioambiental para o futuro.
A celebração dos 50 anos de CTJL propiciou rever pessoas e
recontar histórias que narram o empenho, trabalho, dedicação e
talento de tantos que fizeram e fazem do Complexo um conjunto
de Usinas capazes de gerar energia, emprego e desenvolvimento.
Desde 1998, quando a Tractebel assumiu o controle de CTJL,
já investimos mais de R$ 620 milhões em manutenção e
modernização para melhorar o desempenho das Usinas. Nossa
preocupação maior é com a segurança das pessoas que trabalham
no Complexo. Fazemos todo o esforço para garantir um ambiente
seguro e saudável para que nossos empregados e contratados
possam trabalhar e voltar para o convívio de seus familiares e
amigos sem percalços.
O meio ambiente tornou-se uma preocupação constante, já que as
unidades receberam novas tecnologias, mais eficientes no controle
das emissões atmosféricas. Nesses últimos 15 anos, plantamos
mais de 60 mil árvores na área do Complexo e doamos mais de 1,4
milhão de mudas para os municípios vizinhos. Coroamos nossa
atuação ambiental com o Parque Ambiental Tractebel, inaugurado
em 2012, e que conta com 35 ha de área destinada ao lazer, cultura,
prática de esportes e preservação ambiental.
Os 50 anos de Jorge Lacerda nos permitem olhar o passado e
vislumbrar seu presente e seu futuro. E quando falamos em futuro,
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
percebemos que o carvão mineral continuará exercendo seu papel
no portfolio da Companhia. Demos início à instalação da Usina
Cabe ressaltar, por fim, que mesmo com esses investimentos em geração
Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), em Candiota (RS).
térmica a carvão, nossa matriz é majoritariamente renovável, pois temos 80%
Quando entrar em operação, em janeiro de 2019, seus 340 MW
de nossa geração vinda de hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas,
oferecerão mais energia e segurança ao setor elétrico nacional.
térmicas a biomassa, eólicas e solar. Assim como investimos em Pampa Sul,
O investimento que faremos será da ordem de R$ 1,8 bilhão e serão
estamos investindo em grandes projetos eólicos e atentos a oportunidades
gerados mais de dois mil empregos diretos no pico das obras.
de crescimento em geração hídrica. Desta forma, queremos manter a
Nossa inserção nas comunidades de Candiota, Hulha Negra,
diversificação de nosso portfolio e consolidar a posição de maior geradora
Bagé, Pinheiro Machado e outros municípios da região já começou.
privada de energia do Brasil.
Temos ouvido as lideranças e buscado construir um relacionamento
duradouro com as populações desses municípios. Fomos muito
Manoel Zaroni Torres
bem recebidos e esperamos permanecer por muito tempo.
Diretor-presidente
BoasNovas
3
360o
CEO da Tractebel integra ranking dos
melhores executivos da América Latina
Plínio Bordin
O engenheiro eletricista Manoel
Zaroni Torres, que desde 1999 é
diretor-presidente da maior empresa
privada de geração de energia do Brasil,
a Tractebel, está entre os 10 executivos
mais influentes da América Latina. Ao
lado dele, estão o brasileiro Benjamin
Steinbruch, da CSN; o argentino Miguel
Galuccio, da YPF; a argentina Paula
Santilli, da Pepsico Mexico; a espanhola
Luísa Garcia, da Llorente & Cuenca; e o
mexicano Daniel Montull (Grupo Bimbo),
entre outros. O ranking organizado pela
PanamericanWorld considerou os CEOs
de robustas empresas latino-americanas
que tenham aumentado a rentabilidade
para os acionistas, além de melhorarem
Manoel Zaroni Torres é presidente da Tractebel Energia desde junho de 1999.
Na foto, concede entrevista à repórter Naiana Oscar, do jornal O Estado de São Paulo
A Tractebel Energia patrocina pela oitava vez o Prêmio Fatma de
Jornalismo Ambiental. As inscrições podem ser feitas regionalmente
nas 14 coordenadorias da Fatma ou na sede, em Florianópolis. Serão
premiados vencedores e menções honrosas nas categorias Mídia
Impressa (jornal/revista), Mídia Eletrônica (rádio/televisão) e Internet com
R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
O Prêmio conta com apoio da Associação Catarinense de Imprensa
(ACI), Associação dos Diários do Interior (ADI), Associação dos Jornais
o desempenho em tempos de crise.
Prêmio Fatma
de Jornalismo
Neiva Daltrozo
do Interior (Adjori), Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e
TV (Acaert) e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina.
Para o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, o prêmio confirma
o compromisso da Fundação em estimular a preservação do meio
ambiente. “Chegamos à 8ª edição do Prêmio Fatma de Jornalismo
porque sempre acreditamos na força da comunicação para divulgar,
em todo o Estado, bons projetos de preservação ambiental e
sustentabilidade”, afirma.
O diretor administrativo da Tractebel, Júlio César Lunardi, ressalta a
importância do prêmio para incentivar as práticas sustentáveis. “É muito
gratificante para a Tractebel fazer parte desse prêmio. As reportagens
veiculam exemplos de cases que melhoraram o meio ambiente com
ações de desenvolvimento sustentável e estimulam as pessoas a adotar
medidas de educação ambiental”, sustenta Lunardi.
4
Tractebel Energia
Da esq. para a dir.: deputado estadual Gean Loureiro, diretor administrativo da Tractebel
Energia Júlio César Lunardi, secretário estadual de desenvolvimento econômico
sustentável de SC, Carlos Chiodini, presidente da FATMA, Alexandre Waltrick Rates
e presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Ademir Arnon de Oliveira
360o
Plínio Bordin
Turismo em
SC e RS
As cidades de Piratuba, em Santa Catarina, e Machadinho,
no Rio Grande do Sul, incrementaram o turismo ao
receberem o Programa de Desenvolvimento do Turismo
e o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno
do Reservatório Artificial, mais conhecido como
Pacuera. Nos dias 19 e 20 de maio, mais de 500 pessoas
estiveram reunidas para discutir e trocar ideias sobre as
potencialidades dos municípios da região.
Nos meses de julho e agosto, ocorrem oficinas e visitas
técnicas nos municípios para capacitar, integrar e
identificar as potencialidades turísticas de cada cidade.
Para o representante do Consórcio Machadinho, Airton
Morganti Junior, o apoio da comunidade é essencial para
a efetivação do programa. “O sucesso deste programa se
dará com a participação do poder público e da comunidade
no processo de concepção”, ressaltou Morganti.
Para saber mais sobre o Programa acesse o site
Usina Hidrelétrica Machadinho é operada pela Tractebel Energia, que detém 19,28% do Consórcio
www.machadinho.com.br ou ligue para 0800 644 0026.
Avaliação
de venda
de projetos
Plinio Bordin
A Tractebel contratou uma assessoria para
avaliar a venda da participação que possui
em Sociedades de Propósito Específico em
três projetos. A meta da Empresa é de otimizar
o parque gerador da Companhia, que visa
permitir a expansão em ativos que ofereçam
maior grau de sinergia entre si. O fechamento
dessa operação estará sujeito ao atingimento de
condições favoráveis de venda pela Companhia
e das autoridades relacionadas à questão.
No processo de venda estão a Eólica Beberibe
(25,6 MW), a Eólica Pedra do Sal (18 MW) e a
PCH Areia Branca (19,8 MW).
PCH Areia Branca está entre as Usinas cuja venda está em avaliação
BoasNovas
5
USINA
50 anos
do Complexo Jorge Lacerda
Fladimir Amaro
Diretoria da Tractebel e autoridades descerram a placa alusiva aos 50 anos do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda
Empresários, políticos, diretores, empregados, e ex-empregados
o Complexo não é só importante para o desenvolvimento de Santa
da Tractebel, Eletrosul e Sotelca comemoraram o cinquentenário do
Catarina, mas para toda a Região Sul do Brasil. “Esse empreendimento
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, no dia 10 de julho, no Parque
tem importância fundamental para a segurança energética do Brasil,
Ambiental Tractebel em uma serie de eventos, que contou com muitas
por garantir o fornecimento ao Sistema Interligado Nacional nos
boas notícias para Capivari de Baixo e com o resgate da história das
períodos de falta de chuvas, que prejudicam a geração hidráulica”,
três usinas – UTLA, UTLB e UTLC.
complementa.
O diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres resumiu a
Entre as outras boas notícias, Zaroni formalizou a doação de algumas
trajetória da Usina e anunciou, durante a solenidade, que a UTLA,
áreas da Empresa para a Prefeitura Municipal executar obras, como a
inaugurada em 3 de julho de 1965, recebe investimentos de R$ 70
Estação de Tratamento de Efluentes, uma estrada ligando a BR 101 ao
milhões para melhorar sua performance. “A cinquentona vai virar uma
município e um canil. O prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo
adolescente e ter mais anos de atividade”, revelou Zaroni. Segundo ele,
da Silva, agradeceu as doações e informou que Prefeitura e a Tractebel
6
Tractebel Energia
USINA
Plinio Bordin
trabalham há anos juntas com uma
agenda positiva, sempre priorizando
os interesses da população.
Depois do descerramento da placa que
reuniu no palco o diretor presidente,
todos os diretores da Empresa e ainda
os prefeitos de Tubarão e Capivari de
Baixo, ocorreu a apresentação da
Orquestra Mirim Capivari de Baixo,
emocionando os presentes com
músicas do Roberto Carlos, Coldplay
e Tim Maia, entre outros. Já o Quinteto
de Cordas da Camerata executou o
Hino Nacional e depois apresentou
várias músicas durante o lançamento
do livro Complexo Termelétrico Jorge
Lacerda 50 anos gerando energia e
desenvolvimento.
Os 857 MW de capacidade instalada do Complexo são essenciais à segurança do sistema elétrico brasileiro
Livro resgata história
O livro é o resultado de uma pesquisa criteriosa de documentos
históricos e de cerca de 30 entrevistas. Empregados, ex-empregados
O livro 50 Anos Gerando Energia e Desenvolvimento, da jornalista
e parceiros recordam suas passagens pela Sotelca, Eletrosul e
Duda Hamilton, foi entregue aos empregados no jantar do dia 9 à noite
Tractebel, proprietárias do Complexo nessas cinco décadas. Com
e, no dia 10, a autora autografou o livro para lideranças educacionais,
linguagem acessível e fartamente ilustrada, a obra é uma referência
econômicas e políticas, além de empregados, aposentados e
de peso para pesquisadores, estudantes, professores, jornalistas e
jornalistas da região.
demais interessados no tema da energia gerada com carvão mineral.
COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA
50 ANOS GERANDO ENERGIA
E DESENVOLVIMENTO
DUDA HAMILTON
DUDA HAMILTON
COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA
50 ANOS GERANDO ENERGIA E DESENVOLVIMENTO
Pablo Corti
o artista plástico
e Willy Zumblick
as no Complexo
o Jorge Lacerda
25/6/2015 9:59 AM
Jornalista Duda Hamilton autografa o livro (capa à esq.) que narra a história do CTJL e foi patrocinado pela Tractebel
BoasNovas
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USINA
Começa a obra da
UTE Pampa Sul
Simôni Costa
Área onde será instalada a UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), em Candiota (RS)
Com o começo do trabalho de terraplenagem e de instalação
Divulgação Tractebel
do canteiro de obra no município de Candiota (RS), teve
início em julho mais um importante empreendimento
da Tractebel Energia: a Usina Termelétrica Pampa Sul
(Miroel Wolowski). O detalhe que faltava para a largada
era a Licença de Instalação, concedida no dia 18 de junho
pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis). Quando entrar em operação
comercial, em janeiro de 2019, a Usina terá 340 MW de
capacidade instalada, o suficiente para abastecer 1,2 milhão
de habitantes.
O investimento em usinas termelétricas é estratégico para o
Brasil, pois oferece mais segurança e estabilidade ao sistema
energético nacional. Orçada em R$ 1,8 bilhão, a nova usina
será construída com tecnologia de ponta pela empresa
chinesa SDEPCI, que detém larga experiência na área. Dois
mil empregos diretos serão gerados durante a construção.
Os primeiros programas previstos no Projeto Básico
Ambiental (PBA) já estão em desenvolvimento, tais como
os programas de Comunicação Social; Desapropriação
e indenização de proprietários; Resgate, afugentamento,
controle de atropelamento e monitoramento da fauna e
Responsabilidade social das obras (incluindo capacitação
de mão de obra local).
8
Tractebel Energia
Em maio, o presidente da SDEPCI, Hou Xuezhong, visitou o diretor-presidente da Tractebel,
Manoel Zaroni Torres. À esq. deles está o COO da ENGIE, Daniel Pellegrini e, à direita,
o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel, José Laydner.
USINA
Simôni Costa
Reunião em Pinheiro Machado foi uma das tantas realizadas para desenvolver os cursos de qualificação de mão de obra
Cursos de Qualificação de Mão de Obra
Assistência Social. Já em Candiota, o cadastramento dos interessados
A Tractebel Energia, através do projeto de inserção nas localidades
é realizado pela agência da FGTAS/SINE do município que já realizou
em que realiza os seus empreendimentos e, também, exercendo sua
a pré-seleção dos interessados no curso de pintor industrial. Nas
postura de responsabilidade social, oferece, em parceria com o SENAI/
demais cidades e com as definições das datas dos próximos cursos,
RS, FGTAS (Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social)/SINE
os interessados já pré-selecionados, deverão ser chamados para
e Secretarias de Assistência Social das cidades de Candiota, Bagé,
confirmar a sua matrícula.
Pinheiro Machado e Hulha Negra, uma série de cursos de capacitação/
O gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Stamm, lembra
qualificação de mão de obra voltada à construção civil. As primeiras
que a participação nos cursos abre uma oportunidade de trabalho na
turmas já estão em andamento em Bagé e Candiota, ofertando
obra da UTE Pampa Sul, mas não é garantia de emprego, até porque
oportunidade de formação para pedreiro e ferreiro armador.
grande parte da obra será realizada por empresas terceirizadas pela
Em Bagé, Hulha Negra e Pinheiro Machado, a responsabilidade pela
Tractebel Energia e que serão as responsáveis pelas contratações de
seleção e cadastramento dos interessados é das Secretarias de
seus funcionários. No entanto, a formação de mão de obra qualificada
Simôni Costa
Imprensa de Bagé, Candiota e Hulha Negra acompanha coletiva que marcou o início do processo de comunicação da instalação da Usina
BoasNovas
9
USINA
é fundamental para possíveis oportunidades tanto na UTE Pampa
equipamentos fabricados na China atendem os requerimentos de projeto,
Sul, como também em outros empreendimentos. “Os cursos que
e o andamento com relação ao cronograma”, acrescentou Averbeck.
estamos oferecendo aumentam a empregabilidade de quem concluir
Único solteiro e o mais novo do grupo, ele assume sua primeira missão
a formação/qualificação e isso é muito importante do ponto de vista
no exterior aos 25 anos de idade.
social”, avalia Stamm. Ainda sobre as futuras contratações, ele destaca
O engenheiro Cláudio Nicolazzi, que já tem experiência no país
que as empresas envolvidas no empreendimento serão orientadas a
asiático, viajou junto para dar apoio à equipe no primeiro mês de
buscar trabalhadores nas agências do FGTAS/SINE da região.
estada dos profissionais da Tractebel. Todos estão entusiasmados
com a oportunidade de aprendizado e se dizem preparados para os
Engenheiros da Tractebel na China
desafios. Alguns pretendem levar a família para testar sua adaptação ao
Cinco engenheiros da Tractebel Energia embarcaram no final de junho
cotidiano chinês. “A grande dificuldade, além do choque cultural, vai ser a
para a China, onde ficarão durante um ano e meio trabalhando na revisão
comunicação – não no trabalho, onde o idioma é o inglês, mas no dia a dia”,
do projeto da UTE Pampa Sul e em inspeções de qualidade. Eles vão
disse Luiz Torres. “Temos a pretensão de sair de lá falando alguma coisa
residir em Jinan, capital da província de Shandong, que fica entre Beijing
de mandarim”. Ele explicou que, à medida que os equipamentos para a
e Xangai. Três membros da equipe são engenheiros mecânicos: José
Usina forem validados, entram em processo de fabricação e montagem.
Roberto Haude, Luiz Torres e Mateus Gabiatti. Dois são engenheiros
“É importante seguir o cronograma para não haver atraso; estar atento
eletricistas: Hebert Militão e Paulo Henrique Averbeck.
aos custos, para evitar acréscimo, e também à qualidade”, conclui.
“Vamos trabalhar junto com outras duas empresas, a americana Black
Dos cinco engenheiros, três são oriundos da Diretoria de Produção e
& Veatch e a brasileira Leme Engenharia”, disse Haude, dias antes
irão utilizar o conhecimento adquirido na China para a operação da Usina.
do embarque. As duas companhias estão encarregadas de avaliar
São eles José Roberto Haude, Luiz Augusto de Mello Torres e Mateus
as especificações técnicas de cada desenho para verificar se estão
Alan Gabiatti.
adequadas às normas brasileiras. “Vamos também verificar se os
Divulgação Tractebel
Da esq. para a dir.: José Roberto Haude, Mateus Alan Gabiatti, Hebert Sancho Garcez Militao, Luiz Augusto de Mello Torres e Paulo Henrique Averbeck
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Tractebel Energia
USINA
Sede abriga novo
Centro de Operação do Sistema
Desde 18 de junho, está em operação em Florianópolis, o COS (Centro
informatizados com três estações de operação, compostas de quatro
de Operação do Sistema), uma estrutura tecnológica que amplia a
monitores cada, e um videowall com seis monitores de 55 polegadas.
qualidade do relacionamento entre as 28 Usinas da Tractebel Energia e o
Nas telas, os operadores conseguem visualizar simultaneamente e com
ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Instalado no edifício-sede
rapidez a situação de todas as Usinas, agilizando a tomada de decisão
da empresa, o COS recebe em tempo real as informações transmitidas
e garantindo a segurança operacional.
por sensores em Usinas espalhadas no país inteiro, através de uma
"O COS de uma geradora como a Tractebel Energia é importante
complexa infraestrutura de rede. Sete operadores trabalham em turnos
na medida em que possibilita a supervisão e controle instantâneo,
ininterruptos supervisionando as atividades de forma mais ágil e eficiente.
assim como uma visão sistêmica do parque gerador, interagindo de
“É como se fosse um centro de controle de um aeroporto”, compara o
imediato com o ONS, para atender as necessidades de despacho
gerente do Departamento de Operação da Produção, Elinton Chiaradia.
eletro-energético do SIN (Sistema Interligado Nacional)”, afirma o diretor
Ele explica que, com a implantação do Centro, haverá a coordenação
de Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo.
centralizada da operação das Usinas da Tractebel Energia e todo o
A estrutura ajuda a padronizar as atividades de operação do parque
relacionamento destas com o ONS e as demais empresas de geração,
gerador da Companhia, principalmente nos aspectos de comunicação
transmissão e distribuição envolvidas.
e de registros operativos. Outra vantagem é que ele permite o trabalho
Com um investimento de R$ 800 mil, o COS começou a ser construído
conjunto com as equipes locais de operação das Usinas. Isso aumenta
em novembro de 2014 em uma área de 45m no quarto andar do
a segurança durante as etapas de planejamento, liberação e execução
edifício-sede em Florianópolis. Todas as etapas do cronograma com
das intervenções nos equipamentos. O resultado tem influência direta na
mais de 280 itens foram cumpridas no prazo. Seu “cérebro” é o Sistema
melhoria do desempenho das Usinas e, por consequência, do Sistema
de Supervisão de Geração (SSG), um conjunto de equipamentos
Elétrico Brasileiro como um todo."
2
Divulgação Tractebel
Centro de Operação do Sistema permite monitorar informações em tempo real sobre as Usinas
BoasNovas
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USINA
Termelétricas sendo
modernizadas
Plinio Bordin
Turbinas e geradores das unidades 1 e 2 da UTLA
A estiagem que afeta o Brasil desde o segundo semestre de 2013 faz com
modernização para as Usinas do Complexo, de modo a melhorar a
que as termelétricas de Norte a Sul estejam gerando no seu máximo para
eficiência térmica, a disponibilidade e o fator de capacidade destas
suprir a demanda de energia do Sistema Interligado Nacional. Na Tractebel
unidades geradoras, para atingir valores mais próximos da eficiência
Energia, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (com três usinas – UTLA,
definida, reduzindo a penalização no reembolso do carvão”,
UTLB e UTLC – e sete unidades), em Capivari de Baixo (SC), e a Usina
complementa Maes.
Termelétrica William Arjona (cinco unidades), em Campo Grande (MS)
passam por modernizações, revisões e manutenções para aumentar a
Usina Termelétrica William Arjona
disponibilidade e a eficiência.
Na UTWA (190 MW) foram realizadas as revisões previstas no projeto das
De outubro de 2014 a abril deste ano, todas as cinco unidades geradoras
unidades geradoras. “Todas as usinas termelétricas a gás têm no seu
da Usina Termelétrica William Arjona (UTWA) tiveram suas revisões
plano de negócio, revisões periódicas obrigatórias em função do número
programadas realizadas. “Em abril, foi iniciada a modernização da unidade
de horas de operação”, comenta Maes. O engenheiro e gerente da TMS
1 da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, com a construção de um novo
(Tractebel Manutenção e Serviços), Linomar Osil Ferreira, explica que a
precipitador eletrostático e modernização de vários equipamentos”,
manutenção da William Arjona é de responsabilidade
informa o gerente do DGT (Departamento de Geração Térmica), Sergio
das equipes de manutenção, lotadas no Complexo Jorge Lacerda.
Roberto Maes.
“As revisões em todas as cinco unidades realizadas, entre outubro de 2014
“A partir das discussões que culminaram na Resolução Normativa
e abril de 2015, foram desafiadoras, já que no último mês executamos
nº 500/2012 da ANEEL, a Tractebel Energia traçou um plano de
revisões em duas unidades simultaneamente”, explica Linomar.
12
Tractebel Energia
USINA
Plinio Bordin
Usina Termlétrica William Arjona, em Campo Grande (MS)
Com isso, completa o engenheiro, foi possível reduzir o tempo de indisponibilidade
das máquinas e também evitar a coincidência com a revisão geral da unidade 1 da
PRÓXIMOS PASSOS
Usina Jorge Lacerda A, que completa 50 anos. “O mais gratificante é que todas as
máquinas de Arjona retornaram a operar a plena carga, em melhores condições
Após a conclusão da unidade 1 da UTLA, a unidade
operacionais, continuando a contribuir de forma positiva com os resultados da
2 da UTLA passará pelo mesmo processo. Na
Tractebel”, finaliza Linomar.
próxima revisão parcial da UTLC está prevista a
substituição do rotor de alta pressão e de média
Usina Termelétrica Jorge Lacerda A
pressão, e as unidades 5 e 6 da UTLB (2x131 MW)
No caso da cinquentenária UTLA (232 MW), o objetivo não é aumentar a capacidade
também passarão por grandes reformas, com
instalada e sim melhorar a performance operacional, reduzindo o consumo de carvão
previsão de novos precipitadores, aquecedores de ar
e, consequentemente, diminuindo os impactos ambientais. Entre as melhorias que
regenerativos (os atuais são tubulares – fixos) e rotor
estão sendo implementadas na unidade geradora 1 da UTLA (50 MW) está a instalação
das turbinas.
de um novo precipitador eletrostático com maior capacidade de captação de material
As unidades 3 e 4 da UTLA (2x 66 MW) passarão por
particulado; retubagem completa do condensador e novos ventiladores induzidos.
uma modernização de todo o seu sistema de controle,
Outros equipamentos modernizados terão novos componentes como a Caldeira
passando do analógico para o digital. Também
(tubos e coletores), a Turbina (novas pás de alta e baixa pressão) e no rotor do gerador
será feita a substituição das capas dos rotores dos
a reisolação das barras e a substituição das capas de contenção das bobinas.
geradores e do rotor de alta pressão da turbina da
Atualmente são mais de 700 empregados terceirizados somados a empregados
unidade 4 por um de melhor eficiência, além de
próprios da Operação e Manutenção envolvidos nessa empreitada, que tem custo
melhorias no sistema de queima de combustível.
total de R$ 70 milhões.
BoasNovas
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USINA
Aumenta capacidade nominal da
Termelétrica Ferrari
Divulgação Tractebel
Vista geral da UTE Ferrari (80,5 MW), localizada em Pirassununga (SP)
Depois de 15 meses de obras e R$ 85 milhões em investimentos, o
etílico e levedura seca destinada à ração de animais. Esse suprimento
projeto de ampliação da Usina Termelétrica Ferrari foi concluído em
fortalece a parceira entre os setores sucroalcooleiro e energético,
maio. A nova unidade, em operação comercial desde 23 de maio,
destaca o gerente do projeto, Márcio Daian Neves. “O aumento da
ganhou mais 15 MW de capacidade nominal de geração, passando
oferta de energia renovável permite atender o crescimento da demanda
para 80,5 MW. Inaugurada em 2009 em Pirassununga (SP), a Usina
de forma sustentável e com mínimos impactos ambientais”, comenta.
tem papel importante no portfolio de energias renováveis da Tractebel
Constituída de duas caldeiras e quatro turbogeradores, a Usina
Energia. Esta é a maior Temelétrica da Companhia que utiliza biomassa
original oferecia garantia física de 23,2 MW médios, dos quais 18
como combustível.
MW, contratados em leilões. Com a reforma, a garantia física passa
O empreendimento reaproveita bagaço de cana para fornecer vapor
a ser de 36,5 MW médios. “Parte da energia e do vapor é consumida
e energia à Ferrari Agroindústria, empresa produtora de açúcar, álcool
internamente na Ferrari Agroindústria para produzir açúcar e álcool
14
Tractebel Energia
USINA
Divulgação Tractebel
na safra, entre abril e dezembro”, explica. “Mas
durante a entressafra, a geração é reduzida por
causa da menor disponibilidade do bagaço”,
informa Márcio.
Com a ampliação, foram instalados um novo
turbogerador e uma nova caldeira, além de
sistemas elétricos, torre de resfriamento,
estação de tratamento de efluentes e sistema
de alimentação de bagaço. No seu auge, a
obra empregou 400 pessoas. Em torno de 30
profissionais trabalham diretamente na operação
e manutenção da Usina, além de centenas de
outros nas atividades agroindustriais.
Márcio conta que a interligação de novos
equipamentos à planta existente envolveu
grandes desafios: “Os riscos são maiores, pois
há atividades em altura, espaço confinado
e movimentações de carga, aliadas aos
riscos elétrico e térmico da Usina adjacente.
Felizmente, estes riscos puderam ser mitigados
com eficiência e não houve nenhum acidente de
trabalho”, comemora.
Usina é contígua à Ferrari Agroindústria
Divulgação Tractebel
Vista lateral da caldeira nova que foi implantada na UTE Ferrari
Divulgação Tractebel
Nova caldeira garante maior energia assegurada para comercialização
BoasNovas
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ENTREVISTA
Financiamento é o gargalo a ser
vencido pela energia eólica
Divulgação ABEEólica
Ela é ainda adolescente no setor de energia, mas já reúne em seu currículo
passagens pelo Ministério de Minas e Energia, Ministério da Fazenda, Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) e CCEE (Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica). Natural de Ituiutaba (MG), Elbia Gannoum está há 15
anos no setor de energia, é economista formada pela Universidade Federal
de Uberlândia (1997) e doutora em Engenharia de Produção pela UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina), de onde foi professora. Desde
2011, é a presidente executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de
Energia Eólica).
A Associação fomenta a indústria de energia eólica no Brasil, que acelerou seu
desenvolvimento, a partir de 2002, com a criação do Proinfa – Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – eólica, biomassa e PCHs
(Pequenas Centrais Hidrelétricas).
Na entrevista a seguir, Elbia Gannoum faz uma análise do cenário atual e afirma
que bons ventos movem o desenvolvimento da geração eólica no Brasil.
Boas Novas – O círculo virtuoso da energia eólica no Brasil continua
em 2015? Qual é a expectativa para os próximos anos?
Elbia Gannoum – Sim, o crescimento virtuoso observado até o momento
está previsto para os próximos anos, conforme pode ser verificado na figura
abaixo. Ressalto que estes números estão relacionados com as potências
já comercializadas, seja nos leilões realizados ou no mercado livre. Até o
ano de 2019, estão previstos para estarem instalados cerca de 18 GW e esta
previsão de crescimento se mantém para além deste período, de acordo
com o Governo Federal.
Evolução da Capacidade Instalada (MW)
17.776,9
20.000
16.873,0
14.389,2
18.000
16.000
12.811,7
14.000
9.830,0
12.000
5.961,6
10.000
B.N. – Na sua opinião que fatores têm contribuído para
8.000
3.466,1
6.000
2.514,0
4.000
1.430,5
2.000
0
Elbia Gannoum foi economista-chefe do Ministério de Minas e Energia (2003-2006)
e coordenadora de Política Institucional do Ministério da Fazenda (2002-2003)
245,6 323,4 601,4
27,1 235,4
E.G. – Além do desenvolvimento tecnológico, principal fator de
competitividade desta indústria, as especificidades dos ventos
brasileiros permitem vantagens, pois são constantes, fortes e
931,8
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nova (MW)
esse crescimento?
Acumulada (MW)
sem grandes rajadas, possibilitando maior eficiência na geração
de energia.
Soma-se ao cenário apresentado, o momento de crise
internacional, com forte impacto nos anos 2009 a 2012, em que
Figura: Evolução da Capacidade Instalada – Fonte: ABEEólica/ANEEL
16
Tractebel Energia
o Brasil se tornou, junto com a China e Índia, um importante lócus
ENTREVISTA
de investimento para este setor, uma vez que Europa e EUA reduziram
oportunidade de entrar na fase de sustentabilidade de uma indústria
e, em alguns casos, cortaram seus investimentos em fontes renováveis
que vem em curtíssimo prazo desenvolvendo uma sofisticada cadeia
subsidiadas.
produtiva, trazendo consigo grandes benefícios para o País. Desde a
Um aspecto que cabe destaque ao Brasil é que o regime de ventos
geração de energia elétrica em particular, até a possibilidade de grandes
e, portanto a geração eólica é complementar ao hidrelétrico,
investimentos em tecnologia e geração de emprego.
predominante em nosso País.
Entre os desafios atuais está a transmissão – há no mercado de
Foi um somatório de fatores estruturais e conjunturais que impulsionou
energia um atraso verificado na entrega das Linhas de Transmissão
a inserção e o desempenho da fonte eólica no Brasil, com destaque
responsáveis pela transmissão da energia eólica produzida. Além disso,
para fatores estruturais. Entre eles o modelo de contratação nos
ocorre também um descompasso entre os cronogramas das linhas
leilões: leilão competitivo, com 20 anos de contratos corrigidos pelo
de transmissão e das usinas eólicas, ocasionando um descasamento
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (renda fixa);
da geração e da transmissão. Esse gargalo tem sido minimizado a
as condições de financiamento: atrativas para o setor de energia com
cada dia, principalmente, com os novos leilões de geração que têm
taxas competitivas; a isenção de impostos – os investimentos são
como premissa a necessidade de conexão já pronta e também com
isentos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
a realização de um melhor planejamento e antecipação das licitações
e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
através dos leilões de transmissão.
A ABEEólica permanece acreditando que os leilões de transmissão
B.N. – Quais os principais desafios do setor e quais as principais
devem ser realizados antecipadamente aos leilões de geração, de forma
reivindicações da ABEEólica?
a garantir uma infraestrutura adequada de transmissão para atender
E.G. – A indústria eólica enfrenta algumas dificuldades por ser uma
à expansão da geração. Temos também o desafio da logística, com a
indústria nova, crescendo em velocidade muito rápida e, portanto, se
dificuldade em escoar a produção dos aerogeradores eólicos e seus
depara com gargalos naturais de um setor de infraestrutura nessas
componentes para os locais onde os parques são instalados. As malhas
condições. A logística de transportes de equipamentos merece
rodoviária e marítima nacionais não possuem o dimensionamento
destaque e as condições de financiamento têm sido uma incerteza
desejável para o setor. Parte desta questão tem sido solucionada com o
para a indústria eólica, uma vez que não estão claros os sinais da
deslocamento das fábricas do Sudeste para as regiões de produção de
participação do BNDES nos financiamentos desses projetos, o que tem
energia eólica – Nordeste e Sul.
trazido certa ansiedade e preocupação aos investidores desta indústria,
O Mercado Livre de Energia no setor eólico ainda se encontra tímido,
que vem neste momento implementando uma política de conteúdo
apesar de termos vários projetos para este mercado. As questões
nacional, determinada pelo FINAME/BNDES. E neste aspecto, se não
envolvendo o financiamento formam o principal gargalo devido,
houver cuidado por parte do Governo, o Brasil pode perder uma grande
principalmente, aos prazos dos contratos de suprimento de energia.
Divulgação Tractebel
Tractebel colocou em operação Complexo Eólico Trairi (115,4 MW) em 2013 e está implantando o Complexo Santa Mônica (97,2 MW), na mesma região do Ceará
BoasNovas
17
ENTREVISTA
No mercado regulado os contratos são de 20 anos e no mercado livre os
prazos são bem menores. O sucesso vivido nos leilões e as condições
Acreditamos ser necessária
a adequação das regras de
financiamento do BNDES
para o Mercado Livre.
criadas para isso devem ser refletidos no mercado livre. Atualmente,
tem havido uma priorização para o mercado regulado dos potenciais
eólicos existentes, principalmente, em relação às linhas de transmissão,
em detrimento do mercado livre. Dessa maneira, acreditamos ser
necessária a aplicação isonômica das regras do setor elétrico para
o mercado livre e para o mercado regulado, além da adequação das
regras de financiamento do BNDES para o ambiente livre.
Divulgação ABEEólica
B.N. – O fato do ICMBio ter divulgado o mapa das rotas de aves
migratórias traz maior segurança ao investidor? O mapa é uma
boa notícia, por quê?
E.G. – O mapa com as principais rotas migratórias de aves para cada um
dos estados brasileiros traz maior segurança para os investidores que
poderão implantar os parques em áreas com reduzido risco de impacto
à avifauna. Este documento oficial facilita a realização de tais estudos,
reduz a possibilidade de equívocos de pesquisa e foi amplamente
discutido com os investidores antes de sua publicação. Por isso, é
uma boa notícia.
B.N. – Como o Brasil se situa hoje nesse mercado quanto à
geração e aos investimentos em inovação tecnológica?
E.G. – A partir da entrada em operação, em 2011, dos primeiros
parques leiloados em 2009 na modalidade A-3, a fonte eólica vem se
desenvolvendo de forma virtuosa em termos de geração efetiva e uma
das justificativas para este alto desempenho é a característica dos
ventos. O Brasil ocupa o 1º lugar em desempenho dos parques eólicos,
que apresentam fatores de capacidade médios superiores a 50% em
alguns meses do ano e atinge picos horários de até 80%. Nos países
europeus o fator médio é de apenas 30% e nos Estados Unidos, 35%.
Atualmente, a geração eólica verificada no Nordeste abastece cerca de
20% de todo o consumo daquela região. A importância desta geração
se destaca principalmente no segundo semestre quando a ocorrência
de chuvas é menor e os reservatórios das hidrelétricas ficam com níveis
mais baixos.
Em relação à inovação temos muitos projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação relevantes no setor eólico, com destaque
para o aerogerador do P&D da Tractebel com a WEG que mostra a
importância deste setor.
B.N. – Qual a avaliação da ABEEólica sobre esse P&D da
Tractebel e WEG?
E.G. – A ABEEólica avalia com grande positividade a iniciativa da
Tractebel. É extremamente necessário que sejam alocados esforços
para às áreas de P&D, formação de pessoas e desenvolvimento de
tecnologia local.
Principalmente no Brasil que possui os melhores ventos do mundo,
termos aerogeradores com maior potência e melhor desempenho
Elbia Gannoum é especialista em Regulação e Mercados
de Energia Elétrica, tendo atuado nessa área desde 1998
18
Tractebel Energia
é muito importante para a evolução da indústria e maior participação
na matriz elétrica.
USINA
Bons ventos movimentam projetos
no Nordeste
Leandro Magri
O Pico do Cabuji é o único vulcão que não teve forças para explodir no Brasil e que, até hoje, apresenta sua forma original com 590 metros de altitude
O Complexo Eólico de Campo Largo, na
Luciana Lavina
Bahia, tem início das obras previsto para julho
de 2016, assim que for concedida a Licença
de Instalação, e deve começar a operar em
2019. Suas três fases preveem capacidade
total instalada de aproximadamente 970 MW,
sendo cerca de 770 MW de fonte eólica e 200
MW de energia fotovoltaica (solar).
Outro empreendimento importante da
Tractebel Energia no Nordeste é o Complexo
Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do
Norte. Seu projeto básico será elaborado
neste semestre, para deixá-lo apto a
Lajes teve a primeira prefeita eleita do Brasil: Luiza Alzira Soriano Teixeira, venceu as eleições em 1928
participar de leilões de energia em 2016.
Essas iniciativas fortalecem a meta da
Empresa de se consolidar como maior
Santo Agostinho
geradora privada do Brasil. Somados, os
complexos terão mais de 1.200 Megawatts
No Rio Grande do Norte, a Tractebel desenvolve 600 MW em projetos eólicos nos municípios
(MW) de capacidade, suficientes para
de Lajes e Pedro Avelino. O Complexo Santo Agostinho será constituído de 24 Sociedades
abastecer 8 milhões de habitantes. Em
de Propósito Específico (SPEs), criadas com a finalidade única de construir e operar as
Campo Largo, situado nos municípios
centrais eólicas. “Essa modalidade de sociedade é vantajosa, pois resulta em acesso direto
de Sento Sé e Umburanas, o contrato de
e simplificado aos ativos e recebíveis do empreendimento”, explica José Laydner, diretor de
fornecimento dos aerogeradores já está
Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel Energia.
assinado com a empresa Alstom.
BoasNovas
19
EMPRESA
Ética, geração de energia
e meio ambiente
De 23 a 25 de junho, a Tractebel Energia realizou a quarta edição do Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia,
evento que, a partir de 2014, passou a ser compartilhado por videoconferência com uma das regionais da
Companhia. No ano passado foi a do Rio Tocantins. Este ano, participou a do Rio Iguaçu. O Seminário é organizado
pelos Comitês de Ética e de Sustentabilidade, junto com o DRH (Departamento de Recursos Humanos).
Ética nos negócios... e na vida
Plinio Bordin
Esse foi o tema da palestra de abertura, proferida pelo fundador e
presidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, Douglas
Linares Flinto. Sua instituição sem fins lucrativos, fundada em 2003,
se dedica a fomentar a ética no meio empresarial e estudantil.
O administrador e teólogo falou sobre a sociedade de aparências,
a pressão do “ter” e a importância de cultivar valores.
Flinto criticou a “pintura verde”, isto é, o uso de termos como
responsabilidade social e sustentabilidade como meras ferramentas
de marketing. “A empresa é o que faz, não o que diz”, afirmou.
“E quando não age assim, é hipócrita”. Para ele, no mundo corporativo
há um investimento muito grande em reputação, mas pouco em
caráter, e este deve ser o foco: “O caráter não é herdado, as pessoas
o desenvolvem diariamente, conforme pensam e agem”.
Restauração florestal
O engenheiro florestal Fernando Bechara, professor e pesquisador
da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), defendeu
Diretor administrativo da Tractebel, Júlio César Lunardi, fez a abertura do evento
a importância de programas permanentes de reflorestamento,
lembrando que se leva ao menos 20 anos para restaurar uma área.
“Para esse trabalho foram definidos os critérios de faixa mínima de
Bechara apresentou as pesquisas em andamento na instituição para
preservação permanente de 15 metros ao longo de cursos d´água,
comparar três técnicas distintas: restauração passiva, restauração ativa
com a utilização de erva-mate para retorno econômico aos
e nucleação.
proprietários”, relatou. Entre as ações realizadas, incluem-se
A primeira consiste em deixar a floresta se recuperar com um mínimo
diagnósticos socioambientais e capacitação dos donos de
de interferência. A segunda, o plantio de mudas em linha, dá resultados
propriedades. Em três anos, foram restaurados 284 hectares,
mais rápidos, mas tem custo maior. Nucleação é a implantação de
construídos 10 km de cerca para isolamento do gado e plantadas
espécies pioneiras por meio de técnicas como transposição de solo,
40 mil mudas, com orçamento de R$ 1,4 milhão.
banco de sementes, abrigos para aves e plantio de bromélias. É o
sistema mais próximo do natural. “A melhor solução em termos de
Energia e futuro
biodiversidade é misturar essas técnicas, fazendo antes um bom
Os engenheiros Márcio Kuwabara e Rafael Almeida, da Tractebel
diagnóstico para evitar desperdício e obter mais eficiência”, disse.
Energia, falaram sobre Hidrologia e crise energética no Brasil. Eles
No dia 24, foi a vez do engenheiro florestal e agrônomo Francisco Putini,
mostraram como a variabilidade temporal e a distribuição espacial
da ONG Mater Natura, fazer a apresentação Serra da Esperança:
das chuvas dificultam o planejamento da expansão e da operação das
preservação e engajamento. Em 2009, a Mater Natura recebeu
usinas hidrelétricas. “Em situações críticas, o parque gerador tenta
apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
economizar água nos reservatórios, aumenta o despacho térmico e
Social) para restaurar 95 hectares de floresta com araucárias na APA
transfere energia para regiões com menos água”, disse Kuwabara,
(Área de Proteção Ambiental) da Serra da Esperança, nos municípios
destacando as ações do consumidor para combater o desperdício e
paranaenses de Guarapuava e Inácio Martins.
buscar fontes alternativas de energia.
20
Tractebel Energia
EMPRESA
a palestra Geração Distribuída, do engenheiro Alexandre Nunes
Preservação de Nascentes
e adesão comunitária
Zucarato, também da Tractebel. “A indústria da energia elétrica está
O Seminário foi encerrado pela engenheira agrônoma Giovana
em vias da sua revolução, como aconteceu com as telecomunicações
Martinelli, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão
e a informática nas décadas passadas, em direção a um paradigma
Rural. Ela falou sobre os resultados alcançados com o projeto de
mais inteligente e descentralizado de produção e de consumo de
proteção de nascentes de Sulina, no sudoeste do Paraná. Iniciado
eletricidade”, disse.
em novembro de 2013, o projeto é uma parceria da Tractebel com a
Com uma penetração significativa da tecnologia fotovoltaica, a
Prefeitura do Município, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
geração passará a ser feita de forma distribuída e bidirecional. Outros
do Adolescente, Associação da Casa Familiar Rural e Associação dos
elementos de mudança do setor são o carro elétrico e a conectividade
Pescadores Amadores de Sulina para a melhoria da qualidade da água
de eletrodomésticos com a internet. Aparelhos como geladeira, ar
consumida na área rural.
condicionado e aquecedores poderão aumentar ou reduzir o consumo
“Algumas vezes, os problemas de saúde não são identificados como
em determinados momentos. “Precisaremos de medidores inteligentes
oriundos da água, então as nascentes ficam desprotegidas”, disse a
e muita capacidade de processamento”, disse.
engenheira agrônoma. “A partir do momento em que há um projeto
Como será o setor elétrico daqui a dez anos? Esta questão norteou
como esse, que disponibiliza o material, a assistência técnica para
Inovando no relacionamento:
geração de valor, novos negócios e P&D
orientação e as mudas para reflorestamento do entorno, as famílias
aderem ao projeto, veem o resultado e ficam muito satisfeitas”.
No dia 25, a primeira palestra foi Inovando o relacionamento com as
Plinio Bordin
comunidades, apresentada por Alexandre Castro, do Instituto de
Pesquisa em Riscos e Sustentabilidade e da Estratégia Natural. Doutor
em Ciências Ambientais, Castro atua na área de responsabilidade
corporativa nas interfaces de comunidades, sustentabilidade e
negócios. Já atendeu empresas nacionais e transnacionais dos
setores de energia, petróleo e gás, mineração, papel e celulose. O
palestrante considera a relação com a comunidade um processo de
geração compartilhado de valor, sugerindo que seja qualificada a
partir do desenvolvimento de novos negócios, e que deve também ser
considerada como oportunidade de inovação em projetos de Pesquisa
e Desenvolvimento (P&D).
Usina Salto Osório participou por meio de videoconferência
Plinio Bordin
Presidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, Douglas Linares Flinto, fala para um auditório lotado na sede da Tractebel
BoasNovas
21
EMPRESA
Por dentro da Tractebel
reúne profissionais em São Paulo
Valdir Amorim
Diretor-presidente Manoel Zaroni Torres falou das perspectivas, expansão e dos novos caminhos do setor elétrico
Valdir Amorim
Quarenta profissionais do mercado de capitais, representantes
de instituições como BM&F Bovespa, Bradesco, Citigroup, Credit
Suisse, Morgan Stanley, JP Morgan, entre outras, participaram do
Por Dentro da Tractebel, em São Paulo, no mês de maio. Com o tema
“Perspectivas, Expansão e Novos Caminhos para a Eletricidade”, o
evento teve como finalidade abordar questões relacionadas ao setor
elétrico e também à Tractebel, como assuntos regulatórios, expansão
da Empresa e a transição energética. Entre os palestrantes estavam
Marcos Keller Amboni, gerente de Assuntos Regulatórios e de Mercado;
Guilherme Ferrari, gerente de Desenvolvimento de Negócios; e
Alexandre Zucarato, consultor de Desenvolvimento de Negócios, além
do diretor-presidente da Empresa, Manoel Zaroni Torres, e do diretor
Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini.
“Mostramos aos formadores de opinião uma nova safra de gerentes
– jovens, competentes e dedicados – o que combina com a visão de
22
Tractebel Energia
Alexandre Zucarato, consultor de Desenvolvimento de Negócios
EMPRESA
Valdir Amorim
EVENTO ANUAL – Sattamini ressalta que o Por Dentro da Tractebel
possibilita o encontro da comunidade de investimentos local com
a alta administração da Companhia uma vez por ano. “Em algumas
edições, convidamos para uma visita a nossas instalações – Usinas
e sede da Empresa –, propiciando a esses profissionais conhecer
melhor os ativos da Companhia, suas características e a realidade
da operação e da manutenção. Ao ampliar o conhecimento sobre o
nosso negócio, automaticamente, esses profissionais reduzem suas
incertezas, passando a reunir melhores condições de precificar um
valor justo para a Tractebel e suas ações”.
Valdir Amorim
Guilherme Ferrari, gerente de Desenvolvimento de Negócios
futuro embutida nos temas”, ressalta o gerente de Relações
com Investidores, Antonio Previtali Jr. Após cada apresentação,
os convidados fizeram várias perguntas aos palestrantes,
o que movimentou o encontro. No final da terceira e última
apresentação Zaroni e Sattamini se colocaram à disposição
para responder diversas questões sobre a Empresa.
Pela novidade, o tema Transição Energética despertou
interesse da plateia e motivou a reflexão sobre uma possível
revolução no setor, muito semelhante à vivenciada pela
telefonia anos atrás. Essa revolução, segundo o palestrante
Zucarato, será caracterizada por uma rede de distribuição mais
complexa e por consumidores mais exigentes, motivados por
eficiência e ambientalmente responsáveis.
Marcos Keller Amboni, gerente de Assuntos Regulatórios e de Mercado
Valdir Amorim
Participantes demonstraram bastante interesse nas palestras e fizeram perguntas aos gerentes da Tractebel
BoasNovas
23
ENGIE
ENGIE Brasil é premiada pelo 4º
ano consecutivo durante o
Prêmio LIF 2015
Divulgação Engie Brasil
Premiação do projeto Cerrado Doce pelo XIV Prêmio LIF: da esq. para a dir.: Cristina Ribeiro – gerente de Desenvolvimento Sustentável ENGIE Brasil; Elizabeth Pacífico – coordenadora
de Projetos Sociais do CESTE; Odilon Parente – diretor geral do CESTE; Otávio de Freitas Ferreira – conselheiro da Intercement e Rogério Pizeta – conselheiro da Alcoa.
A ENGIE Brasil foi premiada no último dia 12 de maio
durante o XIV Prêmio LIF, concedido pela Câmara de
Projeto Cerrado Doce
Comércio França-Brasil para empresas que se destacam
em questões sociais e no tratamento do meio ambiente.
Desenvolvido pelo CESTE desde 2012, o projeto tem como objetivo
A companhia foi eleita com o 2º lugar na categoria Apoio
promover oportunidades de geração de renda, desenvolvimento
às Comunidades Locais com o Projeto Cerrado Doce,
sustentável e melhoria da qualidade de vida para as comunidades rurais dos
desenvolvido pelo CESTE (Consórcio Estreito Energia) na
doze municípios da área de abrangência de Estreito. Foram implementados
região da hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), localizada na
dois projetos voluntários para o fortalecimento da apicultura na região:
divisa dos estados do Maranhão e Tocantins. A premiação,
Entreposto de Mel de Palmeirante e a Casa do Mel da Solta. Cerca de
que chega à sua décima terceira edição, tem o objetivo de
R$ 1 milhão foi investido na construção e montagem de dois postos de
estimular as empresas a adotarem práticas responsáveis
beneficiamento de mel, além do repasse de materiais e equipamentos para
e uma gestão sustentável.
produção e coleta de mel, capacitação de apicultores e doação de veículos
Segundo o Presidente da ENGIE Brasil, Maurício
para possibilitar o escoamento da produção. Implantados no segundo
Bähr, a premiação mostra o papel importante que os
semestre de 2013, os dois projetos somam, até o momento, 49 famílias
empreendimentos do Grupo têm nas regiões em que são
diretamente beneficiadas, 68 apicultores capacitados, 17 toneladas de
implementados. “Esse prêmio é motivo de orgulho para
mel produzido e comercializado e oito municípios do entorno utilizando
nós. É um reconhecimento do nosso comprometimento
as estruturas construídas.
social com as regiões nas quais estamos presentes”, afirma.
24
Tractebel Energia
ENGIE
ENGIE Brasil premia os
melhores projetos inovadores
A ENGIE Brasil organizou, no último dia 10 de junho, o ENGIE Brasil
negócios – da geração aos serviços – o que nos permite estimular a
Innovation Day. O evento faz parte do programa de inovação para fomentar
inovação”, afirmou Jean-Louis Blanc.
a criatividade empreendedora, lançado pelo Grupo em 21 países onde
O presidente da ENGIE Brasil, Maurício Bähr, complementou o tema,
atua. Durante uma manhã, autoridades, especialistas e executivos dos
ressaltando que a inovação é o que permite ao Grupo se reinventar a
setores privado e público debateram questões relativas à energia e
cada dia: “Este evento que realizamos hoje, pela primeira vez no país, é
inovação. Estiveram presentes o Secretário de Inovação do Ministério de
uma prova do valor que damos ao tema no nosso cotidiano. Nosso foco é
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Vinicius de Souza;
crescer de forma sustentável e, para tal, estamos sempre buscando novas
o diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE, Jean-Louis
soluções que surgem com a inovação”.
Blanc e o presidente da ENGIE Brasil, Maurício Bähr.
O evento foi encerrado pela cerimônia de premiação do Prêmio ENGIE
Logo após a abertura, diante de uma plateia de mais de 200 pessoas,
Brasil de Inovação 2015, destinado a projetos inovadores do setor de
foi realizado um debate sobre a necessidade de se investir em inovação
energia de empresas de fora do Grupo. Em dois meses, foram inscritos
no Brasil, em especial no setor elétrico. Além do Secretário de Inovação,
mais de 40 projetos. “É muito bom ver que uma empresa grande como a
participaram da discussão Albert Geber de Melo, diretor do CEPEL
ENGIE tem esse tipo de iniciativa e está dando visibilidade e oportunidade a
(Centro de Pesquisas do Setor Elétrico Brasileiro); Guy Dressen, diretor de
soluções de empresas pequenas como a nossa”, afirmou o proponente do
programas de pesquisas da Laborelec e Carlos Gothe, gerente da área de
projeto vencedor GreenAnt, Pedro Bittencourt.
New Business da ENGIE Brasil.
Os cinco projetos vencedores participaram do Innovation Week, evento
A importância da inovação para o mercado brasileiro foi destacada pelo
mundial de inovação do Grupo, que aconteceu, na semana do dia 15 a 19
diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE no mundo.
de junho, em Paris, onde apresentaram os seus projetos para o CEO da
“O Brasil é muito importante para a ENGIE porque é um país aberto,
ENGIE, Gérard Mestrallet, e diretores de diferentes programas de P&D do
organizado, onde temos possibilidade de desenvolver todos os nossos
Grupo. Além disso, a ENGIE Brasil está avaliando a possibilidade de incubar
os projetos vencedores ou inseri-los nos programas de P&D do Grupo.
Divulgação ENGIE Brasil
Os vencedores do Prêmio ENGIE Brasil de Inovação 2015 e o CEO da ENGIE Gérard Mestrallet durante o Innovation Week
BoasNovas
25
ENGIE
Início da incubação do
Projeto Ypira
Economia circular de hidro e bioenergia criando valor socioambiental e econômico
No dia 10 de junho, logo após o evento de Inovação da ENGIE Brasil, no
e bioenergia sustentável, trazendo assim prosperidade para as
Rio de Janeiro, deu-se início à primeira incubação de um projeto da área
comunidades locais. Os territórios sustentáveis que resultam dessa
de New Business na América Latina, resultado da cooperação entre o
iniciativa vão reforçar a integração regional das plantas hidrelétricas e
departamento de Inovação & New Business da ENGIE, representado
se tornar fontes perpétuas de produtos bioenergéticos sustentáveis
por Jean-Louis Blanc, e a ENGIE Brasil, representada
como, por exemplo, pellets, biodiesel ou eletricidade, todos essenciais
por Maurício Bähr.
no contexto da transição energética.
O projeto Ypira, que significa madeira ou árvore em Tupi guaraní, se
Miguel Lanzuolo, que se juntou à iniciativa como especialista florestal
propõe a ampliar os benefícios socioambientais da hidroeletricidade
externo, apoia o processo de incubação que está sendo conduzido em
com o desenvolvimento de atividades florestais ao redor das
consulta com ONGs de prestígio e com o apoio de diversas entidades
hidrelétricas. A cobertura florestal resultante contribui com a regulação
da ENGIE, a exemplo da Tractebel Engineering e a Laborelec, centro de
do ciclo de água, mitiga as mudanças climáticas e fornece madeira
pesquisas do Grupo com sede na Bélgica.
Juliana Gueiros
Da esq. para a dir.: Karina Howlett – Comunicação ENGIE Brasil, Anamélia Medeiros – VP de Estratégia ENGIE Brasil, Alexandre Zuccarato – Consultor de Desenvolvimento de Novos
Negócios Tractebel Energia, Miguel Lanzuollo – Consultor Florestal e de Bioenergia da ENGIE Brasil, Phillip Hauser – VP de Mercado de Carbono da ENGIE Brasil, Jean Louis Blanc
– diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE, Maurício Bähr – Presidente da ENGIE Brasil, Cristina Ribeiro – Gerente de Desenvolvimento Sustentável ENGIE Brasil e
Luciana Lovisi – Analista de Meio Ambiente ENGIE Brasil
26
Tractebel Energia
ALTA VOLTAGEM
Tractebel aloca mais energia e
melhora resultado no 2º TRI 2015
A mudança na estratégia anual de alocação de energia possibilitou à
Entretanto, para o diretor presidente da Tractebel Energia, Manoel
Tractebel obter melhores resultados no primeiro semestre de 2015 do que
Zaroni Torres, 2015 será mais um ano difícil para o setor, em especial
no mesmo período do ano anterior. Assim, no segundo trimestre de 2015
para os geradores hidrelétricos. Segundo Zaroni, a hidrologia tem se
o lucro líquido alcançou R$ 209 milhões, 184% acima do apresentado
comportado mais próximo da média histórica nos últimos meses, mas
no mesmo período do ano passado, quando a companhia direcionou a
ainda se observa um intenso despacho de termelétricas para auxiliar
maior parte de sua capacidade comercial para o segundo semestre.
na recomposição dos reservatórios. Isso tem deslocado a geração
O EBITDA apresentou um avanço de 94% no período em análise,
das hidrelétricas, que se viram obrigadas a comprar, a preços muito
alcançando R$ 586 milhões, com margem EBITDA de 37,9%, 15,8
elevados, aproximadamente 20% da energia vendida na primeira metade
pontos percentuais acima da margem do mesmo trimestre de 2014.
do ano. À geração inferior ao volume contratado o setor chama de GSF.
Entre os fatores que levaram a Tractebel a obter esses números, a
“E esse baixo GSF está drenando recursos do caixa, que poderiam ser
Diretoria da empresa destaca o efeito positivo de R$ 238 milhões nas
destinados a investimentos em andamento. Esperamos uma solução
transações ocorridas no mercado de curto prazo e a elevação de R$
rápida para o problema do risco hidrológico, para que os investidores
172 milhões na receita líquida de venda de energia contratada, eventos
assumam os riscos razoáveis do negócio”, afirma.
parcialmente compensados pela elevação de R$ 55 milhões nas
Zaroni ressalta que a crise hídrica também teve seu lado positivo, já que
compras de energia para revenda. Já a receita líquida de vendas totalizou
trouxe os preços da energia para patamares mais realistas, tanto no
no segundo trimestre R$ 1,5 bilhão, crescimento de 13% comparado ao
mercado livre quanto nos leilões realizados pelo Governo Federal.
valor apurado no mesmo período de 2014.
Tractebel na Euronext
A Tractebel passou a integrar o índice de responsabilidade empresarial de
companhias dos países em desenvolvimento. O índice foi lançado pela Euronext,
importante bolsa de valores da zona do euro, e pela Vigeo, agência europeia
de avaliação (ratings) de responsabilidade social, ambiental e de governança
corporativa. No Brasil, além da geradora e comercializadora de energia, outras
nove empresas foram selecionadas, entre elas BRF Brasil Foods, Natura e Weg.
Denominado Euronext Vigeo EM 70, o índice distingue 70 empresas de um universo
de 900 listadas em 30 países em desenvolvimento, como as que possuem os mais
altos desempenhos em responsabilidade empresarial. “A escolha da Tractebel
na composição do índice é mais um reconhecimento de um trabalho regular e
contínuo, desenvolvido no longo prazo, que busca construir relacionamentos
com as partes interessadas, pautados pela harmonia, ética, respeito mútuo e
cooperação”, diz o diretor presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres.
Coordenação e edição
Leandro Provedel Kunzler
Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade
da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
Reportagem e textos
Dfato Comunicação
[email protected]
Jornalista responsável
Duda Hamilton
Concepção gráfica
e editoração
Dzigual Golinelli
Foto da capa
Duda Hamilton
Tiragem
2.750 exemplares
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Ano 12 - nº 54- Agosto