INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 54 . JULHO DE 2015 50 anos do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda Começa a instalação da UTE Pampa Sul UTE Ferrari entra em operação IV Semínário Ética, Sustentabilidade e Energia Inaugurado Centro de Operação do Sistema SUMÁRIO 06 03 04 06 16 19 2 12 20 mensagem do presidente 03. Passado, presente e futuro 360º 04. CEO da Tractebel integra ranking dos melhores executivos da América Latina 04. Prêmio Fatma de Jornalismo 05. Turismo em SC e RS 05. Avaliação de venda de projetos USINA 06. 50 anos do Complexo Jorge Lacerda 08. Começa a obra da UTE Pampa Sul 11. Sede abriga novo Centro de Operação do Sistema 12. Termelétricas sendo modernizadas 14. Aumenta capacidade nominal da Termelétrica Ferrari 20 24 Empresa 20. Ética, geração de energia e meio ambiente 22. Por dentro da Tractebel reúne profissionais em São Paulo ENGIE 24. ENGIE Brasil é premiada pelo 4º ano consecutivo durante o Prêmio LIF 2015 ENTREVISTA 25. Início da incubação do Projeto Ypira 16. 26. ENGIE Brasil premia os melhores projetos inovadores Financiamento é o gargalo a ser vencido pela energia eólica USINA 19. Bons ventos movimentam projetos no Nordeste Tractebel Energia 27 ALTA VOLTAGEM 27. Tractebel aloca mais energia e melhora resultado no 2º TRI 2015 27. Tractebel na Euronext Mensagem do Presidente Passado, presente e futuro Plínio Bordin Estamos diante de um momento especial, quando passado, presente e futuro convergem para demonstrar a importância da Tractebel Energia paras as comunidades onde está inserida. Acabamos de celebrar os 50 anos do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, ação que reflete a relevância da geração térmica para o País, do cuidado da Companhia com seus ativos e do investimento socioambiental para o futuro. A celebração dos 50 anos de CTJL propiciou rever pessoas e recontar histórias que narram o empenho, trabalho, dedicação e talento de tantos que fizeram e fazem do Complexo um conjunto de Usinas capazes de gerar energia, emprego e desenvolvimento. Desde 1998, quando a Tractebel assumiu o controle de CTJL, já investimos mais de R$ 620 milhões em manutenção e modernização para melhorar o desempenho das Usinas. Nossa preocupação maior é com a segurança das pessoas que trabalham no Complexo. Fazemos todo o esforço para garantir um ambiente seguro e saudável para que nossos empregados e contratados possam trabalhar e voltar para o convívio de seus familiares e amigos sem percalços. O meio ambiente tornou-se uma preocupação constante, já que as unidades receberam novas tecnologias, mais eficientes no controle das emissões atmosféricas. Nesses últimos 15 anos, plantamos mais de 60 mil árvores na área do Complexo e doamos mais de 1,4 milhão de mudas para os municípios vizinhos. Coroamos nossa atuação ambiental com o Parque Ambiental Tractebel, inaugurado em 2012, e que conta com 35 ha de área destinada ao lazer, cultura, prática de esportes e preservação ambiental. Os 50 anos de Jorge Lacerda nos permitem olhar o passado e vislumbrar seu presente e seu futuro. E quando falamos em futuro, Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia percebemos que o carvão mineral continuará exercendo seu papel no portfolio da Companhia. Demos início à instalação da Usina Cabe ressaltar, por fim, que mesmo com esses investimentos em geração Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), em Candiota (RS). térmica a carvão, nossa matriz é majoritariamente renovável, pois temos 80% Quando entrar em operação, em janeiro de 2019, seus 340 MW de nossa geração vinda de hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, oferecerão mais energia e segurança ao setor elétrico nacional. térmicas a biomassa, eólicas e solar. Assim como investimos em Pampa Sul, O investimento que faremos será da ordem de R$ 1,8 bilhão e serão estamos investindo em grandes projetos eólicos e atentos a oportunidades gerados mais de dois mil empregos diretos no pico das obras. de crescimento em geração hídrica. Desta forma, queremos manter a Nossa inserção nas comunidades de Candiota, Hulha Negra, diversificação de nosso portfolio e consolidar a posição de maior geradora Bagé, Pinheiro Machado e outros municípios da região já começou. privada de energia do Brasil. Temos ouvido as lideranças e buscado construir um relacionamento duradouro com as populações desses municípios. Fomos muito Manoel Zaroni Torres bem recebidos e esperamos permanecer por muito tempo. Diretor-presidente BoasNovas 3 360o CEO da Tractebel integra ranking dos melhores executivos da América Latina Plínio Bordin O engenheiro eletricista Manoel Zaroni Torres, que desde 1999 é diretor-presidente da maior empresa privada de geração de energia do Brasil, a Tractebel, está entre os 10 executivos mais influentes da América Latina. Ao lado dele, estão o brasileiro Benjamin Steinbruch, da CSN; o argentino Miguel Galuccio, da YPF; a argentina Paula Santilli, da Pepsico Mexico; a espanhola Luísa Garcia, da Llorente & Cuenca; e o mexicano Daniel Montull (Grupo Bimbo), entre outros. O ranking organizado pela PanamericanWorld considerou os CEOs de robustas empresas latino-americanas que tenham aumentado a rentabilidade para os acionistas, além de melhorarem Manoel Zaroni Torres é presidente da Tractebel Energia desde junho de 1999. Na foto, concede entrevista à repórter Naiana Oscar, do jornal O Estado de São Paulo A Tractebel Energia patrocina pela oitava vez o Prêmio Fatma de Jornalismo Ambiental. As inscrições podem ser feitas regionalmente nas 14 coordenadorias da Fatma ou na sede, em Florianópolis. Serão premiados vencedores e menções honrosas nas categorias Mídia Impressa (jornal/revista), Mídia Eletrônica (rádio/televisão) e Internet com R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. O Prêmio conta com apoio da Associação Catarinense de Imprensa (ACI), Associação dos Diários do Interior (ADI), Associação dos Jornais o desempenho em tempos de crise. Prêmio Fatma de Jornalismo Neiva Daltrozo do Interior (Adjori), Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e TV (Acaert) e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina. Para o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, o prêmio confirma o compromisso da Fundação em estimular a preservação do meio ambiente. “Chegamos à 8ª edição do Prêmio Fatma de Jornalismo porque sempre acreditamos na força da comunicação para divulgar, em todo o Estado, bons projetos de preservação ambiental e sustentabilidade”, afirma. O diretor administrativo da Tractebel, Júlio César Lunardi, ressalta a importância do prêmio para incentivar as práticas sustentáveis. “É muito gratificante para a Tractebel fazer parte desse prêmio. As reportagens veiculam exemplos de cases que melhoraram o meio ambiente com ações de desenvolvimento sustentável e estimulam as pessoas a adotar medidas de educação ambiental”, sustenta Lunardi. 4 Tractebel Energia Da esq. para a dir.: deputado estadual Gean Loureiro, diretor administrativo da Tractebel Energia Júlio César Lunardi, secretário estadual de desenvolvimento econômico sustentável de SC, Carlos Chiodini, presidente da FATMA, Alexandre Waltrick Rates e presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Ademir Arnon de Oliveira 360o Plínio Bordin Turismo em SC e RS As cidades de Piratuba, em Santa Catarina, e Machadinho, no Rio Grande do Sul, incrementaram o turismo ao receberem o Programa de Desenvolvimento do Turismo e o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial, mais conhecido como Pacuera. Nos dias 19 e 20 de maio, mais de 500 pessoas estiveram reunidas para discutir e trocar ideias sobre as potencialidades dos municípios da região. Nos meses de julho e agosto, ocorrem oficinas e visitas técnicas nos municípios para capacitar, integrar e identificar as potencialidades turísticas de cada cidade. Para o representante do Consórcio Machadinho, Airton Morganti Junior, o apoio da comunidade é essencial para a efetivação do programa. “O sucesso deste programa se dará com a participação do poder público e da comunidade no processo de concepção”, ressaltou Morganti. Para saber mais sobre o Programa acesse o site Usina Hidrelétrica Machadinho é operada pela Tractebel Energia, que detém 19,28% do Consórcio www.machadinho.com.br ou ligue para 0800 644 0026. Avaliação de venda de projetos Plinio Bordin A Tractebel contratou uma assessoria para avaliar a venda da participação que possui em Sociedades de Propósito Específico em três projetos. A meta da Empresa é de otimizar o parque gerador da Companhia, que visa permitir a expansão em ativos que ofereçam maior grau de sinergia entre si. O fechamento dessa operação estará sujeito ao atingimento de condições favoráveis de venda pela Companhia e das autoridades relacionadas à questão. No processo de venda estão a Eólica Beberibe (25,6 MW), a Eólica Pedra do Sal (18 MW) e a PCH Areia Branca (19,8 MW). PCH Areia Branca está entre as Usinas cuja venda está em avaliação BoasNovas 5 USINA 50 anos do Complexo Jorge Lacerda Fladimir Amaro Diretoria da Tractebel e autoridades descerram a placa alusiva aos 50 anos do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda Empresários, políticos, diretores, empregados, e ex-empregados o Complexo não é só importante para o desenvolvimento de Santa da Tractebel, Eletrosul e Sotelca comemoraram o cinquentenário do Catarina, mas para toda a Região Sul do Brasil. “Esse empreendimento Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, no dia 10 de julho, no Parque tem importância fundamental para a segurança energética do Brasil, Ambiental Tractebel em uma serie de eventos, que contou com muitas por garantir o fornecimento ao Sistema Interligado Nacional nos boas notícias para Capivari de Baixo e com o resgate da história das períodos de falta de chuvas, que prejudicam a geração hidráulica”, três usinas – UTLA, UTLB e UTLC. complementa. O diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres resumiu a Entre as outras boas notícias, Zaroni formalizou a doação de algumas trajetória da Usina e anunciou, durante a solenidade, que a UTLA, áreas da Empresa para a Prefeitura Municipal executar obras, como a inaugurada em 3 de julho de 1965, recebe investimentos de R$ 70 Estação de Tratamento de Efluentes, uma estrada ligando a BR 101 ao milhões para melhorar sua performance. “A cinquentona vai virar uma município e um canil. O prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo adolescente e ter mais anos de atividade”, revelou Zaroni. Segundo ele, da Silva, agradeceu as doações e informou que Prefeitura e a Tractebel 6 Tractebel Energia USINA Plinio Bordin trabalham há anos juntas com uma agenda positiva, sempre priorizando os interesses da população. Depois do descerramento da placa que reuniu no palco o diretor presidente, todos os diretores da Empresa e ainda os prefeitos de Tubarão e Capivari de Baixo, ocorreu a apresentação da Orquestra Mirim Capivari de Baixo, emocionando os presentes com músicas do Roberto Carlos, Coldplay e Tim Maia, entre outros. Já o Quinteto de Cordas da Camerata executou o Hino Nacional e depois apresentou várias músicas durante o lançamento do livro Complexo Termelétrico Jorge Lacerda 50 anos gerando energia e desenvolvimento. Os 857 MW de capacidade instalada do Complexo são essenciais à segurança do sistema elétrico brasileiro Livro resgata história O livro é o resultado de uma pesquisa criteriosa de documentos históricos e de cerca de 30 entrevistas. Empregados, ex-empregados O livro 50 Anos Gerando Energia e Desenvolvimento, da jornalista e parceiros recordam suas passagens pela Sotelca, Eletrosul e Duda Hamilton, foi entregue aos empregados no jantar do dia 9 à noite Tractebel, proprietárias do Complexo nessas cinco décadas. Com e, no dia 10, a autora autografou o livro para lideranças educacionais, linguagem acessível e fartamente ilustrada, a obra é uma referência econômicas e políticas, além de empregados, aposentados e de peso para pesquisadores, estudantes, professores, jornalistas e jornalistas da região. demais interessados no tema da energia gerada com carvão mineral. COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA 50 ANOS GERANDO ENERGIA E DESENVOLVIMENTO DUDA HAMILTON DUDA HAMILTON COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA 50 ANOS GERANDO ENERGIA E DESENVOLVIMENTO Pablo Corti o artista plástico e Willy Zumblick as no Complexo o Jorge Lacerda 25/6/2015 9:59 AM Jornalista Duda Hamilton autografa o livro (capa à esq.) que narra a história do CTJL e foi patrocinado pela Tractebel BoasNovas 7 USINA Começa a obra da UTE Pampa Sul Simôni Costa Área onde será instalada a UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), em Candiota (RS) Com o começo do trabalho de terraplenagem e de instalação Divulgação Tractebel do canteiro de obra no município de Candiota (RS), teve início em julho mais um importante empreendimento da Tractebel Energia: a Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski). O detalhe que faltava para a largada era a Licença de Instalação, concedida no dia 18 de junho pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Quando entrar em operação comercial, em janeiro de 2019, a Usina terá 340 MW de capacidade instalada, o suficiente para abastecer 1,2 milhão de habitantes. O investimento em usinas termelétricas é estratégico para o Brasil, pois oferece mais segurança e estabilidade ao sistema energético nacional. Orçada em R$ 1,8 bilhão, a nova usina será construída com tecnologia de ponta pela empresa chinesa SDEPCI, que detém larga experiência na área. Dois mil empregos diretos serão gerados durante a construção. Os primeiros programas previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA) já estão em desenvolvimento, tais como os programas de Comunicação Social; Desapropriação e indenização de proprietários; Resgate, afugentamento, controle de atropelamento e monitoramento da fauna e Responsabilidade social das obras (incluindo capacitação de mão de obra local). 8 Tractebel Energia Em maio, o presidente da SDEPCI, Hou Xuezhong, visitou o diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres. À esq. deles está o COO da ENGIE, Daniel Pellegrini e, à direita, o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel, José Laydner. USINA Simôni Costa Reunião em Pinheiro Machado foi uma das tantas realizadas para desenvolver os cursos de qualificação de mão de obra Cursos de Qualificação de Mão de Obra Assistência Social. Já em Candiota, o cadastramento dos interessados A Tractebel Energia, através do projeto de inserção nas localidades é realizado pela agência da FGTAS/SINE do município que já realizou em que realiza os seus empreendimentos e, também, exercendo sua a pré-seleção dos interessados no curso de pintor industrial. Nas postura de responsabilidade social, oferece, em parceria com o SENAI/ demais cidades e com as definições das datas dos próximos cursos, RS, FGTAS (Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social)/SINE os interessados já pré-selecionados, deverão ser chamados para e Secretarias de Assistência Social das cidades de Candiota, Bagé, confirmar a sua matrícula. Pinheiro Machado e Hulha Negra, uma série de cursos de capacitação/ O gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Stamm, lembra qualificação de mão de obra voltada à construção civil. As primeiras que a participação nos cursos abre uma oportunidade de trabalho na turmas já estão em andamento em Bagé e Candiota, ofertando obra da UTE Pampa Sul, mas não é garantia de emprego, até porque oportunidade de formação para pedreiro e ferreiro armador. grande parte da obra será realizada por empresas terceirizadas pela Em Bagé, Hulha Negra e Pinheiro Machado, a responsabilidade pela Tractebel Energia e que serão as responsáveis pelas contratações de seleção e cadastramento dos interessados é das Secretarias de seus funcionários. No entanto, a formação de mão de obra qualificada Simôni Costa Imprensa de Bagé, Candiota e Hulha Negra acompanha coletiva que marcou o início do processo de comunicação da instalação da Usina BoasNovas 9 USINA é fundamental para possíveis oportunidades tanto na UTE Pampa equipamentos fabricados na China atendem os requerimentos de projeto, Sul, como também em outros empreendimentos. “Os cursos que e o andamento com relação ao cronograma”, acrescentou Averbeck. estamos oferecendo aumentam a empregabilidade de quem concluir Único solteiro e o mais novo do grupo, ele assume sua primeira missão a formação/qualificação e isso é muito importante do ponto de vista no exterior aos 25 anos de idade. social”, avalia Stamm. Ainda sobre as futuras contratações, ele destaca O engenheiro Cláudio Nicolazzi, que já tem experiência no país que as empresas envolvidas no empreendimento serão orientadas a asiático, viajou junto para dar apoio à equipe no primeiro mês de buscar trabalhadores nas agências do FGTAS/SINE da região. estada dos profissionais da Tractebel. Todos estão entusiasmados com a oportunidade de aprendizado e se dizem preparados para os Engenheiros da Tractebel na China desafios. Alguns pretendem levar a família para testar sua adaptação ao Cinco engenheiros da Tractebel Energia embarcaram no final de junho cotidiano chinês. “A grande dificuldade, além do choque cultural, vai ser a para a China, onde ficarão durante um ano e meio trabalhando na revisão comunicação – não no trabalho, onde o idioma é o inglês, mas no dia a dia”, do projeto da UTE Pampa Sul e em inspeções de qualidade. Eles vão disse Luiz Torres. “Temos a pretensão de sair de lá falando alguma coisa residir em Jinan, capital da província de Shandong, que fica entre Beijing de mandarim”. Ele explicou que, à medida que os equipamentos para a e Xangai. Três membros da equipe são engenheiros mecânicos: José Usina forem validados, entram em processo de fabricação e montagem. Roberto Haude, Luiz Torres e Mateus Gabiatti. Dois são engenheiros “É importante seguir o cronograma para não haver atraso; estar atento eletricistas: Hebert Militão e Paulo Henrique Averbeck. aos custos, para evitar acréscimo, e também à qualidade”, conclui. “Vamos trabalhar junto com outras duas empresas, a americana Black Dos cinco engenheiros, três são oriundos da Diretoria de Produção e & Veatch e a brasileira Leme Engenharia”, disse Haude, dias antes irão utilizar o conhecimento adquirido na China para a operação da Usina. do embarque. As duas companhias estão encarregadas de avaliar São eles José Roberto Haude, Luiz Augusto de Mello Torres e Mateus as especificações técnicas de cada desenho para verificar se estão Alan Gabiatti. adequadas às normas brasileiras. “Vamos também verificar se os Divulgação Tractebel Da esq. para a dir.: José Roberto Haude, Mateus Alan Gabiatti, Hebert Sancho Garcez Militao, Luiz Augusto de Mello Torres e Paulo Henrique Averbeck 10 Tractebel Energia USINA Sede abriga novo Centro de Operação do Sistema Desde 18 de junho, está em operação em Florianópolis, o COS (Centro informatizados com três estações de operação, compostas de quatro de Operação do Sistema), uma estrutura tecnológica que amplia a monitores cada, e um videowall com seis monitores de 55 polegadas. qualidade do relacionamento entre as 28 Usinas da Tractebel Energia e o Nas telas, os operadores conseguem visualizar simultaneamente e com ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Instalado no edifício-sede rapidez a situação de todas as Usinas, agilizando a tomada de decisão da empresa, o COS recebe em tempo real as informações transmitidas e garantindo a segurança operacional. por sensores em Usinas espalhadas no país inteiro, através de uma "O COS de uma geradora como a Tractebel Energia é importante complexa infraestrutura de rede. Sete operadores trabalham em turnos na medida em que possibilita a supervisão e controle instantâneo, ininterruptos supervisionando as atividades de forma mais ágil e eficiente. assim como uma visão sistêmica do parque gerador, interagindo de “É como se fosse um centro de controle de um aeroporto”, compara o imediato com o ONS, para atender as necessidades de despacho gerente do Departamento de Operação da Produção, Elinton Chiaradia. eletro-energético do SIN (Sistema Interligado Nacional)”, afirma o diretor Ele explica que, com a implantação do Centro, haverá a coordenação de Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo. centralizada da operação das Usinas da Tractebel Energia e todo o A estrutura ajuda a padronizar as atividades de operação do parque relacionamento destas com o ONS e as demais empresas de geração, gerador da Companhia, principalmente nos aspectos de comunicação transmissão e distribuição envolvidas. e de registros operativos. Outra vantagem é que ele permite o trabalho Com um investimento de R$ 800 mil, o COS começou a ser construído conjunto com as equipes locais de operação das Usinas. Isso aumenta em novembro de 2014 em uma área de 45m no quarto andar do a segurança durante as etapas de planejamento, liberação e execução edifício-sede em Florianópolis. Todas as etapas do cronograma com das intervenções nos equipamentos. O resultado tem influência direta na mais de 280 itens foram cumpridas no prazo. Seu “cérebro” é o Sistema melhoria do desempenho das Usinas e, por consequência, do Sistema de Supervisão de Geração (SSG), um conjunto de equipamentos Elétrico Brasileiro como um todo." 2 Divulgação Tractebel Centro de Operação do Sistema permite monitorar informações em tempo real sobre as Usinas BoasNovas 11 USINA Termelétricas sendo modernizadas Plinio Bordin Turbinas e geradores das unidades 1 e 2 da UTLA A estiagem que afeta o Brasil desde o segundo semestre de 2013 faz com modernização para as Usinas do Complexo, de modo a melhorar a que as termelétricas de Norte a Sul estejam gerando no seu máximo para eficiência térmica, a disponibilidade e o fator de capacidade destas suprir a demanda de energia do Sistema Interligado Nacional. Na Tractebel unidades geradoras, para atingir valores mais próximos da eficiência Energia, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (com três usinas – UTLA, definida, reduzindo a penalização no reembolso do carvão”, UTLB e UTLC – e sete unidades), em Capivari de Baixo (SC), e a Usina complementa Maes. Termelétrica William Arjona (cinco unidades), em Campo Grande (MS) passam por modernizações, revisões e manutenções para aumentar a Usina Termelétrica William Arjona disponibilidade e a eficiência. Na UTWA (190 MW) foram realizadas as revisões previstas no projeto das De outubro de 2014 a abril deste ano, todas as cinco unidades geradoras unidades geradoras. “Todas as usinas termelétricas a gás têm no seu da Usina Termelétrica William Arjona (UTWA) tiveram suas revisões plano de negócio, revisões periódicas obrigatórias em função do número programadas realizadas. “Em abril, foi iniciada a modernização da unidade de horas de operação”, comenta Maes. O engenheiro e gerente da TMS 1 da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, com a construção de um novo (Tractebel Manutenção e Serviços), Linomar Osil Ferreira, explica que a precipitador eletrostático e modernização de vários equipamentos”, manutenção da William Arjona é de responsabilidade informa o gerente do DGT (Departamento de Geração Térmica), Sergio das equipes de manutenção, lotadas no Complexo Jorge Lacerda. Roberto Maes. “As revisões em todas as cinco unidades realizadas, entre outubro de 2014 “A partir das discussões que culminaram na Resolução Normativa e abril de 2015, foram desafiadoras, já que no último mês executamos nº 500/2012 da ANEEL, a Tractebel Energia traçou um plano de revisões em duas unidades simultaneamente”, explica Linomar. 12 Tractebel Energia USINA Plinio Bordin Usina Termlétrica William Arjona, em Campo Grande (MS) Com isso, completa o engenheiro, foi possível reduzir o tempo de indisponibilidade das máquinas e também evitar a coincidência com a revisão geral da unidade 1 da PRÓXIMOS PASSOS Usina Jorge Lacerda A, que completa 50 anos. “O mais gratificante é que todas as máquinas de Arjona retornaram a operar a plena carga, em melhores condições Após a conclusão da unidade 1 da UTLA, a unidade operacionais, continuando a contribuir de forma positiva com os resultados da 2 da UTLA passará pelo mesmo processo. Na Tractebel”, finaliza Linomar. próxima revisão parcial da UTLC está prevista a substituição do rotor de alta pressão e de média Usina Termelétrica Jorge Lacerda A pressão, e as unidades 5 e 6 da UTLB (2x131 MW) No caso da cinquentenária UTLA (232 MW), o objetivo não é aumentar a capacidade também passarão por grandes reformas, com instalada e sim melhorar a performance operacional, reduzindo o consumo de carvão previsão de novos precipitadores, aquecedores de ar e, consequentemente, diminuindo os impactos ambientais. Entre as melhorias que regenerativos (os atuais são tubulares – fixos) e rotor estão sendo implementadas na unidade geradora 1 da UTLA (50 MW) está a instalação das turbinas. de um novo precipitador eletrostático com maior capacidade de captação de material As unidades 3 e 4 da UTLA (2x 66 MW) passarão por particulado; retubagem completa do condensador e novos ventiladores induzidos. uma modernização de todo o seu sistema de controle, Outros equipamentos modernizados terão novos componentes como a Caldeira passando do analógico para o digital. Também (tubos e coletores), a Turbina (novas pás de alta e baixa pressão) e no rotor do gerador será feita a substituição das capas dos rotores dos a reisolação das barras e a substituição das capas de contenção das bobinas. geradores e do rotor de alta pressão da turbina da Atualmente são mais de 700 empregados terceirizados somados a empregados unidade 4 por um de melhor eficiência, além de próprios da Operação e Manutenção envolvidos nessa empreitada, que tem custo melhorias no sistema de queima de combustível. total de R$ 70 milhões. BoasNovas 13 USINA Aumenta capacidade nominal da Termelétrica Ferrari Divulgação Tractebel Vista geral da UTE Ferrari (80,5 MW), localizada em Pirassununga (SP) Depois de 15 meses de obras e R$ 85 milhões em investimentos, o etílico e levedura seca destinada à ração de animais. Esse suprimento projeto de ampliação da Usina Termelétrica Ferrari foi concluído em fortalece a parceira entre os setores sucroalcooleiro e energético, maio. A nova unidade, em operação comercial desde 23 de maio, destaca o gerente do projeto, Márcio Daian Neves. “O aumento da ganhou mais 15 MW de capacidade nominal de geração, passando oferta de energia renovável permite atender o crescimento da demanda para 80,5 MW. Inaugurada em 2009 em Pirassununga (SP), a Usina de forma sustentável e com mínimos impactos ambientais”, comenta. tem papel importante no portfolio de energias renováveis da Tractebel Constituída de duas caldeiras e quatro turbogeradores, a Usina Energia. Esta é a maior Temelétrica da Companhia que utiliza biomassa original oferecia garantia física de 23,2 MW médios, dos quais 18 como combustível. MW, contratados em leilões. Com a reforma, a garantia física passa O empreendimento reaproveita bagaço de cana para fornecer vapor a ser de 36,5 MW médios. “Parte da energia e do vapor é consumida e energia à Ferrari Agroindústria, empresa produtora de açúcar, álcool internamente na Ferrari Agroindústria para produzir açúcar e álcool 14 Tractebel Energia USINA Divulgação Tractebel na safra, entre abril e dezembro”, explica. “Mas durante a entressafra, a geração é reduzida por causa da menor disponibilidade do bagaço”, informa Márcio. Com a ampliação, foram instalados um novo turbogerador e uma nova caldeira, além de sistemas elétricos, torre de resfriamento, estação de tratamento de efluentes e sistema de alimentação de bagaço. No seu auge, a obra empregou 400 pessoas. Em torno de 30 profissionais trabalham diretamente na operação e manutenção da Usina, além de centenas de outros nas atividades agroindustriais. Márcio conta que a interligação de novos equipamentos à planta existente envolveu grandes desafios: “Os riscos são maiores, pois há atividades em altura, espaço confinado e movimentações de carga, aliadas aos riscos elétrico e térmico da Usina adjacente. Felizmente, estes riscos puderam ser mitigados com eficiência e não houve nenhum acidente de trabalho”, comemora. Usina é contígua à Ferrari Agroindústria Divulgação Tractebel Vista lateral da caldeira nova que foi implantada na UTE Ferrari Divulgação Tractebel Nova caldeira garante maior energia assegurada para comercialização BoasNovas 15 ENTREVISTA Financiamento é o gargalo a ser vencido pela energia eólica Divulgação ABEEólica Ela é ainda adolescente no setor de energia, mas já reúne em seu currículo passagens pelo Ministério de Minas e Energia, Ministério da Fazenda, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Natural de Ituiutaba (MG), Elbia Gannoum está há 15 anos no setor de energia, é economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia (1997) e doutora em Engenharia de Produção pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), de onde foi professora. Desde 2011, é a presidente executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). A Associação fomenta a indústria de energia eólica no Brasil, que acelerou seu desenvolvimento, a partir de 2002, com a criação do Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – eólica, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Na entrevista a seguir, Elbia Gannoum faz uma análise do cenário atual e afirma que bons ventos movem o desenvolvimento da geração eólica no Brasil. Boas Novas – O círculo virtuoso da energia eólica no Brasil continua em 2015? Qual é a expectativa para os próximos anos? Elbia Gannoum – Sim, o crescimento virtuoso observado até o momento está previsto para os próximos anos, conforme pode ser verificado na figura abaixo. Ressalto que estes números estão relacionados com as potências já comercializadas, seja nos leilões realizados ou no mercado livre. Até o ano de 2019, estão previstos para estarem instalados cerca de 18 GW e esta previsão de crescimento se mantém para além deste período, de acordo com o Governo Federal. Evolução da Capacidade Instalada (MW) 17.776,9 20.000 16.873,0 14.389,2 18.000 16.000 12.811,7 14.000 9.830,0 12.000 5.961,6 10.000 B.N. – Na sua opinião que fatores têm contribuído para 8.000 3.466,1 6.000 2.514,0 4.000 1.430,5 2.000 0 Elbia Gannoum foi economista-chefe do Ministério de Minas e Energia (2003-2006) e coordenadora de Política Institucional do Ministério da Fazenda (2002-2003) 245,6 323,4 601,4 27,1 235,4 E.G. – Além do desenvolvimento tecnológico, principal fator de competitividade desta indústria, as especificidades dos ventos brasileiros permitem vantagens, pois são constantes, fortes e 931,8 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Nova (MW) esse crescimento? Acumulada (MW) sem grandes rajadas, possibilitando maior eficiência na geração de energia. Soma-se ao cenário apresentado, o momento de crise internacional, com forte impacto nos anos 2009 a 2012, em que Figura: Evolução da Capacidade Instalada – Fonte: ABEEólica/ANEEL 16 Tractebel Energia o Brasil se tornou, junto com a China e Índia, um importante lócus ENTREVISTA de investimento para este setor, uma vez que Europa e EUA reduziram oportunidade de entrar na fase de sustentabilidade de uma indústria e, em alguns casos, cortaram seus investimentos em fontes renováveis que vem em curtíssimo prazo desenvolvendo uma sofisticada cadeia subsidiadas. produtiva, trazendo consigo grandes benefícios para o País. Desde a Um aspecto que cabe destaque ao Brasil é que o regime de ventos geração de energia elétrica em particular, até a possibilidade de grandes e, portanto a geração eólica é complementar ao hidrelétrico, investimentos em tecnologia e geração de emprego. predominante em nosso País. Entre os desafios atuais está a transmissão – há no mercado de Foi um somatório de fatores estruturais e conjunturais que impulsionou energia um atraso verificado na entrega das Linhas de Transmissão a inserção e o desempenho da fonte eólica no Brasil, com destaque responsáveis pela transmissão da energia eólica produzida. Além disso, para fatores estruturais. Entre eles o modelo de contratação nos ocorre também um descompasso entre os cronogramas das linhas leilões: leilão competitivo, com 20 anos de contratos corrigidos pelo de transmissão e das usinas eólicas, ocasionando um descasamento Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (renda fixa); da geração e da transmissão. Esse gargalo tem sido minimizado a as condições de financiamento: atrativas para o setor de energia com cada dia, principalmente, com os novos leilões de geração que têm taxas competitivas; a isenção de impostos – os investimentos são como premissa a necessidade de conexão já pronta e também com isentos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a realização de um melhor planejamento e antecipação das licitações e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). através dos leilões de transmissão. A ABEEólica permanece acreditando que os leilões de transmissão B.N. – Quais os principais desafios do setor e quais as principais devem ser realizados antecipadamente aos leilões de geração, de forma reivindicações da ABEEólica? a garantir uma infraestrutura adequada de transmissão para atender E.G. – A indústria eólica enfrenta algumas dificuldades por ser uma à expansão da geração. Temos também o desafio da logística, com a indústria nova, crescendo em velocidade muito rápida e, portanto, se dificuldade em escoar a produção dos aerogeradores eólicos e seus depara com gargalos naturais de um setor de infraestrutura nessas componentes para os locais onde os parques são instalados. As malhas condições. A logística de transportes de equipamentos merece rodoviária e marítima nacionais não possuem o dimensionamento destaque e as condições de financiamento têm sido uma incerteza desejável para o setor. Parte desta questão tem sido solucionada com o para a indústria eólica, uma vez que não estão claros os sinais da deslocamento das fábricas do Sudeste para as regiões de produção de participação do BNDES nos financiamentos desses projetos, o que tem energia eólica – Nordeste e Sul. trazido certa ansiedade e preocupação aos investidores desta indústria, O Mercado Livre de Energia no setor eólico ainda se encontra tímido, que vem neste momento implementando uma política de conteúdo apesar de termos vários projetos para este mercado. As questões nacional, determinada pelo FINAME/BNDES. E neste aspecto, se não envolvendo o financiamento formam o principal gargalo devido, houver cuidado por parte do Governo, o Brasil pode perder uma grande principalmente, aos prazos dos contratos de suprimento de energia. Divulgação Tractebel Tractebel colocou em operação Complexo Eólico Trairi (115,4 MW) em 2013 e está implantando o Complexo Santa Mônica (97,2 MW), na mesma região do Ceará BoasNovas 17 ENTREVISTA No mercado regulado os contratos são de 20 anos e no mercado livre os prazos são bem menores. O sucesso vivido nos leilões e as condições Acreditamos ser necessária a adequação das regras de financiamento do BNDES para o Mercado Livre. criadas para isso devem ser refletidos no mercado livre. Atualmente, tem havido uma priorização para o mercado regulado dos potenciais eólicos existentes, principalmente, em relação às linhas de transmissão, em detrimento do mercado livre. Dessa maneira, acreditamos ser necessária a aplicação isonômica das regras do setor elétrico para o mercado livre e para o mercado regulado, além da adequação das regras de financiamento do BNDES para o ambiente livre. Divulgação ABEEólica B.N. – O fato do ICMBio ter divulgado o mapa das rotas de aves migratórias traz maior segurança ao investidor? O mapa é uma boa notícia, por quê? E.G. – O mapa com as principais rotas migratórias de aves para cada um dos estados brasileiros traz maior segurança para os investidores que poderão implantar os parques em áreas com reduzido risco de impacto à avifauna. Este documento oficial facilita a realização de tais estudos, reduz a possibilidade de equívocos de pesquisa e foi amplamente discutido com os investidores antes de sua publicação. Por isso, é uma boa notícia. B.N. – Como o Brasil se situa hoje nesse mercado quanto à geração e aos investimentos em inovação tecnológica? E.G. – A partir da entrada em operação, em 2011, dos primeiros parques leiloados em 2009 na modalidade A-3, a fonte eólica vem se desenvolvendo de forma virtuosa em termos de geração efetiva e uma das justificativas para este alto desempenho é a característica dos ventos. O Brasil ocupa o 1º lugar em desempenho dos parques eólicos, que apresentam fatores de capacidade médios superiores a 50% em alguns meses do ano e atinge picos horários de até 80%. Nos países europeus o fator médio é de apenas 30% e nos Estados Unidos, 35%. Atualmente, a geração eólica verificada no Nordeste abastece cerca de 20% de todo o consumo daquela região. A importância desta geração se destaca principalmente no segundo semestre quando a ocorrência de chuvas é menor e os reservatórios das hidrelétricas ficam com níveis mais baixos. Em relação à inovação temos muitos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação relevantes no setor eólico, com destaque para o aerogerador do P&D da Tractebel com a WEG que mostra a importância deste setor. B.N. – Qual a avaliação da ABEEólica sobre esse P&D da Tractebel e WEG? E.G. – A ABEEólica avalia com grande positividade a iniciativa da Tractebel. É extremamente necessário que sejam alocados esforços para às áreas de P&D, formação de pessoas e desenvolvimento de tecnologia local. Principalmente no Brasil que possui os melhores ventos do mundo, termos aerogeradores com maior potência e melhor desempenho Elbia Gannoum é especialista em Regulação e Mercados de Energia Elétrica, tendo atuado nessa área desde 1998 18 Tractebel Energia é muito importante para a evolução da indústria e maior participação na matriz elétrica. USINA Bons ventos movimentam projetos no Nordeste Leandro Magri O Pico do Cabuji é o único vulcão que não teve forças para explodir no Brasil e que, até hoje, apresenta sua forma original com 590 metros de altitude O Complexo Eólico de Campo Largo, na Luciana Lavina Bahia, tem início das obras previsto para julho de 2016, assim que for concedida a Licença de Instalação, e deve começar a operar em 2019. Suas três fases preveem capacidade total instalada de aproximadamente 970 MW, sendo cerca de 770 MW de fonte eólica e 200 MW de energia fotovoltaica (solar). Outro empreendimento importante da Tractebel Energia no Nordeste é o Complexo Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte. Seu projeto básico será elaborado neste semestre, para deixá-lo apto a Lajes teve a primeira prefeita eleita do Brasil: Luiza Alzira Soriano Teixeira, venceu as eleições em 1928 participar de leilões de energia em 2016. Essas iniciativas fortalecem a meta da Empresa de se consolidar como maior Santo Agostinho geradora privada do Brasil. Somados, os complexos terão mais de 1.200 Megawatts No Rio Grande do Norte, a Tractebel desenvolve 600 MW em projetos eólicos nos municípios (MW) de capacidade, suficientes para de Lajes e Pedro Avelino. O Complexo Santo Agostinho será constituído de 24 Sociedades abastecer 8 milhões de habitantes. Em de Propósito Específico (SPEs), criadas com a finalidade única de construir e operar as Campo Largo, situado nos municípios centrais eólicas. “Essa modalidade de sociedade é vantajosa, pois resulta em acesso direto de Sento Sé e Umburanas, o contrato de e simplificado aos ativos e recebíveis do empreendimento”, explica José Laydner, diretor de fornecimento dos aerogeradores já está Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel Energia. assinado com a empresa Alstom. BoasNovas 19 EMPRESA Ética, geração de energia e meio ambiente De 23 a 25 de junho, a Tractebel Energia realizou a quarta edição do Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia, evento que, a partir de 2014, passou a ser compartilhado por videoconferência com uma das regionais da Companhia. No ano passado foi a do Rio Tocantins. Este ano, participou a do Rio Iguaçu. O Seminário é organizado pelos Comitês de Ética e de Sustentabilidade, junto com o DRH (Departamento de Recursos Humanos). Ética nos negócios... e na vida Plinio Bordin Esse foi o tema da palestra de abertura, proferida pelo fundador e presidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, Douglas Linares Flinto. Sua instituição sem fins lucrativos, fundada em 2003, se dedica a fomentar a ética no meio empresarial e estudantil. O administrador e teólogo falou sobre a sociedade de aparências, a pressão do “ter” e a importância de cultivar valores. Flinto criticou a “pintura verde”, isto é, o uso de termos como responsabilidade social e sustentabilidade como meras ferramentas de marketing. “A empresa é o que faz, não o que diz”, afirmou. “E quando não age assim, é hipócrita”. Para ele, no mundo corporativo há um investimento muito grande em reputação, mas pouco em caráter, e este deve ser o foco: “O caráter não é herdado, as pessoas o desenvolvem diariamente, conforme pensam e agem”. Restauração florestal O engenheiro florestal Fernando Bechara, professor e pesquisador da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), defendeu Diretor administrativo da Tractebel, Júlio César Lunardi, fez a abertura do evento a importância de programas permanentes de reflorestamento, lembrando que se leva ao menos 20 anos para restaurar uma área. “Para esse trabalho foram definidos os critérios de faixa mínima de Bechara apresentou as pesquisas em andamento na instituição para preservação permanente de 15 metros ao longo de cursos d´água, comparar três técnicas distintas: restauração passiva, restauração ativa com a utilização de erva-mate para retorno econômico aos e nucleação. proprietários”, relatou. Entre as ações realizadas, incluem-se A primeira consiste em deixar a floresta se recuperar com um mínimo diagnósticos socioambientais e capacitação dos donos de de interferência. A segunda, o plantio de mudas em linha, dá resultados propriedades. Em três anos, foram restaurados 284 hectares, mais rápidos, mas tem custo maior. Nucleação é a implantação de construídos 10 km de cerca para isolamento do gado e plantadas espécies pioneiras por meio de técnicas como transposição de solo, 40 mil mudas, com orçamento de R$ 1,4 milhão. banco de sementes, abrigos para aves e plantio de bromélias. É o sistema mais próximo do natural. “A melhor solução em termos de Energia e futuro biodiversidade é misturar essas técnicas, fazendo antes um bom Os engenheiros Márcio Kuwabara e Rafael Almeida, da Tractebel diagnóstico para evitar desperdício e obter mais eficiência”, disse. Energia, falaram sobre Hidrologia e crise energética no Brasil. Eles No dia 24, foi a vez do engenheiro florestal e agrônomo Francisco Putini, mostraram como a variabilidade temporal e a distribuição espacial da ONG Mater Natura, fazer a apresentação Serra da Esperança: das chuvas dificultam o planejamento da expansão e da operação das preservação e engajamento. Em 2009, a Mater Natura recebeu usinas hidrelétricas. “Em situações críticas, o parque gerador tenta apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e economizar água nos reservatórios, aumenta o despacho térmico e Social) para restaurar 95 hectares de floresta com araucárias na APA transfere energia para regiões com menos água”, disse Kuwabara, (Área de Proteção Ambiental) da Serra da Esperança, nos municípios destacando as ações do consumidor para combater o desperdício e paranaenses de Guarapuava e Inácio Martins. buscar fontes alternativas de energia. 20 Tractebel Energia EMPRESA a palestra Geração Distribuída, do engenheiro Alexandre Nunes Preservação de Nascentes e adesão comunitária Zucarato, também da Tractebel. “A indústria da energia elétrica está O Seminário foi encerrado pela engenheira agrônoma Giovana em vias da sua revolução, como aconteceu com as telecomunicações Martinelli, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão e a informática nas décadas passadas, em direção a um paradigma Rural. Ela falou sobre os resultados alcançados com o projeto de mais inteligente e descentralizado de produção e de consumo de proteção de nascentes de Sulina, no sudoeste do Paraná. Iniciado eletricidade”, disse. em novembro de 2013, o projeto é uma parceria da Tractebel com a Com uma penetração significativa da tecnologia fotovoltaica, a Prefeitura do Município, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e geração passará a ser feita de forma distribuída e bidirecional. Outros do Adolescente, Associação da Casa Familiar Rural e Associação dos elementos de mudança do setor são o carro elétrico e a conectividade Pescadores Amadores de Sulina para a melhoria da qualidade da água de eletrodomésticos com a internet. Aparelhos como geladeira, ar consumida na área rural. condicionado e aquecedores poderão aumentar ou reduzir o consumo “Algumas vezes, os problemas de saúde não são identificados como em determinados momentos. “Precisaremos de medidores inteligentes oriundos da água, então as nascentes ficam desprotegidas”, disse a e muita capacidade de processamento”, disse. engenheira agrônoma. “A partir do momento em que há um projeto Como será o setor elétrico daqui a dez anos? Esta questão norteou como esse, que disponibiliza o material, a assistência técnica para Inovando no relacionamento: geração de valor, novos negócios e P&D orientação e as mudas para reflorestamento do entorno, as famílias aderem ao projeto, veem o resultado e ficam muito satisfeitas”. No dia 25, a primeira palestra foi Inovando o relacionamento com as Plinio Bordin comunidades, apresentada por Alexandre Castro, do Instituto de Pesquisa em Riscos e Sustentabilidade e da Estratégia Natural. Doutor em Ciências Ambientais, Castro atua na área de responsabilidade corporativa nas interfaces de comunidades, sustentabilidade e negócios. Já atendeu empresas nacionais e transnacionais dos setores de energia, petróleo e gás, mineração, papel e celulose. O palestrante considera a relação com a comunidade um processo de geração compartilhado de valor, sugerindo que seja qualificada a partir do desenvolvimento de novos negócios, e que deve também ser considerada como oportunidade de inovação em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Usina Salto Osório participou por meio de videoconferência Plinio Bordin Presidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, Douglas Linares Flinto, fala para um auditório lotado na sede da Tractebel BoasNovas 21 EMPRESA Por dentro da Tractebel reúne profissionais em São Paulo Valdir Amorim Diretor-presidente Manoel Zaroni Torres falou das perspectivas, expansão e dos novos caminhos do setor elétrico Valdir Amorim Quarenta profissionais do mercado de capitais, representantes de instituições como BM&F Bovespa, Bradesco, Citigroup, Credit Suisse, Morgan Stanley, JP Morgan, entre outras, participaram do Por Dentro da Tractebel, em São Paulo, no mês de maio. Com o tema “Perspectivas, Expansão e Novos Caminhos para a Eletricidade”, o evento teve como finalidade abordar questões relacionadas ao setor elétrico e também à Tractebel, como assuntos regulatórios, expansão da Empresa e a transição energética. Entre os palestrantes estavam Marcos Keller Amboni, gerente de Assuntos Regulatórios e de Mercado; Guilherme Ferrari, gerente de Desenvolvimento de Negócios; e Alexandre Zucarato, consultor de Desenvolvimento de Negócios, além do diretor-presidente da Empresa, Manoel Zaroni Torres, e do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini. “Mostramos aos formadores de opinião uma nova safra de gerentes – jovens, competentes e dedicados – o que combina com a visão de 22 Tractebel Energia Alexandre Zucarato, consultor de Desenvolvimento de Negócios EMPRESA Valdir Amorim EVENTO ANUAL – Sattamini ressalta que o Por Dentro da Tractebel possibilita o encontro da comunidade de investimentos local com a alta administração da Companhia uma vez por ano. “Em algumas edições, convidamos para uma visita a nossas instalações – Usinas e sede da Empresa –, propiciando a esses profissionais conhecer melhor os ativos da Companhia, suas características e a realidade da operação e da manutenção. Ao ampliar o conhecimento sobre o nosso negócio, automaticamente, esses profissionais reduzem suas incertezas, passando a reunir melhores condições de precificar um valor justo para a Tractebel e suas ações”. Valdir Amorim Guilherme Ferrari, gerente de Desenvolvimento de Negócios futuro embutida nos temas”, ressalta o gerente de Relações com Investidores, Antonio Previtali Jr. Após cada apresentação, os convidados fizeram várias perguntas aos palestrantes, o que movimentou o encontro. No final da terceira e última apresentação Zaroni e Sattamini se colocaram à disposição para responder diversas questões sobre a Empresa. Pela novidade, o tema Transição Energética despertou interesse da plateia e motivou a reflexão sobre uma possível revolução no setor, muito semelhante à vivenciada pela telefonia anos atrás. Essa revolução, segundo o palestrante Zucarato, será caracterizada por uma rede de distribuição mais complexa e por consumidores mais exigentes, motivados por eficiência e ambientalmente responsáveis. Marcos Keller Amboni, gerente de Assuntos Regulatórios e de Mercado Valdir Amorim Participantes demonstraram bastante interesse nas palestras e fizeram perguntas aos gerentes da Tractebel BoasNovas 23 ENGIE ENGIE Brasil é premiada pelo 4º ano consecutivo durante o Prêmio LIF 2015 Divulgação Engie Brasil Premiação do projeto Cerrado Doce pelo XIV Prêmio LIF: da esq. para a dir.: Cristina Ribeiro – gerente de Desenvolvimento Sustentável ENGIE Brasil; Elizabeth Pacífico – coordenadora de Projetos Sociais do CESTE; Odilon Parente – diretor geral do CESTE; Otávio de Freitas Ferreira – conselheiro da Intercement e Rogério Pizeta – conselheiro da Alcoa. A ENGIE Brasil foi premiada no último dia 12 de maio durante o XIV Prêmio LIF, concedido pela Câmara de Projeto Cerrado Doce Comércio França-Brasil para empresas que se destacam em questões sociais e no tratamento do meio ambiente. Desenvolvido pelo CESTE desde 2012, o projeto tem como objetivo A companhia foi eleita com o 2º lugar na categoria Apoio promover oportunidades de geração de renda, desenvolvimento às Comunidades Locais com o Projeto Cerrado Doce, sustentável e melhoria da qualidade de vida para as comunidades rurais dos desenvolvido pelo CESTE (Consórcio Estreito Energia) na doze municípios da área de abrangência de Estreito. Foram implementados região da hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), localizada na dois projetos voluntários para o fortalecimento da apicultura na região: divisa dos estados do Maranhão e Tocantins. A premiação, Entreposto de Mel de Palmeirante e a Casa do Mel da Solta. Cerca de que chega à sua décima terceira edição, tem o objetivo de R$ 1 milhão foi investido na construção e montagem de dois postos de estimular as empresas a adotarem práticas responsáveis beneficiamento de mel, além do repasse de materiais e equipamentos para e uma gestão sustentável. produção e coleta de mel, capacitação de apicultores e doação de veículos Segundo o Presidente da ENGIE Brasil, Maurício para possibilitar o escoamento da produção. Implantados no segundo Bähr, a premiação mostra o papel importante que os semestre de 2013, os dois projetos somam, até o momento, 49 famílias empreendimentos do Grupo têm nas regiões em que são diretamente beneficiadas, 68 apicultores capacitados, 17 toneladas de implementados. “Esse prêmio é motivo de orgulho para mel produzido e comercializado e oito municípios do entorno utilizando nós. É um reconhecimento do nosso comprometimento as estruturas construídas. social com as regiões nas quais estamos presentes”, afirma. 24 Tractebel Energia ENGIE ENGIE Brasil premia os melhores projetos inovadores A ENGIE Brasil organizou, no último dia 10 de junho, o ENGIE Brasil negócios – da geração aos serviços – o que nos permite estimular a Innovation Day. O evento faz parte do programa de inovação para fomentar inovação”, afirmou Jean-Louis Blanc. a criatividade empreendedora, lançado pelo Grupo em 21 países onde O presidente da ENGIE Brasil, Maurício Bähr, complementou o tema, atua. Durante uma manhã, autoridades, especialistas e executivos dos ressaltando que a inovação é o que permite ao Grupo se reinventar a setores privado e público debateram questões relativas à energia e cada dia: “Este evento que realizamos hoje, pela primeira vez no país, é inovação. Estiveram presentes o Secretário de Inovação do Ministério de uma prova do valor que damos ao tema no nosso cotidiano. Nosso foco é Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Vinicius de Souza; crescer de forma sustentável e, para tal, estamos sempre buscando novas o diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE, Jean-Louis soluções que surgem com a inovação”. Blanc e o presidente da ENGIE Brasil, Maurício Bähr. O evento foi encerrado pela cerimônia de premiação do Prêmio ENGIE Logo após a abertura, diante de uma plateia de mais de 200 pessoas, Brasil de Inovação 2015, destinado a projetos inovadores do setor de foi realizado um debate sobre a necessidade de se investir em inovação energia de empresas de fora do Grupo. Em dois meses, foram inscritos no Brasil, em especial no setor elétrico. Além do Secretário de Inovação, mais de 40 projetos. “É muito bom ver que uma empresa grande como a participaram da discussão Albert Geber de Melo, diretor do CEPEL ENGIE tem esse tipo de iniciativa e está dando visibilidade e oportunidade a (Centro de Pesquisas do Setor Elétrico Brasileiro); Guy Dressen, diretor de soluções de empresas pequenas como a nossa”, afirmou o proponente do programas de pesquisas da Laborelec e Carlos Gothe, gerente da área de projeto vencedor GreenAnt, Pedro Bittencourt. New Business da ENGIE Brasil. Os cinco projetos vencedores participaram do Innovation Week, evento A importância da inovação para o mercado brasileiro foi destacada pelo mundial de inovação do Grupo, que aconteceu, na semana do dia 15 a 19 diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE no mundo. de junho, em Paris, onde apresentaram os seus projetos para o CEO da “O Brasil é muito importante para a ENGIE porque é um país aberto, ENGIE, Gérard Mestrallet, e diretores de diferentes programas de P&D do organizado, onde temos possibilidade de desenvolver todos os nossos Grupo. Além disso, a ENGIE Brasil está avaliando a possibilidade de incubar os projetos vencedores ou inseri-los nos programas de P&D do Grupo. Divulgação ENGIE Brasil Os vencedores do Prêmio ENGIE Brasil de Inovação 2015 e o CEO da ENGIE Gérard Mestrallet durante o Innovation Week BoasNovas 25 ENGIE Início da incubação do Projeto Ypira Economia circular de hidro e bioenergia criando valor socioambiental e econômico No dia 10 de junho, logo após o evento de Inovação da ENGIE Brasil, no e bioenergia sustentável, trazendo assim prosperidade para as Rio de Janeiro, deu-se início à primeira incubação de um projeto da área comunidades locais. Os territórios sustentáveis que resultam dessa de New Business na América Latina, resultado da cooperação entre o iniciativa vão reforçar a integração regional das plantas hidrelétricas e departamento de Inovação & New Business da ENGIE, representado se tornar fontes perpétuas de produtos bioenergéticos sustentáveis por Jean-Louis Blanc, e a ENGIE Brasil, representada como, por exemplo, pellets, biodiesel ou eletricidade, todos essenciais por Maurício Bähr. no contexto da transição energética. O projeto Ypira, que significa madeira ou árvore em Tupi guaraní, se Miguel Lanzuolo, que se juntou à iniciativa como especialista florestal propõe a ampliar os benefícios socioambientais da hidroeletricidade externo, apoia o processo de incubação que está sendo conduzido em com o desenvolvimento de atividades florestais ao redor das consulta com ONGs de prestígio e com o apoio de diversas entidades hidrelétricas. A cobertura florestal resultante contribui com a regulação da ENGIE, a exemplo da Tractebel Engineering e a Laborelec, centro de do ciclo de água, mitiga as mudanças climáticas e fornece madeira pesquisas do Grupo com sede na Bélgica. Juliana Gueiros Da esq. para a dir.: Karina Howlett – Comunicação ENGIE Brasil, Anamélia Medeiros – VP de Estratégia ENGIE Brasil, Alexandre Zuccarato – Consultor de Desenvolvimento de Novos Negócios Tractebel Energia, Miguel Lanzuollo – Consultor Florestal e de Bioenergia da ENGIE Brasil, Phillip Hauser – VP de Mercado de Carbono da ENGIE Brasil, Jean Louis Blanc – diretor Comercial, de Inovação e New Business da ENGIE, Maurício Bähr – Presidente da ENGIE Brasil, Cristina Ribeiro – Gerente de Desenvolvimento Sustentável ENGIE Brasil e Luciana Lovisi – Analista de Meio Ambiente ENGIE Brasil 26 Tractebel Energia ALTA VOLTAGEM Tractebel aloca mais energia e melhora resultado no 2º TRI 2015 A mudança na estratégia anual de alocação de energia possibilitou à Entretanto, para o diretor presidente da Tractebel Energia, Manoel Tractebel obter melhores resultados no primeiro semestre de 2015 do que Zaroni Torres, 2015 será mais um ano difícil para o setor, em especial no mesmo período do ano anterior. Assim, no segundo trimestre de 2015 para os geradores hidrelétricos. Segundo Zaroni, a hidrologia tem se o lucro líquido alcançou R$ 209 milhões, 184% acima do apresentado comportado mais próximo da média histórica nos últimos meses, mas no mesmo período do ano passado, quando a companhia direcionou a ainda se observa um intenso despacho de termelétricas para auxiliar maior parte de sua capacidade comercial para o segundo semestre. na recomposição dos reservatórios. Isso tem deslocado a geração O EBITDA apresentou um avanço de 94% no período em análise, das hidrelétricas, que se viram obrigadas a comprar, a preços muito alcançando R$ 586 milhões, com margem EBITDA de 37,9%, 15,8 elevados, aproximadamente 20% da energia vendida na primeira metade pontos percentuais acima da margem do mesmo trimestre de 2014. do ano. À geração inferior ao volume contratado o setor chama de GSF. Entre os fatores que levaram a Tractebel a obter esses números, a “E esse baixo GSF está drenando recursos do caixa, que poderiam ser Diretoria da empresa destaca o efeito positivo de R$ 238 milhões nas destinados a investimentos em andamento. Esperamos uma solução transações ocorridas no mercado de curto prazo e a elevação de R$ rápida para o problema do risco hidrológico, para que os investidores 172 milhões na receita líquida de venda de energia contratada, eventos assumam os riscos razoáveis do negócio”, afirma. parcialmente compensados pela elevação de R$ 55 milhões nas Zaroni ressalta que a crise hídrica também teve seu lado positivo, já que compras de energia para revenda. Já a receita líquida de vendas totalizou trouxe os preços da energia para patamares mais realistas, tanto no no segundo trimestre R$ 1,5 bilhão, crescimento de 13% comparado ao mercado livre quanto nos leilões realizados pelo Governo Federal. valor apurado no mesmo período de 2014. Tractebel na Euronext A Tractebel passou a integrar o índice de responsabilidade empresarial de companhias dos países em desenvolvimento. O índice foi lançado pela Euronext, importante bolsa de valores da zona do euro, e pela Vigeo, agência europeia de avaliação (ratings) de responsabilidade social, ambiental e de governança corporativa. No Brasil, além da geradora e comercializadora de energia, outras nove empresas foram selecionadas, entre elas BRF Brasil Foods, Natura e Weg. Denominado Euronext Vigeo EM 70, o índice distingue 70 empresas de um universo de 900 listadas em 30 países em desenvolvimento, como as que possuem os mais altos desempenhos em responsabilidade empresarial. “A escolha da Tractebel na composição do índice é mais um reconhecimento de um trabalho regular e contínuo, desenvolvido no longo prazo, que busca construir relacionamentos com as partes interessadas, pautados pela harmonia, ética, respeito mútuo e cooperação”, diz o diretor presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres. Coordenação e edição Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Reportagem e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista responsável Duda Hamilton Concepção gráfica e editoração Dzigual Golinelli Foto da capa Duda Hamilton Tiragem 2.750 exemplares