A industrialização no Brasil
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O início da industrialização no Brasil
Grande parte das coisas que você utiliza foi industrializada,
isto é, trabalhada e transformada antes de estar pronta para
o uso. È o caso por exemplo, de roupas, meios de transportes
(carros, ônibus etc.), relógios, cadeiras, alimentos em geral...
A lista de produtos industrializados que você utiliza é
imensa! Muitos desses produtos são fabricados no Brasil.
Nem sempre foi assim. Durante muito tempo, o país
importou a maior parte das mercadorias industrializadas que
utilizava. Nas casas dos fazendeiros, os azulejos eram
portugueses; a porcelana e os tecidos eram ingleses; os
lustres, austríacos; e os relógio de paredes, suíços. Tudo
comprado com o dinheiro obtido nas exportações agrícolas.
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A Atividade industrial no país só ganhou impulso com as indústrias de
base (Tipo de indústria que produz mercadorias que são utilizadas
para produzir outras mercadorias, transforma recursos naturais em
matéria-prima e fabrica máquinas e ferramentas para o uso de outras
indústrias.
 A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), construída pelo governo
federal em 1941, é a maior indústria siderúrgica do Brasil e da
América Latina e uma das maiores do mundo. Sua usina situa-se na
cidade de Volta Redonda, na região do Vale do Paraíba, no sul do
estado do Rio de Janeiro
 No início da década de 1950 foi inaugurada a Usina de Paulo Afonso,
no Rio São Francisco, para gerar energia elétrica para a Região
Nordeste.Em 1953, surgia a Petrobras, também uma empresa estatal,
que passou a ser responsável pela produção, refino e transporte de
petróleo em território nacional.
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Durante a presidência de Juscelino
Kubitschek
(1956-1960),
a
industrialização do Brasil ganhou um
novo impulso, devido principalmente à
instalação de muitas fábricas de origem
estrangeira
no
país.
O
setor
automobilístico foi o que mais cresceu
nesse período, com a presença de filiais
de grandes empresas dos Estados Unidos
e da Europa no território brasileiro.
Com a chegada dessas fábricas de
automóveis, tornou-se necessária a
criação de um setor de autopeças, ou seja,
de indústrias de peças e partes dos
veículos.
O desenvolvimento tecnológico que
permitiu ao país exportar peças ocorreu, a
princípio, para atender às montadoras de
carro que se instalaram aqui.
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A partir de 1960, ocorreu uma imensa
concentração de indústrias no estado
de São Paulo, em especial no chamado
ABCD – os municípios de Santo André,
São Bernardo do Campo, São Caetano
do Sul e Diadema, todos na Grande São
Paulo. Ali nasceria um dos mais
importantes
movimentos
de
trabalhadores do Brasil. Entre os
líderes sindicais que surgiram no ABCD,
está o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
O estado de Minas Gerais recebeu
investimentos
de
uma
grande
montadora italiana instalada em Betim
em meados dos anos 70. O início da
atividade industrial mineira ocorreu
pela presença de minério de ferro no
chamado Quadrilátero Ferrífero.
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A região Sul responde por 21% do pessoal ocupado
na indústria do país. No Rio Grande do Sul surgiram
inicialmente setores industriais mais tradicionais,
como o de alimentos e o de calçados. A indústria do
Rio Grande do Sul tende a se fortalecer com o
avanço do MERCOSUL. Santa Catarina sobressai no
cenário industrial brasileiro pela presença de
indústrias alimentícias e têxteis.
O Nordeste participa com 17% do total do pessoal
ocupado na indústria do Brasil. A Bahia aparece
como o grande destaque da região. Ceará e
Pernambuco, depois da Bahia, são os estados
nordestinos com maior participação no total das
riquezas produzidas pelas indústrias no país.
Na Região Norte, a produção industrial concentrase principalmente em Manaus. A criação da Zona
Franca, em 1967, atraiu indústrias de muitas partes
do mundo. Uma zona franca é uma área em que o
governo cobra menos impostos e facilita a
importação de peças para as indústrias. Por causa
dela, o setor eletrônico, por exemplo, cresceu
muito.
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No passado, as indústrias estatais ajudaram a desenhar o perfil da
produção industrial do país. Em torno delas instalaram-se outras fábricas
e criaram-se pólos importantes. É o caso, por exemplo, das siderúrgicas e
das refinarias de petróleo, que fornecem matéria-prima para outros
setores.
Desde o início da década de 90, isso se alterou. Os novos investidores,
em sua maior parte de estrangeiros, passaram a comparar as vantagens
oferecidas pelos diferentes governos estaduais antes de decidir onde se
instalar. Entre os incentivos, destaca-se a isenção de impostos, pelo qual
o governo estadual deixa de cobrar certos impostos das indústrias, como
forma de atrair os empresários. Esse modelo de desenvolvimento
industrial tem alguns problemas. Um deles - o mais grave – resulta
justamente da isenção de impostos. Arrecadando menos, o governo
dispõe de menos dinheiro para investir naquilo que atrai o empresário:
estradas, portos e aeroportos. Assim, acaba cortando gastos das áreas
sociais para aprimorar a infra-estrutura.
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O Mercado Comum do Sul – Mercosul
(acordo comercial entre a Argentina,
o Brasil, o Paraguai e o Uruguai, teve
início em 1991, quando os 4 países
assinaram o Tratado de Assunção para
facilitar o comércio entre os países
membros. O Chile e a Bolívia fizeram
acordos com os países do Mercosul e
usufruem algumas das vantagens
comerciais promovidas pelo tratado)
também está provocando mudanças
significativas na localização industrial
do país. A integração dos mercados
brasileiro, argentino, uruguaio, e
paraguaio tornou a Região Sul um
importante foco de investimentos de
grandes grupos e empresariais
estrangeiros.
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Um dos estados que mais receberam
investimentos industriais na década
de 1990 foi o Ceará. Os governantes
usaram a isenção de impostos para
atrair indústrias ao estado, então,
criou-se o Fundo de Desenvolvimento
Industrial. As indústrias que se
instalaram na Grande Fortaleza
tiveram 40% do ICMS de volta ao seus
cofres, na forma de um empréstimo
do governo ao empresário.
A construção do Porto de Pecém
(exportação
de
mercadorias
produzidas no Ceará), próximo a
Fortaleza, e a modernização do
aeroporto da cidade têm como
objetivo melhorar as condições de
entrada e saída de mercadorias e
passageiros no Ceará.
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Os estados localizados nas
regiões mais industrializadas
do Brasil também vêm
recebendo
novos
investimentos,
realizados
principalmente por empresas
estrangeiras. Nesses estados,
a isenção fiscal também foi
usada para atrair novas
indústrias. O novo pólo
produtor de automóveis do
país é o estado do Paraná,
que atraiu três grandes
fábricas: uma francesa, uma
alemã e uma dos Estados
Unidos.
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As
indústrias
utilizam
grandes quantidades de
energia elétrica movimentar
suas máquinas.
 A hidroeletricidade e o
petróleo respondem pela
maior parte do consumo
energético do país. No Brasil,
a energia elétrica pode ser
obtida pelo aproveitamento
do movimento da água
(usinas hidrelétricas) e do
calor (usinas termelétricas).
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O Brasil continua sendo um dos poucos
países industrializados do mundo em
que grande parte da energia elétrica é
obtida em usinas hidrelétricas. Nessas
usinas, a água do rio é represada por
meio de uma barragem de concreto,
para então cair de uma grande altura
sobre imensas turbinas que, ao girar,
produzem energia elétrica.
A predominância de usinas hidrelétricas
no Brasil decorreu das condições
naturais de seu território. O regime
tropical de chuvas, predominante na
maior parte do país, associado à
presença de uma rica rede hidrográfica
resultam em elevada capacidade de
produção de energia hidrelétrica. O
relevo também é um fator que facilita a
produção de energia elétrica.
A Região Sudeste, que concentra grande
parte das indústrias, é a maior
consumidora de energia elétrica do país.
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O Rio São Francisco é muito
importante na geração da energia
elétrica que abastece os estados
nordestinos. As usinas do São
Francisco foram implantadas com o
objetivo de também abastecer as
cidades nordestinas e estimular a
industrialização
da
Região
Nordeste.
 A bacia dos rios Tocantins e
Araguaia,na Região Norte, sedia
uma das maiores hidrelétricas do
país, a Usina do Tucuruí. Ela foi
construída para alimentar as
indústrias produtoras de alumínio,
que utilizam as reservas de bauxita
do Pará. Nenhuma outra indústria
consome tanta energia quanto o
alumínio.
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As usinas termelétricas utilizam carvão,
petróleo ou gás natural para gerar
eletricidade. A quantidade de eletricidade
gerada dessa forma no Brasil é pequena. As
termelétricas a carvão se concentram no
estado de Santa Catarina, onde se
localizam as principais jazidas carboníferas.
A cidade de Manaus, por sua vez, é em
parte abastecida por usinas termelétricas
movidas a óleo diesel, um derivado do
petróleo. O aproveitamento de gás natural
para geração energética no país está
crescendo em virtude do acordo realizado
com a Bolívia, que dispõe de importantes
reservas de gás natural em seu território.
As centrais nucleares são termelétricas que
consomem minerais radioativos para fazer
seus reatores. Existem apenas duas
unidades em funcionamento no Brasil, as
usinas de Angra I e Angra II.
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A principal fonte de energia
utilizada para o transporte é o
petróleo.
Seus
derivados
movimentam
motores
de
aviões, navios, caminhões, automóveis e ônibus. No Brasil,
desenvolveu-se uma alternativa
particular de energia para os
automóveis: o álcool, extraído
da cana-de-açúcar. A partir dos
primeiros anos do século XXI, as
montadoras
passaram
a
oferecer carros que funcionam
com dois combustíveis: álcool e
gasolina.
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A cana-de-açúcar é uma fonte
energética importante desde a
implantação do Proálcool, em
1975. Esse programa visava
desenvolver uma alternativa ao
consumo de petróleo, procurando
diminuir a dependência do Brasil
com relação à importação desse
combustível.
 O Proálcool é um programa
polêmico. Além de o governo
federal ter de gastar muito
dinheiro para financiá-lo, ele não
resolve o problema do consumo do
óleo diesel, que movimenta ônibus
e caminhões. Apesar disso, uma
das vantagens é a diminuição da
poluição atmosférica.
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Nenhuma das fontes energéticas está
isenta de causar problemas ambientais.
As grandes hidrelétricas exigem grandes
represas. Para construí-las, é preciso
inundar imensas áreas de vegetação
nativa ou de terras agricultáveis,
desalojando seus habitantes.
A obtenção
da lenha implica
desmatamento, devastando o ambiente
O petróleo, além de finito, é altamente
poluente.
O gás natural é menos poluente que o
petróleo mas também libera substâncias
potencialmente tóxicas na atmosfera.
A energia nuclear gera resíduos
altamente perigosos, que devem ser
guardados por dezenas de anos.
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Energias alternativas
no Brasil
O uso de energias alternativas no Brasil ainda é pouco
estimulado.
O uso da
energia solar,
por exemplo,
tem crescido.
Ela pode ser
uma fonte
energética
tanto para gerar
eletricidade
quanto para
aquecer a água.
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Na energia eólica os
enormes
cataventos
giram
movidos pelo ar e
geram eletricidade
(A energia eólica é a
energia que provém
do vento. O termo
eólico vem do latim
aeolicus,
pertencente
ou
relativo a Éolo, deus
dos
ventos
na
mitologia grega e,
portanto,
pertencente
ou
relativo ao vento).
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Usina de biogás gera
hidrogênio e metano a partir
do lixo doméstico
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Também está crescendo a produção
de gás a partir do lixo. O metano,
que resulta da fermentação do lixo
orgânico, é recolhido e usado para
queima de caldeiras ou mesmo para
gerar calor. (Instituto Nacional de
Ciências Avançadas e Tecnologia
(AIST), do Japão. Eles acabam de
inaugurar a primeira usina de biogás
do mundo capaz de gerar hidrogênio
e metano a partir de lixo doméstico.
A pequena usina, em escala piloto,
utiliza um processo de fermentação
em duas etapas para transformar
lixo orgânico doméstico em gases
que poderão ser utilizados de
diversas formas, seja para a geração
direta de calor, produção de energia
elétrica ou, no futuro, até mesmo
para abastecer veículos movidos a
células de combustível a hidrogênio).
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1. As primeiras indústrias instaladas no país
fabricavam tecidos para ensacar os produtos de
exportação e as peças de vestuários. A partir do
século XIX, começaram surgir as indústrias que
fabricavam pequenas peças mecânicas para
reposição e conserto.
 2. As indústrias de base surgiram a partir do
investimento do governo brasileiro na siderurgia. A
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), construída
pelo Governo Federal em 1941, é um marco nesse
processo de industrialização.

3. São Paulo e Minas Gerais. Pois foram os estados
que mais se industrializaram e receberam
investimentos do setor automobilístico.
 4. A Região Sul por causa do MERCOSUL e a Região
Nordeste por causa da isenção de impostos em
alguns estados para o desenvolvimento dessa
região.
 5. A isenção de impostos por meio do qual o
Governo Estadual deixa de cobrar certos tributos
das indústrias, como forma de atrair os
investimentos para seu estado.
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
6. Essa opção decorreu das condições físicas do território
brasileiro. O regime tropical de chuvas, predominante na
maior parte do país, associado à presença de uma rica rede
hidrográfica resultam em uma elevada capacidade de
produção de energia hidrelétrica.
7. O Programa Nacional do Álcool (Proálcool), iniciado em
1975, visava desenvolver uma alternativa ao consumo de
petróleo, procurando diminuir a dependência do Brasil com
relação à importação desse combustível. VANTAGENS:
diminuição da poluição atmosférica e a matéria-prima (canade-açúcar) pode ser produzida de maneira ininterrupta.
DESVANTAGEM: não resolve o problema de óleo diesel que
movimenta ônibus e caminhões.
8. A energia nuclear gera resíduos altamente
perigosos que devem ser guardados por
dezenas de anos. As usinas nucleares
brasileiras estão localizadas em Angra dos
Reis – no RJ.
 9.
 10. Energia solar ou eólica
Vantagem: menor impacto ambiental .
Desvantagem: o custo dos equipamentos

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Trazer suas dúvidas sobre o capítulo 6 e fazer
as questões 9 e 10 da pág. 121
Beijos!
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
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Pesquisar no dicionário as seguintes palavras
e anotar no caderno.
1. MEGALÓPOLE
2. METRÓPOLE
3. CONURBAÇÃO
4. URBANIZAÇÃO
5. HIERARQUIA URBANA
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Brasil: um país urbano e industrial Capítulo 6: Indústria e produção