Aplicação da Solução Elipse E3 na Usina Termelétrica Jorge Lacerda C, da Tractebel Energia Este case apresenta a aplicação da solução E3 para modernizar o sistema de aquisição de dados e monitoramento existente na Usina Termelétrica Jorge Lacerda C, localizada em Capivari de Baixo (SC) Assessoria de Comunicação da Elipse Software Necessidade Localizado em Capivari de Baixo, município situado a 135 quilômetros de Florianópolis, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda é considerado o maior Pólo Termelétrico a carvão mineral da América Latina. Utilizando tecnologias provenientes de vários países europeus, o Complexo está conectado ao Sistema Nacional Integrado de Energia Elétrica. Além de gerar energia, ele é o maior consumidor de carvão mineral produzido na região carbonífera de Santa Catarina. O projeto surgiu com o objetivo de modernizar o sistema de aquisição de dados e monitoramento existente na Usina Termelétrica Jorge Lacerda C (363MW). Para isso, a primeira etapa a ser vencida foi a de substituir o sistema originalmente instalado, responsável pelo controle das Estações de Trabalho (ETs). Um sistema que utilizava vários supervisórios, constituído por um ambiente gráfico baseado no software Full Graphics, com diversas rotinas desenvolvidas nas linguagens UNIX e C. Devido a todas estas variáveis, o sistema apresentava dificuldades de operação. Em função destes problemas, a Tractebel decidiu passar a utilizar outro software, no caso, o Elipse E3. Uma solução que, ao contrário da originalmente instalada, foi desenvolvida pela Elipse Software, empresa brasileira que oferece todo um serviço de suporte técnico para a correta instalação e esclarecimento de dúvidas a respeito das aplicações da nova solução. A ideia era adquirir um software aberto que permitisse agregar novas funcionalidades, sendo, acima de tudo, confiável. Solução A aplicação desenvolvida com o E3 roda em dois servidores da Usina Termelétrica Jorge Lacerda C, agindo em módulo Hot-Standby. Desse modo, o sistema é controlado por, apenas, um dos servidores, ficando o segundo em estado reserva até o instante em que for verificado qualquer tipo de falha no primeiro. O processo da migração foi bastante complicado, não em função da Elipse, mas sim devido a outros fatores. Na verdade, houve a coincidência da empresa estar implementando outros diferentes projetos na usina, obrigando a Tractebel a trabalhar com vários fornecedores simultaneamente. Nesta etapa, por exemplo, a empresa decidiu modernizar as suas unidades remotas, equipamentos responsáveis pela coleta das informações de campo e, posterior, transmissão aos supervisórios. Assim, enquanto alguns profissionais estavam envolvidos no projeto relacionado à instalação do E3, outros trabalhavam na parte ligada à modernização das remotas. Superadas as dificuldades, foi dado início ao processo de instalação do novo software. Em princípio, as ETs que rodavam em ambientes do antigo sistema foram substituídas por servidores tipo PC, rodando em Windows, o que contribuiu para a maior familiarização dos operadores com o novo programa. Pensando assim, logo em seguida foi feita a troca do sistema usado originalmente pela solução da Elipse. Paralelo a estes processos, foram promovidas modificações nas remotas, cuja arquitetura passou a apresentar um anel com a função de interligar as 11 unidades, ampliando, assim, a comunicação entre cada uma delas. Com isso, ao invés de haver apenas uma remota concentradora de dados, a estrutura passou a contar com 11, sendo possível monitorar todas as informações armazenadas, através de qualquer uma das unidades. Já em relação ao envio dos dados ao supervisório, apenas duas foram incumbidas a realizar esta tarefa. No total, diferentemente do que existia antes, quando haviam três ETs contendo o antigo sistema, duas delas passaram a comportar a solução da Elipse. Com esta modificação, o complexo passou a não contar mais com uma ET de desenvolvimento, ficando a função a cargo do servidor principal. Funcionalidades Figura 1. Relatório registra a data e hora exata das ocorrências O supervisório tem a função de monitorar os principais sistemas da Usina Termelétrica Jorge Lacerda C. Através dele, os operadores podem acompanhar, em tempo real, as informações sobre todas as variáveis do processo, seja ela relacionada à medição da pressão, temperatura e demais grandezas, como também acesso aos dados relativos aos alarmes, contendo um recurso chamado sequenciamento de eventos. Figura 2. Linhas em vermelho correspondem às áreas onde o alarme foi acionado Trata-se de uma ferramenta que permite aos operadores ficarem cientes do exato instante em que ocorreu uma determinada ocorrência operacional para, assim, melhor avaliar suas causas e efeitos. Em suma, o E3 é responsável pela coleta dos dados armazenados nas remotas sobre a situação dos sistemas operacionais da usina e, posterior, amostragem dos mesmos em telas aos operadores. Paralelo a isso, foram desenvolvidas outras funcionalidades. Por exemplo, uma rotina que faz o cálculo do rendimento térmico da unidade geradora, o que possibilita ao operador acompanhar todo o desempenho da planta. Outro recurso criado foi o chamado módulo guia do operador que indica, passo-apasso, quais as ações mais cabíveis para o momento. Assim, o usuário é informado se uma dada ação já foi concluída ou qual deve ser a próxima etapa a ser cumprida. Figura 3. Sistema de Aquisição, Monitoramento e Controle de Dados (SADM-C) Benefícios Segundo o engenheiro responsável pelo Setor de Instrumentação e Controle do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, João Henrique Volcato Pichini, o grande diferencial trazido pelo software da Elipse se concentra no fato de proporcionar diversas vantagens em relação ao sistema que era utilizado anteriormente. Para melhor compreensão dessa realidade, foram listadas as deficiências e benefícios trazidos com a migração para a nova solução. Uma espécie de quadro comparativo entre as diferentes situações encontradas na usina antes e depois da implementação do E3. Antes Estações de Trabalho Sun baseadas no sistema originalmente instalado na Usina. Aplicação única no Brasil, sem similares, centrada em um ambiente gráfico “Full Graphics” e rotinas desenvolvidas nas linguagens UNIX e C. Software fechado, tornando inviável a inclusão de novas funcionalidades. Recuperação dos dados históricos gravados em fita magnética problemática. Problemas na configuração da impressora e queima dos monitores de vídeo. Depois Estações de Trabalho do tipo PC, baseadas no Sistema Operacional Windows. Gravação dos dados históricos gerenciados pelas próprias ETs via um gravador de DVD. Ligação das remotas em anel (Rede OPTONET), com duas delas funcionando como unidades concentradoras de dados. Inclusão de novas funcionalidades no supervisório solicitadas pela operação. Protocolo de comunicação aberto (DNP3.0) entre as remotas e o supervisório, tornando viável a instalação do E3, pelo fato de possuir um driver que suporta este protocolo. Aproveitamento integral das 11 remotas já instaladas. Figura 4. Arquitetura atual do sistema Considerações Finais Para o engenheiro Pichini, uma das principais lições aprendidas ao longo do projeto refere-se à importância da participação de todos os operadores no desenvolvimento e instalação do aplicativo. “É fundamental que todos estejam envolvidos na definição do layout das telas e demais processos para a execução do projeto. Principalmente, nas horas em que enfrentamos certos tipos de problemas, superados graças à colaboração dos colegas”, disse ele. Em relação ao software, o engenheiro responsável pelo Setor de Instrumentação e Controle do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, foi enfático ao aprovar a solução, prevendo, inclusive, a implementação de novos projetos. “Estamos bastante satisfeitos com o produto da Elipse. Tanto é verdade que pretendemos utilizá-lo, ainda este ano, para realizar a supervisão e controle dos sistemas instalados em outras unidades do Complexo Jorge Lacerda”, afirmou. "A utilização do Elipse E3 permitiu à Tractebel Energia flexibilizar e customizar o desenvolvimento de seus sistemas de supervisão e controle da Usina Jorge Lacerda C, através de uma forte parceria com o fornecedor e de uma rede de suporte altamente qualificada. Além disso, a ferramenta tem se mostrado uma solução técnica com ótima relação custo-benefício, à altura de nossas demandas", complementou Gabriel Aurélio de Oliveira, analista de processos da operação da Tractebel Energia S.A. Ficha Técnica Cliente: Tractebel Energia S.A. Integrador: Vieira-Ishikawa Software Ltda Pacote Elipse utilizado: Elipse E3 Número de cópias: 2 Plataforma: Servidor DELL Número de pontos de I/O: 3500 Driver de comunicação: Driver DNP3 e MPROT