Invoca-me no dia da angustia: Eu te livrarei... SI:50:15 ADAPTAÇÕES CELULARES As células podem responder a estresses fisiológicos ou estímulos patológicos, sofrendo uma variedade de adaptações celulares fisiológicas ou morfológicas,através das quais um estado novo é atingido, preservando a viabilidade da célula e modulando sua função. Em resposta a um estresse persistente, a célula pode adaptar-se ou morrer. Quando está submetida a uma injúria subletal persistente tende a se adaptar. Respostas de Adaptações • • • • • Regeneração, Hiperplasia / Hipertrofia, Atrofia, Metaplasia. Displasia. Regeneração • È quando as células se multiplicam para repor perdas teciduais. • Os tecidos podem ser destruídos por trauma e infecção, mortos por infarto, removidos em cirurgias. • A regeneração tecidual depende do tipo de célula afetada pela injúria. Classificação celular - Capacidade de Multiplicação-BIZZOZERO-1884. • Lábeis - Aquelas que continuam a multiplicar-se por toda a vida. • Estáveis - Aquelas que podem se multiplicar, mas são normalmente quiescentes. • Permanentes - Aquelas que não se multiplicam. Células Lábeis • Medula óssea, • A maioria dos epitélios, • Continuam a replicar por toda a vida. Células Estáveis • • • • • • Hepatócitos, Fibroblastos, Endotélio, Músculo liso. Índice mitótico normal é baixo. Pode haver uma onda regenerativa. Células Permanentes • Neurônios - O DNA não se replica na vida pós-natal. • Adipócitos - não se multiplicam, mas podem se trarformar em fibroblastos. Estímulos para Regeneração. • • • • Fatores de crescimento, Correntes elétricas, Comunicação célula-célula, estímulos nervosos. Fatores de Crescimento • São polipeptídios multifuncionais, tem ação inibidora e também estimulante, atua m nos receptores específicos de superfície. Seus efeitos são: • crescimento celular. • Proliferação ou inibição celular. • Diferenciação celular. • Viabilidade celular. • Quimiotaxia, ativação celular na inflamação. Atrofia • É uma redução no volume e na função de uma célula ou órgão. • O estresse pode ser causado por insuficiência Vascular, inflamação crônica ou desuso, • Uma vez restaurada a normalidade, as células atróficas podem reassumir suas funções normais e retornar ao volume inicial. Atrofia Testicular na Hanseníase Tipos de Atrofias • 1. Por desuso ou diminuição de trabalho -membro imobilizado por fratura óssea ou paralisia. • 2. Diminuição do suprimento sangüíneo -atrofia cerebral por aterosclerose em idosos. • 3. Insuficiência de nutrientes - caquexia em cancerosos e em indivíduos de regiões onde a fome é endêmica. Atrofia • 4. Atrofia por interrupção de sinais tróficos - atrofia do endométrio por redução dos níveis de estrógeno-menopausa. • 5. Atrofia por envelhecimento - diminuição do volume dos órgãos em indivíduos idosos. • 6. Atrofia por compressão - líquidos ou neoplasias benígnas sobre o parênquima tiroidiano ou renal. Hipertrofia • É o aumento do volume das células, o que conduz a aumento do volume do órgão como um todo, • O aumento do volume celular é resultante de maior Síntese Proteica, com produção de maior número de componentes estruturais. O conteúdo de DNA dos núcleos das células hipertróficas pode ser maior do que os das células normais, provavelmente porque o seu ciclo celular pára sem que elas sofram mitoses. O conceito de hipertrofia se contrapõe ao de hiperplasia, em que ocorre aumento do número de células. Em geral, os dois processos ocorrem simultaneamente. Classificação das Hipertrofias • 1. Hipertrofia fisiológica - útero na gravidez, músculo esquelético do trabalhador braçal. • 2. Hipertrofia Patológica - por aumento de exigência de trabalho e por ação hormonal. Hipertrofia Patológica • Por aumento de exigência de trabalho: • Músc. Do ventrículo esquerdo com lesão da valva aórtica. • Músc. Liso de bexiga com hiperplasia nodular de próstata. • Músc. Liso no megaesófago e megacólon chagásico. Sobrecarga hemodinâmica crônica causada por Hipertrofia Patológica • Por ação hormonal: • No hipertireoidismo, as células foliculares da tireóide passam de cúbicas a primáticas. Mecanismos de Hipertrofia • Estudos sobre o coração: os mecanismos da hipertrofia cardíaca envolve muitas vias de transdução de sinais, levando a indução de vários genes ( incluem aqueles que codificam fatores de transcrição = c-fos, c-jun; fatores de crescimento TGF beta, IGF-1 e FGF; agentes vasoativos – endotelina 1 e angiotensina II), que por sua vez, estimulam a síntese de numerosas proteínas celulares Hipertrofia • Para que uma célula se hipertrofie é necessário que haja maior exigência de trabalho mecânico, com produção de maior quantidade de proteínas, com maior síntese de estruturas intracitoplasmáticas. • Pode haver aumento do material genético pu duplicação do genoma. Miocárdio Normal Hipertrofia do Miocárdio Hiperplasia • É o aumento do número de células em um órgão, em consequência do aumento do rítmo de divisão celular com manutenção de seu padrão morfo-funcional. • Ela ocorre em células lábeis e estáveis que tem capacidade de reprodução mantida. Hiperplasia • Para que ocorra hiperplasia é necessário: • • • • Um fluxo sangüíneo adequado, Integridade de inervação, Integridade da estrutura morfofuncional da célula. A hiperplasia está bastante relacionada com a hipertrofia, pois os estímulos que atuam sobre a célula fazem com que haja maior síntese de proteínas, levando ao aumento do volume celular e /ou divisão mitótica. Tipos de Hiperplasias • 1. Fisiológica - Hormonal, • 2. Compensatória ou Vicariante, • 3. Hiperplasia Patológica - hormonal, reacional, congênita. A Hiperplasia Patológica representa um solo fértil onde a proliferação cancerosa pode finalmente ocorrer… Hiperplasia Fisiológica - Hormonal • Útero e mama na gravidez e na puberdade. Compensatória ou Vicariante • Fígado após hepatectomia parcial, • Rim após nefrectomia unilateral, • Testículo remanescente após orquiectomia unilateral. Hiperplasia Patológica - Hormonal • Hiperplasia do endométrio, • Hiperplasia da cortical da supra-renal, • Hiperplasia das células de Leydig. Hiperplasia Patológica - Reacional • De tecido conjuntivo- vascular em cicatrização. Hiperplasia Patológica - Congênita • Macrossomia fetal, • Hiperplasia de ilhotas de Langerhans em fetos de mães diabéticas. MECANISMO DEHIPERPLASIA • É geralmente causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores de fatores de crescimento ou ativação de determinadas vias de sinalização intracelular que levam a produção de fatores de transcrição que ativam muitos genes celulares, incluindo os que codificam os fatores de crescimento, receptores para FG e reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação celular. Metaplasia • É definida como uma transformação de um tipo de tecido totalmente adulto e diferenciado para outro tipo de tecido igualmente adulto e diferenciado. Tipos de Metaplasias • 1. Epitelial (escamosa, apocrina, intestinal, antral) . • 2. Mesenquimal (ossea, Cartilaginosa) Metaplasia Epitelial • Escamosa – ep. Reve. Mucoso, ductos ou glândulas, colo do útero, endométrio. • Apocrina – glândula exócrina da mama. • Intestinal – gastrite crônicas, colecistites, . • Antral – gastrectomias parciais, inflamação crônica da mucosa gástrica. • Decidual – trompa e ovário. Metaplasia Mesenquimal • Cartilaginosa – cicatrizes, tecidos de pseudo-artrose e na cápsula sinovial. • Óssea – pode aparecer em qualquer tecido onde haja deposito de cálcio ou sobre qualquer cartilagem. Causas Irritativas – Metaplasia. • Agressão mecânica de longa duração, • Ação repetida de calor associada a substância química, como ação de alimentos quentes – chimarrão, chá, cachimbo. • Inflamação prolongada. A metaplasia é reversivel. Se o estímulo for removido o epitélio metaplásico retorna ao normal. Displasia • ( do grego dis =dificuldade e plasein = formar), • organização anormal ou uma diferenciação desordenada de células ou do tecido presente em um órgão. • OMS, É uma lesão na qual parte da espessura do tecido (epitélio) é substituída por células com vários graus de atipia. Displasia • O desenvolvimento desorganizado das células se manifesta morfologicamente por variação na maturação citoplasmática associada a anormalidades nucleares. • Representa uma reação do epitélio a uma injúria, sofrendo uma alteração morfológica, apresentando atipias celulares. Não se pode prever como e quando um determinado estímulo irá iniciar o processo de displasia... Tipos de Displasia – Atipias. • Leve – discreta alteração, lesão de baixo grau. • Moderada – Há alteração mais acentuada da arquitetura e estratificação do epitélio. • Grave / carcinoma in situ. Displasia leve ou NIC I ou Lesão de baixo grau (Bethesda) • Há discreta alteração da arquitetua do terço superior do epitélio pavimentoso estratificado, • Discreto aumento do volume nuclear, • redução do volume citoplasmático, • Núcleos arredondados ou ovóides, com discreta hipercromasia. Displasia Moderada ou NIC II ou Lesão de alto grau(Bethesda) • Há alteração mais acentuada da arquitetura e estratificação do epitélio, • As atipias nucleares são visíveis na camada basal, apresentando granulação cromatínica mais grosseira, hipercromasia, e figuras de mitoses. Displasia Grave ou Carcinoma in SITU ou NIC III, Lesão de alto grau(Bethesda) • Grande alteração da arquitetura das três camadas do epitélio, • células de reduzida maturação, com perda do volume citoplasmático e aumento do volume nuclear, • Células basal e parabasal atípicas, núcleos hipercromáticos, de cromatina grosseira, • Há mitoses em toda a espessura do epitélio. A evolução das Displasias para lesões mais graves tem sido documentada... • Sabe-se que as displasias graves e o carcinoma in situ são mais propensos a persistir ou a progredir para cancer, enquanto que as displasias leves tende a regredir espontaneamente. OBRIGADA! Que tal um cafezinho?