Conselho Estadual de Educação REGIME DE COLABORAÇÃO COM OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO. 1 – Avaliação Institucional - Normas Legais: Constituição Federal de 1988. Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I... VII -garantia de padrão de qualidade. Lei nº 9.394/96 Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I... IX – garantia de padrão de qualidade. Art. 9º A União incumbir-se-á de: I... V – coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria na qualidade do ensino; VIII – assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I.... IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I.... IV – autorizar, credenciar e supervisionar estabelecimentos do seu sistema de ensino; os A Avaliação, no decorrer dos tempos, tem se constituído em processo de julgamento dos alunos e decisório na sua trajetória escolar. No final do século passado começou a ganhar espaço a avaliação institucional, marcada pela concepção positivista da medição e classificação agora institucional. Avaliação Institucional Interna e Externa “Avaliar é uma forma de restabelecer compromissos com a sociedade”. Avaliação Institucional ultrapassa amplamente a questão das aprendizagens individuais e busca a compreensão das relações e das estruturas. Essas relações e as estruturas que passam pelo fazer da Instituição são públicas e sociais. Este caráter público e social de qualquer instituição escolar, independentemente de sua forma jurídica, é que impõe com maior força e mais urgência a necessidade da avaliação institucional. A Avaliação Institucional não é instrumento de medida de atividades de indivíduos isolados, mas de constituir a qualidade das relações na instituição, de constituir as articulações, integrar as ações mais amplas, relacionar as estruturas internas da comunidade externa, visando a promoção da avaliação institucional de caráter essencialmente pedagógico. Deve ser uma ação sistemática e global, que ultrapasse amplamente as avaliações pontuais e corriqueiras da vida escolar. Não se restringe às testagens de conhecimentos ou a medidas de produção, nem mesmo se completa com a elaboração de banco de dados. A avaliação institucional é um processo descritivo sistemático, com enfoque global, integrado à atividade educativa da instituição, reflexivo e compreensivo que propicia a melhora da instituição educativa. Avaliação Externa Para que a avaliação institucional externa não se restrinja a medir quantidades e volumes e comparar instituições não levando em conta sua diversidade, apresentamos os pontos mais importantes, os quais devem ser contemplados: grau de autonomia da escola; matriz organizacional; planejamento do ensino; relação entre conteúdos propostos/ensinados e conteúdos ensinados/aprendidos; utilização do tempo pedagógico; estratégias e técnicas de ensino utilizadas; infra-estrutura (adequação, manutenção e conservação) espaço físico e instalações; equipamentos; recursos e materiais didáticos; operacionalização do Projeto Político-Pedagógico e Proposta Pedagógica. Avaliação Interna proposta de qualidade da escola é um exercício pedagógico de construção coletiva os atores da escola têm que ter clareza da avaliação, para construção do projeto de qualidade desejada. reflexão na busca da auto-consciência institucional oferecendo oportunidades de crescimento individual e coletivo. Uma escola de qualidade é o lugar onde se cultiva: • democracia/participação; • autonomia/emancipação; • compromisso; • competência/saber; • humanização:sensibilidade,afetividade, prazer; • universalização/eqüidade; • ousadia; • mediação de conflitos; • justiça; • valorização da cultura; • espaço para o novo; • solidariedade; • criatividade; • tolerância. Para efetivação dessa proposta, de Avaliação Interna a escola deve traçar o projeto de autoavaliação, considerando: o que avaliar (informações –variáveis e indicadores); por que e para que avaliar (justificativa e objetivos); como avaliar (metodologia); quando avaliar e quem avaliar. 1. a) b) c) d) O que avaliar? O contexto institucional da escola; As condições internas; A Proposta Pedagógica; Os atores do fazer pedagógico-gestão. 2. Por que e para que avaliar? a) Processo de sistematização que dá suporte ao planejamento e à gestão. Resgatar a dimensão da qualidade; Diagnosticar a realidade da escola (auto consciência institucional); Alimentar o processo decisório; Promover a revisão sistemática de objetivos e estratégias de ação tornando-os dinâmicos. b) c) d) e) 3. a) b) Como avaliar? Processo de descrição, percepção e critica da realidade institucional, a avaliação se utiliza dos métodos e processos de investigação das ciências sociais. Os métodos para obtenção das informações não podem restringir-se aos instrumentos de coleta de dados e opiniões, requerendo também, a observação participante e a análise coletiva. A pesquisa-ação pode constituir-se em valioso instrumento no processo de avaliação. 4. Quando avaliar e quem avalia? a) este processo deve fazer parte da cultura organizacional, constituindo um processo permanente; monitoramento, revisão sistemática e reorientação das ações na direção dos objetivos ou reformulação destes; estabelecer etapas, escalonando no tempo aspectos a serem avaliados, não sendo necessário atingir a globalidade das variáveis. todos os referenciais apresentados devem estar expressos dentro da organização, sem o que a avaliação pode ser fraudada por resistências e boicotes, não gerando eficácia. b) c) d) Referências Bibliográficas Luchesi, E. C. - Avaliação do rendimento escolar, para além do autoritarismo. Genuino Bordignon – Ensaio – Avaliação e Políticas Públicas em Educação – Avaliação na Gestão de Organizações Educacionais –– Vol. 3 – Fundação Cesgranrio. José Dias Sobrinho – Avaliação da Educação Superior – Editora Vozes. José Dias Sobrinho – Newton Cesar Balzan – SP - Cortez – Avaliação Institucional – Teoria e Experiências. Elizabeth Melo Rico – Avaliação de Políticas Sociais: Uma questão em debate – São Paulo – Cortez: vários autores.