Investigação
Qualitativa
Trabalho de Campo
“A vida é tão bela que chega a dar medo.
Não o medo que paralisa e gela, estátua súbita,
mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz
o jovem felino seguir para a frente farejando o vento ao sair,
a primeira vez, da gruta.
Medo que ofusca: luz! (...)”
O Adolescente, por Mário Quintana
Robert Bogdan e Sari Biklen
 O terceiro capítulo discorre sobre a especificidade do
trabalho de campo que é a forma que a maioria dos
investigadores qualitativos utiliza para coletar seus
dados.
 No trabalho de campo o investigador passa muito
tempo com seus sujeitos no território destes. Ali ele
trabalha para conseguir a aceitação dos sujeitos para
poder prosseguir com os objetivos da investigação.
 Os autores subdividem o capítulo em tópicos que dão
uma direção para quem precisa fazer trabalho de
campo, a saber:
 Acesso
 Início
 Participação
 Entrevistas
 Fotografias
 Saída de cena
Essas “fases” do processo de acesso valem para vários estudos qualitativos.
 INVESTIGAÇÃO DISSIMULADA
 INVESTIGAÇÃO OBJETIVA
CÓDIGOS DE
CONDUTA
DESCONFORTO
INÍCIO
PARTICIPAÇÃO
FLEXIBILIDADE
PERSISTÊNCIA
CRIATIVIDADE
ENTREVISTAS
RELATIVAMENTE
ABERTAS
ABERTAS
ESTRUTURADAS
MÁQUINA
FOTOGRÁFICA
FOTOGRAFIA
PRESENÇA
COMPENSADA
PRESENÇA
EXPLORADA
PRESENÇA
MINIMIZADA
SAÍDA
Ao longo do terceiro capítulo, Bogdan e Biklen
discorrem sobre as etapas do trabalho de campo.
De acordo com eles é a maneira através da qual
grande parte dos pesquisadores realiza sua coleta
de dados.
Segundo os autores, campo remete à ideia
de território e essa associação é válida à medida
que é no ambiente dos sujeitos que o pesquisador
passa grande parte do seu tempo a realizar
“procedimentos de aproximação” que permitam a
criação de vínculos em benefício do processo de
pesquisa.
Mas como obter acesso ao campo? O que
relatar? Quando e com que frequência? Que condutas
sociais devem ser tomadas ao longo do processo?
Para responder e refletir sobre essas e outras
questões, Bogdan e Biklen subdividem o trabalho de
campo em seis etapas que consistem, basicamente em:
acesso, início, participação, entrevistas, fotografias e
saída de campo.
Durante a explanação de cada uma dessas etapas,
os autores enfatizam com frequência que, embora o
pesquisador possa estar inserido no ambiente do
sujeito, registrando suas falas e ações, seu papel não
é o de estar no lugar dele, mas o de tentar
compreender como ele pensa, sem esquecer que
permanece numa esfera diferente.
Mas é nesse território e a partir dos laços nele
criados, que o investigador será capaz de viabilizar
seu projeto de pesquisa. Com ética, persistência,
flexibilidade e criatividade.
"A emoção mais bela que podemos experimentar é o sentimento de
mistério. É a emoção fundamental que está no berço de toda a
verdadeira arte e ciência. Aquele que desconhece essa emoção,
aquele que não consegue mais se maravilhar, ficar arrebatado pela
admiração, (...) é uma vela que foi apagada. Sentir que por trás de
qualquer coisa que possa ser experimentada há algo que nossa
mente não consegue captar, algo cuja beleza e solenidade nos atinge
apenas indiretamente: essa é a religiosidade (...)."
Albert Eistein
CRÉDITOS
BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em
Educação. Porto: Porto Ed., p.
CHIZZOTTI, A. (2010). Pesquisa Qualitativa em Ciências Humanas e
Sociais. RJ: Vozes Ed., p.19-21.
LUDKE, M. & ANDRÉ M.A.D.A (1986) Pesquisa Qualitativa em Educação:
abordagens qualitativas.
Imagem de domínio público.
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