Boletim Epidemiológico A TUBERCULOSE EM SALVADOR ANO 1 No 01 (outubro/2007) EDITORIAL Salvador é considerada pelo Ministério da Saúde, cidade prioritária no controle da tuberculose, visto que apresenta-se como a terceira capital do país, em número de casos de tuberculose, notificando, aproximadamente, 3 mil casos-ano, com uma incidência de 92,4/100mil/hab em 2006, o que corresponde a quase o dobro da incidência nacional 48/100.000hab. O trabalho articulado entre as diferentes áreas técnicas de gestão da SMS, COAPS/PCT (Assistência), COSAM/VIEP (Vigilância Epidemiológica) e CRA/SUIS (Sistema de Informação), a parceria com a ONG belga Associação Damien do Brasil, além do fortalecimento da comunicação entre Estado e Município, possibilitou a realização de diversas ações em prol da melhoria da gestão municipal da tuberculose, o que determina o compromisso político desta Gestão Municipal com o PCT. O PCT municipal desenvolve um trabalho voltado para a implementação das medidas de controle da tuberculose (detecção de casos, tratamento e cura dos casos), além de executar diversas atividades nos seus eixos operacionais, tais como capacitação de recursos humanos, descentralização do PCT nas UBS/USF, descentralização do SINAN para os DS, descentralização da rede laboratorial, supervisão distrital, avaliação quadrimestral nos DS, campanhas de mobilização social e participação na amostra estadual no II Inquérito Nacional de Resistência às Drogas em Tuberculose. Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) DESCENTRALIZAÇÃO DO PCT PARA OS 12 DISTRITOS SANITÁRIOS DE SALVADOR O gráfico I, ilustra o trabalho realizado com a descentralização do PCT para as unidades de saúde do município. De acordo com o PMCT, em maio de 2005, existiam 38 unidades (UBS e USF) que atendiam aos casos de tuberculose. Com o processo de descentralização,no final de 2006, 73 unidades (UBS e USF) passaram a realizar ações do PCT, o que corresponde a 76% das unidades de saúde de Salvador. GRÁFICO I: Distribuição do PCT nas Unidades de Saúde UBS/USF do município de 100% Salvador, 2006 80% US-PCT-TDO 2 2 3 2 6 2 4 2 1 1 1 2 4 16 5 38 3 1 po an ab ul a B ei Pa ru Su u d bu a rb Li m io a Fe rr ov ia rio C aj az ei ra s Sa lv ad or C Ita Ri o do oc a B rm Ve Ri os a ar r B el ho as ro t B o p C ag ae ip ta e no -V al er ia Li be rd ad e o Ita or ic Sã is t H ro en t C 23 1 35 2 0% FONTE: COAPS/SMS/2007 4 1 2 3 40% 20% 4 7 3 60% US 2 2 2 6 US-PCT Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE Os gráficos II e III , apresentam uma série histórica do número de Casos Novos e Taxa de Incidência de Tuberculose todas as Formas e Tuberculose Pulmonar Positiva respectivamente, no período de 2001 à 2006 no município . Nota-se uma ligeira queda nos indicadores nos três últimos anos. Esta queda deve ser analisada com muito critério, quanto a verdadeira tendência de declínio dos indicadores no município de Salvador. GRÁFICO II: Nº. Casos Novos e Incidência de TB todas as Formas, Salvador-Bahia Fonte: SINANWEB MS 2007 Boletim Epidemiológico GRÁFICO III: Nº. Casos Novos e Incidência de TB Pulmonar Positivo, Salvador-Bahia Fonte: SINANWEB MS 2007 ANO 1 No 01 (outubro/2007) Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) NÚMERO CASOS TUBERCULOSE POR FAIXA ETÁRIA Os gráficos IV e V , apresentam uma série histórica da distribuição de Casos Novos de Tuberculose Todas as Formas e Tuberculose Pulmonar Positiva respectivamente, por Faixa Etária no período de 2001 à 2006 no município . Nota-se a mesma tendência nos dois gráficos analisados e que está em concordância com os estudos nacionais que verifica maior acometimento desde agravo na idade produtiva entre os 20 e 59 anos de idade. 10000 1000 100 10 70 -7 9 80 e + a 10 15 -1 9 20 -3 9 40 -5 9 60 -6 4 65 -6 9 14 9 a 5 a 1 <1 4 1 An o Nº Casos Novos GRÁFICO IV: Distribuição de casos de TB toda as formas por Faixa Etária,Salvador-Ba Nº Casos Novos de Tuberculose Todas as Form as por faixa Etária, por Ano Diagnóstico 2001-2006, Salvador-Ba Faixa Etária Fonte: SINANWEB MS, 2007 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) GRÁFICO V: Distribuição de casos de TB Pulmonar Positiva por Faixa Etária, Salvador-Ba Nº Casos Novos Nº Casos Novos de Tuberculose Pulmonar Positivo por Faixa Etária, Ano Diagnóstico 2001-2006, Salvador-Ba 10000 1000 100 10 1 <1 o An 1a 4 5 a 9 10 a 14 9 9 9 -1 -3 -5 5 0 0 1 2 4 4 9 9 + -6 -6 -7 e 0 5 0 6 6 7 80 Faixa Etária 2001 Fonte: SINANNWEB MS, 2007 2002 2003 2004 2005 2006 Boletim Epidemiológico SERVIÇOS SAÚDE ANO 1 No 01 (outubro/2007) No Gráfico VI, verificamos a distribuição de casos de tuberculose nos nove serviços de saúde de Salvador, responsáveis por cerca de 80% do diagnóstico de tuberculose, incluindo a referência estadual: Hospital Otávio Mangabeira no período de 2004 à 2006. Nota-se que no período analisado, houve um declínio no número de casos notificados nestas referências, fato atribuído ao processo de descentralização do PCT para as UBS/PSF. GRÁFICO VI: Distribuição de número de CN Diagnosticados por Serviço de Saúde período de 2004-2006 ,Salvador-Ba Fonte:SINAN W, COAPS-2007 Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) COORTE TRATAMENTO No Gráfico VII, verificamos o resultado da Coorte de tratamento de Casos Novos de Tuberculose Todas as Formas nos últimos três anos. Observa-se uma melhora nos indicadores analisados embora a taxa de cura esteja aquém (70%) do que é preconizado pelo Ministério da Saúde.Todos os esforços tem sido realizados para incrementar a cura e resolver os casos sem informação e transferidos do município.Os resultados de 2006 são parciais em função de problemas com o Sistema de Informação. Resultado da Coorte de Tratamento TB Todas as Formas,no período de 2004-2006, salvador-Ba 80 Percentual GRÁFICO VII: Resultado Coorte Tratamento de Tuberculose Todas as Formas , 20042006 Salvador-Ba 60 40 20 0 2004 2005 2006 Ano Fonte: SINAN SMS /COAPS 2007 Ignorado Cura Abandono Transferência Boletim Epidemiológico ANO 1 No 01 (outubro/2007) PRINCIPAIS AVANÇOS Vontade política na priorização do Controle da TB; Equipe Municipal específica e empenhada para o PCT; Trabalho articulado entre a Assistência, Vigilância e Sistema de Informação; Existência de Centros de Referência para o PCT (IBIT, 2º CS); Definição de uma supervisora distrital para o PCT; Descentralização do SINAN para os DS; Implantação do PCT em 100% das USF; Implantação da Ficha de Transferência Municipal; Intensificação das ações de Comunicação e Educação em Saúde; Veículo para busca de faltosos. ELABORAÇÃO : ROSANA FIALHO E VALKÍRIA MOTTA - PCT SALVADOR