Mudar fundo branco azul letra preta Foto mosca Analogia o mortalidade A cada 20 segundos morre uma pessoa por tuberculose no mundo http://www.who.int/features/factfiles/tb_facts/en/index2.html Infecção e Adoecimento TRATAMENTO Tuberculose - Tratamento De acordo com os princípios básicos do tratamento da tuberculose, qual alternativa é verdadeira? A associação medicamentosa serve para evitar mutação do bacilo da tuberculose e com isto evitar e resistência as drogas A fase de ataque objetiva uma redução significativa dos bacilos, enquanto a de manutenção, a eliminação persistente Tratamento regular (adesão) não interfere na resistência adquirida Tuberculose - Tratamento Princípios gerais do tratamento 1 Associação medicamentosa Proteção cruzada para evitar a resistência bacilar 2 Regime prolongado e bifásico 3 Tratamento regular (adesão) Fase de ataque - redução da população bacilar Fase de manutenção - eliminação de persistentes Proteção da resistência adquirida Garantia de cura duradoura da doença Hisbello Campos Tuberculose - Tratamento Populações bacilíferas e aerobiose intra cavitária crescimento geométrico intracelular (macrófago) extracelular (granuloma) crescimento lento crescimento intermitente Tuberculose - Tratamento Populações bacilíferas e atividade das drogas população cavitária população intracelular RMP SM INH RMP PZA população intracáseo RMP INH INH (EMB) EMB (PZA) crescimento geométrico crescimento lento crescimento intermitente Tuberculose - Tratamento Associação de drogas como proteção para a resistência do M. tuberculosis “FOGO CRUZADO” RMP + INH 106 bacilos resistentes a INH RMP+INH = 1014 bacilos resistentes 108 bacilos resistentes a RMP Dalcolmo MP, Tese de Doutorado, 1999. Medicamentos anti-TB Mutantes naturalmente resistentes Rifampicina 1:108 bacilos Isoniazida 1:106 bacilos Pirazinamida 1:104 bacilos Etambutol 1:106 bacilos Estreptomicina 1:106 bacilos Quinolonas 1:106 bacilos R+H 1:1014 bacilos R+H+Z 1:1018 bacilos R+H+Z+E 1:1024 bacilos Associação Medicamentosa Rifampicina 1:108 bacilos resistentes “Fogo cruzado” + Isoniazida 1:106 bacilos resistentes 1 bacilo resistente + em Pirazinamida 1:104 bacilos resistentes + Etambutol 1:106 bacilos resistentes 1024 bacilos Tuberculose - Tratamento Crescimento bacilar e fases do tratamento Crescimento geométrico Tratamento prolongado e bifásico Crescimento lento 1om 2om 3om 4om 5om 6om Fase de ataque Fase de manutenção Transmissibilidade Morbidade Resistência Cura efetiva e duradoura da doença. Hisbello Campos Tuberculose - Tratamento Características do bacilo importantes para a quimioterapia 1 Aeróbio estrito: Crescimento de acordo com a oferta deO2 2 Crescimento lento: Recaídas, recidivas e tratamento prolongado 3 Alta percentagem de mutantes resistentes: Exige esquemas com associação de drogas Tuberculose - Tratamento Paciente virgem de tratamento, na cultura pré tratamento apresenta resistência apenas a rifampicina e isoniazida. Qual sua classificação conforme perfil de resistência? Paciente não pode ser classificado como TBMR TBMR adquirida TBMR primária Tuberculose - Tratamento Tipos de resistência do M.tuberculosis Multiresistência a R+H (TBMR) resistência resistência extrema (XDR) Resistência transmissão para paciente primária sem tratamento anterior Resistência seleção por problemas no tratamento adquirida (potência baixa-abandono-irregularidade) Resistência natural resultado de mutação genética natural Inquéritos Nacionais de Resistência aos medicamentos anti-TB Período Medicamentos (resistência primária) 1º Inquérito (1995-97) 2º Inquérito (2007-08) H 4,4 6 Fonte: Bol Pneumol Sanit 2003; 11 (1) : 76-81 Comunicação do autor, III Encontro Nac. TB 2008P R 1,3 1,5 RH 1,1 1,4 Tuberculose - Tratamento OMS, 2009 Tuberculose - Tratamento Receita para XDR TB Uso inapropriado de fármacos de 2ª linha em doente com falência terapêutica aos fármacos de 1ª linha. Transmissão da infecção aos contactos que adquirem XDR TB primária. Tuberculose - Tratamento Características do serviço de saúde Características dos serviços de saúde Vulnerabilidade Potencial resultado negativo Várias estruturas de serviços de saúde Falha de comunicação Diagnóstico tardio da TB Inexistência de prática Multiplicidade de da medicina baseada em estratégias de protocolos tratamento Dificuldade de controle; resultado terapêutico imprevisível Não existe política demonitoramento e avaliação Os erros não são detectados nem discutidos Os erros não são corrigidos Não existe estratégia de procura do doente não aderente Tratamentos Desenvolvimento de incompletos, abandonos, resistências retratamentos Rotatividade das pessoas que trabalham em tuberculose Insuficiente conhecimento, capacitação e experiência Baixa detecção,esquemas inadequados, não detecção de erro. Tuberculose - Tratamento Pac. feminina, 27 anos, vendedora. Há 3 meses com tosse e escassa expectoração, mal estar vespertino e alguns picos de temperatura entre 37,5º e 37,8ºC. Tem suado à noite e emagreceu 2 kg neste período. Nega outras doenças, tabagismo ou contato com TB. Exame físico: 37ºC . Corada, hidratada. Exame segmentar sem particularidades. Escarro: 2 amostras BAAR negativas. PPD:15 mm. Qual a conduta mais adequada para paciente? Tratar como TB pulmonar Solicitar cultura de escarro e aguarda resultado para início da terapêutica Iniciar quinolona Fonte: Dr. Dante L. Escuissato Tuberculose - Tratamento Infecção - uma transmissão bem sucedida Nidação do bacilo no alvéolo Fagocitose pelo macrófago alveolar Tuberculose - Tratamento Tuberculose pulmonar escarro negativo Critérios Probabilísticos de Diagnóstico Clínicos: • Tosse • Febre • Sudorese • Perda de peso Radiológico: • Localização • Característica • Evolução Prova tuberculínica Positiva Permitem iniciar o tratamento quando baciloscopia negativa Tuberculose - Tratamento Clínica e Radiografia sugestivas BK 2 amostras Negativas BK (-) Escarro induzido TB provável Cult BAAR Teste terapêutico Melhora ou Cultura (+) TB não provável BK (+) Tratamento Investigar outra doença Manutenção dos sintomas e Cultura (-) Confirma o diagnóstico e conclui o tratamento Tuberculose - Tratamento Paciente BD, 29 anos, em tratamento regular para tuberculose com Esquema Básico. Baciloscopia de controle do segundo mês positiva (+), sendo a pré-tratamento (++). Qual a conduta mais adequada? Solicitar cultura de escarro com teste de sensibilidade e manter esquema em uso Introduzir estreptomicina Solicitar cultura de escarro com teste de sensibilidade e introduzir esquema de TBMR Tuberculose - Tratamento Esquemas atuais para tratamento da TB Esquema Básico Esquema de falência / multirresistência 1ª fase (ataque) – 2 meses Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol 2ª fase (manutenção) – 4 meses Rifampicina Isoniazida 1ª fase (ataque) – 6 meses Estreptomicina Pirazinamida Etambutol Levofloxacina Terizidona Esquemas Especiais FONTE: Jorge Rocha 2ª fase (manutenção) – 12 meses Etambutol Levofloxacina Terizidona Esquemas Individualizados Esquema básico (EB) para o tratamento da TB (adultos e adolescentes) Regime Fármacos RHZE 2RHZE 150/75/400/275 mg Fase intensiva comprimido em dose fixa combinada 4RH Fase de manutenção Faixa de peso Unidades/dose 20 a 35 kg 2 comprimidos 36 a 50 kg 3 comprimidos > 50 kg 4 comprimidos 20 a 35 kg 1 comp. ou cáps. 300/200 mg 1 comp. ou cáps. 300/200 mg + 1 comp. ou cáps. 150/100 mg 2 comp. ou cáps. 300/200 mg RH 300/200 ou 150/100 mg 36 a 50 kg comprimido ou cápsula > 50 kg Fonte: Nota Técnica PNCT/DEVEP/SVS/MS Meses 2 4 Indicações do Esquema Básico (EB) Caso novo: (*) de todas as formas de TB pulmonar e extrapulmonar (exceto meningoencefalite), infectados ou não pelo HIV (*) Paciente que nunca usou medicamentos anti-TB ou usou por menos de 30 dias. Retratamento: recidiva (*) ou retorno após abandono (*) Adoecimento por TB após tratamento anterior com Esquema I ou EB com cura, independentemente do tempo em que esse primeiro episódio ocorreu. Fonte: Nota Técnica PNCT/DEVEP/SVS/MS Esquema de Multirresistência Tuberculose - Tratamento FONTE: Jorge Rocha Tuberculose - Tratamento Hierarquização da atenção à TB Referência Terciária Centro de Referências Esquemas Especiais Esquemas individualizados Referência Secundária Hospitais Policlínica Esquemas Especiais UBS Policlínica UBS UBS Atenção Primária à Saúde Esquema Básico FONTE: Jorge Rocha PSF PSF PSF PSF PSF PSF PSF PSF PSF Atenção Básica Indicar e prescrever o EB, acompanhando o tratamento dos casos confirmados bacteriologicamente sob TDO e realizando mensalmente as baciloscopias de controle até o final do tratamento. Identificar precocemente a ocorrência de efeitos adversos, conduzindo e orientando os casos que apresentem efeitos considerados “menores”. Receber os casos contra-referenciados para acompanhamento e TDO compartilhado. Encaminhar para a unidade de referência os casos nas seguintes situações: • casos com forte suspeita clínico-radiológica e baciloscopias negativas; • casos de difícil diagnóstico; • casos de efeitos adversos “maiores”; • falência; • qualquer tipo de resistência; • casos com evolução clínica desfavorável. Fonte: GT Atenção/CTA/PNCT/DEVEP/SVS/MS Referência Secundária Estabelecer diagnóstico diferencial de TB pulmonar negativa à baciloscopia, casos com apresentação radiológica atípica e formas extrapulmonares. Garantir o TDO para os casos indicados, podendo ser realizado na própria referência ou na Atenção Primária (supervisão compartilhada). Avaliar criteriosamente os casos encaminhados com persistência de baciloscopia positiva no 4º mês: • má adesão ao esquema básico iniciar TDO e aguardar Cultura e TS • resistência as drogas (falência) encaminhar à referência terciária Encaminhar casos com qualquer tipo de resistência à referência terciária. Contra-referenciar casos para início ou continuidade de tratamento (encaminhamento com resumo clínico e resultados de exames). Fonte: GT Atenção/CTA/PNCT/DEVEP/SVS/MS Referência Terciária Diagnosticar e tratar todos os casos com qualquer resistência (monorresistência, polirresistência, TBMR e TBXDR), realizando mensalmente os exames de controle. Garantir o TDO para todos os casos, podendo ser feito na própria referência ou na Atenção Básica (supervisão compartilhada). Identificar precocemente os efeitos adversos aos medicamentos de 2ª linha e de reserva, adequando o tratamento quando indicado. Enviar o cartão do tratamento supervisionado à Atenção Básica, além de todas as orientações que se fizerem necessárias . Fonte: GT Atenção/CTA/PNCT/DEVEP/SVS/MS Tuberculose - Tratamento O resultado do teste de sensibilidade do paciente BD foi resistência a Rifampicina e a Isoniazida. Qual a conduta mais adequada na UBS? Iniciar esquema de multirresistência Encaminhar para referência, mantendo o uso do esquema básico Manter esquema básico em uso, pois paciente encontra-se clinicamente estável Tuberculose - Tratamento Paciente caso novo de TB em uso de esquema básico abandonou o tratamento do 4º para o 5º mês de tratamento. Seis meses depois, o agente comunitário de saúde o encontra pela rua e marca uma consulta com a equipe do PCT. Qual a conduta mais adequada? Solicitar baciloscopia, cultura de escarro com teste de sensibilidade e reiniciar esquema básico Solicitar baciloscopia, cultura de escarro com teste de sensibilidade e iniciar esquema de falência Acompanhamento clínico radiológico, pois o paciente encontra-se assintomático Tuberculose - Tratamento ABANDONO RETORNO APÓS ABANDONO doença em atividade (clínica e radiológica) sim cultura/ identificação/TS Retorna ao início do sistema Esquema Básico FONTE: Jorge Rocha não observação Tuberculose - Tratamento CURA RECIDIVA cultura /identificação/TS Retorna ao início do sistema Esquema Básico FONTE: Jorge Rocha Tuberculose - Tratamento Paciente TB com comprovação laboratorial Paciente com diagnóstico sugestivo (teste terapêutico), complicação no tratamento ou esquema especial Tratamento na UBS Tratamento na referência / UBS acompanhando em conjunto Tuberculose - Tratamento “A cura da tuberculose depende mais do que o paciente tem em sua mente, do que o que tem em seu pulmão.” Dr. William Osler