Análise da situação de
saúde do Brasil e os
desafios da
assistência e
vigilância das doenças
crônicas
Patricia Sampaio Chueiri
Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde
APRESENTAÇÃO
• Contexto Mundial
• Contexto Brasileiro
• Plano Nacional de Enfrentamento às Doenças
Crônicas não Transmissíveis
• Ações do MS
CONTEXTO MUNDIAL DAS DCNT
 As DCNT são as principais causas de morte no mundo,
correspondendo a 63% dos óbitos em 2008.
 Aproximadamente 80% das mortes por DCNT ocorrem em
países de baixa e média renda.
 Um terço das mortes ocorre em pessoas com idade
inferior a 60 anos.
Impacto econômico das DCNT
• Círculo vicioso com a pobreza (OMS, 2011)
• Redução de 2% ao ano no PIB da América Latina
• Afetam mais as pessoas de baixa renda
• Custo elevado e crescente para os sistemas de saúde
• Brasil pode perder US$ 4,18 bilhões (2006-2015) – redução da
produtividade no trabalho e da renda familiar (Abegunde, 2007)
• Afeta o progresso das Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM)
(OMS, 2011)
O Brasil é o único país
com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter
um sistema universal, público e gratuito de Saúde
Enormes diferenças sociais,
culturais e econômicas
MUDANÇAS SOCIAIS NOS ÚLTIMOS 30 ANOS:
• aumento de 14% dos domicílios cobertos pela rede de
abastecimento de água;
• aumento de 11% no PIB per capita;
• queda de 20% na taxa de analfabetismo na população
(de 15 e mais anos);
• queda do desemprego e do trabalho infantil;
• aumento do poder de consumo do brasileiro
(aumento das classes C e D).
Brasil, 2012
Transição demográfica
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População do Brasil por
Sexo e Idade para o período 1980-2050 – Revisão 2008.
Números da obesidade no Brasil – POF 2008/9
Brasil
População
(em milhões)
SUS*
(em milhões)
Baixo peso
2,71%
3,20
2,40
Eutróficos
48,28%
56,97
42,73
Sobrepeso
34,25%
40,42
30,31
Obeso (30 – 40kg/m2)
13,95%
16,46
12,35
Obeso (40 - 50g/m2)
0,76%
0,90
0,67
Obeso (50 - 60g/m2)
0,01%
0,01
0,01
Estado Nutricional
*Para efeito de cálculo:
Segundo a ANS, em set/2011 47 milhões de brasileiros possuíam Plano de Saúde.
% População SUS = ((pop. Total adulta – pop c/ Plano de saúde)/população total adulta) *
100
População SUS = 75% população brasileira
população total adulta – cerca de 118 milhões
DCNT no Brasil
Prevalência de fatores de risco e proteção para DCNT nas capitais do Brasil
segundo escolaridade, VIGITEL 2011
0a8
60
9 a 11
12 e mais
51.8
50
44
42.2
40
20
10
37.3
35.1
33.5
29.7
30
47.1
27.5
24.0
18.8
15.9 17.2
20.1
17.4
20.0
10.1 10.3
0
Tabagismo
Álcool abusivo Atividade física
Consumo
no lazer
recomendado
de frutas e
hortaliças
Consumo de
carne com
gordura
Excesso de
peso
Prevalência de diagnóstico auto referido de
Hipertensão Arterial e Diabetes de acordo com a idade, VIGITEL 2011
Hipertensão arterial
60
Diabetes
59.7
50.5
50
%
40
35.3
30
20
10
21.6
20.1
15.2
10.2
8.9
5.4
0.6
1.1
18 a 24
25 a 34
3.4
*
0
35 a 44
45 a 54
55 a 64
65 e mais
MORTALIDADE - ÓBITOS POR CAUSAS SELECIONADAS, BRASIL, 2010
Óbitos
Causa
Não corrigidos
Corrigidos*
N
%
%
771.584
68,1
73,9
Doenças cardiovasculares
325.956
28,8
31,2
Neoplasias
175.599
15,5
16,7
Doenças respiratórias
62.839
5,5
6,0
Diabetes mellitus
54.855
4,8
5,3
Outras doenças crônicas
152.335
13,4
14,6
Maternas, infantis e transmissíveis
141.067
12,5
13,6
Causas externas
141.117
12,5
12,6
Causas maldefinidas
78.909
7
---
1.132.732
100,0
100,0
Doenças crônicas não transmissíveis
Total
Fonte: SVS/MS.
* Corrigidos por sub-registro e causas maldefinidas.
MORTALIDADE
Taxa de mortalidade* (100.000) por DCNT selecionadas, Brasil, 1991/1995/2000/2005/2010
Tx. 450
400
350
300
46,0%
250
200
150
100
50
0
1991
DCV
Câncer
1995
Doença resp. crônica
Fonte: SVS/MS.
*Padronizada pela população padrão da OMS, corrigida para subregistro e com redistribuição proporcional das causas classificadas
como maldefinidas.
2000
Diabetes
2005
2010
Outras doenças crônicas
Ano
MORTALIDADE
• A queda da mortalidade por DCNT no período teve maior contribuição da
redução das DCV. Observa-se, por outro lado pequeno aumento da mortalidade
por diabetes e outras doenças crônicas.
• Entre as principais causas dessa redução:
 a expansão da atenção básica e melhoria do acesso aos serviços de saúde;
 a importante redução da prevalência de tabagismo no Brasil: em 1989, a
prevalência de fumantes era de 34,8% (INAN, 1990); em 2011, o Vigitel
observou uma prevalência de 14,8% (BRASIL, 2012).
• A diminuição do ritmo de declínio pode, em parte, ser resultado do aumento
expressivo na prevalência de obesidade e diabetes.
DCNT no Brasil
Número de hospitalizações por DCNT e valor total da AIH, Brasil,
7,000,000
$ 7,000,000,000.00
6,000,000
$ 6,000,000,000.00
5,000,000
$ 5,000,000,000.00
4,000,000
$ 4,000,000,000.00
3,000,000
$ 3,000,000,000.00
2,000,000
$ 2,000,000,000.00
1,000,000
$ 1,000,000,000.00
0
Custos
Nº de hospitalizações
2000 a 2011*
$ 0.00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Hospitalizações
Custos
* 2011- Dados sujeitos à alteração
DESAFIOS E NECESSIDADES
• Qualificação do cuidado / boa prática clínica
• Ampliar o acesso: medicação e exames
• Legitimação/ Responsabilização:
– coordenação da cuidado
– ordenação da rede
• Referências, integração com a rede
• Integração e compartilhamento do cuidado
• Promover e apoiar o autocuidado
O Plano DCNT
Define e prioriza as ações e os
investimentos necessários para
preparar o país para enfrentar e
deter as DCNT nos próximos
dez anos.
Plano de enfrentamento DCNT 2012- 2022
EIXOS
Vigilância,
monitoramento
e avaliação
Prevenção e
Promoção da
Saúde
Cuidado Integral
Metas
• Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT
em 2% ao ano
• Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e
adolescentes
• Deter o crescimento da obesidade em adultos
• Reduzir a prevalência de consumo nocivo de álcool
• Aumentar a prevalência de atividade física no lazer
• Aumentar o consumo de frutas e hortaliças
• Reduzir o consumo médio de sal
• Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos
Condições Crônicas
• Abordagem integral
• Micropolítica
– Linhas do cuidado, acesso a medicação / apoio diagnóstico
– Vinculação e responsabilização
– Produção da autonomia do usuário
• Macropolítica
– Ações regulatórias,
– Articulações intersetoriais e promotoras de saúde
– Organização da rede de serviços;
Plano Estratégico de enfrentamento das DCNT
2011/2022
Necessidades diferentes no cuidado
– Adesão
– Mudança de hábitos
– Trabalho em equipe
– Coordenação do cuidado.
O caminho necessário, para grande parte das pessoas com doenças
crônicas, por outros serviços, amplia a possibilidade de re-solicitação de exames, o
risco de interação medicamentosa, a falta de comunicação entre os profissionais, a
não co-responsabilização sobre o cuidado pelos diversos serviços, o que aumenta a
chance de erros e complicações e também eleva muito o custo deste paciente para
o sistema de saúde e para o próprio paciente e sua família.
(Schoen 2011, Bodenheimer 2008 e Hofmarcher 2007, Powell
2006)
1) REDES DE ATENÇÃO A
SAÚDE (RAS)
2) MELHORIA DA QUALIDADE
DO CUIDADO
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS
 Mudança do modelo de atenção à saúde
 Qualificação da atenção integral às pessoas com doenças
Diabetes
crônicas
Obesidade
Hipertensão
Arterial
Câncer
Doenças
Respiratórias
ATOS NORMATIVOS
Portaria nº 252/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2013
Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS)
PORTARIA Nº 424/GM/MS, DE 19 DE MARÇO DE 2013
Redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e
obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas
com Doenças Crônicas.
PORTARIA Nº 425/GM/MS, DE 19 DE MARÇO DE 2013
Estabelece regulamento técnico, normas e critérios para o Serviço de Assistência de Alta
Complexidade ao Indivíduo com Obesidade.
PORTARIA Nº 874/GM/MS, DE 16 DE MAIO DE 2013
Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) para maior integração
dos serviços
Linha de Cuidado da Obesidade
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas
LINHA DE CUIDADO DA OBESIDADE
Fluxograma de atenção
Identificação e acolhimento dos indivíduos com excesso de peso/obesidade nos diferentes pontos da Rede de Atenção: BUSCA ATIVA,
DEMANDA ESPONTÂNEA, DEMANDA PROGRAMADA
NORMAL
SOBREPESO
2
IMC ≤25Kg/m
IMC entre 25 e 29,9 Kg/m
Vigilância alimentar e
nutricional
Vigilância alimentar e
nutricional
OBESIDADE
OBESIDADE
OBESIDADE
com comorbidades
IMC entre 30 e 40 Kg/m2
com/sem comorbidades
IMC entre 30 e 40 Kg/m2
com comorbidades
IMC entre 35 e 40 Kg/m2
com comorbidades
Vigilância alimentar e
nutricional
Vigilância alimentar e
nutricional
sem sucesso em
tratamento anterior na
AB
IMC ≥ 40 Kg/m2 com ou
sem comorbidade e/ou
Vigilância alimentar e
nutricional
sem sucesso em
tratamentos anteriores
por um período de tempo
determinado na atenção
especializada
ambulatória,
Prescrição dietética
Terapia comportamental
Farmacoterapia
Vigilância alimentar e
nutricional
SOBREPESO
2
Ações de promoção da Ações de promoção da
Orientação sobre
Orientações sobre
alimentação adequada e alimentação adequada e alimentação adequada e alimentação adequada e
saudável e atividade física saudável e atividade física saudável e atividade física saudável e atividade física
Plano de ação para voltar
ao IMC normal.
Prescrição dietética*
Prescrição dietética,
Terapia
comportamental*,
farmacoterapia
Procedimentos cirúrgicos,
Acompanhamento pré e
Prescrição dietética,
pós cirúrgico nos casos
Terapia comportamental,
indicados**
Farmacoterapia
Acompanhamento pré e
pós cirúrgico
Comorbidades: HAS, DM, Hiperlipidemia e/ou outras DCNT desencadeadas ou agravadas pela obesidade.
*Quando necessário, após avaliação junto a equipe de apoio matricial
**Pela equipe multiprofissional de Atenção Especializada (Endocrinologista, Nutricionista, Enfermeiro, Ed. Físico, Psicólogo, Assist. social,
Fisioterapeuta)
ATENÇÃO
ESPECIALIZADA
AMBULATORIAL
ATENÇÃO
HOSPITALAR
ATENÇÃO BÁSICA, APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO, REGULAÇÃO E SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Organização das linhas de cuidados
prioritárias como estratégia na
implantação da Rede de Atenção às
Urgências e Emergências
LINHA DE CUIDADO DO INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO E O
PROTOCOLO DE SÍNDROMES
CORONARIANAS AGUDAS
ATENÇÃO À PESSOA TABAGISTA
Portaria GM/ MS nº 571, de 05 de abril de 2013
Atualiza as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede de Atenção à
Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e dá outras
providências
 Possibilita a universalização da oferta do tratamento e sugere nova
forma de programação da compra de medicamentos para os
serviços de atenção básica.
 Adesão de 24.515 (63% das equipes do PMAQ).
CONSULTAS PÚBLICAS
Encerradas (prazo contribuição: 24/09 até 15/10/2012)
– Diretrizes para a organização do cuidado das pessoas com Hipertensão Arterial
Sistêmica como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção às Pessoas com
Doenças Crônicas – SAS/MS nº16
• 11 contribuições
– Diretrizes para organização do cuidado das pessoas com Diabetes Mellitus tipo
2 como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção às Pessoas com
Doenças Crônicas – SAS/MS nº13
• 32 contribuições
– Uso da avaliação do risco cardiovascular no cuidado de adultos no âmbito do
Sistema Único de Saúde – SAS/MS nº15
• 5 contribuições
Encerrada (prazo contribuição: 16/10 até 04/11/2012)
– Parâmetros de Exames e Procedimentos Laboratoriais, Oftalmológicos e
Diagnósticos em Cardiologia - SAS/MS nº18
PROGRAMA ACADEMIA
DA SAÚDE
As atividades previstas:
•
Práticas Corporais e atividades físicas;
•Alimentação saudável;
•Praticas Integrativas e complementares;
•Praticas Artísticas e Culturais;
•Produção do cuidado e de modos de vida saudáveis;
•Educação em Saúde;
•Planejamento e Gestão;
•Mobilização da comunidade.
Meta: 4.000 polos de Academia
da Saúde até 2014
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
Suporte clínico, incluindo avaliação
de peso e altura e questionário de
hábitos alimentares
Prontuário
eletrônico do
cidadão
Tecnologia avançada
Melhor integração dos
serviços de saúde
Farmácia Popular do
Brasil
“Aqui Tem Farmácia
Popular”
SITE DE APOIO AO AUTOCUIDADO
• Primeira iniciativa do Ministério da Saúde de comunicação
direta com o usuário.
• Público alvo: usuários com Diabetes Mellitus, familiares e
público em geral.
• Pressupostos do site:
– Linguagem acessível ao usuário;
– Site oficial do Ministério da Saúde;
– Recursos de acessibilidade: possibilidade para aumento da
fonte, contraste, poucas fontes;
– Recursos de fácil carregamento;
– Abrigamento no domínio DATASUS: autocuidado.saude.gov.br.
SITE DE APOIO AO AUTOCUIDADO
autocuidado.saude.gov.br
•
•
•
•
•
13.833 acessos
Total de páginas
visitadas: 34.790
90 participações no
“Fale Conosco”
32 contribuições para
o “Conte sua História”
Redes Sociais: 958
compartilhamentos
DESAFIOS
• Aumentar espaços de interação com o usuário;
• Manter o interesse do usuário – atualização do
conteúdo, utilizar ferramentas de fidelização,
newsletter, etc.
• Motivar o profissional de saúde na utilização
do site como uma ferramenta de educação em
saúde – amplicar espaços de divulgação.
• Replicação do tema Autocuidado para outras
condições: Epilepsia, HAS, Pré-Natal.
EDUCAÇÃO PERMANENTE
• Revisão dos Cadernos HAS, DM, Obesidade e
Estratégias para o Cuidado da Pessoa com Doença
Crônica –
• Publicação em Setembro : www.saude.gov.br/dab
• Curso auto instrucional que aborda o tema do auto
cuidado para os profissionais de saúde:
http://moodle.unasus.ufcspa.edu.br/
CURSO EAD SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS
• Público-sujeito:
profissionais de nível superior que atuam na
Atenção Básica
• Participantes:
4.227 profissionais (287 Concluintes) –aberto para
inscrições (http://www.atencaobasica.org.br/)
• Metodologia
–
–
–
–
estudos de caso (n=6), no formato de HQs;
auto-instrucional e colaborativo;
interativo, com fóruns, discussão e participação ativa dos usuários;
cada estudo de caso aborda temas específicos, relacionados às
Doenças Crônicas.
CURSO EAD SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS
• Formato das histórias
Personagens
Cada página disponibiliza material didático
sobre os assuntos discutidos na cena e espaço
para discussão desses temas entre os alunos!
PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO
E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
Diretrizes do PMAQ
• Estimular a mudança do modelo de atenção, o desenvolvimento dos
trabalhadores e a orientação dos serviços em função das necessidades
e da satisfação dos usuários
• Envolver e responsabilizar o gestor federal, gestores estaduais, do
Distrito Federal, municipais e locais, equipes e usuários num processo
de mudança de cultura de gestão e qualificação da Atenção Básica
• Desenvolver cultura de negociação e contratualização
39
ADESÃO DOS MUNICÍPIOS
• Voluntária, a Adesão teve os
seguintes números:
o 2011/2012:
3.972 Municípios (71,4%) e
17.482 Equipes de AB
o 2013:
5.213 Municípios (93,6%)
e 38 mil Equipes + NASF e
CEO
.
SAÚDE MAIS PERTO DE VOCÊ: ACESSO E QUALIDADE
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade
Contratualização
Município e Equipes
de Atenção Básica
aderem e
contratualiza
compromissos
estratégicos e
indicadores
FASE 3
FASE 2
FASE 1
Desenvolvimento
Momento de organizar a
oferta de:
- Autoavaliação
- Monitoramento
- Apoio Institucional
- Educação Permanente
- Ao Aderir receberá 20% do Componente de
Qualidade do PAB Variável
- Informar sistema de gestão do DAB - PMAQ
Certificação
Avaliação Externa
Visita dos
“Avaliadores da
Qualidade”
(Universidades) para
aplicação do
instrumento de
avaliação/certificação:
-Gestão
-Infra UBS
-Equipe
-Usuários
Período de 1 ano
para nova
certificação
PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO
E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
Instrumentos do PMAQ
o AMAQ – auto avaliação das equipes
o Foco no processo de trabalho da APS
o Monitoramento de indicadores
o Através do SiSAB - E SUS (2014)
o 47 indicadores ( Monitoramento e Desempenho)
o Avaliação externa
o
o
o
o
Gestão
Infra estrutura e Insumos
Processo de trabalho das equipes
Usuário
42
ATENÇÃO BÁSICA
RESULTADOS DO PMAQ
GERAIS
1º CENSO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
• Pela primeira vez foi feito um Censo das UBS nos moldes
atuais
• IBGE e Estudos amostrais do PROESF
• Foram recenseadas e georreferenciadas mais de 38 mil UBS
• Mais de 15% dessas UBS não estavam ativas ou não eram de
fato UBS
• Levantadas condições de Infraestrutura, Acessibilidade,
Equipamentos, Medicamentos, etc.
• Essencial para o Programa de Requalificação das UBS
.
1º CENSO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
• Diagnóstico da Informatização da Atenção Básica do Brasil
• 17.719 UBS tem computador (52,9%)
• 12.309 UBS têm acesso à internet (36,7%)
• 4.527 UBS têm Telessaúde (13,5%)
• 87,6% dos profissionais de saúde das UBS possuem prontuário
padronizado
• 18% dos profissionais de saúde das UBS trabalham com Prontuário
Eletrônico
• Dados Centrais para o eSUS Conectividade (Projeto de Banda Larga) e
para a Implantação do Telessaúde e eSUS até maio de 2014
.
ACESSO e ACOLHIMENTO DA DEMANDA ESPONTÂNEA
• 80% das equipes disseram ter implantado acolhimento (afirmam que
todos tem sua demanda escutada e avaliada)
• Quase a totalidade destas referiu que essa prática ocorre nos 5 dias da
semana
• 75% disseram que fazem avaliação de risco e vulnerabilidade e 72,5%
atendem situações de urgência, mas só 38% utilizam protocolos
• 75% afirmaram atender situações de urgência
• 65% mostraram reserva de vagas na agenda para retaguarda do
Acolhimento
.
REFERÊNCIA e GESTÃO DO CUIDADO
• Quanto à marcação da Consulta com Especialista:
• em 61% a consulta é marcada na UBS e a data informada posteriormente
ao usuário
• em 35% o usuário sai com uma ficha e deve buscar e agendar o
atendimento no serviço ao qual foi referido
• em 39% a consulta é marcada pelo usuário na “central”
• em 24% das UBS o usuário sai com a consulta marcada
• Em 39% os usuários de maior risco encaminhados são monitorados
• 48,4% da equipes têm registro dos usuários com hipertensão arterial
de maior risco
• 63% dos cidadãos não tem dificuldade de serem consultados pelos
especialistas quando são encaminhados.
.
ATENÇÃO BÁSICA
RESULTADOS DO PMAQ NA
PERSPECTIVA DAS DOENÇAS
CRÔNICAS
RESULTADOS MÓDULO I – OBSERVAÇÃO DA UBS
Disponibilidade de Equipamentos nas Unidades de Saúde
100.0%
85.4%
90.0%
80.0%
68.2%
70.0%
65.9%
65.7%
59.4%
60.0%
56.1%
50.0%
40.0%
30.0%
20.0%
10.0%
8.8%
0.0%
Kit de
monofilamentos
para teste de
sensibilidade
(estesiômetro)
Glicosímetro
Mesa para exame
Foco de luz para
Balança
ginecológico com exame ginecológico antropométrica de
perneira
150 kg
Aparelho de
nebulização
Aparelho de pressão
adulto
RESULTADOS MÓDULO I – OBSERVAÇÃO DA UBS
Disponibilidade de Insumos nas Unidades de Saúde
100.0%
90.0%
80.0%
77.4%
81.8%
82.1%
81.6%
76.5%
78.5%
68.3%
70.0%
60.0%
50.0%
40.0%
30.0%
20.0%
10.0%
0.0%
Espéculo
descartável
Escovinha
endocervical
Espátula de Ayres Lâmina de vidro
com lado fosco
Porta-lâmina
Tiras reagentes de
Seringas
medida de
descartáveis com
glicemia capilar agulha acoplada
RESULTADOS MÓDULO I – OBSERVAÇÃO DA UBS
A equipe possui/recebe medicamentos da farmácia básica
suficientes para atender a sua população?
80.0%
70.0%
67.7%
60.0%
50.0%
40.0%
30.0%
22.7%
20.0%
9.7%
10.0%
0.0%
Sim
Não
Não recebe medicamentos
RESULTADOS MÓDULO I – OBSERVAÇÃO DA UBS
Para quais grupos e situações a equipe programa ofertas?
100.0%
96.2%
96.2%
90.0%
80.0%
70.0%
60.0%
50.0%
43.8%
36.0%
40.0%
30.0%
20.0%
10.0%
0.0%
hipertensão arterial
sistêmica
Diabetes mellitus
Problemas respiratórios
crônicos
Obesidade
RESULTADOS MÓDULO I – OBSERVAÇÃO DA UBS
A equipe programa as consultas e exames de
pessoas com hipertensão arterial sistêmica em
função da estratificação dos casos e de
elementos considerados por ela na gestão do
cuidado?
100.0
90.0
80.0
70.0
60.0
50.0
40.0
30.0
20.0
10.0
0.0
76.5
23.5
Sim
Não
RESULTADOS NACIONAIS DE DESEMPENHO NOS
INDICADORES MONITORADOS (DADOS ANUAIS)
CONTROLE DE HIPERTENSÃO E DIABETES
Média
Padrão esperado para o
primeiro ciclo
Nacional
Maior ou igual
a 65,0
Maior ou igual
a 75,0
Proporção de diabéticos cadastrados com 15 anos ou mais
73,9%
Proporção de hipertensos cadastrados com 15 anos ou mais
76,3%
Média de atendimentos em diabéticos com 15 anos ou mais
4,9
Entre 3,0 e 7,2
Média de atendimentos em hipertensos com 15 anos ou mais
3,7
Entre 2,0 e 5,5
RESULTADOS MÓDULO II – ENTREVISTA COM O
PROFISSIONAL
Tempo de espera para consulta em
endocrinologista
100.0
80.0
44.9
60.0
40.0
23.1
18.0
9.4
20.0
4.6
0.0
Até 1 mês
50.0%
40.0%
De 1 a 3
meses
De 3 a 6
meses
De 6 meses Acima de 1
a 1 ano
ano 100.0
Tempo de espera para consulta em
oftalmologia
80.0
Tempo de espera para consulta em
Cardiologia
44.5%
35.6%
60.0
42.8
26.6
40.0
17.1
8.4
20.0
5.1
0.0
30.0%
20.0%
Até 1 mês
12.9%
5.2%
10.0%
1.9%
0.0%
Até 1 mês
De 1 a 3
meses
De 3 a 6
meses
De 6 meses Acima de 1
a 1 ano
ano
De 1 a 3
meses
De 3 a 6
meses
De 6 meses Acima de 1
a 1 ano
ano
RESULTADOS MÓDULO III – USUÁRIO
Algum médico lhe disse que o(a) senhor(a)
tem pressão alta (hipertensão)?
63.4%
36.6%
Sim
Não
Na(s) consulta(as), o(os) profissional(ais) da
equipe de saúde mede(m) (verifica) sua
pressão?
2.0%
98.0%
Sim
Não
RESULTADOS MÓDULO III – USUÁRIO
Algum médico lhe disse que o(a) senhor(a) tem
diabetes (açúcar alto no sangue)?
Algum profissional da equipe de saúde
examinou os pés do(a) senhor(a) nos
últimos seis meses?
69.3%
87.5%
12.5%
Sim
Não
Sim
Algum profissional da equipe de saúde
orientou sobre o cuidado com os pés do(a)
senhor(a) nos últimos seis meses?
53.8%
46.2%
Sim
30.7%
Não
Não
DISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS
Medicamentos disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)
• 90% dos cidadãos entrevistados afirmaram que conseguem os
medicamentos que precisam para hipertensão (pressão alta)
gratuitamente, sendo que 69% (do total) retiram a medicação em
sua própria unidade de saúde.
• 94% dos cidadãos entrevistados afirmaram que conseguem os
medicamentos que precisam para diabetes gratuitamente), sendo
que 69% (dos cidadãos) retiram a medicação em sua própria
unidade de saúde.
.
Saúde Mais Perto de Você: Acesso e Qualidade (PMAQ)
PORTAL DO GESTOR
Patricia Sampaio Chueiri
Departamento de Articulação e Redes de Atenção à Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde
[email protected]
Tel. (61) 3315-9052
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