Londrina (PR) – Maringá (PR) ATUALIDADES: Política e Economia Prof. Gonçalo :: Ano 2012 Aulas 100% presenciais POLÍTICA • Relações de poder e de dominação interior de uma sociedade humana. • Relações políticas podem ser públicas privadas. Devem se legitimar. • As relações políticas privadas são relações entre os indivíduos. • As relações políticas públicas são as esfera do Estado. no ou as da ECONOMIA • Na dimensão humana, a economia pode ser entendida como as relações de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. • Normalmente, nas relações humanas sociais, as relações políticas e econômicas são interligadas, também com as relações sociais e culturais. ESTADO E GOVERNO Estado pode ser caracterizado como uma fonte de poder e de dominação, que impõe as regras e as normas sociais e legais. Tem sob seu domínio: 1. 2. 3. 4. Um povo (pode ser mais de um) Território delimitado e ato de força para mantê-lo Governo próprio Instituições sociais e políticas (auxiliam na governabilidade) Governo deve ser entendido como uma força política legítima ou legitimada, que domina o Estado, por um período de tempo delimitado ou não. TIPOS DE ESTADO E DE GOVERNO (Modernos) Estados • • • • • • Democráticos Ditatoriais Autoritários Socialistas Absolutista Teocráticos Governos • Presidencialista • Parlamentarista • Monarquia parlamentar • Semi presidencialismo • República Laica/Secular • República religiosa CAPITALISMO POLÍTICA E ECONOMIA • O capitalismo surgiu e desenvolveu-se na Europa, entre os séculos XV e XIX, á partir da burguesia, desarticulando a sociedade feudal e dando origem a sociedade capitalista. • O capitalismo pode ser entendido em sua dimensão política e em sua dimensão econômica através de duas vertentes teóricas e ideológicas do liberalismo. LIBERALISMO POLÍTICO • Seu principal teórico foi o filósofo inglês John Locke (1632/1704), que em sua obra “Dois Tratados sobre o Governo” (1690), defendeu a idéia, que se transformou em ideologia, sobre a natureza humana, sobre o ser humano em seu Estado Natural, nasceria racional, livre, igual e proprietário. • Essa filosofia política, incorporada pela burguesia, valoriza o indivíduo, sua liberdade, sua igualdade e o direito à propriedade (natural). LIBERALISMO POLÍTICO • Locke, defendeu o Estado Liberal, através de um Contrato Social, com um poder legitimado no Poder Legislativo e com pouca ou mínima intervenção do Estado. LIBERALISMO ECONÔMICO • Seu principal teórico foi o filósofo e economista escocês Adam Smith (1723/1790), que em sua obra “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações” (1776), em que defendeu a ideia, que se transformou em ideologia, que cada indivíduo, ao trabalhar/produzir, não se preocupa com o bem estar da coletividade, mas sim, é movido pelo seu próprio interesse. LIBERALISMO ECONÔMICO • Adam Smith, defendeu, na obra, a livre iniciativa privada, sem intervenção governamental, pois dessa forma “o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta, é levado por uma ”mão invisível” a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." NEOLIBERALISMO O Neoliberalismo surgiu após a queda do Muro de Berlim (1989), com o fim da Guerra Fria (1945/1991), com a desarticulação do Socialismo na Europa. Pode ser entendido em sua dimensão econômica (globalização) e em sua dimensão política (Estado Neoliberal, ou seja, o Estado Mínimo). Amparado pelo desenvolvimento tecnológico, que possibilitou a produção e seu acompanhamento em qualquer ponto do planeta, as forças capitalistas liberais, exigiram a flexibilização da produção, do trabalho, do consumo e das leis econômicas. CONSENSO DE WASHINGTON Consenso de Washington foi um conjunto de medidas formulado em novembro de 1989 por economistas de instituições financeiras situadas em Washington (EUA), como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos EUA, fundamentadas num texto do economista John Williamson, do International Institute for Economy, e que se tornou a política oficial do FMI, em 1990, quando passou a ser "receitado" para promover o "ajustamento macroeconômico" dos países em desenvolvimento que passavam por dificuldades. CONSENSO DE WASHINGTON • Esse consenso determinou a política econômica neoliberal, inspirados em de governos como o Reagan (EUA) e de Margaret Thatcher (Reino Unido), através de uma lista das políticas de mercado recomendadas, que incluíam: Disciplina fiscal Reforma Tributária Desregulamentação da economia Liberalização das taxas de juros Taxa de câmbio competitiva Revisão das prioridades dos gastos públicos Maior abertura ao investimento estrangeiro direto Fortalecimento do direito de propriedade. CRISE NEOLIBERAL DE 2008 • Excessiva liberdade econômica ao mercado • Mínima regulamentação (intervenção) governamental no mercado • Expansão do crédito e facilitação aos empréstimos • Alavancagem excessiva (bancos e empresas) • Derivativos em excesso (“mercado futuro”) • Crise de inadimplência • Crise de confiança no sistema de créditos • Falência do Banco Lehman Brothers (15/09/08) CRISE NEOLIBERAL DE 2008 Países mais atingidos, de economia e de Estado Neoliberal • EUA • Reino Unido • Países da União Europeia ou da Zona do Euro Países menos atingidos, de economia e de Estado interventores e reguladores • • • • Brasil China Índia Rússia • Novo “keynesianismo”? KEYNESIANISMO • A Teoria Keynesiana, inspirada na obra de John Maynardes Keynes (1883/1946), economista inglês, defendia a intervenção estatal, do Estado intervencionista, através de políticas monetárias e fiscais, para diminuir problemas sociais e econômicos durantes ciclos de crises econômicas. • Tal teoria serviu de base para os Estados do Bem Estar Social ou o New Deal norte americano. CRISE GREGA – 2010/2012 • • • • • • • • • Déficit orçamentário (gastos maiores que a receita) Dívida maior que o PIB – em torno de 120% “Maquiagem” de números sobre a dívida Endividamento insustentável da economia e do Estado Pedido de ajuda à UE e ao FMI Queda do 1.º Ministro (Papandreo) Intervenção da “troica” (UE, FMI e BCE) Crise econômica e política (Proteção a bancos, ao capital?) PRIMAVERA ÁRABE 2010/2012 • • • • Movimento Social ou Revolução? Origem política ou econômica? Início Dezembro de 2010, na Tunísia Países mais atingidos: Tunísia, Egito, Líbia, Argélia, Bahrein, Síria, Jordânia, Omã e Iemém, entre outros. • Fenômeno social, político e econômico, marcado por protestos contra a censura, falta de liberdade e falta de perspectivas econômicas em sociedades marcadas por um número relativamente expressivo de jovens. Política e economia no Brasil • Redemocratização após a Ditadura Militar (64/85) • Constituição de 1988 • Estado Liberal Democrático (em construção) • Tripartição dos poderes, mas excessivo poder ao Poder Executivo • Medidas Provisórias – não são leis, mas têm força de lei – Prerrogativa do Poder Executivo Federal • Presidencialismo de coalizão Política e economia no Brasil Economia capitalista, em desenvolvimento, capitaneado pelo Estado – Capitalismo de Estado? Desigualdade social Diminuição da desigualdade social, á partir do governo Lula/Dilma? Intervenção dos governos na economia industrial e financeira Prática política do patrimonialismo Patrimonialismo, cultura política, por parte dos detentores do poder político de obter fidelidade, obediência e subalternidade através da distribuição de poder, cargos e patrimônio público. Atualidade “TSUNAMI MONETÁRIO” • Transformação da guerra comercial para a guerra cambial. • Injeção de bilhões de euros e dólares no sistema financeiro mundial, tanto por parte do BCE, quanto pelo FED. • No Brasil causa baixa no valor do dólar e aumento no valor do real. • Aumento do custo da produção no Brasil o que dificulta a exportação e facilita a importação. TESTE DE CONCURSOS 01) (BNDES – Fundação Cesgranrio – 2009) UM NOVO ESTADO? “No Brasil dos anos 1950, 1960 e 1970 havia sinergia – como em qualquer outro país – entre o investimento público, comandado pelas estatais, e o privado. (...) O neoliberalismo à brasileira dos anos 1990 deixou escapar a oportunidade oferecida pelas privatizações para criar grupos nacionais – privados e públicos – dotados de poder financeiro, com capacidade de competição nos mercados mundiais, comprometidos com as metas de desenvolvimento do país e com a geração de moeda forte. Evaporou a sinergia virtuosa (...).” BELUZZO, L.G. Le Monde Diplomatique Brasil, out. 2009. No texto, o economista resgata, para o debate atual acerca do Estado brasileiro, uma característica da gestão política e econômica que marcou os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek. Com relação à condução do Estado no período dos governos citados, a principal característica era o: (A) imperialismo. (B) desenvolvimentismo. (C) protecionismo. (D) universalismo. (E) pós-neoliberalismo. 02) Gab:B O mundo na atualidade é fruto de uma transformação estrutural vivida durante toda a década de 90, no qual prevaleceu a ideologia neoliberal. Com isso tivemos o advento da teoria do estado mínimo, que impôs uma redução do estado e lhe conferiu novas funções. No Brasil, vivíamos até a década de 80, um modelo de governo com alto grau de estatização da economia, onde o estado exercia o papel participativo de mola propulsora da economia nacional. Esse modelo acabou se esgotando durante a década de 80, fruto de um endividamento externo astronômico e de uma crise econômica sem precedentes na história do Brasil. Esse modelo de estado foi criado nas décadas de 40 e 50 do século passado e ficou denominado como Modelo Desenvolvimentista.