NEOLIBERALISMO: política econômica como saída à crise Elaine Cristina dos Santos Lima 1 Resumo: Discutiremos os principais ideólogos do neoliberalismo demonstrando que a saída à crise proposta por eles é apenas superficial já que a crise atual é estrutural. Palavras chaves: Capitalismo, Liberalismo e Neoliberalismo Abstract: Discuss the main ideologists of neoliberalism showing the exit to the crisis proposed by them is only superficial since the current crisis is structural. Keywords: Capitalism, Liberalism and Neoliberalism 1 Mestranda. Universidade Federal de Alagoas. E-mail: [email protected] 1. CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO A história do capitalismo é marcada, ou melhor, fundamentada por um impulso constante e incontrolável de acumulação, concentração e centralização de riqueza convertida em Capital. No entanto, essa característica imanente ao capitalismo não se desdobra livremente, sem entraves econômicos, políticos e sociais. Esses entraves se explicitam em formas de crises. Crises essas nas quais o Capital sempre atuará buscando formas de contê-las. Assim, da mesma forma que concentração, acumulação e centralização fazem parte da natureza do Capital, as crises também são inerentes à seu próprio metabolismo. O capitalismo emerge em oposição ao Anciem Regime proclamando ideais que colocam os homens como centro de todo o processo social e os livram dos grilhões impostos pela sociedade das trevas. Sociedade na qual os homens não eram livres e os interesses do clero e da monarquia estavam voltados para uma hierarquia eclesiástica. O capitalismo, então, ao proclamar a liberdade, igualdade e fraternidade quebram a estrutura fixa do modelo medieval e alardeiam a livre negociação entre os homens para apropriação privada dos bens produzidos. Essa livre negociação só é possível no mercado, pois, este é o único lugar onde os homens se encontram pra satisfazerem suas necessidades particulares e se desenvolverem enquanto indivíduos sociais. O mercado é, portanto a zona de efetivação dos ideais proclamados pelo capitalismo. Desta forma, o capitalismo é a sociedade dos produtores de mercadorias, única maneira de, no capitalismo, as necessidades humanas serem supridas. O liberalismo surge, assim, como a ideologia capitalista. Tais idéias defendidas amplamente pelos liberais surgem para legitimar a sociedade capitalista em consolidação. Assim, apenas quando as leis do mercado se tornaram a regra de conduta dos homens e a acumulação primitiva se efetivou, o liberalismo se estabeleceu definitivamente. O Estado possui um papel fundamental no processo de produção e reprodução da ordem do Capital. Ele se coloca como uma forma de garantir aos indivíduos a manutenção da propriedade privada e a ordem social por meio, se necessário (e era quase sempre) da violência. Então, o Estado burguês nasce com a função delimitada de garantir o pleno funcionamento da ordem do mercado sem interferir nela. No entanto, como já afirmamos acima, a crise é um dado essencial do sistema do Capital. Assim, quando o capital entra em crise2 o Estado é chamado a exercer nova função de acordo com os interesses do Capital. Desta maneira, o capital se desenrola ao longo da história sempre tendo que enfrentar crises que abalam a estrutura de seu livre desenvolvimento. Assim, as formas de enfrentamento dessas crises são as mais diversas, desde políticas econômicas em que é necessária a plena intervenção estatal, até aquelas formas em que o mercado se autoregula. O primeiro caso aparece com o imediato segundo pós-guerra em que o Estado passou a regular a economia intervindo nas relações de mercado em oposição ao liberalismo econômico anterior. O segundo aparece no período pós-welfare state, ou seja, período em que neoliberalismo começa a vigorar, e que o Estado passa a ser visto como um empecilho ao livre desenvolvimento do mercado e por isso é desmantelado para que o mercado novamente passe a regular todas as relações3. O presente trabalho julga elucidar os mecanismo pelo qual o Capital busca alternativa a crise que se inicia no final da década de 60. Momento em que os anos de ouro do capitalismo começa a declinar, período no qual algumas das reinvidicações da classe trabalhadora foram atendidas como concessões e o capital pode se erguer da crise anterior. O neoliberalismo, então, ergue-se com força maior e se espalha ideologicamente por toda as sociedades, como diz Netto: “O que se pode denominar ideologia neoliberal compreende uma concepção de homem (considerado atomisticamente como possessivo, competitivo e calculista), uma concepção de sociedade (tomada como um agregado fortúito, meio de o imdivíduo realizar seus propósitos privados) fundada na idéia da natural e necessária desigualdade entre os homens e uma noção rasteira da liberdade (vista como função da liberdade de mercado)”. p. 226. Tal ideologia neoliberal está totalmente articulado a sua promoção por todas as esferas sociais no intuito de garantir a preservação da taxa de lucro do Capital. Nesse sentido O Consenso de Washington – ponto culminante das posições neoliberais - foi muito esclarecedor. Na intenção de discutir os problemas próprios da 2 É necessário compreender que a crise do Capital é essencialmente definida, embora não unicamente, pela queda da taxa de lucro, que como afirma Mandel é uma tendência própria sistema capitalista. 3 É claro que, embora, o neoliberalismo reclame a supremacia do mercado afastando qualquer tipo de regulamentação extra-econômica não se pode compreende-lo como uma mera réplica do liberalismo. Isso porque vivemos num período histórico completamente diferente daquele. O Imperialismo ao qual nos submetemos é dominado por monopólios e oligopólios o que o torna substancialmente diferente do período do liberalismo. América Latina o Consenso de Washington deixa claro o objetivo principal dos norteamericanos no intuito de manter sua supremacia: “Não se tratou, no consenso de washington, de formulações novas mais simplesmente de registrar, com aprovação, com grau de efetivação das políticas já recomendadas, em diferentes momentos, por diferentes agências. Um consenso que se estendeu, naturalmente, à conveniência de se prosseguir, sem esmorecimento, no caminho aberto” p.06 Caminho aberto para plena satisfação do mercado e nesse caso do mercado norteamericano que é até então a maior potência mundial. O consenso de Washington foi realizado no mesmo período em que aqui no Brasil era lançada a constituição fruto de uma abertura democrática em oposição a ditadura militar. No entanto, no Brasil o efetivamente realizado foram os mandamentos do Consenso como forma de adesão explícita ao neoliberalismo. Iniciado no governo de Collor, definitivamente consolidado no governo FHC e perpetuado pelo governo Lula a políticas neoliberais causaram uma onda de privatizações, desnacionalizações e um acirramento profundo da questão social com o aumento do desemprego, da miserabilidade e da violência. Assim, o neoliberalismo como política de saída para crise do capital vigora – por um determinado tempo – como uma nefasta forma de por um lado garantir um crescimento da taxa de lucro e por outro lado intensificar e explicitar a exploração da classe trabalhadora. 2. O QUE É NEOLIBERALISMO? No tópico anterior discutimos brevemente os pressupostos liberais4 para facilitar o entendimento do que é um ‘neoliberalismo’ já que o neoliberalismo recupera a base sobre qual ser ergue a política econômica livre de entraves regulatórios de qualquer espécie. Porém, a política econômica atual é chamada de um novo liberalismo – neoliberalismo – exatamente pela singularidade da qual é constituída em período de capitalismo monopolista. Batista, em “O consenso de Washington” mesmo sem discutir essas especificidades – por não ser seu interesse e nem sua perspectiva – aponta de maneira muito coerente para esse aspecto: 4 É interessante não esquecer que a ideologia liberal em sua constituição possuía idéias progressistas que não são absorvidas pelo chamado neoliberalismo. Antes, por fatores diversos e abordagem histórica falsificada identificam categorias historicamente formadas com categorias tipicamente capitalistas, ou seja, excludente, egoísta e autoritária. “Nesses países de capitalismo moderno se destacam as grandes corporações dirigidas por executivos e não mais por seus proprietários, empresa virtualmente “socializadas” e funcionando em mercados oligopolísticos, de competição imperfeita, de preços e salários em sua maior parte administrados, a salvo praticamente das incertezas da oferta e da procura.” Os monopólios e oligopólios no capitalismo moderno é quem define dentro do mercado como se deve realizar as relações de troca e em geral de maneira que a competição agora se realiza de forma diferenciada daquela do período do liberalismo clássico. Isto implica numa nova forma de controle mercantil sobre a sociedade. O neoliberalismo se apresenta enquanto proposta de modelo de acumulação imediatamente após a segunda guerra mundial. Assim, aparece inicialmente como um programa teórico de organização social. Nasce teoricamente em um momento em que o modelo pós-guerra de sociedade, ou seja, o Estado de bem estar social se estabelece. Porém, apenas passa a vigorar quando esse mesmo modelo entra em crise e o modelo alternativo ao capitalismo então experimentado pela União Soviética passa a ruir. Situação em que as leis do mercado passam a ditar as relações socias sem nenhuma regulação extra-econômica. Com a derrocada da organização socialista soviética, o declínio do Welfare State e a crescente perda de direitos sociais, as lutas operárias por melhor organização do trabalho e maiores salários assim como instabilidade financeira, crise fiscal, inflação etc., golpeou diretamente o crescimento da taxa de lucro e fez com que o capital entrasse em colapso resultando numa crise, que como afirma Meszáros, tornou-se a partir desse momento crise estrutural5. Assim, se para o Estado de bem-estar social, a meta era o crescimento econômico por meio da equidade e do pleno emprego, para os neoliberais, os principais objetivos são equilíbrio macro-econômico, a eficiência e a concorrência. Com a ascensão da Margareth Tatcher a primeiro-ministro da Grã-Bretanha e de Ronald Regan a presidente dos Estados Unidos, o modelo central do neoliberalismo experimentado nesses países serviu de exemplo6 a ser difundido pelo mundo juntamente com a idéia de globalização e transnacionalização. 5 Segundo Mészaros a crise torna-se estrutural a partir desse momento porque afeta diretamente a existência da humanidade assim como a do próprio capital. Sendo essa crise insuperável nos marcos do capitalismo as duas únicas alternativas que se colocam é “socialismo ou Barbárie, se tivermos sorte”. 6 Ainda que não literalmente pelo fato de que cada país possui sua especificidade e ainda a distinção entre dominante e dominado. No sistema inglês o neoliberalismo atuou no sentido de limitar a emissão monetária, aumentar a taxa de juros, pleno rebaixamento dos impostos sobre os rendimentos altos, eliminar a regulação dos fluxos financeiros, criar desemprego em massa, sufocar greves, cortar gastos socias e aprovar nova legislação anti-sindical. Além de tudo isso promoveu um amplo prgrama de privatizações que começaram com a habitação pública e logo se estenderam a setores da indústria basica, petróleo, água, gás e etc. Desta forma, esse modelo se ergue como o mais puro, sistemático e pretencioso das práticas neoliberais dos países de capitalismo desenvolvido. No sistema norte-americano a prática neoliberal era diferente. No Estados Unidos, por não se fazer necesário um desmonte das políticas de Bem-estar, já que estas praticamente não existiam, a prioridade foi a competição militar com os países do socialismo real na intenção de subjugar a Rússia comunista. É necessário dizer que na política interna houve uma diminuição dos impostos a favor de quem possuía uma alta renda, aumento da taxa de juros e supressão da única greve importante nesse período. No entanto, isto não obedeceu a uma disciplina orçamentária, visto que os gastos militares se tornavam cada vez maiores aumentando assim os gastos públicos como nunca se viu anteriormente. É claro que os Estados Unidos foi o único país a desfrutar de tal défict em seus cofres públicos por sua posição de maior potência mundial frente a todos os outros países do mundo. Nesse viés o neoliberalismo funcionou para aplacar a crise hegemônica norte-americana. A forma de enfrentamento dessa crise se efetiva com um imenso processo de reestruturação produtiva associada a um incremento tecnológico astronômico, única forma capaz de garantir uma produção flexível aos interesses do mercado voltados para alterações que o hábito de consumo vinha sofrendo. Esse novo modelo de acumulação Toyotista - planifica a venda das mercadorias para que estas fossem efetivadas no momento da produção. Porém, para que isto fosse possível, foi necessário uma absoluta desburocratização empresarial e um desmantelamento das grande coorporações para que então fosse lançado mão do que chamamos de terceirização7 visando uma estrutura enxuta e flexível. 7 Terceirizar um Serviço ou determinada Atividade específica de uma Empresa significa delegar a um terceiro a responsabilidade do Planejamento, Execução e Supervisão da tarefa terceirizada, sempre com o objetivo de otimizar custos, racionalizar infra-estrutura e recursos humanos . Tudo isso, no entanto, apenas com o intuito de livrar-se de determinadas funções numa Empresa e de não criar vínculos empregatícios com os trabalhadores . A Terceirização se aplica aquelas áreas em que não é necessário mão de obra qualificada e não se aplica a serviços de responsabilidade dentro da empresa. Um novo tipo de trabalhador foi exigido pelas empresas: Um trabalhador polivalente que não fique preso a uma única atividade (tal como o trabalhador do modelo de produção fordista), mas, que antes possa servir aos mais variados tipos de atividades que se possa exigir no seu setor de trabalho, ou seja, um trabalhador que exerça força de trabalho coletivo anteriormente exercido por vários trabalhadores em separado. É em meio a essa onda de reestruturação produtiva que o neoliberalismo se ergue enquanto força doutrinária prática de políticas econômicas e de poder ideológico. Para que fosse possível a instauração do neoliberalismo foi necessário uma série de mecanismos de legitimação entre os quais a mídia possui um peso fundamental, como afirma Netto: “... a ideologia neoliberal, maciçamente generalizada pelos meios de comunicação social a partir dos anos oitenta do século passado, conformou uma espécie de senso comum entre os serviçais do capital (entre os quais se contam engenheiros, economistas, administradores, gerentes, jornalistas etcs) e mesmo entre os significativos setores da população dos países centrais e periféricos”. p. 226 E ainda, como afirmado no Consenso de Washington: “A imprensa, por meio de editoriais ou de articulistas entusiastas do novo velho credo, colocaria na defensiva todos os que não se dispusessem a aderir à autodenominada “modernização pelo mercado”, qualificando-os automaticamente como retrógrados ou “dinossauro”. p.8 Assim, plenamente divulgado e incorporado a liberdade de movimento mercantil exigida pelas empresas monopolistas para recuperação e para manutenção positiva de seus lucros por meio do afastamento do Estado – com seus limites socio-políticos de atuação - foi a primeira forma de ataque neoliberal. O mercado foi proclamado como a única maneira de assegurar a liberdade real. O mercado, portanto, para os neoliberais possui um duplo papel na constituição de uma sociedade livre: Primeiro, determina e efetiva e liberdade econômica, parte integrante da liberdade mais geral e segundo, é o único meio de garantir liberdade política. Como afirma Netto: “O mercado como instância mediadora societal elementar e insuperável embasa o veio a ser conhecido como a ‘tese da indivisibilidade da liberdade’ (Friedman, avançando sobre a formulação de Hayek): é a liberdade econômica, só possível sobre o mercado livre (isto é, sem mecanismos de extra-econômicos de regulação), que funda a liberdade civil e política. Sem mercado livre, pois, nenhuma forma de liberdade.” Netto, p.78 Nessa argumentação dos mais destacados neoliberais, Hayek e Friedman, aparecem dois conceitos chaves para o entendimento das políticas econômicas requeridas pelos neoliberais: “Mercado perfeito” ou “concorrência perfeita” e “caos”. O mercado perfeito é aquela forma de concorrência em que por serem os indivíduos minusculos em comparação ao mercado – onde todas as forças se encontram – estes não possuem o poder de alterar o preço das mercadorias oferecidas, assim como, entende-se que todas as mercadorias ofertadas são qualitativamente parecidas de maneira que não interessa se o material consumido é de empresa A ou B. Em consonância com essa idéia, acreditam nossos neoliberais mais eminentes, a liberdade de cada empresa entrar e sair do mercado a hora quer for conveniente e o conhecimento pleno por parte dos consumidores e empresários do fato de o mercado ser competitivo desde que obedeça aos critérios estabelecidos. Ao lado do conceito “mercado perfeito” o de ‘caos” emerge como oposição. Esse último é utilizado para demonstrar o quanto caótico se torna as relações sociais em geral se não regulada única e diretamente pelo mercado. A partir do momento em que algum tipo de mecanismo de regulação extra-econômico passa a planejar a atividade mercantil se torna impossível “promover com eficiência a produção e a distribuição da riqueza”. Pois, tal regulamentação, ainda segundo nossos liberais, é a forma pela qual a liberdade não é exercida visto que o poder é centralizado em poucas mãos. Segundo a interpretação que Teixeira faz desses liberais: “Somente em uma economia de mercado "o consumidor é protegido da coerção do vendedor devido à presença de outros vendedores com quem pode negociar. O vendedor é protegido da coerção do consumidor devido à existência de outros consumidores a quem pode vender. O empregado é protegido da coerção do empregador devido aos outros empregadores para quem pode trabalhar, e assim por diante. E o mercado faz isso, impessoalmente, sem nenhuma autoridade centralizada”. (1998, p.232) Teixeira demonstra bem o quanto, segundo os neoliberais, o mercado é a única forma de garantir a generalização da felicidade individual, de garantir a descentralização do poder por ser a manifestação da liberdade e único espaço capaz de agregar os interesses dos indivíduos derrubando a fronteira imposta pela complexidade das sociedades modernas que não permite a organização das atividades de milhões de pessoas meramente por coordenação de um pequeno grupo. Assim, se cada indivíduo defende seu interesse próprio uma ordem natural é constituída e nutrida do poder de afirmar uma utilização eficiente dos recursos econômicos. No entanto, os limites a esse modelo de organização não possui plena aplicação na realidade, pois, como afirma Batista: “Não se leva em consideração nessa argumentação o caráter oligopolística do comércio internacional dominado por grandes empresas nem o fato de que substancial parcela desse comércio já se faz intrefirmas, entre matrizes e subsidiária, o que torna ainda mais fácil o controle das práticas restritivas de negócio.” p. 32 Assim, não pode o mercado, principalmente em tempos de capitalismo monopolista, garantir a plena realização dos indivíduos se o próprio mercado por ser dominado por poucos grupos que detêm a maior parte da economia não permite a livre competição entre os empresas que se lançam individualmente no mercado. 3. CONCLUSÃO: Podemos compreender a partir do exposto que o neoliberalismo com saída à crise é apenas mais uma forma encontrada pelo capital de tentar sair – ainda que isso não seja possível completamente por se tratar de uma crise estrutural – da crise causada pela queda da taxa de lucro. Assim como essa saída é apenas parcial e a um auto custo por aprofundar cada vez mais a exploração da classe trabahadora, a declaração de que o livre mercado é o lugar em que os indivíduos podem se realizar de forma cada vez mais humana é também uma falácia. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Batista, Paulo Nogueira. O Consenso de Washington: A visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Caderno dívida externa n° 6. SP. Gráfica e editora Peres ltda. 3° edição. 1995 Netto, José Paulo. Crise do socialismo e ofensiva neoliberal. Coleção questões da nossa época, v.2, SP. Ed.Cortez, 1993 Netto, José Paulo e Braz, Marcelo. Economia política: Uma introdução crítica. Biblioteca básica do Serviço Social, v.1. SP. Ed. Cortez, 2000 Teixeira, Francisco J.S. Neoliberalismo em debate, in: neoliberalismo e reestruturação produtiva. As novas determinações do mundo do trabalho. SP. Ed. Cortez, 1998