Hedge do etanol aos agentes brasileiros e norte-americanos: uma análise comparativa da efetividade de hedge Ricardo Alves de Brito Marcos Aurélio Rodrigues André Ricardo Reis Costa Lawrêncio Tálio de Araújo Pedro Valentim Marques 26/11/2013 1 Introdução •Contexto • Biocombustíveis são relevantes na matriz energética mundial (IEA, 2011) • Etanol: Biocombustível mais relevante • E.U.A.: Maior mercado, 13 bilhões de galões consumidos em 2012 • Brasil: Maior exportador, 681 milhões de galões exportados em 2013 2 Introdução •Justificativa • Oscilação de preços • Em dois anos:23% nos E.U.A. (US$1,98 a US$2,44/gal) • Em dois anos: 30% no Brasil (R$1,00 a R$1,30/litro) • Melhor decisão de hedging 3 Introdução •Questão de Pesquisa (research question) • Avaliar a efetividade dos contratos futuros como instrumento de hedge para etanol brasileiro 4 Introdução •Questões Específicas (survey questions) • Examinar as características das séries temporais dos preços à vista do etanol de Paulínia e dos contratos futuros da BM&F BOVESPA e do CME GROUP; • Empregar modelagem VAR e GARCH para calcular as razões de hedge dinâmico do etanol brasileiro na BM&FBOVESPA e CME GROUP, com uso de modelos de filtragem. • Calcular a efetividade de hedge do etanol brasileiro na BM&FBOVESPA e CME GROUP, comparando os resultados. 5 Literatura • Contratos futuros são eficazes para mitigar risco (WORKING, 1952; 1953; 1962; GRAY; RUTLEDGE, 1971; DANTHINE, 1981) • Mercado futuro de etanol é vinculado ao mercado agropecuário (SOSNOSKI; RIBEIRO, 2012; MALLORY; IRWIN; HAYES, 2012; SILVA, 2013). 6 Literatura • Funk, Zook e Featherstone (2008) e Dahlgran (2010). Apontaram a efetividade do contrato de etanol da CME para hedging. Antes de 2005, era possível fazer crosshedging do etanol de Detroit usando o contrato futuro de gasolina da CME. • Perlingueiro, Alves e Corrar (2009) Compararam a lucratividade de spread intramercado nas negociações de etanol da BM&F Bovespa com as da CME. Não apontaram diferenças relevantes entre os retornos. 7 Literatura • Sosnoskia e Ribeiro (2012) propuseram um modelo para estratégias de hedge de açúcar e etanol considerando as restrições no sistema produtivo. Para tanto, usaram dados de produção da UNICA, de mercados físicos da CEPEA e de mercados futuros da BM&F Bovespa. • Silva (2013) Aplicou testes de causalidade de Granger para analisar os reflexos do mercado futuro sobre o mercado à vista. Avaliou que a atividade de especulação na BM&F Bovespa impactava o mercado à vista, mas não a atividade de hedging. 8 Metodologia e dados •Classificação – Booth, Colomb e Williams (2008) • Objetivos: pesquisa exploratória • Procedimentos: pesquisa bibliográfica e experimental • Abordagem da questão de pesquisa: quali-quanti 9 Metodologia e dados • Testes de autocorrelação e heterocedasticia, de Peña e Rodríguez (2002) • Teste de portmanteau baseado na mésima raiz do determinante da mésima matriz de autocorrelação residual Toeplitz ℛ𝑚 = 𝑟0 𝑟−1 ⋮ 𝑟−𝑚 𝑟1 𝑟0 … 𝑟−𝑚+1 … … ⋱ … 𝑟𝑚 𝑟𝑚−1 ⋮ 𝑟0 • Tal que 𝑟0 = 1 e 𝑟−𝓁 = 𝑟𝓁 para todo 𝓁, sendo tomado o logartimo das (𝑚 + 1)-ésimas raizes do determinante 10 Metodologia e dados • Modelo GO-GARCH (1,1), de Weide (2002) • 𝒚𝑡 = 𝝁𝑡 + 𝝐𝑡 , sendo que 𝝁𝑡 é o vetor de média condicional estatisticamente igual a zero • 𝛜t = 𝐙𝚪t • (𝚪𝑡 = Σ𝑡1 2 𝑿𝒕 ) 2 2 • 𝚺𝒕 = var𝑡−1 𝚪𝑡 = diag(𝜎1,𝑡 , … , 𝜎𝑑,𝑡 ) 2 2 2 • 𝜎𝑖,𝑡 = (1 − 𝛼𝑖 − 𝛽𝑖 ) + 𝛼𝑖 Γ𝑖,𝑡−1 + 𝛽𝑖 𝜎𝑖,𝑡−1 • 𝛀𝑡 = var𝑡−1 (𝜖𝑡 ) = var 𝜖𝑡 𝚿𝐭−𝟏 ) = 𝒁𝚺t 𝒁′ • 𝜴𝑡 = var (𝜖𝑡 ) = 𝒁𝒁′ 11 Metodologia e dados • Razões de hedge, (KRONER e SULTAN, 1993) • 𝒚𝑡 = ℎ𝑡∗ = 𝜎𝑡 (𝑆𝑡+1 ,𝐹𝑡+1 ) 𝜎𝑡2 (𝐹𝑡+1 ) • Efetividade de hedge, (Johnson, 1960 e Stein, 1961) EFETIVIDADE 𝑣𝑎𝑟𝑆𝐻 − 𝑣𝑎𝑟𝐻 = 𝑣𝑎𝑟𝑆𝐻 12 Metodologia e dados •Dados • Contratos BM&F Bovespa: ALA, 2002 a 2007; ETN, 2007 a 2009 e ETH, 2010 a 2012; • Contratos CME: Denaturated Fuel Ethanol (EH); • Período: 13.05.2005 a 28.12.2012; • Conversão cambial pela cotação PTAX (BACEN) • Preços diários convertidos em séries semanais. • Log de retornos futuros 13 Resultados e discussão •Testes de autocorrelação e heterocedasticia 14 Resultados e discussão •Testes de autocorrelação e heterocedasticia 15 Resultados e discussão •Comparação das razões de hedge 16 Resultados e discussão •Comparação das razões de hedge 17 Resumo e conclusões • Examinaram-se as características das séries temporais dos preços à vista do etanol de Paulínia e dos contratos futuros da BM&F BOVESPA e do CME GROUP, apontou-se nãolinearidade, heterocedasticia e volatilidade, validando a posterior aplicação dos testes de heterocedasticia; • Empregou-se modelagem VAR e GARCH para calcular as razões de hedge dinâmico do etanol brasileiro na BM&FBOVESPA e CME GROUP, com uso de modelos de filtragem, criou-se base segura para a comparação; • Calculou-se a efetividade de hedge do etanol brasileiro na BM&FBOVESPA e CME GROUP, compararam-se os resultados. Não foi identificada efetividade de hedge para nenhum dos contratos, sendo o período ALA o de maior razão de hedge. 18 Referências bibliográficas • WORKING, W. Trading and Hedging. The American Economic Review, v. 43, n. 3, p. 314-343, 1953. • DEVADOSS, S.; BAYHAM, J. US Ethanol Trade Policy: Pollution Reduction or Domestic Protection. Review of International Economics, v. 21, n. 3, p. 568-584, 2013. • Dahlgran, R. A. 2010. “Ethanol Futures: Thin but Effective? —Why?” Proceedings of the NCCC-134 Conference on Applied Commodity Price, Analysis, Forecasting, and Market Risk Management. St. Louis, MO. Disponível em [http://www.farmdoc.illinois.edu/nccc134]. Acesso em 01.09.2013 • SOSNOSKI, A.A.K.; RIBEIRO, C.O. Hedging in the ethanol and sugar production: integrating financial and production decision. Produção v. 22, n. 1, p. 124-131, 2012 19 Hedge do etanol aos agentes brasileiros e norte-americanos: uma análise comparativa da efetividade de hedge [email protected] 26/11/2013 20