Bem-vindos Instrumentos Financeiros Dez 2015 Tema São Paulo Rio de Janeiro 13/01/2016 14/01/2016 Good Group – Fechamento das demonstrações financeiras de 2015,OCPC 07 e update de Imposto de Renda Como otimizar as suas demonstrações financeiras e torná-las mais relevantes, incluindo: • Conceitos de materialidade • Benchmarks de empresas brasileiras e estrangeiras; • Interim reporting Mesa-redonda – Real Estate 04/03/2016 Nova norma de receita 15/03/2016 16/03/2016 Mesa-redonda – Varejo 06/04/2016 06/04/2016 Mesa-redonda – Bancos & IFRS 9 10/05/2016 Combinação de negócios e consolidação 01/06/2016 02/06/2016 Valor justo nas demonstrações financeiras 29/06/2016 30/06/2016 Nova norma de leasing e fluxo de caixa 23/08/2016 24/08/2016 Agenda ► Classificação e mensuração ► Hedge accounting ► Desreconhecimento ► Dívida Vs. Patrimônio ► Mudanças com a aplicação do IFRS 9 Page 5 Classificação e mensuração Mensuração inicial de ativos e passivos financeiros ► Uma entidade deve mensurar um ativo ou passivo financeiro em seu reconhecimento inicial, pelo seu valor justo ► No caso de contas a receber decorrentes de vendas a prazo de produtos, mercadorias ou serviços, pode-se reconhecer o ativo financeiro pelo seu valor nominal, desde que a diferença para o seu valor justo não seja material. ► No caso de fornecedores e outras contas a pagar decorrentes da atividade operacional da empresa, pode-se reconhecer o passivo financeiro pelo seu valor nominal, desde que a diferença para o seu valor justo não seja material. Page 7 Classificação e mensuração – Ativos Financeiros Categoria Utilização principal Valor justo no resultado Todos os derivativos (exceto os designados como instrumentos de hedge), outros itens destinados a serem negociados ativamente ou qualquer item designado como tal que se enquadre nos critérios. Marcados a mercado contra resultado. Mantidos até o vencimento Ativos de dívida adquiridos pela entidade para serem mantidos até o vencimento. Ao custo amortizado. Empréstimos e recebíveis Ativos de empréstimos convencionais, sem cotação (originados ou adquiridos), duplicatas a receber. Ao custo amortizado. Disponíveis para venda Todos os ativos não categorizados acima. É uma categoria residual – não significa que a entidade esteja prestes a vendê-los. Marcados a mercado contra PL – perdas devem ser registradas no resultado. Page 8 Classificação e mensuração – Passivos Financeiros Categoria Utilização principal Valor justo no resultado Todos os derivativos (exceto os designados como instrumentos de hedge), outros itens destinados a serem negociados ativamente ou qualquer item designado como tal que se enquadre nos critérios. Marcados a mercado contra resultado. Outros passivos financeiros Todas as outras obrigações não categorizadas acima. Ao custo amortizado. Page 9 Hedge accounting Por que Hedge Accounting? ► Item objeto de hedge a custo amortizado e derivativo a valor de mercado. ► Item objeto de hedge não registrado e derivativo a valor de mercado. ► Volatilidade no resultado. Page 11 Estratégias de Hedge Utilizadas ►Hedge de risco de taxa de juros ► Ativos com incidência de juros (e.g., empréstimos, títulos de dívida) ► Passivos com incidência de juros (e.g., dívidas, depósitos) ►Hedge de risco de câmbio ► Investimento líquido em operação no exterior ► Receita ou despesa denominada em moeda estrangeira Page 12 Objeto de hedge Objeto de hedge é: Um ativo, passivo, compromisso firme, transação futura prevista ou investimento líquido em uma operação no exterior Que expõe a entidade a risco de variações em: • Valor justo; ou • Fluxo de caixa futuro; e É designado como hedge O objeto de hedge pode ser designado como tal somente durante parte de sua vida. Page 13 O que pode ser considerado objeto de hedge? ► Ativo e passivo reconhecidos (ou grupos de ativo e passivo com características de risco semelhantes) ü ► Compromissos firmes não reconhecidos ü ► títulos, empréstimos e ações arrendamentos, contratos firmes Transações futuras altamente prováveis Page 14 ü pagamentos de cupom futuros sobre dívida a taxa variável ü Compras e vendas futuras O que pode ser considerado objeto de hedge? ► O objeto de hedge pode ser formado por um grupo de itens com características de risco semelhantes. Exemplo: Se uma empresa mantivesse cada componente do FTSE 100 em proporção ao seu peso e o protegesse com futuros de FTSE, ela teria um hedge econômico perfeito. Esse não seria um objeto de hedge conforme definido, já que as ações tomadas individualmente não se movimentam em linha com o índice. Page 15 O que pode ser considerado objeto de hedge? Riscos que podem ser protegidos ► Alterações no valor de um título de taxa fixa disponível para venda em decorrência de variações na taxa de juros. ► Alterações na taxa de juros a pagar sobre um empréstimo de taxa variável. ► Arrendamentos futuros a pagar em moeda estrangeira. ► Compromisso contratual de pagamento de um ativo fixo em outra moeda. ► Previsão altamente provável (não contratada) de vendas ou compras futuras em outra moeda. Page 16 Objeto de hedge – Componentes do risco? ► Um ativo financeiro ou passivo financeiro pode ser protegido de riscos associados apenas a uma parcela de seu fluxo de caixa ou valor justo desde que a efetividade possa ser determinada § ► Exemplo: um componente do total da exposição a taxa de juros de um instrumento financeiro protegido Um ativo não financeiro ou um passivo não financeiro pode constituir objeto de hedge com relação a § riscos de moeda estrangeira ou § na sua integralidade, contra todos os riscos Page 17 O que não pode ser considerado objeto de hedge? ► Investimentos mantidos até o vencimento para risco de taxa de juro ► Compromisso firme de aquisição de um negócio ► Investimentos consolidados ou contabilizados pela equivalência patrimonial ► Derivativos ► Posições líquidas Page 18 Instrumentos de Hedge ► ► Instrumento de hedge é: § um derivativo designado ou (em circunstâncias limitadas) um instrumento financeiro não derivativo § do qual se espera que seu justo valor ou fluxo de caixa compense mudanças no justo valor ou fluxo de caixa de um objeto de hedge O instrumento financeiro não derivativo só pode ser designado como instrumento de hedge de risco de moeda estrangeira Page 19 Instrumentos de Hedge ► ► Instrumento de hedge é: § um derivativo designado ou (em circunstâncias limitadas) um instrumento financeiro não derivativo § do qual se espera que seu justo valor ou fluxo de caixa compense mudanças no justo valor ou fluxo de caixa de um objeto de hedge O instrumento financeiro não derivativo só pode ser designado como instrumento de hedge de risco de moeda estrangeira Page 20 Critérios da Contabilização de Hedge ► O relacionamento de hedge deve ser documentado formalmente ► O hedge deve ser considerado “altamente efetivo” (entre 80% a 125%) ► ou seja, Δ no Valor Justo do derivativo / Δ no Valor Justo do objeto ► Deve-se esperar que ele será altamente efetivo desde o início (prospectivamente) ► Testar periodicamente para determinar se tem sido altamente efetivo (retrospectivo e prospectivo) Page 21 Documentação exigida ► Documentação formal e atualizada, que: ► Identifica o instrumento de hedge e o objeto de hedge. ► Descreve a natureza do risco que está sendo protegido. ► Define os objetivos e estratégias de gestão de risco da entidade para a transação. ► Descreve o método e com que frequência a efetividade e inefetividade serão determinadas. Page 22 Modelo de contabilização de Hedge de Valor Justo Modelo Contábil Avaliação do derivativo Mudança no Valor Justo Avaliação do objeto de hedge Resultado Compensação de Ganho ou Perda Atribuível ao Risco que Está Sendo Protegido Tratamento especial para contabilização de hedge! Page 23 Modelo de Contabilização de Hedge de Fluxo de Caixa Avaliação do derivativo Mudança no Valor Justo Patrimônio Eficaz Resultado Page 24 Efetividade do Hedge ► Métodos aceitáveis para determinação da eficácia do hedge (prospectivo): Page 25 § “Dollar Offset” § Análise estatística (ou seja, análise de regressão) Avaliação da Efetividade Usando o Método “Dollar Offset” - Exemplo Data 1 janeiro 20X3 31 março 20X3 30 junho 20X3 30 setembro 20X3 Page 26 Valor justo do derivativo CHF 0 CHF 100 CHF 125 CHF 150 Valor justo do objeto de hedge CHF 500 CHF 410 CHF 389 CHF 370 Avaliação da Efetividade Usando o Método “Dollar Offset” - Exemplo Data 1 janeiro 20X3 31 março 20X3 30 junho 20X3 30 setembro 20X3 Valor justo do derivativo CHF 0 CHF 100 CHF 125 CHF 150 Valor justo do objeto de hedge Efetividade CHF 500 CHF 410 100/90= 111% CHF 389 125/111= 113% CHF 370 150/130= 115% Durante todo o período, usando o teste de efetividade por cumulatividade, o hedge permanece eficaz (ou seja, entre 80-125%). Assim, a contabilização de hedge terá continuidade. Page 27 Avaliação da Efetividade Usando Regressão ► A efetividade do hedge pode ser determinada de forma cumulativa pela análise de regressão. ► Se altamente eficaz, a contabilização de hedge poderá continuar em todos os períodos, mesmo que as mudanças de valor relativas ao período em curso estejam fora da faixa de correlação de 80-125%. ► A regressão pode ser usada também para a avaliação da efetividade prospectiva. ► Os cálculos da análise de regressão em geral devem incorporar o mesmo número de pontos de dados em movimento contínuo. Page 28 Avaliação da Efetividade Usando Regressão change in price of tyres = $0.05 + 0.9 (change in price of rubber) + 0 Δ Hedged Item (tires) . . . . β = 0.9 ά Δ Hedge (rubber) Page 29 . Contabilização de Hedge Hedges parciais ► Podem designar uma parcela do instrumento de hedge mas não um a parcela de sua duração. ► Uma combinação de derivativos pode ser designada como instrumento de hedge. Page 30 Encerramento do Hedge Accounting Os critérios de qualificação do hedge não estão mais sendo atendidos: A transação prevista não é mais provável A efetividade está fora do limite de 80-125% ► O derivativo expirou ou foi vendido, rescindido ou exercido. ► A designação de hedge foi removida pela administração. Page 31 Encerramento do Hedge Accounting ► Hedge de Valor Justo: amortiza a marcação a mercado do objeto de hedge ao longo da vida remanescente do instrumento de hedge, usando a taxa de juros efetiva. ► Hedge de Fluxo de Caixa: os valores permanecem no patrimônio até que o objeto de hedge impacte o resultado, a menos que seja provável que a transação prevista não ocorrerá (reconhecida no resultado imediatamente). ► Mudanças subsequentes no valor justo do derivativo são reconhecidas imediatamente no resultado (em caso de designação removida ou perda de efetividade). Page 32 Caso Prático 1 – Dívida x Swap A Companhia Alpha emitiu em 1 de janeiro de 2013 um título de dívida de USD 100 milhões pré-fixado a 6%a.a. Para se proteger das variações da taxa de câmbio, no mesmo dia a Companhia entra em um swap recebendo USD + 6%a.a. e pagando BRL a taxa pós-fixada de 127% do CDI. Abaixo algumas informações sobre a transação: 01/01/2013 31/12/2013 Variação 2,20 2,50 0,50 220.000 264.000 (44.000) Zero (50.000) (50.000) Swap (USD+6%) 220.000 264.000 44.000 Swap (127% CDI) 220.000 250.800 (30.800) Zero 50.000 50.000 Cotação USD Passivo (USD+6%) Passivo (Ajuste MtM) Swap (Ajuste MtM) Page 33 Caso Prático 1 – Dívida x Swap 1) Caso a entidade desejasse fazer um hedge accounting, qual seria a categoria apropriada? Por quê? Neste caso, verificamos que por se tratar de um passivo atrelado ao USD, a entidade está exposta tanto ao risco de mercado quanto ao risco de fluxo de caixa. Como a Companhia decidiu trocar o fluxo de USD+Cupom por um fluxo em BRL pós-fixado (%CDI), o objetivo foi evitar o risco de marcação a mercado do USD. Assim sendo, a categoria apropriada é a de Hedge de Valor Justo. Page 34 Caso Prático 1 – Dívida x Swap 2) Verificar se a relação de hedge é efetiva, ou seja, se a variação do valor justo do instrumento (VJ) protege a variação do valor justo do objeto de hedge. Percebe-se que o hedge é permitido, já que a efetividade da relação é de 100% (variação do ajuste a VJ da dívida / variação do ajuste a VJ swap - 50.000 /50.000), dessa forma situa-se na faixa permitida entre 80% e 125%. Page 35 Caso Prático 1 – Dívida x Swap 3) Demonstre a contabilização Em 01/01/2013 D- Caixa……………………..............................................….220.000 C- Passivo financeiro…….....…............................................220.000 Em 31/12/2013 a) Atualização da dívida: D- Despesa financeira (ΔUSD + cupom + ajuste MtM)…......94.000 C- Passivo financeiro (ΔUSD + cupom)………….............…..44.000 C- Passivo financeiro (ajuste MtM)……….............…………..50.000 b) Atualização do swap: D- Swap curva – ativo……....….................................……….13.200 D- Swap ajuste MtM – ativo……................................……….50.000 C- Receita financeira…..................................................…….63.200 Page 36 Caso Prático 2 – Venda USD x NDF Em 1 de janeiro de 2014, a Companhia Alpha contratou 3 NDF de USD 1,6MM cada, para efetuar o hedge de suas vendas em USD previstas para os meses de Abr-14, Mai-14 e Jun-14. O volume de vendas mensais previsto é de USD 2MM e a política é fazer o hedge de 80% da exposição. Abaixo algumas informações sobre a transação: 01/01/2014 31/03/2014 Variação Cotação USD Hedge vendas (USD) Hedge vendas (BRL) 2,20 4.800 10.560 2,50 4.800 12.000 0,50 1.440 MtM das vendas Volume hedge NDF – 80% 10.560 4.800 13.400 4.800 2.840 - Zero - 2.990 - 2.990 95% Valor mercado NDF Efetividade do hedge Page 37 Caso Prático 2 – Venda USD x NDF (cont.) 1) Caso a entidade desejasse fazer um hedge accounting, qual seria a categoria apropriada? Por quê? Verificamos que o objeto de hedge é uma transação futura altamente provável, representada pelas vendas futuras da Companhia atreladas ao USD. De acordo com o IFRS/CPC, o hedge de uma transação futura altamente provável deve ser classificado como Hedge de Fluxo de Caixa, uma vez que protege contra a exposição às variações nos fluxos de caixa que podem afetar o resultado. Page 38 Caso Prático 2 – Venda USD x NDF 2) Verificar se a relação de hedge é efetiva, ou seja, se a variação do valor justo do instrumento (VJ) protege a variação do valor justo do objeto de hedge. Percebe-se que o hedge é permitido, já que a efetividade da relação é de 95% (variação dos fluxos de caixa futuros das vendas / variação dos fluxos de caixa futuros das NDF - 2.840 /2.990), dessa forma situa-se na faixa permitida entre 80% e 125%. Page 39 Caso Prático 2 – Venda USD x NDF 3) Demonstre a contabilização Em 01/01/2014 – Não existem registros contábeis ► Em 31/03/2014 – ITR a) Atualização das NDFs: C- NDF a pagar (valor de mercado)…...................2.990 D- Patrimônio líquido - (parcela efetiva)….............2.840 D- Despesa financeira (parcela inefetiva).................150 b) Registro do crédito tributário: D- Crédito tributário……...........................……....….966 C- Patrimônio líquido........................................…….966 Page 40 Desreconhecimento Desreconhecimento – Ativos Financeiros Modelo misto, baseado em riscos e benefícios e controle Conclusão baseada em uma árvore de decisão Uma venda legalmente documentada pode não qualificar para baixa Page 42 Consolidate subsidiaries (including SPEs) Do derecognition principles apply to part or all of assets? Have the rights to cash flows expired? Yes Derecognise No Don’t derecognise Yes Derecognise Yes Don’t derecognise No Derecognise No Yes Has entity transferred its right to receive cash flows? No Has entity assumed obligation to pass through cash flows? Yes Has entity transferred substantially all risks/rewards? No Has entity retained substantially all risks/rewards? No Has entity retained control of the assets? Yes Continue to recognise the assets to extent of continuing involvement Page 43 Desreconhecimento – Passivos Financeiros Uma entidade deve remover um passivo financeiro (ou uma parte de um passivo financeiro) de sua demonstração contábil quando, e apenas quando, for extinto – isto é, quando a obrigação especificada no contrato for retirada, cancelada ou expirar. Page 44 Desreconhecimento – Ativos e Passivos Financeiros Casos práticos Vendas sem recurso FIDCs First loss Securitizações com coobrigações Venda de carteiras com seguro garantia Reverse Factoring ou Confirming Page 45 Dívida Vs. Patrimônio Dívida Vs. Patrimônio Substância sobre a forma legal Passivo = O emissor pode ser requerido a entregar caixa ou outro ativo financeiro. A entidade é ou pode ser obrigada a entregar um número variável de seus instrumentos patrimoniais Patrimônio = Representa o valor residual de ativos e passivos do emissor. O instrumento pode ser liquidado pela troca de um valor fixo em caixa por um número fixo de instrumentos patrimoniais Instrumentos compostos devem ser segregados e contabilizados separadamente Page 47 Dívida Vs. Patrimônio Instrumentos financeiros (instrumentos compostos) que contenham ambos um componente de dívida e de patrimônio devem ser segregados e contabilizados separadamente. O componente de dívida é determinado pelo valor justo dos fluxos de caixa esperados (excluindo o componente de patrimônio) e o valor residual é alocado ao componente de patrimônio. Page 48 Dívida Vs. Patrimônio Pagamentos contingentes – o emissor não possui o direto incondicional de evitar o pagamento Compulsão econômica Obrigações de pagamento somente na liquidação Instrumentos financeiros resgatáveis – isenção Tratamento contábil pode diferir entre individual e consolidado Page 49 Dívida Vs. Patrimônio – Exemplo 1 ► ► Entidade A emite ações preferenciais com dividendos anuais não cumulativos de 6% e que são mandatoriamente resgatáveis em 5 anos. Os dividendos são pagos anualmente por decisão da Entidade. Questão: Como as ações devem ser classificadas: dívida ou patrimônio? Page 50 Dívida Vs. Patrimônio – Exemplo 1 Resposta Esse é um instrumento financeiro composto: O valor presente do principal resgatável das ações é uma dívida. A diferença entre o valor recebido e a dívida é o componente de patrimônio. Os dividendos são pagos por decisão da Entidade Nenhuma obrigação em pagar caixa – patrimônio O resgate é mandatório Obrigação em pagar caixa – dívida Page 51 Dívida Vs. Patrimônio – Exemplo 2 ► ► ► Entidade A emite ações preferenciais com dividendo mandatório fixo cumulativo anual de 6%. Os dividendos são pagos somente se a Entidade auferir lucros distribuíveis suficientes. As ações são resgatáveis somente por opção da Entidade A. Questão: Como as ações devem ser classificadas: dívida ou patrimônio? Page 52 Dívida Vs. Patrimônio – Exemplo 2 (cont.) Resposta A Entidade A deve classificar as ações como dívida. O valor recebido pelas ações são equivalentes ao valor justo (na data de emissão) dos dividendos a pagar em perpetuidade, fazendo com que o valor total recebido seja classificado como dívida. Os dividendos são mandatórios. Obrigação em pagar caixa – dívida. Page 53 Mudanças com a aplicação do IFRS 9 Aprovação e data de aplicação – IFRS 9 Em 24 de Julho de 2014, o International Accounting Standards Board (IASB) emitiu a versão final do IFRS 9, trazendo as três fases do projeto de instrumentos financeiros. ► Classificação e mensuração ► Impairment (expected credit losses) ► Hedge accounting Contabilização para gerenciamento de risco de balanço (macro hedging) não foi incluída nesse projeto e terá um projeto separado ► IFRS 9 será efetivo para o período anual iniciado em 1 de janeiro de 2018, com adoção antecipada permitida. ► Page 55 Classificação e mensuração O novo modelo para ativos financeiros Dívida (inclui contratos híbridos) Derivativos Patrimoniais Teste sobre a ‘características do fluxo de caixa contratual’ (No nível do instrumento) Passa Falha Falha Teste sobre ‘modelo de negócio’ (Em um nível agregado) 1 Manterá o título para recebimento do fluxo de caixa contratual? 2 Objetivo de receber o fluxo de caixa contratual e vender o ativo financeiro Elegível para FVO? Não Custo amortizado Page 56 Mantido para negociação? 3 Não (1), nem (2) Sim Não Sim Não Elegível para FVOCI ? Sim Não FVOCI (com reciclagem) Falha FVTPL FVOCI (sem reciclagem) Impairment - Escopo e variação do modelo de expected credit loss (ECL) Escopo dos requerimentos de ECL Abordagem geral Abordagem simplificada IFRS 9 Instrumentos Financeiros Contas a receber que não contenham componentes de financiamento significativos Contas a receber que contenham componentes de financiamento significativos ü Elegibilidade definida na Política da entidade Outros ativos financeiros de dívida mensurados a CA ou por FVOCI ü Compromissos de empréstimos e contratos de garantia financeira não contabilizados pelo FVPL ü IFRS 15 Receita de contratos com clientes Ativos contratados que não contém um componente de financiamento significativo Ativos contratados que contém um componente de financiamento significativo ü Elegibilidade definida na Política da entidade IAS 17 Leasing Leasing a receber Page 57 Elegibilidade definida na Política da entidade Modelo de expected credit loss (ECL) – abordagem geral Etapa 1 Atualização da perda estimada no período da demonstração 12 meses ECL Etapa 2 Etapa 3 ECL por toda a vida (perdas de crédito resultantes por possíveis eventos de default nos próximos 12 meses) Risco de crédito aumentou significativamente após o reconhecimento inicial (se em base individual ou coletiva) Critério do tempo de vida do ECL Reconhecimento da receita de juros + Taxa efetiva de juros (TJE) sobre o valor bruto escriturado TJE sobre valor bruto escriturado Créditos em “default” TJE sobre o custo amortizado (valor bruto escriturado Menos perda provável) Mudança no risco de crédito desde o reconhecimento inicial Melhora Deterioração Page 58 Expected credit loss (ECL) – abordagem simplificada Abordagem simplificada Page 59 ► Escopo: ativos contratados, contas a receber e leasing a receber ► Perda provável baseada no ECL de toda a vida ► Sem alterações no risco de crédito Hedge accounting - Quadro das principais diferenças Requerimentos IAS 39 IFRS 9 Itens financeiros Todos os itens Teste 80%-125% ü X Teste de efetividade retrospectivo ü X Teste de efetividade quantitativo ü Depende Teste de efetividade qualitativo X Depende X ü Balanceamento da relação de hedge X ü De-designação se inefetivo, mas inalterado no gerenciamento do risco ü X Riscos elegíveis para objeto de Hedge Contabilização especial aos “custos do hedge” Page 60 Como alcançar o hedge accounting Estratégia e objetivo do gerenciamento de risco definido (RM) Identificar a elegibilidade do objeto(s) de hedge e a elegibilidade do instrumento(s) Não Sim Em algumas circunstâncias, para evitar inefetividade, a relação de hedge pode ser diferente da utilizada no RM 1) Há uma relação econômica entre o objeto de hedge e o instrumento de hedge? Sim 2) Os efeitos no risco de crédito dominam o valor justo? Não Relação de cobertura de base sobre as quantidades reais utilizadas para a gestão de riscos Sim 3) A relação de hedge reflete um desequilíbrio que criaria ineficácia de cobertura ? Não Designação e documentação formal Page 61 Enquete Enquete Diante do atual cenário de instabilidade nas taxas de cambio, juros e commodities, sua empresa aplica hedge accounting para evitar volatilidade no resultado? 1. Sim 2. Não Page 63 Qual a maior dificuldade para aplicação das regras de hedge accounting? 1. Falta de mão de obra especializada no mercado 2. Resistência por parte de níveis hierárquicos superiores da empresa. 3. Dificuldades operacionais para o controle e monitoramento da relação de hedge (ex. documentação, cálculos de efetividade, etc) 4. A incerteza sobre os impactos entre resultado financeiro e EBITDA ou potencial efeito em covenants Page 64 Por que você acha que os instrumentos híbridos de capital e dívida são pouco utilizados pelas empresas no Brasil? 1. Falta de interesse dos investidores devido aos prazos mais longos e riscos envolvidos 2. Resistência por parte do regulador em aceitar esse tipo de instrumento 3. Complexidade da operação (do ponto de vista legal, societário e contábil) e custos de estruturação 4. Resistência por parte de níveis hierárquicos superiores da empresa Page 65 Sua empresa já avaliou os impactos para a aplicação do IFRS 9? 1. Sim 2. Não Page 66 Para quem respondeu não na pergunta anterior, qual o motivo? 1. A aplicação é somente para 2018 e ainda temos muito tempo 2. Achamos que os impactos não serão relevantes para nossa empresa 3. Essa norma era desconhecida até este momento 4. Vou aguardar o pronunciamento do CPC para a norma equivalente no Brasil Page 67 Obrigado. Page 68