• Custo financeiro alto. • Concorrência e Competitividade dificultando o giro dos estoques. • Consumidor exigindo maiores prazos de pagamento. • Fornecedores praticando prazos cada vez menores e se aumentarem os prazos, implicará maiores custos financeiros. POR QUE AS EMPRESAS QUEBRAM? R: Por terem problemas de liquidez. •QUAIS AS PROVÁVEIS CAUSAS DISSO? R: Provavelmente uma combinação de diversos fatores de caráter operacional e de decisões estratégicas que infelizmente não deram certo: - Estoques/Prazos/Vendas/Recebimento etc. ... para qualquer empresa, o valor total do conjunto de recursos formados por: • valores em caixa e bancos; • valores a receber e • valores em estoques. FONTES DE CAPITAL DE GIRO: • Capital Próprio • Empréstimos/Financiamentos - de curto e de longo prazo - Descontos de duplicatas e cheques • Fornecedores • Adiantamento de Clientes • Lucros LOCALIZAÇÃO DA NCG NO BALANCO PATRIMONIAL Valor total do Ativo Circulante. Representa o investimento total em giro. Para efeito de análise do Capital de Giro devem ser expurgados eventuais Ativos Circulantes Não Operacionais ( como empréstimos a controladas e títulos a receber de venda de ativo Não circulante). ESTOQUES FORNECEDORES DUPLICATAS A RECEBER OUTROS ATIVOS CIRCULANTES NCG Financiamento automático do giro com que a empresa pode contar Este vazio mostra os financiamentos que a empresa precisa obter para financiar a correspondente área de Ativo Circulante. É a NCG NCG - NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO • “É A CHAVE PARA A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE UMA EMPRESA” • A NCG NÃO É SÓ UM CONCEITO FUNDAMENTAL PARA A ANÁLISE DA EMPRESA DO PONTO DE VISTA FINANCEIRO, OU SEJA ANÁLISE DE CAIXA, MAS TAMBÉM DE ESTRATÉGIAS DE FINANCIAMENTO, CRESCIMENTO E LUCRATIVIDADE NCG = ACO - PCO NCG = NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ACO = ATIVO CIRCULANTE OPERACIONAL PCO = PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL Aplicação dos Recursos • Caixa • • • • Bancos Contas a Receber Estoques Imobilizado 500 2.500 4.000 6.000 13.000 Total 26.000 Origem dos Recursos • Fornecedores • • • • • 4.500 Empréstimo Bancário 8.000 Folha de Pagamento 2.000 Impostos a Recolher 500 Capital Próprio 8.000 Lucros Acumulados 3.000 Total 26.000 • aplicação no giro – financeiro – Caixa e Bancos 3.000,00 • aplicação no giro – operacional – Contas a Receber 4.000,00 – Estoques 6.000,00 • aplicação ativo fixo – Imobilizado 13.000,00 .Origens Financeiras – empréstimos bancários 8.000,00 • Origens operacionais – fornecedores 4.500,00 – salários e encargos sociais 2.000,00 – impostos a recolher 500,00 • Origens de recursos próprios – capital próprio 8.000,00 _ Resultados acumulados 3.000,00 Giro Financeiro Caixa e Bancos R$ 3.000,00 Origens Financeiras Empréstimos R$ 8.000,00 Giro Operacional Contas a Receber Estoques R$ 10.000,00 Parte dos Empréstimos Origens Operacionais Fornecedores Salários a Pagar Impostos a Pagar R$ 7.000,00 Ativo Fixo Imobilizado R$ 13.000,00 Origem de Recursos Próprios Capital Próprio Resultados Acumulados Lucros/Prejuízos R$ 11.000,00 NCG – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO NCG = Giro Operacional (–) Origens Operacionais (Contas Rec. + Estoques) – (Fornecedores + Salários + Impostos) (4.000,00 + 6.000,00) – (4.500,00 + 2.000,00 + 500,00) NCG = 10.000,00 (–) 7.000,00 NCG = 3.000,00 Indica quanto do Giro Operacional está sendo “financiado” com recursos de terceiros. As origens operacionais dos recursos de terceiros cobrem 70% do Giro Operacional. Logo, quem está bancando os 30% restantes? NCG – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO Aumenta quando ocorrer: • acréscimo no volume de vendas; • ampliação dos prazos de recebimentos e de estoques; • redução de prazos de pagamentos; • aumento do volume de vendas a prazo. Diminui quando ocorrer: • queda nas vendas; • redução dos prazos de recebimentos e de estoques; • aumento dos prazos de pagamentos; • redução do volume de vendas a prazo. Estão lembrados, no nosso exemplo, 70% do giro estão cobertos com recursos de terceiros. E os 30% restantes? Vamos ver! CGP = Recursos Próprios ( - ) Ativo Fixo (Capital Próprio + Resultados de Vendas) – Imobilizado (8.000,00 + 3.000,00) – 13.000,00 CGP = 11.000,00 ( - ) 13.000,00 = (2.000,00) Indica quanto dos recursos próprios da empresa estão sendo utilizados no Capital de Giro. Dos recursos próprios, nenhum centavo está aplicado no Capital de Giro, todo ele está investido no Ativo Fixo. Logo, não são os recursos próprios que bancam aqueles 30% de necessidade do giro operacional. Aumenta quando ocorrer: • Geração de lucros; • Aporte de capital; • Venda de Imobilizados. Diminui quando ocorrer: • Geração de prejuízos; • Distribuição de lucros; • Aquisição de Imobilizados. Então, quem banca a necessidade de capital de giro é... SLC = Giro Financeiro - Origem Financeira (Caixa e Bancos) - (Empréstimos) SLC = 3.000,00 ( - ) 8.000,00 SLC = (5.000,00) Indica a situação líquida de Caixa, ou seja, o que tem em Caixa em relação ao que foi emprestado de bancos. Desvendado o mistério! O valor encontrado indica que os empréstimos estão garantindo as atividades operacionais e ainda as imobilizações. Dos 5.000,00, podemos entender que 2.000,00 complementam o Ativo Fixo e 3.000,00 bancam a Necessidade do Giro Operacional, aqueles 30%. Estão lembrados? “INSTRUMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO” RESUMO: Necessidade de Capital de Giro = R$ 3.000,00 Capital de Giro Próprio = R$ (2.000,00) Saldo Líquido de Caixa = R$ (5.000,00) Entre os tantos desafios do dia-a-dia de uma empresa, o Capital de Giro é um dos que merece total e especial atenção, afinal se a empresa não “girar” tudo ficará imóvel. SITUAÇÕES POSSÍVEIS EM RELAÇÃO AO ACO/PCO ACO > PCO = Situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento. ACO = PCO = NCG = 0, portanto, a empresa não têm necessidade de financiamento. ACO < PCO = A empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os quais poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta. • Através da Análise de Balanços, partindo das D. Fs. Pode-se calcular, quantos dias em média, a empresa leva para receber suas vendas. PMRV • De forma análoga, pode-se também calcular o PRAZO MÉDIO QUE A EMPRESA LEVA PARA PAGAR SUAS COMPRAS - PMPC • Outro índice, também de suma importância para medir a performance das empresas em estudo, é o PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DOS ESTOQUES - PMRE. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DOS ESTOQUES PMRV = 360. DR(m) PMPC = 360. DP(m) V C PMRE = 360. EM CMV V = Vendas no período PMRV = Prazo Médio de Recebto das Vendas DR = Duplicatas a Receber CMV =Custo Merc Vendida PMRE = Prazo Médio de Renovação dos Estoques EM = Estoque Médio C = Compras no período PMPC = Prazo Médio de Pgto. das Compras DP = Duplicatas a Pagar EXEMPLO NUMÉRICO 20X1 20X2 20X3 Clientes............................................. 1.045.640 1.122.512 1.529.061 Estoque médio.................................. 751.206 1.039.435 1.317.514 Fornecedores.................................... 708.536 639.065 688.791 Vendas (- devoluções e abatimentos) 5.960.227 6.043.114 7.820.143 Compras.......................................... 3.001.587 2.766.402 3.387.266 C.M.V.............................................. 3.621.530 3.273.530 4.218.671 EXEMPLO NUMÉRICO 20X1 20X2 20X3 360 . 1.317.514 =112 4.218.671 PMRE = 360. EM CMV 360 . 751.206 = 74 3.621.530 360 . 1.039.435 = 114 3.273.530 PMRV = 360. DR(m) V 360 . 1.045.640 = 63 5.960.227 360 . 1.122.512 = 67 6.043.114 360 . 360 . PMPC = 360. DP(m) C 708.536 = 85 3.001.587 639.065 = 83 2.766.402 360 . 1.529.061 = 70 7.820.143 360 . 688.791 = 63 3.387.266 CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO CICLO OPERACIONAL (CO) = É o intervalo, em dias, decorrido desde o momento da compra dos produtos, até o recebimento das vendas . FÓRMULA = PMRE + PMRV CICLO FINANCEIRO = É o intervalo, em dias, em que a empresa financia seu giro (investimentos em duplicatas a receber e estoques), sem o auxílio de terceiros fornecedores, portanto, com recursos próprios ou de terceiros onerosos. FÓRMULA = CO - PMPC CICLOS OPERACIONAL E FINANCEIRO Prazo de estoque Prazo de recebimento das vendas Prazo de pagamento a fornecedores Compra de matéria-prima Tempo Pagamento aos fornecedores Venda dos produtos CICLO FINANCEIRO CICLO OPERACIONAL Recebimento das vendas CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO - COMPARAÇÃO COM PADRÕES 20X1 EMPRESA 20X2 SETOR EMPRESA SETOR 20X3 EMPRESA SETOR PMRE 74 66 114 67 112 70 PMRV 63 75 67 79 70 77 PMPC 85 69 83 76 73 78 CO 137 141 181 146 182 147 CF 52 72 98 70 109 69 CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO - COMENTÁRIOS SOBRE A SITUAÇÃO ANTERIORMENTE MOSTRADA A empresa, em 20x1, tinha um ciclo financeiro bem inferior ao padrão mediano, o que é bom: a empresa necessitava tomar financiamentos para o giro por um prazo de 52 dias, 20 dias aquém da média do setor. Isto, se devia ao maior prazo obtido de seus fornecedores (85), em relação à média do setor (69) , bem como ao menor ciclo operacional. No último exercício, a empresa não conseguiu manter o prazo de fornecedores acima da média do setor, e o seu ciclo operacional cresceu demasiadamente em virtude do excessivo Prazo médio de Renovação de Estoques, que evoluiu de 74 dias em X1, para 112 dias em X3. Como o Prazo Médio de Renovação e Estoques depende mais da própria administração do que do mercado, denota-se aí um descontrole da empresa em relação à administração do mesmo. Com isso, o Ciclo Financeiro em 20X3, de 109 dias, passou a 40 dias acima da mediana do setor (69), e 57 dias acima do CF de 20X1, que fora de 72 dias