AMAMENTAÇÃO
Ministério da Saúde quer dobrar salas de apoio à amamentação nas empresas
Ação fez parte da campanha da Semana Mundial de Amamentação, que este ano teve como tema
Amamentação e Trabalho. Atualmente, cem empresas possuem locais destinados ao aleitamento.
Para as mulheres que trabalham fora de casa, o fim da licença maternidade e o retorno às atividades
profissionais podem representar o fim de um dos vínculos mais importantes entre a mãe e o bebê: a
amamentação. A licença maternidade tem sido uma importante aliada para que a as mães mantenham a
amamentação exclusiva. De acordo com a II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas
Capitais Brasileiras e Distrito Federal, o índice de aleitamento materno é duas vezes maior entre as
trabalhadoras com direito a licença (53,4%) do que o registrado entre mulheres que não possuem o
direito (26,8%). O aleitamento materno exclusivo até os seis meses diminui em até 13% a morte de
menores de cinco anos em todo o mundo por causas evitáveis.
Para o apresentador Serginho Groisman (padrinho da campanha, juntamente com sua esposa, Fernanda
Vogel Molina Groisman) o envolvimento de todos – principalmente dos pais – é imprescindível para o
estímulo à amamentação. “Essa é uma campanha muito importante para a saúde do filho e da mãe.
Espero que ela seja compartilhada e entendida por todos nós e que cada vez mais se amamente mais.
Nós, pais, precisamos ter uma participação efetiva para ajudar a mãe a fazer esse trabalho, que é
fundamental”, ressaltou.
A ação Mulher Trabalhadora que amamenta possui três eixos fundamentais preconizados pelo
Ministério da Saúde: licença-maternidade de seis meses, implementação de creches nos locais de
trabalho ou convênio com creches próximas, e a criação de salas de apoio à amamentação dentro do
ambiente de trabalho. A meta inicial para 2015, de certificar 50 salas de apoio em empresas de todo o
Brasil, foi superada em 100%, chegando a 100 salas, beneficiam até 70 mil mulheres em idade fértil.
Para 2016, o objetivo é certificar outras 100 salas, ampliando em 40% o número de mulheres
alcançadas.
As salas de apoio à amamentação são espaços localizados no próprio ambiente de trabalho, destinados
às mulheres que retornam da licença maternidade. A intenção é que elas possam durante o horário de
trabalho, com privacidade e segurança, retirar o leite, armazená-lo em local adequado e depois levá-lo
para casa, aumentando o período de amamentação do filho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), 43% dos trabalhadores brasileiros são mulheres, ou seja, quase metade
da força de trabalho no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde
recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente pelo leite da mãe até os seis meses e que a
amamentação continue acontecendo, junto com outros alimentos, por até dois anos ou mais.
Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação materna tem na redução da
mortalidade infantil nessa faixa etária. De acordo com a OMS e o Programa das Nações Unidades para a
Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de crianças são salvas a cada ano devido ao aumento das taxas de
amamentação exclusiva até o sexto mês.
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde,
ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu
o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A amamentação reduz o peso
da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o
risco de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e
de ovário também caem significativamente.
Além de todos esses benefícios à saúde, estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pelotas
comprovou que quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de
inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o
impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. A pesquisa foi
divulgada pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA – Outra importante ação do Ministério da
Saúde em prol dos pequenos foi a publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Criança. A portaria nº 11.130/2015 busca integrar diversas ações já existentes para atendimento a essa
população, com objetivo de promover o aleitamento materno e a saúde da criança, da gestação aos nove
anos de vida, com especial atenção à primeira infância (zero a cinco anos) e às populações de maior
vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e em situação de
rua.
A elaboração de uma Política Nacional de Saúde da Criança também vem ao encontro do pleito de
entidades da sociedade civil, militantes da causa dos direitos da criança e do adolescente, como a Rede
Nacional da Primeira Infância, a Pastoral da Criança, além de organismos como Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
LISTA DAS EMPRESAS PREMIADAS
Empresa
Estado
Procter & Gamble (P&G)
AM
TJDFT
DF
Cassi DF
DF
Ministério da saúde
DF
BRB
DF
Petrobrás
ES
BNDES
RJ
Cassi RJ
RJ
Finep
RJ
Madalena Ribeiro
RJ
Santander
SP
Máquinas agrícolas Jacto
SP
Cargill Agrícolas S/A
SP
Eurofarma
SP
Companhia Hidro Elétrica de São Francisco
PE
Central de Atendimento do Banco do Brasil
PR
Grupo O Boticário
PR
Dell Computadores do Brasil Ltda
RS
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18972-ministerio-dasaude-quer-dobrar-salas-de-apoio-a-amamentacao-nas-empresas
Atendimento à imprensa Ministério da Saúde
Gustavo Frasão
(61) 3315-3533 / 3580 / 2351
A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, ocorrerá de 3 a 6 de novembro, em
Brasília/DF, sob o lema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.
Trata-se de evento estratégico onde estarão em debate questões como alimentação saudável, o uso de
agrotóxicos, os alimentos transgênicos, sobrepeso/obesidade, o acesso à terra e à água, entre tantos
outros assuntos relacionados ao tema central.
Informações: http://www4.planalto.gov.br/consea/eventos/conferencias/5a-conferencia-nacional-deseguranca-alimentar-e-nutricional
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