A importância do leite materno nos primeiros seis meses de vida. O leite da mulher é sem dúvida alguma, o aleitamento ideal e insubstituível para o lactente, no primeiro semestre de vida. Ele é profilático dos transtornos nutritivos e das infecções do latente. Em certos casos de enfermidades graves da criança chega a constitui-se em um verdadeiro recurso terapêutico, de indispensável valor. (Monetti, pág.41,1964). Nenhum outro período da vida é mais crítico ou mais suscetível de traumatismos e distúrbios do que os seis primeiros meses, quando a criança sai do ambiente uterino onde tinha proteção e estabilidade, e se vê forçada a se adaptar a um mundo de novas dimensões e pressões físicas e psicosociais. Ela é incapaz de funcionar por si própria, requer cuidadosa educação. Por várias razões, sabe-se que o leite materno oferece vantagens, sobre todos os outros leites. A amamentação pela própria mãe é mais cômoda, mais econômica e menos trabalhosa. A mãe deve estar mentalmente preparada para a sua tarefa de amamentar, assim a criança receberá carinho e proteção. A mãe tem um grande papel a desempenhar na amamentação que trará a seu filho benefícios durante o seu desenvolvimento fisiológico e o sentimento do fator imunológico. O aleitamento materno é indispensável para suprir as necessidades do organismo da criança, principalmente nos primeiros meses de vida. Proporcionando ao bebê, através do contato com a mãe maior segurança, para um futuro equilibrado tanto psico como fisiologicamente, mostrando as vantagens do leite materno aos demais. A importância do aleitamento materno,assim como no sentido psicológico e nutritivo, aumentando o carinho, nas relações mãe/filho. O contato íntimo nos primeiros meses é fundamental para a estruturação da personalidade da criança. O núcleo mãe/filho dá a criança uma sensação de segurança e de calor que é importante para o seu desenvolvimento físico e emocional durante a infância e nos anos futuros. O leite do seio contém agentes ativos que proporcionam defesas imunológicas, assim como mecanismos não específicos que tornam menos provável a ocorrência de infecção e menos severas as que por ventura ocorram. As diarréias, que constituem os graves problemas de saúde infantil em todos os países em desenvolvimento não muito menos frequentes ou severas em crianças alimentadas ao seio, e o mesmo ocorre com as infecções estafilocócicas ou víricas. Porque o aleitamento materno, apesar dessas importantes vantagens, vem sendo substituído por modalidades menos eficazes na alimentação? Porque os produtos que não podem ser pregados com segurança onde há falta de água pura, onde existe limitadas as possibilidades de esterilizar mamadeiras e bicos e/ onde não pode ser assegurado acesso regular e quantidades suficientes de alimentos infantis desidratados, estão sendo usados lugares da amamentação ao seio? O sucesso da amamentação não depende da capacidade de produzir leite da mãe, nem da capacidade da criança para sugar, depende da maneira pela qual a mãe foi informada a respeito da alimentação ao seio e de seu desejo de praticá-lo. E é determinado também até que ponto a sociedade valoriza e apóia o alimento natural e o papel a ser desempenhado pela mãe. Porque o aleitamento materno que com toda a sua importância e de suas inigualáveis vantagens vem sendo substituídos por outros leites? A razão é complexa e difícil, de desvendar, pois é nessa fase dos primeiros seis meses que a criança precisa de calor e amor da mãe, além do grande valor nutritivo do leite humano, que supre suas necessidades.