JC&Cia Carreiras
Editor // Vinicius Medeiros
B-8 • Jornal do Commercio • Sexta-feira e fim de semana, 16, 17 e 18 de outubro de 2015
POSTURA
Liderança é
ainda mais
valorizada
na crise
Papel do líder é o de manter a
equipe integrada e alinhada a
um propósito comum, sempre
com firmeza nas decisões e
estabelecendo um diálogo aberto
» ANA PAULA SILVEIRA
[email protected]
S
e a tarefa de liderar por si
só já não é das mais simples, em tempos de crise o
desafio é ainda maior. Afinal, é neste momento que os
ânimos dos profissionais estão
mais abalados devido a um cenário de instabilidade nas empresas, por inúmeros fatores internos e externos, como o risco
de demissões ou atrasos de salários. E é no momento de dificuldade que o gestor deve apontar
caminhos, estimulando a busca
de soluções criativas e alternativas dando suporte à equipe.
É o que afirma a especialista
em gestão do conhecimento e
diretora da Rede Indigo, Camila
Pires. Até porquê, segundo ela as
equipes são influenciadas pelas
escolhas, atitudes e comportamento dos gestores na condução de suas tarefas diárias. “A
postura adotada por uma liderança servirá de inspiração a
seus funcionários e pode ser o
diferencial para o melhor andamento do trabalho”, explica.
O papel do lider também é o
de manter a equipe integrada e
alinhada a um propósito comum, sempre com firmeza nas
decisões e estabelecendo um
diálogo aberto. “Esse profissional será capaz de enxergar formas de transformá-las em oportunidades e, além disso, terá resultados positivos para superar
os problemas”, constata.
Se por um lado é importante
que o gestor seja exemplo no enfrentamento das adversidades
diante de cenários mais críticos
e se posicione, por outro o profissional também deve exercitar
a inteligência emocional; contribuir com soluções e ideias criativas para lidar com os desafios.
“É comum que em tempos de
incertezas os profissionais te-
Dicas de
Português
DIVULGAÇÃO
por Dad Squarise
[email protected]
Blog da Dad www.correiobraziliense.com.br
RECADO
"Um professor sempre afeta a
eternidade. Ele nunca saberá onde
sua influência termina."
Joseph Addison
Antiga como o
rascunho da Bíblia
Carolina Fernandez: um verdadeiro líder assume responsabilidades
Perfil
Os principais diferencias de um lider:
■ COMUNICAÇÃO
- uma gestão que tem como base a transparência e a
comunicação consegue controlar os ânimos e mantem a
equipe motivada e produtiva, mesmo diante das
adversidades;
■ ENGAJAMENTO
- líderes natos engajam os funcionários, ou seja no
momento de dificuldades ele aponta caminhos,
estimulando a busca de soluções criativas e alternativas
dando suporte à equipe;
■ POSICIONAMENTO
- uma boa liderança assume as consequências de suas
decisões e sabe tomar atitudes dificeis.
nham que lidar com sentimentos como medo e frustração. É
importante estar atento para
que essas emoções não gerem
comportamentos de resistência.
É a hora de trabalhar colaborativamente e lembrar que o líder
também está passando por um
momento desafiador e é importante apoiá-lo”, completa.
Já a fundadora da C2M RH
Consultoria e coach, Carolina
Fernandez, defende que um verdadeiro líder é aquele que assume as consequências de suas
decisões e sabe tomar medidas
difíceis. “O gestor precisa dar um
posicionamento sobre a real situação da empresa, em tempos
de crise. Isso melhora o ambiente de trabalho e torna mais transparente a relação com o trabalhador”, ressalta.
O maior problema das empresas na atualidade é o que Carolina denomina como “mau do
século”, ou seja a falta de comunicação corporativa. “Apesar de
toda a tecnologia que temos, as
pessoas não se comunicam. Tudo é muito superficial, não existe clareza do que está acontecendo de fato na empresa. Esse
clima torna o ambiente pesado,
gera baixa produtividade e desmotiva a equipe”, afirma.
Para evitar as conversas de
corredor e fofocas no meio corporativo, a coach analisa que
cabe ao gestor ser um canal institucional entre a empresa e os
colaboradores. “É preciso entender a importância que a liderança têm, pois muitos ‘floreiam’
a situação. Há também ou os
que preferem o silêncio, ou seja,
não assumem nenhuma postura diante das situações”, resume.
“Não é preciso abrir todas as
informações, no entanto as lideranças precisam assumir suas
responsabilidas e dar mais clareza ao que intefere diretamente
na vida do profissional, senão
terão problemas em reter talentos, ninguém tem confiança em
quem não se comunica”, diz. Ela
afirma que se o problema são as
questões jurídicas, cabe a empresa consultar seus advogados
e ter uma orientação para direcionar a sua comunicação. Por
e-mail, por um cartaz no mural
da empresa ou por um grupo
nas redes sociais. São muitas as
formas de levar informação aos
colaboradores.
Ela afirma que os gestores da
atualidade não saem da zona de
conforto. “Eles precisam estabelecer um diálogo, ou seja ir para
a linha de frente e se preocupar
com o bem-estar de seu pessoal
e traz as pessoas para perto de
si”, diz. Os profissionais são reflexos de suas lideranças, completa. “Uma boa liderança faz
toda a diferança, pois ela impac-
ta diretamente na sua equipe.
Ela é o fio condutor do trabalho
e em cenários como os de crise,
eles tem um papel fundamental
para estabelecer o equilibrio
diante das adversidades emanter o crescimento na busca de
resultados e metas”, conclui.
Coisas caem de moda. É o caso de CD, videocassete, maiô
com saiote, tevê em preto e branco. Coisas vão e voltam. A
vitrola serve de exemplo. Os discos de vinil também. E a
calça boca de sino? Fez furor nos anos 70. Nas décadas
seguintes, virou símbolo de breguice. Depois, provou que
nada melhor que um dia depois de outro. Retornou às
passarelas com força total.
Simples assim? Nem sempre. Há cadáveres que não se
deixam enterrar. Apesar de ultrapassados, insistem em se
manter vivos. E, não satisfeitos, assombram a vida de
quem os quer longe. Beeeeeeeeeeem longe. O conflito de Israel e Palestina é um deles. Eta caduquice! Há mais de 60
anos os dois primos brigam. Dão uma trégua e voltam furiosos. Ufa! Até quando?
Experiência
Em tempos de crise as empresas apostam em estratégias
para se manterem firmes no
mercado. O maior desafio é o de
manter a equipe motivada, explica a administradora e responsável pela gestão de pessoas na
Clínica Dr. André Braz, Cristiane
Gomes. “Um líder com experiência de vida e profissional sabe que todas as economias do
mundo passam por crise e, dentre as competência de um gestor
está prever, dentro de sua administração momentos como estes. Com esta visão ele é capaz
de passar para sua equipe otimismo e a segurança de que a
empresa na qual estão passará
pela crise e que o momento pode estimular criatividade”, diz.
Outra postura é a de conduzir
os talentos que estão ao seu redor para alcançar resultados para a empresa, recrutando de forma certa cada talento. “Ele deve
passar confiança à sua equipe e
o quanto a empresa preza e necessita de todos nesnte momento da crise que com certeza irá
passar mais leve se todos trabalharem com foco e otimismo”,
afirma. Já o profissional, segundo Cristiane deve primeiro observar como seu gestor conduz
toda sua administração principalmente ao lidar com as crises
e os conflitos. “Para crescer é necessário, no dia a dia de suas tarefas profissional, aplicar o que
foi aprendido com os gestores
seja técnico ou comportamentalmente e a medida que este
profissional ver os resultados se
sentirá seguro e confiante cada
vez mais em seu trabalho. Uma
pessoa que passe por estas duas
situações com segurança, conduzindo da melhor maneira cada situação mostra inteligência
emocional e competência, características importantes em todas profissões”, relata.
De Jerusalém
Enquanto a confusão não bate ponto-final, valem dicas
de português. Uma: o adjetivo pátrio de Jerusalém. A
cidade sede das três religiões monoteístas do mundo
adora exibir ostentação. Com mania de grandeza, tem
cinco palavras que indicam origem. Conhece? Ei-las: hierosolomita, hierosolimitano, jerosolimita, jeresomilitano, jerusalemita.
Sagrada
Hierosolomita e jerosolimita são formas variantes.
Com h ou com j, as palavras têm o mesmo berço. Vêm
do grego. O latim as adotou. Numa língua ou outra, o
significado se mantém. Quer dizer o originário da
cidade sagrada.
Incoerência
Além de caduco, o conflito prima pela incoerência. A etimologia de Jerusalém serve de prova. O nome vem de hierosolima, que vem do hebraico Ieroshalaim. O palavrão
tem duas partes. Uma: Iero, que quer dizer cidade. A outra: shalom, saudação que significa paz. Em bom português, Jerusalém é a cidade da paz. Cadê paz?
Por falar em …
Israelense ou israelita? Depende. Israelense é natural ou
o habitante de Israel. Israelita se refere à religião judaica
ou ao povo de Israel no sentido bíblico. Compare: praça
israelense, templo israelita.
Armas
Guerra lembra armas, muitas armas. Você diz arsenal de
armas? Bobeia. Todo arsenal é de armas. Basta arsenal.
Sozinha, a palavra dá o recado. É de armas. Se é uma arma particular, aí, sim, a gente anuncia: arsenal de fuzis,
arsenal de pistolas, arsenal de metralhadoras. Afinal,
nem todo arsenal é de fuzis, pistolas ou metralhadoras.
Simples assim.
Horário de verão
Alguns o amam. Outros o odeiam. É o horário de verão. A
partir de hoje, o relógio avança uma hora. Em fevereiro,
os ponteiros voltam atrás. Até lá, Vale lembrar as manhas
da marcadora do tempo. A abreviatura de hora é semsem — sem espaço e sem plural: 2h, 2h30, 2h45.
Metadinha
O dia tem 24 horas. Quando os ponteiros percorrem 12
horas, dizemos que é meio-dia. Mais 12, meia-noite. As
metadinhas se grafam assim — com hífen. O plural? É
meios-dias e meias-noites.
Olho vivo, marinheiros de poucas viagens. A concordância prega peças. A vítima é 12h30. Muitos dizem meio-dia
e meio. Bobeiam. É meio-dia e meia (hora).
LEITOR PERGUNTA
Podemos, num texto formal, usar mais pequeno em vez de menor?
EDILSON ZAFIRA DE SOUSA, LUGAR INCERTO
Em Portugal, costuma-se usar mais pequeno em vez de menor. No
Brasil, a história muda de enredo. Aqui, só usamos a duplinha em
comparações como estas: Meu texto é mais pequeno que grande. A
casa que aluguei é mais grande que pequena.
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Liderança é ainda mais valorizada na crise