Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e Monitoramento) Obras de Revitalização da AEIU Portuária, Rio de Janeiro/RJ. 53 Da Praia dos Mineiros ao Arsenal da Marinha: um pedaço do Rio de Janeiro, do século XVII aos dias de hoje DEMINICIS, Rafael Borges (DOCUMENTO) [1] NARCISO, Pedro Miguel da Silva (DOCUMENTO) [2] OLIVEIRA, Dagoberto (DOCUMENTO) [3] OLIVEIRA, Fátima (DOCUMENTO) [4] Abaixo do piso atual da área do entorno do 1º Distrito Naval, no Centro do Rio de Janeiro, encontram-se os testemunhos de grande parte da história colonial brasileira e, especificamente, da ocupação ao redor do Mosteiro de São Bento e desenvolvimento da Marinha no Brasil. As escavações realizadas no complexo arqueológico que inclui a Rua Primeiro de Março (RPM) e Praça Barão do Ladário (PL) revelaram os alicerces de sucessivas edificações, materiais do cotidiano, utensílios relacionados à atividade naval, até os primeiros vestígios da ocupação colonial do ambiente originalmente de uma pequena faixa de praia. Em cruzamento com as fontes historiográficas disponíveis, principalmente cartografia e fotografias, mobilizou-se um universo de interpretações sobre as diferentes unidades do antigo Arsenal da Marinha, os limites do primeiro trecho da Rua Direita e as primeiras edificações do Cais da Praia dos Mineiros. Estes trabalhos, sob responsabilidade de profissionais da empresa Documento, como parte do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico das Obras de Revitalização da AEIU PORTUÁRIA no contexto do empreendimento Porto Maravilha, contribuíram para a valorização da memória e recuperação da cultura material de diferentes períodos da história do país, desde o século XVII até a atualidade. Algumas das estruturas encontradas no sítio Rua Primeiro de Março que remetem a ocupação das antigas oficinas do Arsenal da Marinha, como a boca de um poço do século Iconografia do século XIX, mostrando o Morro de São Bento e o Arsenal da Marinha Planta do arsenal da Marinha do Rio de Linha de cais do Arsenal da Marinha no final do século XIX (à esquerda) XVIII, esteios do telheiro da Ribeira Nova e o e no início do século XX (à direita) alicerce da murada de limite com a Rua Direita Janeiro em 1819, elaborado pelo mestre de pedreiro Ignácio Ferreira Pinto (fonte Greenhalgh, 1793 a 1822) Imagem aérea geral do sítio Praça do Ladário Exemplares de cachimbos de caulino encontrados no sítio Rua Primeiro de Março (RPM) ao fim da fase de Escavação em Area Registro de Unidades Estratigráficas (UEs) e desenho dos perfis estratigráficos Exemplares de pederneira de arma de fogo em sílex e parte de um prato de faiança portuguesa do início do século XVIII encontrados no sítio Praça do Ladário Exemplares de faiança portuguesa e porcelana chinesa provavelmente do século XVIII, cerâmica de influência indígena, gargalo de uma garrafa de vidro do século XVIII e tampa de tacho de cerâmica comum encontrados no sítio Praça do Ladário (PL) Planta da escavação do sítio Rua Primeiro de Março (RPM), com a Localização das estruturas arqueológicas identificadas, dentro do poço de obra intervencionado projeção da principal estrutura, que marca o limite da Rua Direita e o durante os trabalhos de campo na Praça Barão de Ladário espaço do Arsenal da Marinha Trabalho desenvolvido dentro do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico das Obras de Revitalização da AEIU Portuária (Etapas Prospecção, Escavação e Monitoramento). Portaria IPHAN n. 39, publicada em D.O.U. em 28/12/ 2011. Coordenação: Dra. Erika M. Robrahn Gonzalez, Dr. Paulo De Blasis, Pedro Miguel da Silva Narciso, Ms. Dagoberto Lopes de Oliveira e Luis Vinicius Sanches Alvarenga. Apoio Institucional: UERJ - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. [1] Mestre em Arqueologia (Museu Nacional – UFRJ). Tem mestrado em Sociologia Política pelo Laboratório de Sociedade Civil e Estado/LESCE (UENF “Darcy Ribeiro”), é Bacharel e Licenciado em História (UFF) e tem experiência em arqueologia empresarial em projetos nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. [2] Arqueólogo e Historiador (Universidade Nova de Lisboa/Portugal), com diversas experiências de pesquisa em Portugal e no Brasil, incluindo atividades de turismo arqueológico e educação patrimonial. Experiências diversas em políticas públicas de tratamento do patrimônio arqueológico. Participou e coordenou dezenas de campanhas arqueológicas de campo, tanto em Portugal, como no Brasil, em particular na região Sudeste. [3] Historiador (FURG), Mestrando em Patrimônio Cultural (UFSM). Tem especialização em Arqueologia Histórica e Arqueologia de sítios Sambaqui. Participou e coordenou dezenas de campanhas arqueológicas de campo por todo o território brasileiro. Integrou equipes de produção de Mapas e Cartas arqueológicas no Sul do Brasil. [4] Bacharel em Arqueóloga (FURG). Tem especialização em Bioarqueologia. Participou em diversas campanhas arqueológicas de campo no Sul e Sudeste do Brasil.