ENEM VIRTUAL ANTES DE INICIAR A PROVA, LEIA, COM ATENÇÃO, AS INSTRUÇÕES QUE SE SEGUEM. Este caderno contém 90 questões objetivas (múltipla escolha), distribuídas da seguinte forma: Nº das questões 01 a 45 46 a 90 Disciplina Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matemática e suas Tecnologias • Cada questão vale 1 (um) ponto. • Cada questão possui 5 (cinco) alternativas de respostas. • Leia atentamente os enunciados das questões e os períodos que constituem cada alternativa. • Assinale apenas uma única resposta em cada questão. • Tempo de realização da prova: 4h30. É EXPRESSAMENTE PROIBIDO O USO DE QUALQUER APARELHO ELETRÔNICO, PRINCIPALMENTE CELULAR, CALCULADORA, PAGER E SIMILARES. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias QUESTÃO 01 Morte e Vida Severina – Auto de Natal Pernambucano, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), é um texto escrito em versos (poema), feito para ser encenado, teatral (dramático). Narra a trajetória de um ―Severino‖, símbolo do migrante das mais inóspitas regiões do Nordeste, que abandona o sertão em busca de uma vida melhor no litoral. Em um dado momento de sua trajetória, Severino acompanhará o nascimento de um bebê, criança que receberá alguns presentes. Leia: COMEÇAM A CHEGAR PESSOAS TRAZENDO PRESENTES PARA O RECÉM-NASCIDO ―Minha pobreza tal é que não trago presente grande: trago para a mãe caranguejos pescados por esses mangues mamando leite de lama conservará nosso sangue. Minha pobreza tal é que coisa alguma posso ofertar: somente o leite que tenho para meu filho amamentar aqui todos são irmãos, de leite, de lama, de ar. Minha pobreza tal é que não tenho presente melhor: trago este papel de jornal para lhe servir de cobertor cobrindo-se assim de letras vai um dia ser doutor.‖ (NETO, João Cabral de Melo. Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes. 34ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 55) Após ler o texto, assinale a alternativa CORRETA. a) Severino abandona o sertão em busca de uma vida melhor. A recepção positiva do bebê simboliza a esperança presente nessa nova vida. b) Na primeira estrofe, o poeta constrói uma imagem sem sentido: ―mamando leite de mangue / conservará nosso sangue”. c) O fato das personagens compartilharem sua situação de pobreza é inusitado, já que inexiste solidariedade no mundo contemporâneo. d) O jornal como cobertor mostra um indivíduo cuja escolarização será fácil, o que mudará sua situação social. e) O cenário lido através dos elementos dos versos pode ser uma representação de qualquer outro espaço, não necessariamente do sertão. QUESTÃO 02 Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é uma peça clássica do teatro brasileiro, escrita em 1955 e publicada em 1957. Virou minissérie de televisão e ganhou uma versão para o cinema. Neste fragmento do 3° ato, as personagens estão perante Manuel (Jesus Cristo), nos momentos que antecedem o Juízo Final. O autor constrói um Cristo negro, justo e onisciente, que atua como juiz dos pecados: como o preconceito, o falso testemunho, a velhacaria, a arrogância, a preguiça. Dentro desse contexto, João Grilo é a figura que representa os pobres oprimidos, é o homem do povo, é o típico nordestino amarelo que tenta viver no sertão de forma imaginosa, utilizando a única arma do pobre, a astúcia, para conseguir sobreviver. Pensando nisso, leia o fragmento a seguir: “João Grilo: Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel. Manuel: Foi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode me chamar de Jesus. João Grilo: Jesus? Manuel: Sim. João Grilo: Mas, espere, o senhor é que é Jesus? Manuel: Sou. João Grilo: Aquele Jesus a quem chamavam Cristo? Jesus: A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê? João Grilo: Porque...não é lhe faltando com respeito não, mas eu pensava que o senhor era muito menos queimado. Bispo: Cale-se, atrevido. Manuel: Cale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo indigno de minha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita oportunidade teve de exercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era ser humilde, porque quanto mais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que direito você tem de repreender João porque falou comigo com certa intimidade? João foi um pobre em vida e provou sua sinceridade exibindo seu pensamento. Você estava mais espantado que ele e escondeu essa admiração por prudência mundana. O tempo da mentira já passou.‖ (SUASSUNA, Ariano. O auto da compadecida. Rio de Janeiro: Agir, 1996. p. 146-7.) Feita a leitura do texto, pensando o aspecto teatral e os outros elementos aqui presentes, assinale a alternativa CORRETA. a) b) c) d) e) A clareza da situação apresentada pelo texto é comprometida pela ausência do narrador. João Grilo, ao falar ―menos queimado‖, percebe que a imagem que tinha de Jesus era diferente. Ao dirigir-se ao bispo, Manuel reafirma a concepção da religião como algo formal e solene. As falas de João Grilo sugerem que ele era despojado de qualquer tipo de preconceito. João Grilo, humilde sertanejo, sente um profundo temor pela figura do poder religioso. O TEXTO A SEGUIR É BASE PARA AS QUESTÕES 3 E 4. Leia o fragmento do conto ―Passeio Noturno I‖, de Rubem Fonseca. ―Cheguei em casa carregando a pasta cheia de papéis, relatórios, estudos, pesquisas, propostas, contratos. Minha mulher via as letras e números, eu esperava apenas. (...) Meu filho me pediu dinheiro quando estávamos no cafezinho, minha filha me pediu dinheiro na hora do licor. Minha mulher nada pediu, nós tínhamos conta bancária conjunta. Vamos dar uma volta de carro?, convidei. Eu sabia que ela não ia, era hora da novela. (...) Tirei os carros dos dois, botei na rua, tirei o meu, botei na rua, coloquei os dois carros novamente na garagem, fechei a porta, essas manobras todas me deixaram levemente irritado, mas ao ver os pára-choques salientes do meu carro, o reforço especial duplo de aço cromado, senti o coração bater apressado de euforia. Enfiei a chave na ignição, era um motor poderoso que gerava a sua força em silêncio, escondido no capô aerodinâmico. Saí, como sempre sem saber para onde ir, tinha que ser uma rua deserta, nesta cidade que tem mais gente do que moscas. Na avenida Brasil, ali não podia ser, muito movimento. Cheguei numa rua mal iluminada, cheia de árvores escuras, o lugar ideal. Homem ou mulher? Realmente não fazia grande diferença, mas não aparecia ninguém em condições, comecei a ficar tenso, isso sempre acontecia, eu até gostava, o alívio era maior. Então vi a mulher, podia ser ela, ainda que mulher fosse menos emocionante, por ser mais fácil. Ela caminhava apressadamente, carregando um embrulho de papel ordinário, coisas de padaria ou de quitanda, estava de saia e blusa, andava depressa, havia árvores na calçada, de vinte em vinte metros, um interessante problema a exigir uma grande dose de perícia. Apaguei as luzes do carro e acelerei. Ela só percebeu que eu ia para cima dela quando ouviu o som da borracha dos pneus batendo no meio-fio. Peguei a mulher acima dos joelhos, bem no meio das duas pernas, um pouco mais sobre a esquerda, um golpe perfeito, ouvi o barulho do impacto partindo os dois ossos, dei uma guinada rápida para a esquerda, passei como um foguete rente a uma das árvores e deslizei com os pneus cantando, de volta para o asfalto. Motor bom, o meu, ia de zero a cem quilômetros em nove segundos. Ainda deu para ver que o corpo todo desengonçado da mulher havia ido parar, colorido de sangue, em cima de um muro, desses baixinhos de casa de subúrbio. Examinei o carro na garagem. Corri orgulhosamente a mão de leve pelos pára-lamas, os pára-choques sem marca. Poucas pessoas, no mundo inteiro, igualavam a minha habilidade no uso daquelas máquinas. A família estava vendo televisão. Deu a sua voltinha, agora está mais calmo?, perguntou minha mulher, deitada no sofá, olhando fixamente o vídeo. Vou dormir, boa noite para todos, respondi, amanhã vou ter um dia terrível na companhia. (FONSECA, Rubem. ―Passeio Noturno I‖ in Contos Reunidos. São Paulo: Cia. das Letras, 1994. p. 397) QUESTÃO 03 Com base na análise do conto, assinale a alternativa INADEQUADA. a) O fragmento “nesta cidade que tem mais gente do que moscas” indica elementos espaciais marcantes de um determinado momento histórico. b) A caracterização da família presente no texto corresponde ao comportamento estereotipado da família de classe média alta: falta de diálogo e de relações afetivas. c) A valorização da tecnologia presente no comportamento da personagem narradora marca atitudes psicopatas, em todos os tempos. d) Através de uma linguagem detalhada, o texto aproxima, de forma contundente, o leitor da violência urbana. e) Os comportamentos das personagens expressam alienação política no sentido pleno da palavra, visto que são completamente voltados para si mesmos. QUESTÃO 04 Retome o texto e julgue as alternativas a seguir. I. Há uma mudança no ritmo do texto, cuja leitura se acelera durante o passeio propriamente dito. II. A partir da frieza de suas relações familiares, o protagonista tem motivos para relaxar de forma violenta. III. Embora o discurso do narrador predomine, o discurso direto também está presente no texto. Está(ão) CORRETA(S) a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I, II e III. d) apenas I e III. e) apenas II. QUESTÃO 05 O problema do menor infrator não é novo em nossa sociedade. Jorge Amado o explorou em Capitães da Areia (1937). TEXTO I ―Quando o levaram para aquela sala, Pedro Bala calculava o que o esperava. Não veio nenhum guarda. Vieram dois soldados de polícia, um investigador, o diretor do reformatório. Fecharam a sala. O investigador disse numa voz risonha: - Agora os jornalistas já foram, moleque. Tu agora vai dizer o que sabe, queira ou não queira. O diretor do reformatório riu: - Ora, se diz... O investigador perguntou: - Onde é que vocês dormem? Pedro Bala o olhou com ódio: - Se tá pensando que eu vou dizer... - Se vai... - Pode esperar deitado. Virou as costas. O investigador fez um sinal para os soldados. Pedro Bala sentiu duas chicotadas de uma vez. E o pé do investigador na sua cara. Rolou no chão, xingando. - Ainda não vai dizer? - perguntou o diretor do reformatório. - Isso é só o começo. - Não - foi tudo o que Pedro Bala disse. Agora davam-lhe de todos os lados. Chibatadas, socos e pontapés. O diretor do reformatório levantou-se, sentoulhe o pé, Pedro caiu do outro lado da sala. Nem se levantou. Os soldados vibraram os chicotes./.../ Não falaria, fugiria do reformatório, libertaria Dora. E se vingaria...Se vingaria...‖ (AMADO, Jorge, Capitães da Areia. Record: Rio de Janeiro, s/d. p. 189-190. TEXTO II Título III Da Prática de Ato Infracional Capítulo I Disposições Gerais Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato. (...) Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.) Sobre o tema e os fragmentos apresentados, assinale a alternativa CORRETA. a) O texto 1, embora ficcional, apresenta a denotação, o que é problemático para o gênero. b) Ainda que o texto 2 seja jornalístico, há nele o predomínio da linguagem conotativa (visto tratar-se de artigos). c) Embora carregue regras e orientações, o texto 2 é híbrido (reconhece-se nele também uma finalidade estética). d) De acordo com os tipos de textos, o fragmento 1 pertence a um texto teatral, enquanto o texto 2 é fragmento de um Estatuto. e) A linguagem denotativa reforça a não literariedade do texto 2. O texto 1, ao contrário, apresenta marcas de linguagem conotativa. QUESTÃO 06 Os poemas abaixo dialogam entre si, mas são de épocas distintas: o primeiro é um fragmento do poema ―Meus oito anos‖, de Casimiro de Abreu (1839-1860), poeta romântico que viveu no século XIX; o segundo é um poema de Antonio Cacaso (1947-1987), poeta contemporâneo que viveu na segunda metade do século XX. Texto I Meus oito anos Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! (Poesias completas de Casimiro de Abreu. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d.,p.19) Texto II E com vocês a modernidade Meu verso é profundamente romântico Choram cavaquinhos luares se derramam e vai Por aí a longa sombra de rumores e ciganos. Ai que saudades que tenho dos meus negros verdes anos! (Lero-lero. Rio de Janeiro: 9 letras; São Paulo: Cosac e Naify, 2002. p. 113) As características atribuídas aos poemas quanto aos aspectos em destaque são aceitáveis em todas as alternativas, EXCETO: a) caráter memorável – no texto I a infância é idealizada; no texto II ela é desmistificada e vista com pessimismo. b) vocabulário – no texto I o vocabulário é sentimental; no texto II o vocabulário é mais coloquial, próximo à oralidade. c) musicalidade – no texto I há menos recursos musicais; no texto II há mais recursos musicais. d) normas da língua escrita – no texto I há uma regularidade de pontuação, enquanto no texto II há a ausência quase completa de pontuação. e) métrica – O texto I apresenta uma regularidade métrica, enquanto o texto II apresenta-se sem regularidade. QUESTÃO 07 A partir dos aspectos de forma e conteúdo apresentados no texto I da questão 6, é possível afirmar que a) a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, uma vez que o eu lírico manifesta a intensidade de seus sentimentos em linguagem enfática, marcada pelas exclamações e repetições. b) a função da linguagem predominante é a fática, uma vez que o eu lírico manifesta seus sentimentos a fim de manter um contato, prolongar uma comunicação com o seu interlocutor. c) a função da linguagem predominante é a poética, isto porque há um intenso trabalho com a linguagem tanto no que diz respeito ao vocabulário extremamente formal, quanto no que diz respeito à métrica. d) a função da linguagem predominante é a metalinguística, uma vez que o autor utiliza um poema para falar de seus sentimentos. e) a função da linguagem predominante é a conativa ou apelativa, uma vez que o eu lírico induz o leitor a se emocionar e ter os mesmos sentimentos que ele. QUESTÃO 08 Ocorre um diálogo entre o poema ―Meus oito anos‖ (1859), de Casimiro de Abreu, e ―E com vocês, a modernidade‖ (1975), de Cacaso. Que recurso intertextual é usado nesse tipo de diálogo? a) paródia. b) paráfrase. c) alusão. d) citação. e) referência. Leia os textos seguintes. Samba Do Approach Zeca Baleiro Venha provar meu brunch Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch Eu ando de ferryboat...(2x) Eu tenho savoir-faire Meu temperamento é light Minha casa é hi-tech Toda hora rola um insight Já fui fã do Jethro Tull Hoje me amarro no Slash Minha vida agora é cool Meu passado é que foi trash... Venha provar meu brunch Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch Eu ando de ferryboat...(2x) Fica ligado no link Que eu vou confessar my love Depois do décimo drink Só um bom e velho engov Eu tirei o meu green card E fui prá Miami Beach Posso não ser pop-star Mas já sou um noveau-riche... Venha provar meu brunch Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch Eu ando de ferryboat...(2x) Eu tenho sex-appeal Saca só meu background Veloz como Damon Hill Tenaz como Fittipaldi Não dispenso um happy end Quero jogar no dream team De dia um macho man E de noite, drag queen... Venha provar meu brunch Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch Eu ando de ferryboat...(7x) (Zeca Baleiro. Perfil, CD 3105-2, Som Livre, 2003.) A lei do “rato” Como poderia dizer o comunista autor da ideia, um espectro ronda a liberdade de expressão. Seu nome é Lei Aldo Rebelo da Língua Portuguesa. Apresentada em 1999, essa praga caminha lentamente, como um cupim. Sem que ninguém se dê conta, vai cavoucando seu caminho por dentro do Congresso. Aprovada no Senado, na quarta-feira passada passou por unanimidade na Comissão de Educação da Câmara. Se essa aberração vingar, os meios de comunicação terão de seguir uma regra: ―Toda palavra ou expressão escrita em língua estrangeira e destinada ao conhecimento público no Brasil virá acompanhada, em letra de igual destaque, do termo ou da expressão vernacular correspondente em língua portuguesa‖. Os jornais precisariam, em tese (essa lei não vai pegar), escrever ―rato‖ entre parênteses depois de ―mouse‖ para descrever o equipamento usado nos computadores. Haverá ―sanções administrativas cabíveis‖ para quem descumprir as novas regras. (...) Rebelo quer proteger o idioma. Tudo bem. Mas é inútil uma lei para isso. Bastaria o governo erradicar o analfabetismo e garantir escolas de qualidade. Aí, é claro, fica difícil. (Fernando Rodrigues. Folha de S. Paulo, 1º.09.2003.) Estrangeirismos na publicidade Porte cochère. Porteiro. Sistema de manobrista. Pórtico Monumental de Entrada. Central de Segurança. Concierge. Recepcionistas. Mensageiros. Sistema de Chauffeur. Upper Deck. Chill-Out. Snack-Bar. Restaurante. Vignerie. Sommelier. Espaço Gourmet Reservado. Sala de Ginástica. Lounge Fitness — Piscina. Spa Fitness. Spa Massagem. Copa/Bar Fitness. Fechaduras com Cartão Magnético. Room Service. Sistema de limpeza e faxina dos apartamentos. Cofres individuais. (Palavras e expressões empregadas como legendas de imagens na publicidade, em jornal, de um condomínio de apartamentos de luxo.) QUESTÃO 09 Uma língua é um conjunto bastante variado de formas linguísticas. No entanto, em razão da heterogeneidade e do surgimento de muitos vocábulos estrangeiros inseridos no vocabulário dos brasileiros, houve certo incômodo que motivou discussões sobre o assunto até mesmo no Congresso Nacional. Considere os textos lidos e avalie as afirmações seguintes: I. II. III. IV. A ideia de que ―a língua portuguesa está em perigo, em virtude do uso indiscriminado de palavras estrangeiras‖ é defendida pelo deputado Aldo Rebelo, no texto ―A lei do rato‖, que sugere a existência de uma forma ostensiva de dominação de um povo pelo outro. Em ―Samba do Approach‖ observa-se o uso abusivo não só de empréstimos linguísticos, mas também de gírias, o que torna o texto intencional e coloquial. O compositor, no entanto, ao contrário do deputado, não recrimina o abuso: apenas o constata e o ironiza, o que é uma forma muito mais eficaz de combatê-lo. O texto ―Estrangeirismos na publicidade‖, que evidencia a invasão exagerada de termos importados na propaganda de estabelecimentos de luxo, pressupõe um sentimento de prestígio do povo brasileiro, expresso no padrão de qualidade de termos como ―chauffeur‖, ―snack-bar‖, ―gourmet‖ e ―spa fitness‖, que sugerem sofisticação e requinte. Segundo o texto ―A lei do rato‖, o uso de termos estrangeiros tornou-se abusivo, mas, mesmo assim, o locutor discorda da regulamentação do uso de tais palavras e expressões por meio de uma lei, por considerá-la autoritária, retrógrada ou mesmo ineficaz. São INCORRETAS a) b) c) d) e) I e II, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I e IV, apenas. II e IV, apenas. Considere a música ―Samba do approach‖, de Zeca Baleiro, e a tirinha seguinte, para responder à próxima questão: QUESTÃO 10 Em ambos os textos, observamos o emprego de um registro da língua QUE a) b) c) d) e) representa exemplos de fala de emissores de determinadas regiões do Brasil. configura variedades linguísticas que estão presentes em situações específicas de uso. representa uma situação de linguagem figurada válida somente em textos poéticos ou tirinhas. reflete a questão da influência estrangeira na língua portuguesa como invasão cultural. apresenta o perigo iminente que sofre a língua portuguesa, em virtude do uso indiscriminado de termos estrangeiros e regionais. QUESTÃO 11 A metalinguagem, no caso da literatura, é o uso que o autor faz da linguagem para defini-la, discuti-la, descrevêla. Ou seja, é a linguagem que ―fala‖ da própria linguagem. Assinale a alternativa em que NÃO se apresenta a metalinguagem. a) ―Outro fato muito importante E também interessante É a linguagem de lá Baile lá no morro é fandango Nome de carro é carango Discussão é bafafá Briga de uns e outros dizem que é burburim Velório no morro é gurufim Erro lá no morro chamam de vacilação Grupo do cachorro em dinheiro é um cão.‖ (―Tudo lá no morro é diferente‖, de Padeirinho e Ferreira do Santos.) b) ―Precisaria trabalhar – afundar – – como você – saudades loucas – nesta arte – ininterrupta – de pintar – A poesia não – telegráfica – ocasional – me deixa sola – solta – à mercê do impossível – – do real.‖ (―Vacilo da Vocação‖, de Ana Cristina Cesar) c) ―Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‗Canção do Exílio‘. Como era mesmo a ‗Canção do Exílio‘? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá!‖ (―Europa, França e Bahia‖, de Carlos Drummond de Andrade) d) ―É preciso um inciso: O poema é com cisão.‖ (―Código Civil‖, de José Moraes Barbosa) e) ―Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.‖ (―O Lutador‖, de Carlos Drummond de Andrade) QUESTÃO 12 Observe a imagem a seguir. (www.esec-josefa-obidos.rcts.pt/.../futurismo.htm) Assinale a alternativa cujo fragmento de texto APRESENTA as mesmas características da vanguarda européia à qual a imagem se relaciona. a) ―Sobre elas inclinava-se piedoso um rosto barbado, Discreto, na escuridão da janela; e velharias Dos antepassados Jaziam podres, amor e fantasia outonal.‖ (George Trakl) b) ―Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que [compõem o artigo e coloque-as num saco. Agite suavemente. Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros. Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco. O poema parecer-se-á consigo.‖ (Tristan Tzara) Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul.‖ (Murilo Mendes) d) ―E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!‖ (―Ode Triunfal‖, por Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa) e) ―A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...‖ (Carlos Drummond de Andrade) QUESTÃO 13 À Moda da Casa feijoada marmelada goleada quartelada (PAES, José Paulo. Os melhores poemas de José Paulo Paes / seleção Davi Arriguci Jr – 5ª ed. – São Paulo: Global, 2003) É próprio da poesia de José Paulo Paes uma certa herança dos primeiros modernistas, principalmente em relação à linguagem sintética e ao parodismo. O senso crítico é conseguido, assim, a partir de poucas palavras. No poema acima, publicado inicialmente no livro Anatomias, em 1967, esses recursos traduzem todas as alternativas, EXCETO: a) O título À Moda da Casa dá testemunho da cara dessa poesia e do Brasil, considerando a época em que foi publicada, após o Golpe Militar de 64, portanto, período de ditadura. b) Ao utilizar a palavra ―marmelada‖, o autor faz apenas um retrato cultural do Brasil. c) Ao enumerar, na sequência irônica, apenas quatro palavras, o autor enfatiza as características brasileiras até o momento do golpe, sugerido pela palavra ―quartelada‖. d) Ao utilizar a palavra ―goleada‖, o autor alude às grandes atuações da seleção brasileira de futebol que faziam a alegria do povo, mas, ao mesmo tempo, serviam para desviar a atenção das ações da ditadura. e) O título do livro do qual foi retirada a poesia é bem sugestivo – Anatomias (parte, estrutura, aspecto), reiterando os aspectos culturais, sociais e políticos do Brasil no período ditatorial. QUESTÃO 14 Bucólica nostálgica Ao entardecer no mato, a casa entre Bananeiras, pés de manjericão e cravo-santo, Aparece dourada. Dentro dela, agachados, Na porta da rua, sentados no fogão, ou aí mesmo, Rápidos como se fossem ao êxodo, comem feijão com arroz, taioba, oro-pro-nobis, Muitas vezes abóbora. Depois, café na canequinha e pito. O que um homem precisa pra falar, Entre enxada e sono: Louvado seja Deus! (PRADO, Adélia. Poesia reunida. 2ª Ed, São Paulo: Siciliano, 1992, p.42.) Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. (ANDRADE, Carlos Drummond. Obra completa, Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1967, p. 67) Os dois poemas acima focalizam um ambiente natural e utilizam para tanto os mesmos recursos, EXCETO a) títulos que evidenciam a ideia de lugares distantes dos grandes centros urbanos. b) seleção de substantivos característicos de um ambiente natural, rural. c) expressões avaliativas acerca da vida observada nessas cidades. d) descrição e figuras de linguagem. e) paralelismo sintático. QUESTÃO 15 Os quadrinhos abaixo retratam um diálogo entre dois personagens famosos do cartunista Henfil (Henrique de Souza Filho, 1944-1988): Graúna, o pássaro preto, e Francisco Orelana, o bode intelectual. Leia-o para responder às questões 5 e 6. (O Globo, 10 de fevereiro de 2003.) Considerando as falas dessas personagens nos dois primeiros quadrinhos, assinale a única alternativa NÃO aceitável: a) Orelana utiliza uma linguagem que condiz com a sua principal característica: ser intelectual. b) ―tava‖, ―assim‖ e ―tipo‖ são marcas de oralidade típicas de uma linguagem coloquial. c) Graúna utiliza palavras pouco comuns num universo de pessoas mais velhas. d) Orelana utiliza a palavra muleta como forma de quebrar a linguagem formal utilizada por ele. e) A expressão “a gente”, utilizada por Graúna, é típica de conversações informais. QUESTÃO 16 No 2º quadrinho, apesar de utilizar uma linguagem um pouco mais formal, Orelano transgride alguns elementos da norma culta, principalmente no que diz respeito ao uso do verbo no imperativo em sua correlação com o pronome possessivo utilizado. Para que houvesse essa correlação, e a fala estivesse nos padrões da norma culta, seria(m) possível (is) a(s) seguinte(s) reescrita(s): I – ―Barbaridade! Pare com esta muleta que limita tua comunicação! Tente falar sem usar ―tipo‖... II – ―Barbaridade! Para com esta muleta que limita sua comunicação! Tenta falar sem usar ―tipo‖... III – ―Barbaridade! Pare com esta muleta que limita sua comunicação! Tente falar sem usar ―tipo‖... É (são) ACEITÁVEL (is): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) I e II. e) I e III. Leia os textos abaixo para responder às questões 17, 18, 19, e 20. Texto I A escrava do dinheiro Boa noite, home e menino E muié deste lugá! Quero que me dê licença Para uma histora contá. Como matuto atrasado Eu dêxo as língua de lado Pra quem as língua aprendeu, E quero a licença agora Mode eu contá minha histora Com a língua que Deus me deu. (...) (Patativa do Assaré, Antologia Poética; organização e prefácio de Gilmar de Carvalho. – 4.ed.re. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2004. p. 39) Texto II Chuva recorde mata e paralisa SP Sete pessoas morreram em municípios de São Paulo e Santa Catarina, onde mais de 60 se feriram em desabamentos Fortes temporais causaram a morte de pelo menos sete pessoas em São Paulo e no Sul do país. A capital paulista registrou volume recorde de chuva num período de 24 horas desde 1963. (Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2009). Texto III Capa de um manual de doação de sangue idealizada pela agência Publicis Norton na campanha Bom coração, para a fundação Pró-sangue. Disponível em: www.fundacaoprosangue.com.br. Acesso em: 06 set. 2009. QUESTÃO 17 Em relação ao texto III, a partir dos recursos utilizados, pode-se afirmar que I - A gota de sangue em forma de coração complementa e acentua visualmente a ideia de solidariedade (ter ―bom coração‖) implícita no ato de doar. II - A gota de sangue em forma de coração é um recurso não-verbal que tem a função apenas de demonstrar que é uma propaganda da fundação Pró-sangue. III - A expressão ―Bom coração” presente na propaganda remete à ideia de que o doador precisa ter uma saúde impecável, sem problemas de coração, para ser doador de sangue. IV – A propaganda, para chegar ao seu propósito, que é conquistar o maior número de doadores possível, faz uso das linguagens verbal e não-verbal. Está(ão) CORRETA(S) a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) I, II e III e) II, III e IV. QUESTÃO 18 Considerando a intenção do produtor e a forma de organização da mensagem, pode-se dizer que as funções da linguagem predominantes em cada um dos textos são, RESPECTIVAMENTE, a) fática, conativa, referencial. b) referencial, poética, fática. c) metalinguística, referencial, conativa. d) emotiva, poética, metalinguística. e) metalinguística, fática, emotiva. QUESTÃO 19 Somente uma alternativa RELACIONA adequadamente os textos e suas condições de produção. Assinale-a: a) Por tratar-se de conversação com pessoas de uma escolaridade menor, o locutor do texto I utiliza uma linguagem informal com marcas de supressão de plural. b) Por tratar-se de um locutor com grande grau de intimidade em relação aos seus interlocutores, o locutor do texto I utiliza uma linguagem que não considera os padrões da cultura linguística escrita. c) Por tratar-se de uma notícia, o texto II mostra a fala de um locutor em produção escrita formal, sem marcas de representação do locutor e do alocutário, de forma a manter a imparcialidade que esse gênero discursivo exige. d) Por tratar-se de uma propaganda, o texto III mostra a fala, em linguagem coloquial, de um locutor representado em 1ª pessoa no discurso e que pretende seduzir seu interlocutor. e) Por tratar-se de uma propaganda, o texto III mostra a fala, em linguagem formal, de um locutor que pretende seduzir seu interlocutor, o que justifica a não representação do alocutário em 2ª pessoa. QUESTÃO 20 “Boa noite, home e menino E muié deste lugá! Quero que me dê licença...” No trecho acima, retirado do texto I, há uma expressão destacada na qual ocorre uma transgressão da norma padrão. Essa transgressão É de a) uso do pronome. b) ambiguidade. c) regência. d) concordância. e) ortografia. Leia o texto a seguir. Ai Se Sêsse Zé Da Luz Se um dia nois se gostasse Se um dia nois se queresse Se nois dois se empareasse Se juntim nois dois vivesse Se juntim nois dois morasse Se juntim nois dois drumisse Se juntim nois dois morresse Se pro céu nois assubisse Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice E se eu me arriminasse E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse E a minha faca puxasse E o bucho do céu furasse Tarvês que nois dois ficasse Tarvês que nois dois caisse E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse (http://letras.terra.com.br/cordel-do-fogo-encantado/78514/). QUESTÃO 21 Todas as alternativas apresentam afirmações aceitáveis sobre o emprego estilístico de um registro específico da língua, EXCETO: a) Representa um exemplo de concordância permeável à influência da expressividade. b) É uma variedade linguística menos prestigiada socialmente. c) Não pode ser considerado um ―erro‖, visto que se trata de um fenômeno social. d) Concebe a realidade linguística vinculada à realidade social. e) Apresenta uma variante linguística usada por falantes descompromissados com o português-padrão. Leia o cartaz seguinte. (http://colunistas.ig.com.br/cip/tag/ministerio-das-cidades/) QUESTÃO 22 O cartaz é um gênero textual que tem a finalidade de informar as pessoas, sensibilizá-las, convencê-las ou conscientizá-las sobre determinado assunto. O cartaz acima foi produzido pela Polícia Rodoviária Federal, pelo Denatran, pelos ministérios das Cidades, da Justiça e da Saúde e pelo governo federal. Identifique a única alternativa em que NÃO há uma observação adequada às estratégias argumentativas utilizadas no cartaz. a) Para persuadir determinadas pessoas a seguir instruções para evitar acidentes de trânsito, o enunciado de natureza injuntiva recorre a formas verbais no modo imperativo. b) As serpentinas e os confetes, símbolos do carnaval, reforçam o texto do cartaz, que alerta para os cuidados que as pessoas devem ter nesses dias e para o risco de combinar bebida e diversão. c) A data de veiculação do cartaz não condiz com o texto principal, o que justifica um recurso argumentativo que visa incentivar ações que garantam um carnaval saudável em 2008 e condições para o desfrute do carnaval de 2009. d) Abaixo de cada uma das instruções, há um texto complementar que tem o papel de acrescentar informações, ora advertindo sobre perigos, ora persuadindo as pessoas a serem responsáveis consigo mesmas e com os outros. e) Com a construção ―se beber, não dirija‖, que expressa uma hipótese, o locutor restringe a enunciação a um determinado interlocutor e não normatiza a prática social prevista na natureza injuntiva. Leia os textos seguintes. TEXTO I Canção do exílio Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permitia Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem que ainda aviste as palmeiras; Onde canta o Sabiá. (CEREJA, William Roberto. Literatura brasileria: 2º grau / William Roberto Cereja, Thereza A. C. Magalhães. – São Paulo: Atual, 1995, p.101). TEXTO II “Canção do exílio” é um dos primeiros poemas brasileiros a apresentar uma prosódia (um jeito de falar) brasileira. (...) trata-se de „uma poesia cujo encanto verbal desaparece quando traduzida para outra língua. Desaparece mesmo quando dita com a pronúncia portuguesa‟. (CEREJA, William Roberto. Português: linguagens: volume 2 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 6 ed. Reform. – São Paulo: Atual, 1998, p. 14.) QUESTÃO 23 No Romantismo, passou a existir um interesse significativo pela cultura popular e suas tradições. NÃO se pode dizer que esse sentimento nacionalista se evidencia no poema gonçalvino: a) Na linguagem simples, diferente da linguagem empregada nos textos literários anteriores, que guardavam forte influência do português literário lusitano. b) No estado de alma melancólico, reflexivo, voltado para seu mundo interior, presente no verso ―Em cismar sozinho à noite‖. c) Na referência a elementos da natureza brasileira, como as palmeiras, o sabiá, o céu, as estrelas. d) Nas especificidades que diferenciam o Brasil da Europa que correspondeu à valorização do mundo primitivo e das florestas brasileiras. e) Na utilização da letra maiúscula na palavra Sabiá para associar essa ave ao país, com conotação equivalente ao substantivo próprio ―Brasil‖. Considere o poema de Oswald de Andrade para responder às duas próximas questões. Pronominais Oswald de Andrade Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da nação brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (CEREJA, William Roberto. Literatura brasileria: 2º grau / William Roberto Cereja, Thereza A. C. Magalhães. – São Paulo: Atual, 1995, p.310). QUESTÃO 24 O poema de Oswald de Andrade APRESENTA um projeto artístico que a) incorpora os ―erros‖ gramaticais como uma definição de nacionalidade. b) rompe com os padrões da língua literária culta. c) satiriza os meios acadêmicos e a linguagem burguesa. d) assume uma perspectiva irônica e crítica de um Brasil semi-analfabeto. e) procura reconstruir a cultura brasileira sobre aspectos do cotidiano. São CORRETAS a) a, b, c, e. b) a, c, d, e. c) a, b, d, e. d) b, c, d, e. e) a, b, c, d, e. QUESTÃO 25 Leia as afirmativas seguintes. I. "A Gramática, alicerçada na tradição literária, ainda não se dispôs a fazer concessões a algumas tendências do falar de brasileiros cultos, e não leva em conta as possibilidades estilísticas que os escritores conseguem extrair da colocação de pronomes átonos." (Bechara, Evanildo Moderna Gramática Portuguesa, 37ª ed. rev. amp. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004) II. ―A famigerada ‗colocação pronominal‘ vem ocupando as discussões sobre língua no Brasil há pelo menos cento e cinquenta anos. Ela representa decerto o melhor exemplo do esforço insano dos puristas babacas em impedir o reconhecimento de uma língua caracteristicamente brasileira. Por isso, é muito mais uma questão sociocultural (e, por conseguinte, política) do que uma questão de ordem gramatical, linguística. Saber colocar "corretamente" os pronomes virou uma marca de distinção, o conhecimento de alguma coisa "difícil" e "sofisticada" que exige algum grau de inteligência superior, necessário para separar os que merecem ocupar os postos de comando da sociedade dos que merecem ficar em posição subalterna (....). (http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/arquivos/art_carosamigos-jan09.htm) III. ―A colocação dos pronomes átonos no Brasil (...) é assunto de importantes gramáticas brasileiras, como a Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara e Nova Gramática do Português Contemporâneo de Cunha e Cintra. Tanto em Bechara, quanto em Cunha e Cintra, há um subtítulo específico para expor o problema da colocação pronominal brasileira, pois essa difere bastante da colocação pronominal portuguesa. (http://www.fflch.usp.br/dl/VIIenapol/trabalhos/MARCONDES.pdf). IV. ―Colocação pronominal é a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase‖. A próclise é usada quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo.‖ (http://www.portugues.com.br/sintaxe/colocpro.asp) Identifique a(s) afirmativa(s) que JUSTIFICA(M) o poema de Oswald de Andrade, do ponto de vista étnico e linguístico: a) I, II, III. b) II, III, IV. c) I, III, IV. d) I e IV. e) II e IV. QUESTÃO 26 Calvin é personagem de uma conhecida tirinha americana traduzida para várias línguas. A primeira tira é uma tradução portuguesa, e a segunda, uma tradução brasileira. Das alternativas seguintes, considere as diferenças sintáticas entre as duas traduções. I. No português brasileiro, o sujeito é expresso lexicalmente na sentença, o que ocorre diferentemente do português europeu, o que pode ser exemplificado no primeiro quadro de cada tirinha. II. O português europeu retoma o antecedente mistela verde pelo pronome oblíquo ―o‖, no segundo quadro da tirinha, enquanto o português brasileiro deixa o complemento do verbo comer sem nenhuma retomada lexical para coisa verde. III. Há oposição no uso do pronome que retoma Calvin. No português brasileiro, na linguagem formal, os pronomes que desempenham a função de objeto direto são pronomes do caso reto (ele), como mostra o último quadro da tirinha. São INCORRETAS a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas I e III. QUESTÃO 27 Observe a propaganda a seguir. O texto acima pertence ao gênero publicitário. Nesse gênero, é comum o produtor recorrer ao uso de imperativos como forma de persuadir o leitor. Entretanto, a propaganda do celular Nokia não faz uso desse recurso. O produtor da propaganda, para convencer os consumidores, usa como estratégia argumentativa, EXCETO: a) b) c) d) e) declaração de opinião do produtor, sugerindo um produto com qualidade. a incorporação do produtor do texto no discurso, o que sugere credibilidade. o apelo para o único consumidor final, sugerido pelo uso da imagem de uma mulher grávida. a ênfase do enunciado associado ao apelo sentimental. o uso de imagens que garantem a sensibilização do consumidor previsto. QUESTÃO 28 O crescimento urbano e industrial do país, principalmente no estado de São Paulo, junto da eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914), que impossibilitou importação de produtos estrangeiros, criou condições para um pequeno surto industrial no Brasil. Inicia-se um novo período na vida nacional, em que a burguesia industrial define uma política econômica voltada para a indústria. A arte moderna brasileira não interferiu diretamente nesse processo, mas originou-se nesse quadro de rupturas que fizeram com que o país cortasse as amarras com o século XIX. Identifique a(s) alternativa(s) que MELHOR exemplifica(m) a afirmativa acima. I. ―São Paulo! comoção de minha vida... Os meus amores são flores feitas de original... Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro... Luz e bruma... Forno e inverno morno... Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes... Perfumes de Paris... Arys! Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!... São Paulo! comoção de minha vida... Galicismo a berrar nos desertos da América!‖ (http://www.soniavandijck.com/bresil_petite_anthologie.htm) II. ―Cota zero Stop. A vida parou Ou foi o automóvel?‖. (http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/cota.htm) III. ―Foguetes pipocam o céu quando em quando Há uma moça magra que entrou no cinema Vestida pela última fita Conversas no jardim onde crescem bancos Sapos Olha A iluminação é de hulha branca Mamães estão chamando A orquestra rabecoa na mata‖. Oswald de Andrade (in: Poesias Reunidas. 5ª ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978.) a) somente I. b) somente II. c) somente III. d) I e II. e) II e III. QUESTÃO 29 Observe as telas de Cândido Portinari e leia os textos seguintes. Imagem I (http://www.proa.org/exhibiciones/pasadas/portinari/salas/id_portinari_crianca_morta.jpg) Imagem II (http://semiaridobahia.files.wordpress.com/2009/02/portinari_retirantes1.jpg) I. ―- Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota menor que tiraste em vida. - É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe neste latifúndio.‖ (MELO NETO, João Cabral de, Morte e vida severina e outros poemas – 1. ed. – Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008, p. 90) II. "A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços franzidos rezando rezas desesperadas. Encolhido no banto do copiar Fabiano espiava a caatinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, torturadas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido.‖ (RAMOS, Graciliano. Vidas Seca. Rio, São Paulo: Record, 2002, (85ª ed.) III. "Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra da mesma cruz." (www.cce.ufsc.br/~nupill/ensino/raquel_d.htm) IV. ―Alguns dias antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente, um risco no céu, outros riscos, milhares de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de asas a anunciar destruição. Ele já andava meio desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes. (…).‖ (www.passeiweb.com/na_ponta.../vidas_secas) V. ―E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança. (...)A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se.‖ (www.apropucsp.org.br/.../551-ramos-de-oliveira-na-aridez-de-vidas-secas) A relação que se PODE estabelecer entre as imagens e os textos é: a) Imagem I e texto III; Imagem II e texto V. b) Imagem I e texto I; Imagem II e texto II. c) Imagem I e texto III; Imagem II e texto II. d) Imagem I e texto I; Imagem II e texto IV. e) Imagem I e texto II; Imagem II e texto V. Textos para as questões 30 a 33. TEXTO I A última crônica Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. (Texto extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.) TEXTO II O último poema Manuel Bandeira Assim eu quereria meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação. (http://www.releituras.com/mbandeira_ultimo.asp) QUESTÃO 30 Leia a crônica de Fernando Sabino e relacione os fragmentos retirados dela com as características desse gênero textual enumeradas abaixo. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta dessas relações. ( ) ―... um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore...‖ ( ) ―... entro no botequim da Gávea.... ao fundo do botequim um casal...‖ ( ) ―... vacila, ameaça baixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso....‖ I - O cronista procura o material para produzir seu texto em fatos circunstanciais do cotidiano. II - Com graça e leveza, o cronista proporciona ao leitor uma visão que vai além do fato. III - Nesse gênero textual, o espaço da narrativa é limitado. Em ―A última crônica‖ o espaço limita-se ao botequim. a) II, III e I. b) I, II e III. c) III, II e I. d) I, III e II. e) II, I e III. QUESTÃO 31 Analise a alternativa que interpreta CORRETAMENTE a função de linguagem predominante desse texto. a) Opinar sobre o disperso conteúdo humano que o autor pretendia captar no ambiente do botequim. b) Analisar as condições socioeconômicas do casal de pretos que acaba de sentar-se à mesa. c) Informar ao leitor os reais motivos da falta de inspiração que lhe acometia, já que a crônica caracteriza-se por ser referencial. d) Explicar para o leitor o que é uma crônica, utilizando o recurso da metalinguagem, isto é, apelar para o interesse do leitor. e) Entreter e sensibilizar o leitor, uma função predominante da poesia, gênero do qual a crônica se aproxima. QUESTÃO 32 Considere as afirmações a respeito do poema de Manuel Bandeira: I - O poeta constrói um paralelismo sintático a partir das orações iniciadas pelos três primeiros quês, formando uma sequência de termos de mesma função sintática. II - Aparece outro paralelismo, através dos objetos diretos do verbo ter, conjugado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo. III - Existe correlação verbal entre: quereria e fosse, quereria e tivesse. Embora os respectivos tempos verbais estabeleçam uma sequência coerente, aparece uma conotação hipotética, justificada pelo uso, principalmente do modo subjuntivo dos verbos ser e ter, reforçando a ideia de que não há garantia de que o eu lírico atingirá o objetivo sonhado. Estão CORRETAS a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) somente a III. QUESTÃO 33 Ao ler os textos I e II, observa-se uma aproximação através da temática enunciada: a simplicidade que o poeta e o cronista sonham para a última produção. Dessa forma, surge entre o poema e a crônica um diálogo construído a partir da intertextualidade. Veja, abaixo, os fragmentos 1, 2 e 3 retirados da crônica e compare o uso dos mesmos no poema original para marcar a alternativa correta que classifica a intertextualidade. 1- A última crônica (título). 2- ―Assim eu quereria o meu último poema‖ (primeiro parágrafo). 3- Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso (último parágrafo). a) b) c) d) e) três paráfrases. três citações. duas paráfrases e uma citação. uma citação e duas paródias. uma paráfrase e duas paródias. Textos para as questões 34 a 39. TEXTO I O estresse faz bem A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é o clássico estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, neurocientista e professor da Universidade Rockefeller, em Nova York. Segundo ele, o estresse é fundamental para nossa sobrevivência. Quando sentimos o mundo cair sobre nossa cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja: pessoas estressadas potencilizam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona como o espinafre para o Popaye). Mas há um porém: se nos estressamos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso célebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que dêem prazer, como diz o neurocientista, autor do livro O Fim do Estresse como Nós o Conhecemos, na entrevista que concedeu à Superinteressante. (Cristina Westphal) TEXTO II A vida é minha Capital Inicial (Composição: Alvin L. e Dinho Ouro Preto) Faça isso Faça aquilo Perca peso Tenha estilo Compre esse Prove aquele Siga a moda Vote nele A vida é minha, eu faço o que eu quiser (2x) Cante essa Tenha medo Fume outro Acorde cedo Tenha modos Fique mudo Ame o mesmo Odeie tudo Querem que eu cale e obedeça E depois de tudo ainda agradeça Ser só alguém dizendo sim Não vou mudar, não importa A vida é minha, eu faço o que eu quiser (2x) Não ponha palavras na minha cabeça Pare de falar antes que eu enlouqueça Não quero dar explicações Não vou mudar, não importa o que aconteça TEXTO III QUESTÃO 34 Relacionando a opinião expressa por Bruce McEwen no texto I com o comportamento do funcionário da tira no 2º quadrinho, SÓ NÃO é possível afirmar: a) O estresse oferece-nos uma dose de preocupação e agitação, o que nos torna mais competitivos e nos ajuda a resolver as tarefas. b) A falta do estresse representa um sinal de que estamos dispostos e competitivos para a ação. c) O estresse é uma carga de ansiedade que todos recebemos para evoluir no cumprimento dos nossos deveres. d) Ficamos estressados sempre que nos sentimos ameaçados por uma situação de perigo ou de desafio. e) O perigo, o desafio e o consequente estresse animam-nos a lutar e vencer as dificuldades. QUESTÃO 35 Considerando, ainda, a concepção de estresse do texto I, qual verso da música do Capital Inicial poderia substituir a fala do funcionário, no segundo quadrinho da tira, levando em conta a expressão facial e a postura corporal do personagem. a) ―Tenha medo.‖ b) ―Não vou mudar, não me importa.‖ c) ―Pare de falar antes que eu enlouqueça.‖ d) ―Não quero dar explicações.‖ e) ―Tenha modos.‖ QUESTÃO 36 Em entrevista concedida à Superinteressante, o autor do texto I classificou o estresse em vários níveis: bom, tolerável e tóxico. Analisando as reações do eu lírico da letra da música, no texto II, podemos afirmar que está vivenciando: a) o bom estresse, por sentir-se capaz de resolver os problemas pessoais provocados pelas imposições cotidianas. b) o bom estresse, pois sabe reagir, com calma, às pressões diárias. c) o estresse tolerável, uma vez que tem conseguido, embora com muita dificuldade, fazer o que quer. d) o estresse tolerável, porque considera as dificuldades tão grandes, sem poder vencê-las. e) o estresse tóxico, pois não tem suporte físico, nem psicológico para lidar com os desafios do dia-a dia. QUESTÃO 37 Releia o texto II e, a seguir, analise as afirmações que descrevem algumas marcas da linguagem expressas nele. I. Além da função poética da linguagem, o eu lírico quer sensibilizar o leitor, chamando-lhe a atenção sobre os próprios problemas. Para isso usa a marca gramatical da 1ª pessoa, observada nos versos: ―A vida é minha ―, ― Eu faço o que quiser‖ II. Há predominância das frases imperativas, uma marca gramatical da função apelativa da linguagem. III. O eu lírico expressa o próprio estado de tensão provocado pelos frequentes apelos dos padrões sociais. Para esse fim, utiliza, com frequência, os verbos no imperativo com o tratamento uniformizado na 3ª pessoa do singular. Estão CORRETAS a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I, II e III, apenas. e) nenhuma delas. QUESTÃO 38 Observando, na tira, a mudança de interlocutores, o conteúdo dos textos verbais e as expressões faciais, indique a alternativa CORRETA que, hipoteticamente, justifica as diferentes reações do funcionário e também explica o que faz gerar o humor da tira de Gilmar. a) Oscar continua sem trabalhar porque não se importou com as ordens da secretária, e esse comportamento gera o humor. b) Naquele dia, Oscar estava desmotivado para o trabalho e essa preguiça faz o leitor rir. c) É engraçada essa postura do funcionário que se mostra muito preocupado com a fala da secretária. d) Oscar não entendeu que a secretária queria alertá-lo e o descaso do funcionário provoca o humor. e) Os diferentes papéis sociais dos interlocutores: a secretária não oferecia nenhum risco, enquanto que o chefe podia demitir Oscar. Esse contexto gera o humor, reforçado pela mudança inesperada de interlocutor no 3º quadrinho. QUESTÃO 39 No texto verbal do 1º quadrinho, a secretária usa uma linguagem figurada: ―engavetar a preguiça‖. Analise a fala, relacionando-a com a expressão facial da mesma personagem para marcar a alternativa CORRETA que classifica a figura de linguagem e interpreta a expressão facial. a) prosopopeia e expressão de ironia. b) antítese e expressão de certeza. c) metáfora e expressão de ironia. d) hipérbole e expressão de alegria. e) pleonasmo e expressão de ironia QUESTÃO 40 Texto 1 “Discípula de Dona Isabel, a bonequeira Maria da Conceição, uma das talentosas de Vista Alegre / Vale do Jequitinhonha, começou a trabalhar no barro desde pequena, aos 10 anos, ajudando sua mãe também bonequeira, na coleta e preparação do barro. „Ficava ao lado dela, vendo ela manejar as penas de galinha que serviam como pincéis... Mas o que eu mais gostava era ver as bonecas modeladas em barro irem mudando de cor no forno, depois de cozido barro ocre fica vermelho e o preto fica branco‟, conta. „A terra aqui fornece argila de tudo quanto é cor, branco, preto ocre, vermelho, amarelo, rosa, verde. Com o tempo passei a modelar também e hoje já não trabalho mais na roça. As minhas bonecas estão sendo muito apreciadas e são meu ganha-pão‟, conclui a mãe das bonecas, toda orgulhosa.” (Revista Veja, nº 11, 2008) Texto 2 O folclore é o meio que o povo tem para compreender o mundo. Utilizando a sua imaginação, o povo procura resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores. Conhecendo o folclore de um país podemos compreender o seu povo. E assim passamos, a saber, ao mesmo tempo, parte de sua História. (www.wikipédia.com.br) O nosso país, devido à colonização, apresenta uma grande diversidade de expressões folclóricas. Alguns artistas do modernismo brasileiro, influenciados por essas manifestações culturais, fizeram composições que apresentavam características do folclore de sua região. Após a leitura e a observação minuciosa das imagens abaixo, assinale a única alternativa que mostra a relação das figuras com o conteúdo dos textos: (I) ( II ) A Cuca - Tarsila do Amaral Meninos Soltando Pipas Cândido Portinari ( III ) Bonecas – Produção de Barro (IV) ( V) a) b) c) Grey Tree - Mondrian O Sonho - Pablo Picasso a) Apenas II, V, III. b) Apenas I, IV, II. c) Apenas I, II, III. d) Apenas V, IV II. e) Apenas III, IV, V. QUESTÃO 41 “(...) mude o CAMINHO, ande por outras ruas, calmamente, OBSERVANDO com atenção os lugares por onde você passa. (...) Veja o mundo de outras PERSPECTIVAS. (...) Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. (...) TENTE O NOVO TODO O DIA: o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida. (...) EXPERIMENTE COISAS NOVAS. TROQUE NOVAMENTE. MUDE, DE NOVO. Experimente outra vez. (...) O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. SÓ O QUE ESTÁ MORTO NÃO MUDA! (...)” Edson Marques, poeta brasileiro (Catálogo SESC, 2008) Segundo Marques, para melhor compreender o mundo ao nosso redor, é preciso enxergar a realidade de outra perspectiva, inovando, no intuito de viver novas experiências. Para tanto, o essencial é observar. Com base nessas orientações, analise as imagens a seguir: (I) ( II ) Batalha dos Guararapes - Victor Meireles Vitória - Cristhian Delacroix ( III ) ( IV ) Psychedelic - Friedrich A. Lohmueller (V) Fuzilamento de 03 de maio de 1808 - Goya The Bicycle Wheel - Marcel Duchamp Com base na leitura do texto e na análise das telas, assinale a alternativa que descreve, primeiramente, uma obra do período romântico e, depois, outra do Modernismo. a) imagens I e II. b) imagens III e IV. c) imagens III e V. d) imagens I e III. e) imagens IV e III. QUESTÃO 42 A sociedade digital testemunha a convergência de produtos e serviços no mundo virtual, semelhante ao que ocorreu com os celulares (que evoluíram de simples aparelhos para ligações telefônicas, até mini-computadores portáteis com câmera digital, sistema GPS, leitores de arquivos e outras funções). Um exemplo da convergência no mundo virtual é a notícia a seguir: Facebook e Orkut entram no mundo dos games THÉO AZEVEDO Redes sociais servem para se comunicar, manter contato com amigos, conhecer gente nova, procurar emprego, guardar fotos e vídeos, arranjar namorado(a) e, mais recentemente, jogar. No Facebook, no Orkut ou no MySpace, os jogos já ocupam lugar de destaque. Segundo pesquisa da Associação Alemã da Indústria das Telecomunicações (Bitkom, na sigla em alemão), mais de 10 milhões de pessoas jogam todos os dias na internet. Parte desse quinhão está nas redes sociais, já que os games costumam ser gratuitos e permitem a participação de várias pessoas. Reprodução do jogo "Vida Rock", aplicativo acessível por meio do Orkut que permite formar bandas e tocar em palcos virtuais. O Facebook percebeu o filão e abriu-se para o que os EUA chamam de "social games". Hoje, de boliche a pôquer, há muitos jogos que se integram ao site. Basta o membro do Facebook acessar apps.facebook.com/gameserpent para ter acesso à lista de jogos - também é possível saber quais são os favoritos do momento ou tentar superar os recordes de pontuação. Os jogos sociais representam uma oportunidade de negócios, tanto que já foram investidos US$ 98 milhões em companhias do tipo no ano passado. (Texto adaptado para fins didáticos. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u613236.shtml Acesso em 22 ago 2009). No contexto da inclusão digital e convergência, as escolas devem estar voltadas para a) proporcionar aulas que capacitem os estudantes para acessar todas as tecnologias digitais disponíveis. b) explorar os conceitos básicos de cada aplicação, permitindo ao aluno construir uma rede de conhecimento, capacitando-o para a utilização de tecnologias e formatos que ainda serão lançados. c) exercitar a navegação pela rede mundial de computadores, estimulando os alunos a procurar aplicativos gratuitos no intuito da onda de serviços pagos. d) exercitar a navegação pela rede em busca de jogos que possam ser ―baixados‖ gratuitamente para serem utilizados como entretenimento. e) proporcionar aulas de entretenimento para a grade curricular em complemento à diversão digital proporcionada por celulares e televisores. QUESTÃO 43 O site de microblogs Twitter é uma onda da Internet em que cada usuário pode criar micro-textos com até 140 caracteres, ou executar o comando RT (re-tweety) para replicar uma postagem interessante do seu próprio Twitter para os demais internautas a ele conectado. Em uma entrevista ao jornal O Globo, o escritor José Saramago falou sobre esse fato. Texto I (Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2009/07/26/jose-saramago-fala-sobre-twitter-lula-seu-novo-livro-208101.asp Acesso em 20 ago. 2009) Texto II (Adaptado de http://darmano.typepad.com/logic_emotion/ Acesso em 20 ago 2009) Observando o que ocorre com a escrita no ambiente virtual, é CORRETO afirmar que a) a redução no tamanho dos textos até o tamanho zero é uma tendência comum na Internet, e que, em breve, será observada em jornais e revistas que acompanharão essa nova onda textual. b) o tamanho do texto é indiferente para o receptor da mensagem, desde que esta transmita a informação que o emissor desejou informar. c) a miniaturização dos textos é apenas um reflexo da redução dos equipamentos eletrônicos, tanto no armazenamento como no envio de mensagens. d) a tendência que observamos na redução do tamanho dos textos na Internet determina também a redução no tamanho dos equipamentos eletrônicos, em armazenamento e transmissão. e) a redução no tamanho dos textos é fundamental para a agilidade da comunicação. Se não houvesse esta redução, o tráfego na rede mundial não acompanharia a tendência da informação instantânea que muitos procuram. QUESTÃO 44 Texto I Nova dieta publicitária A tentativa de disciplinar a publicidade dirigida às crianças e aos adolescentes, principalmente a de junk food, não é uma novidade. Alguns países europeus, a exemplo da Suécia e da Inglaterra, já proibiram completamente ou criaram fortes restrições. Consideram este público vulnerável, por não ter condições cognitivas de resistir aos encantos da propaganda ou de discernir claramente o entretenimento das estratégias de marketing. Outros países da Europa e os Estados Unidos optaram por fechar acordos de autorregulamentação com os grandes fabricantes de alimentos. No Brasil, há dois projetos em tramitação no Congresso visando à regulamentação da publicidade infantil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também promete fechar o cerco aos anunciantes de alimentos. (Carta na escola, nº 38, agosto de 2009, p. 50 - 51) Texto II O que é obesidade? A obesidade é o sobrepeso multiplicado. É o excesso de excesso de gordura corporal. O obeso é uma pessoa cujo peso em muita ultrapassa o do gordo (aquele que está acima do seu peso ideal), ficando vulnerável a inúmeros problemas de saúde tais como doenças cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas ortopédicos e hepáticos. A probabilidade de contrair estas doenças é quatro vezes maior nas mulheres obesas e duas vezes maior nos homens obesos, em relação a pessoas de peso normal. (SABA, Fabio. Mexa-se. São Paulo: Takano Editora, 2003. p. 216) De acordo com a leitura dos textos, assinale a alternativa que MELHOR represente um hábito saudável de viver. a) recorrer às dietas durante um determinado período ou a isenção de algum grupo alimentar. b) ficar fortemente atraído pelo visual das propagandas de alimentos. c) começar a fazer exercícios físicos de alta intensidade para perder peso rápido. d) usar medicamentos inibidores de apetite para perder peso rápido. e) manter uma dieta equilibrada, aliada à prática de atividade física regular. QUESTÃO 45 Texto I Suplemento é necessário mesmo? Na busca pelo ‗corpo perfeito‘, excessos comprometem a saúde A busca pelo corpo ―perfeito‖ pode levar muita gente a excessos que comprometem a saúde, principalmente no que se refere ao consumo indiscriminado de suplementos alimentares e medicamentos. Para muitas pessoas, manter o corpo em forma significa estar magro. Outras preferem o desenvolvimento exacerbado dos músculos, conquistado às custas de horas de academia e, em alguns casos, do consumo de determinadas substâncias. Na tentativa de alcançar resultados ―milagrosos‖ para o emagrecimento, costuma-se apelar para os inibidores de apetite. Na direção oposta, alguns adeptos do fisiculturismo recorrem, sem critérios, aos suplementos alimentares e às substâncias mais perigosas como anabolizantes ou esteróides. Texto II Anabolizantes ou esteróides O uso indevido dessas drogas pode trazer inúmeros problemas como redução da produção de esperma, impotência, calvície, aparecimento de tumores (câncer) no fígado, perturbação da coagulação do sangue, alteração no colesterol, hipertensão, ataque cardíaco, acne, oleosidade do cabelo e aumento da agressividade. Texto III Alimentos para praticantes de atividade física Os alimentos para praticantes de atividade física servem para suprir necessidades do organismo, sejam elas de proteínas, aminoácidos, carboidratos ou vitaminas, entre outras. Obtêm-se os resultados quando os alimentos são consumidos de forma correta. Não basta apenas comprar o alimento e tomar conforme o escrito no rótulo; é preciso consultar um especialista em nutrição para que ele indique a melhor forma de aplicá-lo. (Valeparaibano - Domingo, 15 de outubro de 2006) Com base na leitura dos textos, para se ter um bom condicionamento físico, respeitando-se os limites do corpo, é importante estar ciente que a) o uso de suplementos alimentares pode ser indicado por vendedores de lojas especializadas e/ou profissionais de Educação Física que trabalham em academia. b) o importante é obter o resultado que desejamos em relação ao nosso corpo, não importando de que maneira se chegue a isso. c) o uso de suplementos alimentares e anabolizantes, mesmo que por um determinado período apenas, não traz malefícios à saúde. d) o uso de suplementos alimentares deve ser prescrito por profissionais da área da saúde como médicos e nutricionistas. e) o uso de suplementos alimentares permite que as pessoas pulem as refeições e, com isso, fiquem mais magras. MATEMÁTICA 2009 Utilize o texto e a tabela abaixo para as questões 46,47 e 48. Energia eólica cresce 28,8% em 2008 As instalações mundiais de energia eólica geram hoje mais de 120,8 GW, sendo que apenas em 2008 foram disponibilizadas mais de 27 GW, um crescimento de 28,8% em relação a 2007. Esses 120,8 GW, equivalentes a 9 vezes a capacidade instalada da Usina de Itaipu, serão responsáveis pela não emissão anual de 158 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). O ano também foi marcado pela ascensão dos EUA como líder mundial no setor, com um total de 25,1 GW contra 23,9 GW da Alemanha. http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/energia-eolica-cresce-288-em-2008/ Acesso em: 25 ago. 2009. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-Energia_Eolica(3).pdf Acesso em: 25 ago. 2009. 6 9 (Dados: 1 MW = 10 W e 1GW = 10 W) QUESTÃO 46 Analisando os dados do texto e da tabela, assinale o gráfico que MELHOR represente a evolução de produção de energia eólica dos países considerados. QUESTÃO 47 Considerando os dados de crescimento de produção de energia eólica dos maiores produtores mundiais de energia eólica do ano de 2008, analise as afirmações a seguir. I) O menor aumento percentual da produção de energia eólica mundial ocorreu com a Alemanha, entre os anos de 1997 e 1998. II) O aumento percentual da produção de energia eólica mundial entre os anos de 1997 e 1998, considerando o total produzido, foi de aproximadamente 30,7%. III) Em 2008, a produção dos Estados Unidos superou a da Alemanha em cerca de 5%. Está CORRETO o que se afirma em a) b) c) d) e) apenas I. apenas II. apenas III. apenas I e II. apenas II e III. QUESTÃO 48 De acordo com os dados fornecidos no texto e na tabela, observe as afirmações abaixo. I) A produção de energia na Usina de Itaipu corresponde a nove vezes a produção de energia eólica mundial do ano de 2008. II) Em 2007, a produção de energia eólica mundial foi de, aproximadamente, 93,8 GW. III) Para a produção de 120,8 GW de energia eólica, são emitidas, anualmente, 158 milhões de toneladas de CO2. IV) Em 1998, a capacidade de energia eólica instalada na Austrália e Pacífico era nove vezes maior que a capacidade brasileira. Está CORRETO o que se afirma em a) b) c) d) e) apenas II. apenas III. apenas I e II. apenas II e IV. apenas I e IV. Utilize o texto e o gráfico abaixo para as questões 49, 50 e 51. Alta de desmatamento mostra descaso do Brasil Segundo dado divulgado pelo INPE, taxa registrada entre 2007 e 2008 chegou a 13 mil km². A divulgação da taxa consolidada de desmatamento na Amazônia Legal no último ano mostra que a destruição voltou a crescer após três anos de queda. Entre agosto de 2007 e julho de 2008, foram derrubados 12911 quilômetros quadrados, segundo dados do Prodes, gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No período 2006/2007, a taxa foi de 11532 km². ―O Brasil quer e precisa de desmatamento zero na Amazônia. Perder 13 mil km² de floresta em um ano não só é um absurdo como demonstra que o país não fez seu papel para combater o aquecimento global‖, diz Marcio Astrini, do Greenpeace. O Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo, principalmente por causa do desmatamento e das queimadas. Com esse novo número, será mais difícil para o governo atingir sua meta de desmatamento estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Agora, terá de ficar abaixo de 9 mil km² no período 2008/2009. http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/alta-de-desmatamento-mostra-descaso-do-brasil/ Acesso em: 25 ago. 2009 QUESTÃO 49 O gráfico abaixo foi obtido segundo os dados aproximados do Prodes, gerados pelo INPE, a partir do acompanhamento da taxa de desmatamento anual da Amazônia Legal desde 2000 até 2008. Para que a meta estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas seja atingida entre os anos de 2008 e 2009, é preciso que a taxa obtida em 2008 seja reduzida, no mínimo, cerca de a) b) c) d) e) 72%. 31%. 28%. 69% 20% QUESTÃO 50 A fórmula da função que expressa a taxa de desmatamento anual na Amazônia legal (T), em milhares de km², em função do tempo (t) em anos, considerando os dados de 2006 e 2007 é: a) T b) T c) T d) T e) T 6 t 6 7 t 5 1 t 17 2 2t 26 6 t 12 7 QUESTÃO 51 Se a queda na taxa obtida entre os anos de 2006 e 2007 tivesse sido mantida, a taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal chegaria a zero no ano de a) b) c) d) e) 2009. 2010. 2013. 2014. 2034. Utilize o texto abaixo para as questões 52, 53 e 54. A guerra contra a água mineral O novo vilão dos ambientalistas não é o líquido, mas o plástico das embalagens (28/11/2007) A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessório dos esportistas e, em casa, muita gente nem pensa em tomar o líquido que sai da torneira compra água em garrafas ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% - e passou a ocupar um lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas. O foco não está exatamente na água, mas na embalagem. A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade de gases que agravam o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado. (...) O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. Só no Brasil, que recicla menos da metade das garrafas PET que produz, mais de 4 bilhões delas viram lixo todos os anos. Como demoram pelo menos 100 anos para se degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a dengue. http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_262606.shtml Acesso em: 07 set.2009 QUESTÃO 52 O administrador de um aterro sanitário constatou que o aumento de plástico depositado mensalmente sofre um acréscimo de 30%. Considerando que no mês de abril foram depositados 100 kg de plástico neste aterro, é incorreto afirmar que a) b) c) d) e) no mês de junho foram depositados cerca de 169 kg de plástico. no mês de julho a quantia de plástico depositada ultrapassou o dobro da quantia depositada em abril. entre os meses de abril e julho, a quantia de plástico depositada ultrapassou meia tonelada. no mês de março foram depositados 70 kg de plástico. no mês de junho foram depositados 39 kg a mais do que no mês de maio. QUESTÃO 53 A fórmula da função que expressa a quantia Q em centenas de kg de plásticos depositados no aterro sanitário citado na questão anterior, em função do tempo t, em meses, é a) b) c) d) e) t Q(t) = 100(1,03) t Q(t) = 100 + 1,3 t Q(t) = 100(1,3) t Q(t) = (100.1,3) t Q(t) = 100 .1,3 QUESTÃO 54 Assinale o gráfico que MELHOR representa a situação descrita na questão anterior expressando a quantia de lixo plástico depositada no aterro, em função do tempo, em meses. Utilize o texto e a imagem abaixo para as questões 55, 56,57 e 58. Especialistas mostram como usar o cartão de crédito de forma inteligente (30/08/2009) Usuários podem ganhar milhas e descontos em programas de recompensa Bom negócio, porém, está condicionado ao pagamento de 100% da fatura (Paula Leite) O perigo dos juros altos dos cartões de crédito já é bem conhecido de muitos consumidores. Mas, para especialistas, os cartões, quando usados de forma inteligente, podem trazer vantagens, caso o cliente saiba controlar seus gastos e pague a fatura em dia, o que evita o pagamento de juros. Muitos cartões de crédito oferecem programas de recompensas em que o cliente ganha pontos que podem ser trocados por milhas, produtos, doações para ONGs ou descontos em lojas, serviços e na própria anuidade do cartão. (...) Para o consultor de finanças pessoais Conrado Navarro, autor do livro ―Vamos falar de dinheiro?‖, ―ao usar o cartão de crédito você vai ter a vantagem de pagar depois pelos gastos e ainda ganhar pontos ou outras vantagens‖. Mas ele também alerta que as taxas do chamado crédito rotativo do cartão, aplicadas quando o cliente não paga todo o valor da fatura na data de vencimento, podem passar de 12% ao mês. PARCELAMENTO E DÍVIDAS O que é Pagamento mínimo Valor mínimo da fatura do cartão que o consumidor deve pagar à administradora para não ficar inadimplente, situação na qual há cobrança de multas, taxas e juros. Cuidados Apesar de o consumidor não ficar inadimplente, a diferença entre o valor total da fatura e o pagamento mínimo é financiada e sobre esse montante incidem juros enquanto o total não for pago. Pontos Na hora de escolher um cartão de crédito com programa de recompensas, é preciso ficar atento às condições que variam muito entre os bancos e entre os tipos de cartões. Existem cartões em que o cliente acumula milhas, por exemplo; em que US$ 1 vale um ponto, enquanto em outros cartões o mesmo dólar vale 1,5 ou até 2 pontos. Normalmente, porém, a anuidade fica mais cara à medida que as vantagens do cartão aumentam. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1284918-9356,00.html Acesso: 10. Set. 2009 QUESTÃO 55 Considere que Maria da Silva, cuja fatura do cartão de crédito está ilustrada na figura acima, pagou apenas o valor mínimo no mês de setembro e não realizou novas compras. Analise as afirmações abaixo, segundo as informações do texto. I) No mês de setembro, Maria pagará apenas 10% do valor total da fatura. II) A taxa do crédito rotativo será cobrada sobre o valor total da fatura de setembro. III) Caso Maria não utilize mais o cartão de crédito, no mês de outubro sua dívida será de R$ 1080,00. Está CORRETO o que se afirma em a) b) c) d) e) apenas I. apenas II. apenas III. apenas I e II. apenas I e III. QUESTÃO 56 A partir da informação de que Maria pagará em setembro apenas o valor mínimo e que não fará novas compras, a fórmula que expressa a dívida D de Maria (em reais) em função do tempo t, em meses, é a) b) c) d) e) D = 900 + 0,12t D = 1000.(0,12t) t D = 900.(1,12) t D = 1000.(1,12) D = 900.(1,12t) QUESTÃO 57 Ainda considerando que Maria não fará novas compras com seu cartão de crédito e pagará apenas o valor mínimo, no mês de setembro, é possível afirmar que sua dívida vai dobrar no período de até (Considere, se necessário, log 2 = 0,3 e log 7 = 0,85). a) b) c) d) e) 5 meses. 6 meses. 7 meses. 8 meses. 1 ano. QUESTÃO 58 Após quitar sua dívida do cartão de crédito, Maria resolveu seguir a risca a dica do artigo ―Especialistas mostram como usar o cartão de crédito de forma inteligente” de pagar sempre 100% da fatura mensal. Além disso, Maria resolveu pesquisar acerca do esquema de pontuação oferecido por alguns bancos. Veja abaixo um resumo comparativo entre as ofertas de dois bancos. Banco A Banco B Valor dos pontos Cada 1 real equivale a 1 ponto Cada 1 real equivale a 1,3 pontos Conversão para milhas Cada ponto equivale a 1 milha Cada ponto equivale a 1 milha Taxa para conversão A conversão é feita gratuitamente No ato da conversão, o cliente perde 1500 pontos Analisando a possibilidade da conversão dos pontos em milhas, assinale a alternativa CORRETA. a) Independente da quantia gasta, sempre compensará o cartão de crédito oferecido pelo banco A, pois a conversão para milhas é feita sem qualquer ônus. b) Independente da quantia gasta, sempre compensará o cartão de crédito oferecido pelo banco B, pois a pontuação é 30% maior que no banco A. c) A oferta do banco A será mais vantajosa caso Maria gaste acima de R$ 5.000,00. d) A oferta do banco B será mais vantajosa caso Maria gaste acima de R$ 5.000,00. e) Independente da quantia gasta, não haverá diferença entre as milhas que Maria ganhará, pois, em ambos os bancos, cada ponto equivale a 1 milha. Utilize o texto abaixo para as questões 59 e 60. O dono de uma floricultura observou que o número de buquês de rosas, em dezenas, vendidos ao longo do ano, poderia ser expresso pela função y f ( x) 15 6sen ( x 0,5) 3 , em que x representa o tempo, em meses, a partir do mês de janeiro (x = 0). QUESTÃO 59 Desse modo, a única afirmação CORRETA é: a) b) c) d) e) Nos meses de maior venda, foram vendidos apenas 150 buquês de rosa. Nos meses de menor venda, foram vendidos 60 buquês de rosa. No mês de março foram vendidos 90 buquês de rosa. A diferença entre as vendas dos meses de maior e menor venda é de 90 buquês. Em um ano, o máximo de vendas ocorreu em 4 meses distintos. QUESTÃO 60 O gráfico que melhor ilustra a função que expressa o número y em dezenas de buquês vendidos ao longo de um ano é: Leia as informações a seguir e responda as questões 61, 62 e 63. Nem parece, mas é Brasil Investimentos em pesquisa, capacitação profissional e equipamentos de última geração transformam alguns hospitais brasileiros em destino de pacientes estrangeiros - um negócio que vai movimentar 100 bilhões de dólares em todo o planeta. Vanessa Cabral Revista Exame. edição 946/ano 43-n°12 – 1°/7/2009 QUESTÃO 61 Conforme a tabela, e comparando os perfis dos dois hospitais citados, podemos AFIRMAR que a) o hospital Albert Einstein possui aproximadamente 50% de funcionários a mais que o hospital Sírio-Libanês, por isso, o seu atendimento de pacientes/ano é também 50% maior que o do atendimento do Sírio-Libanês. b) o hospital Sírio-Libanês, por ter menos funcionários, atende menos pacientes/ano que o Albert Einstein. c) os funcionários de ambos os hospitais atendem a mesma quantidade de pacientes/ano. d) a proporção aproximada entre pacientes/ano e funcionários dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês são respectivamente 22/1 e 57/1. e) o número de atendimentos de pacientes/ano do hospital Sírio-Libanês excede aproximadamente 50% o número de atendimentos de pacientes/ano do hospital Albert Einstein. QUESTÃO 62 Comparando os investimentos realizados nos dois hospitais e suas receitas, é INCORRETO afirmar que a) o hospital Albert Einstein investiu mais em pesquisa que o hospital Sírio-Libanês. b) o hospital Sírio-Libanês investiu menos em espaço físico que o hospital Albert Einstein. c) a razão de proporcionalidade entre a receita e os investimentos (pesquisa e espaço físico) do hospital Sírio– Libanês é menor que do hospital Albert Einstein. d) no hospital Albert Einstein, o investimento em espaço físico é aproximadamente sete vezes o valor investido em pesquisa. e) no hospital Sírio-Libanês, o investimento em espaço físico é aproximadamente quatorze vezes o valor investido em pesquisa. QUESTÃO 63 Analisando o faturamento e a receita com os paciente estrangeiros nos dois hospitais citados, pode-se AFIRMAR que a) a receita corresponde a aproximadamente 5% do faturamento nos dois hospitais. b) no hospital Albert Einstein, a razão entre a receita e o faturamento corresponde a uma porcentagem bem maior que a razão entre a receita e o faturamento do hospital Sírio-Libanês. c) no hospital Sírio-Libanês, a razão entre a receita e o faturamento corresponde a uma porcentagem bem maior que a razão entre a receita e o faturamento do hospital Albert Einstein. d) no hospital Albert Einstein, a razão entre a receita e o faturamento corresponde a 0,05%. e) no hospital Sírio-Libanês, a razão entre a receita e o faturamento corresponde a 0,5%. Leia as informações a seguir e responda as questões 64, 65 e 66. QUESTÃO 64 O gráfico da figura anterior representa altura (y) em metros em função do salário a mais (x) em reais. Unindo seus pares ordenados, temos um segmento cuja equação da reta suporte é 16 10 16 b) y = 6000x + 10 1 16 c) y = x+ 10 600 a) y = 600x + d) y = 600x e) y = 1 16 x+ 6000 10 QUESTÃO 65 Conforme o gráfico, uma pessoa com uma altura de 1,78 m receberá a mais em seu salário a) b) c) d) e) R$ 1 180, 00. R$ 1 080, 00. R$ 1 160, 00. R$ 1 140, 00. R$ 1 120, 00. QUESTÃO 66 De acordo com o gráfico, uma pessoa que recebe R$ 1440,00 a mais em seu salário terá uma altura de a) b) c) d) e) 1, 82 m. 1, 83 m. 1, 84 m. 1, 85 m. 1, 86 m. Responda às questões 67 e 68 com base no texto abaixo: Esta construção está localizada no final da Avenida Roberto Marinho (antiga Águas Espraiadas), e ligará essa avenida ao outro lado da Marginal Pinheiros, desafogando o trânsito na região. Esse ―X‖ tem 138 metros de altura com 144 cabos de aço para ―segurar‖ o peso do resto da ponte. Será a maior ponte estaiada em curva do mundo. EXTRA: 28/maio/2008 – MANIFESTAÇÃO PÁRA A PONTE ESTAIADA Fonte: http://cenasdacidade.wordpress.com/2007/10/29/primeiro-post-ponte-estaiada-na-av-roberto-marinho/ A figura a seguir representa a vista lateral do mastro ―X‖ da ponte apoiado por 36 cabos de aço. QUESTÃO 67 Se a distância do primeiro cabo (o mais distante da base) até a base da estrutura é de 250 m, e o arquiteto que projetou a ponte construiu antes uma maquete em que essa distância mede 2 m, qual a altura da maquete? a) 1,354 m. b) 1,104 m. c) 1,255 m. d) 1,144 m. e) 1,125 m. QUESTÃO 68 Supondo que o cabo de número 18 da maquete tenha um comprimento de 1,34m, qual será o comprimento desse mesmo cabo na ponte real? a) 158,2 m. b) 172,5 m. c) 144,8 m. d) 167,5 m. e) 150,5 m. Com base no texto abaixo, responda às questões 69 e 70. Investimento de 43 milhões está atrasado 4 anos. ―O consórcio Jaraguá-Lavitta iniciou a construção da nova Torre Móvel de Integração (TMI) para o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, o VLS 1. O investimento previsto no projeto é de R$ 43 milhões. Os recursos serão repassados através de um convênio entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O prazo para a construção do empreendimento, segundo o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, brigadeiro Antônio Hugo Pereira Chaves, é de 18 meses. As obras foram iniciadas em abril deste ano e já acumulam um atraso de quase quatro anos, devido às pendências judiciais. A concorrência para a construção da Torre foi aberta em 2005 e o resultado saiu no começo do ano seguinte. Em fevereiro deste ano, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e o consórcio Jaraguá-Lavitta assinaram um termo aditivo ao contrato da torre para que ele voltasse a ter validade e as empresas pudessem finalmente dar início às obras. A nova TMI terá 330 toneladas de peso e cerca de 33 metros de altura. O projeto envolve a construção de uma torre móvel, mesa de lançamento, torre de umbelicais (cabos que são conectados ao foguete), túnel e torre de escape e todos os equipamentos envolvidos: sistemas elétricos, de climatização, detecção, alarme e combate a incêndio, rede de gerenciamento, circuito fechado de TV, sala de interface e casa de equipamentos de apoio.‖ Excertos retirados da página: http://www.aereo.jor.br/?p=9858 Obs.: Despreze a altura dos observadores. QUESTÃO 69 Se o observador 2 está a 50m do centro da base do foguete (ponto A) e avista a ponta da TMI no limiar da ponta, qual é a altura do foguete? a) 30m b) 25m c) 35m d) 18m e) 33m QUESTÃO 70 Considerando que o ângulo formado entre a reta da visão do observador 2 e o solo é o mesmo formado entre o foguete e a reta da visão do observador 1, a que distância o observador 1 estará do foguete nessa situação? a) 25m. b) 22m. c) 18m. d) 15m. e) 12m. QUESTÃO 71 Dois jogadores de futebol estão no contorno da área central no último minuto do jogo. O jogador do time azul está no ponto B, o jogador do time vermelho está no ponto D. No mesmo instante eles avistam a bola no ponto P. Sabe-se que se o jogador do time vermelho que está no ponto D consegue chegar até a bola (em linha reta) passando por O (centro da circunferência) e C com grandes chances de fazer gol. Enquanto isso, o jogador do time azul que está no ponto B tem que correr em linha reta passando por A para evitar o possível gol. Na figura a seguir, estão indicadas as medidas dos segmentos PA = 6 m, PC =5 m, onde OC = OD e 9,2 m corresponde à medida do raio. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c2/Campo_de_futebol_medidas.jpg/adaptado. Acesso em: 13/07/09 Suponha que os dois jogadores estejam correndo na mesma velocidade. Conforme as informações, pode-se AFIRMAR que a) as distâncias dos jogadores do time azul (ponto B) e do time vermelho (ponto D) até a bola (ponto P) são iguais. b) a distância do jogador do time azul (ponto B) até a bola é maior que a distância do jogador do time vermelho (ponto D) até a bola. c) a distância do jogador do time vermelho (ponto D) até a bola é de 22,4 m. d) a distância do jogador do time azul (ponto B) até a bola é 19,5 m. e) a distância do jogador do time vermelho (ponto D) até a bola é menor que a distância do jogador do time azul (ponto B) até a bola. Leia as informações a seguir e responda a questão 72. Revista Super Interessante. Edição266, jun. 2009. Observe a figura a seguir: http://www.colegiocatanduvas.com.br/desgeo/trigonometria. Acesso em: 12/06/09 QUESTÃO 72 5 Sabe-se que a distância da Terra à Lua (BD) é de aproximadamente 3,84 10 km . O ângulo B̂ (onde se encontra um observatório) mede aproximadamente 89° e a distância (AC) entre a estrela que se encontra no ponto C contida na trajetória retilínea BE e a estrela que se encontra no ponto A contida na trajetória retilínea DE é 2 105 km . Com base nessas informações, pode-se afirmar que a distância aproximada entre a estrela no ponto C e a estrela no ponto E é de (Considere: sen 89º = 0,99, cos 89º = 0,02 e tg 89º = 52,29) 7 a) 10 km 7 b) 1,92 10 km 7 c) 192 10 km 7 d) 19 ,2 10 km 7 e) 2 10 km Leia as informações a seguir e responda as questões 73 e 74. Exame Nacional do Ensino Médio 2010 O Enem 2010 tem por objetivo avaliar os estudantes de Ensino Médio do Brasil. O novo ENEM 2010 servirá como processo seletivo para ingresso nas universidades e em institutos federais de todo o país. A Novo Enem está mais abrangente, com questões mais próximas do dia a dia dos estudantes brasileiros. O Enem 2010 ajudará a melhorar a qualidade do Ensino Médio. O Enem 2010 e as Faculdades As universidades poderão optar em como querem usar o Enem como processo seletivo: Uso completo do Enem como eliminatório; Como primeira fase do vestibular; Combinado com o vestibular da instituição; Utilização do Enem 2010 para vagas remanescentes do vestibular. http://www.mundovestibular.com.br/articles/7167/1/ENEM-2010/Paacutegina1.html QUESTÃO 73 A maioria dos alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola prestaram vestibulares em várias universidades particulares e públicas, e alguns usaram inclusive o Enem para o ingresso em faculdades públicas e particulares pelo ProUni (Programa Universidade para Todos). Sabe-se que: 40% dos alunos passaram em universidades públicas. 50% dos alunos passaram em universidades particulares. 53% dos alunos fizeram o Enem. 15% dos alunos passaram em universidades públicas e particulares. 20% dos alunos passaram em universidades públicas usando o Enem. 25% dos alunos passaram em universidades particulares usando o Enem. 10% dos alunos passaram em universidades públicas e particulares usando o Enem. 35 alunos não participaram de nenhum desses processos seletivos, ou seja, vestibulares e Enem. Considerando esses dados, é CORRETO afirmar que o número total de alunos do 3º ano do Ensino Médio dessa escola corresponde a a) 200. b) 300. c) 400. d) 500. e) 600. QUESTÃO 74 A distribuição das notas do Enem 2009 de uma determinada escola está na tabela a seguir: Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9,5 Total Nº de alunos 0 2 5 10 15 15 20 16 8 5 96 Para que a mediana das notas do Enem dessa escola fosse 6,5, seria necessário que a) um aluno que obteve nota 2, tivesse obtido nota 5. b) um aluno que obteve nota 5, tivesse obtido nota 6. c) um aluno que obteve nota 7, tivesse obtido nota 8. d) um aluno que obteve nota 6, tivesse obtido nota 7. e) um aluno que obteve nota 8, tivesse obtido nota 6. QUESTÃO 75 O Biodigestor anaeróbio (que funciona na ausência de ar) é uma tecnologia desenvolvida para o tratamento de resíduos orgânicos com resultados já bem conhecidos de capacidade de depuração de resíduos (fezes e urina) produzidos por animais e pessoas. Os biodigestores apresentam a vantagem de, além de tratar o esgoto, gerar um combustível renovável, o biogás (composto basicamente de metano e gás carbônico), e também o efluente (líquido) tratado pelo sistema, utilizado na agricultura como fertilizante. http://verdefato.blogspot.com/2009/04/biodigestor-anaerobico-biogas-embrapa.html Acesso em: 11/09/2009. 1. Excrementos animais e restos de alimentos são misturados com água no alimentador do biodigestor 3. O gás metano pode ser encanado para alimentar um gerador ou um aquecedor. 2. Dentro do biodigestor, a ação das bactérias decompõe o lixo, transformando-o em gás metano e adubo. 4. As sobras servem como fertilizante http://www.jcholambra.com.br/Ed745/site/Biodigestor%20ilutrstivo.jpg Acesso em: 11/09/2009. No biodigestor acima temos um alimentador e o próprio biodigestor. Um alimentador em forma de paralelepípedo tem suas dimensões internas (considerando-o aberto na parte superior) iguais a 2m x 1,5m x 1m. Desconsiderando a parte do topo em forma de calota, se o biodigestor precisa ter o dobro da capacidade do alimentador e a sua altura interna deve ter 2m, então a medida aproximada do seu raio será a) 3 2 b) 3 c) d) e) 1 6 3 QUESTÃO 76 Desconsiderando a parte do topo em forma de calota, se alterarmos as dimensões do biodigestor na sua construção, reduzindo a altura pela metade e dobrando a medida do seu raio, a sua nova capacidade SERÁ a) b) c) d) e) menor que a metade da anterior. a metade da anterior. igual a anterior. o dobro da anterior. maior que o dobro da anterior. QUESTÃO 77 Os fractais são formas geométricas abstratas de uma beleza singular, com padrões complexos que se repetem infinitamente. Na construção da árvore a seguir, que dá a ideia de fractal, da extremidade de um galho surgem outros três galhos menores. Este processo de formação segue indefinidamente até a obtenção desta árvore. http://2.bp.blogspot.com/_xPzdBXZAuB4/SVpK58sWkyI/AAAAAAAAAkk/BFtBFJ-SUo/s400/arvore_fractal.png Acesso em: 11/09/2009 . O primeiro galho tem massa igual a 1 kg e cada galho tem 20% da massa do galho do qual brotou. O valor que mais se aproxima da massa total desta árvore em quilogramas é a) 2,5. b) 2,3. c) 1,9. d) 1,3. e) 0,9. QUESTÃO 78 O estudo da planificação de poliedros tem aplicações em artes, na confecção de moldes de vinil, na decomposição de chapas metálicas, entre outros. Softwares especializados podem nos auxiliar no cálculo de planificações de superfícies poliedrais permitindo orçar gastos e fazer escolhas. Temos abaixo possíveis planificações de poliedros cujas medidas foram dadas em cm. Observe: 12 10 5 10 5 12 5 5 10 5 II 10 10 10 III 2 4 2 5 2 10 12 I 2 5 4 2 2 5 2 2 2 IV 4 faces são triângulos 5 equiláteros V faces são triângulos equiláteros VI VII VIII faces são triângulos equiláteros faces são pentágonos regulares Das formas observadas, são planificações de um sólido: a) b) c) d) e) apenas I, II e III. apenas IV, V e VI. todas, exceto IV e VIII. todas, exceto VII. apenas I, II, V e VI. QUESTÃO 79 Hoje é o dia de serem sorteadas 3 cestas para alunos distintos, em uma escola com 200 alunos, distribuídos em 10 turmas (de A a J). Cada turma tem 20 alunos cada. Quanto ao sorteio das cestas, podemos AFIRMAR corretamente que a) a probabilidade de todos os alunos sorteados serem da turma A é C 20,3 C 200,3 b) a probabilidade de os alunos sorteados não serem todos da turma A é . C 20,3 C 200,3 1. c) sabendo-se que todos os sorteados são da turma A, que tem 8 alunas, a probabilidade de serem sorteadas Rita, Tereza e Maria (alunas da turma A), nesta ordem, é 1 1 1 . . . 8 8 8 d) a probabilidade de todos os sorteados serem alunos da mesma turma é C 20,3 C 200,3 e) a probabilidade de todos os sorteados não serem alunos da mesma turma é 1 QUESTÃO 80 Veja a charge abaixo. 10 . C 20,3 C 200,3 10 . Uma aranha, já na fase adulta, pode viver meses ou anos dependo da espécie. A aranha aleijada citada anteriormente, em sua primeira semana já adulta, comeu 20 insetos, pois conseguia enganar a presa. No entanto, conforme descobriam sua deficiência, a quantidade de insetos comidos por ela foi reduzindo 1 unidade a cada semana, até a semana em que ela não comeu nenhum inseto e veio a morrer. O TOTAL de insetos comidos pela aranha já adulta até a sua morte equivale a a) b) c) d) e) 180. 190. 200. 210. 220. QUESTÃO 81 JOGO DAS BOLAS Quinze bolas são consideradas neste jogo – 14 pequenas e 1 grande – cujas as regras são: 1. 2. 3. 4. Participam dois jogadores. Cada jogador deve retirar 1, 2 ou 3 bolas de cada vez, alternando os jogadores. Vence o jogo quem, no final, não ficar com a bola grande. Sendo você quem inicia o jogo, qual das sequências das primeiras retiradas de bolas garantirá a sua vitória sem depender de um erro do adversário? 1º jogador BOLAS RETIRADAS 2º jogador 1º jogador 2º jogador 1º jogador 2º jogador ... a) b) 1 2 1 1 2 1 1 3 3 2 ... ... ... c) d) e) 3 1 1 1 1 1 3 1 1 3 1 1 1 1 3 ... ... ... ... ... ... QUESTÃO 82 A simetria está presente nas atividades de vários profissionais como marceneiros, artistas, engenheiros, etc. Reconhecemos uma simetria axial pelo seu eixo de simetria. Veja algumas formas simétricas e seus possíveis eixos: A seguir, podemos observar alguns trabalhos de Maurits C. Escher, que nasceu na Holanda em 1898 e morreu aos 73 anos, justamente quando estava se tornando conhecido mundialmente, não somente entre os matemáticos e cientistas (que foram os primeiros a se interessar pelo seu trabalho), mas pelo público em geral. I. IV. II. V. III. VI. Dos trabalhos de Escher mostrados acima, é CORRETO AFIRMAR que a) b) c) d) e) todos são simétricos. apenas um deles não é simétrico. II é simétrico. nenhum é simétrico. VI é simétrico. QUESTÃO 83 As câmaras escuras foram criadas desde tempos antigos sendo utilizadas como auxílio para desenho, no lazer e na Astronomia. No final do século XIX, quando sofreram alterações, deram origem às primitivas máquinas fotográficas. As dimensões da caixa não precisam ser exatamente estas. Você pode, por exemplo, reduzir todas as medidas pela metade. . A câmara escura em forma de prisma quadrangular regular é fechada em todos os lados, e a câmara de proteção à luz é aberta nos dois lados, conforme a figura, para receber a caixa. Colocamos a menor dentro da maior, empurrando-a. Para usá-la, basta dirigir a face com orifício em direção a uma janela ou a um lugar qualquer bem iluminado, de preferência em direção ao Sol. Observamos projetadas no anteparo de papel vegetal as imagens invertidas desse lugar. GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o 1º grau. São Paulo: Editora Ática, 1999. 231p. Na construção de 100 câmaras escuras e 100 câmaras de proteção à luz com fins didáticos, considere que deva ser comprado de cartolina 20% a mais da metragem das planificações, pensando em recortes, emendas e abas. O orçamento escolhido na compra das cartolinas vendeu a unidade por R$ 0,50, sendo as dimensões da cartolina 0,5 m x 0,6 m. O valor gasto na compra de cartolinas para a construção destas câmaras SERÁ de a) b) c) d) e) R$ 36,50. R$ 39,10. R$ 41,85. R$ 42,76. R$ 47,08. QUESTÃO 84 Um grupo de 6 empresários se reuniu para acordar vários itens de interesse comum. Rubens e Francisco nunca se sentam lado a lado, já Tereza e Rita sempre sentam juntas. O total de maneiras diferentes que eles podem se reunir em volta de uma mesa redonda com 6 assentos, estando Rita ao lado de Rubens, É a) b) c) d) e) 14. 12. 8. 6. 4. QUESTÃO 85 Um artesão construiu um vaso em forma de cubo, dispondo de três cores distintas para pnitá-lo. Sua meta na pintura deste vaso é fazer com que faces com aresta comum não tenham a mesma cor. O número de maneiras diferentes que podemos pintar as seis faces deste vaso É a) b) c) d) e) 8. 7. 6. 5. 4. Com base na situação proposta a seguir, responda as duas próximas questões 86 e 87. Um professor propôs aos alunos uma atividade ao ar livre estando o Sol no zênite, conforme o esquema a seguir: os raios luminosos são paralelos entre si e perpendiculares ao solo o solo é plano e horizontal Ele tinha nas mãos duas varetas concorrentes formando um ângulo conforme a figura. Observe: Sabendo-se que uma das varetas estava paralela ao solo, quando o professor realizou alguns movimentos com o ângulo construído, os alunos fizeram algumas considerações quanto ao ângulo formado pela sombra das varetas. Veja: I. II. III. IV. V. o ângulo é maior que o das varetas se as duas varetas estiverem paralelas ao solo. o ângulo é igual ao das varetas se uma das varetas não estiver paralela ao solo. o ângulo é menor que o das varetas se as duas varetas estiverem paralelas ao solo. o ângulo é maior que o das varetas se uma das varetas não estiver paralela ao solo. o ângulo é menor que o das varetas se uma das varetas não estiver paralela ao solo. QUESTÃO 86 Em relação às considerações feitas pelos alunos está (ao) CORRETA(S) a) b) c) d) e) todas. apenas I. I e III. apenas V. nenhuma. QUESTÃO 87 Sendo r e s as retas que contêm as sombras das varetas, é CORRETO afirmar que r e s a) b) c) d) e) podem ser perpendiculares. podem ser coincidentes. podem ser reversas. podem ser ortogonais. não podem ser concorrentes. QUESTÃO 88 Considerando o mesmo recheio, pizzas de mesma espessura podem ser vendidas, nos tamanhos pequenas, médias e grandes. A tabela a seguir informa para o mesmo recheio o preço de uma pizza conforme o seu tamanho. Preço (R$) Raio (cm) Pequena 6,00 10 Média 20,00 20 Grande 25,00 25 Desejando comprar algumas pizzas para comemorar uma conquista, o menor preço pago por cm² OCORRERÁ na compra de pizzas a) b) c) d) e) grandes. médias ou grandes. médias. pequenas ou médias. pequenas. Veja o mapa abaixo que refere-se às questões 89 e 90: Entenda o que é a camada pré-sal A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo (veja figura abaixo). Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u440468.shtml. Acesso em: 11/09/2009. QUESTÃO 89 Considere que o petróleo e o gás se encontram 8 km abaixo do leito do mar e que serão succionados através de uma mangueira quilométrica altamente resistente, em forma de prisma hexagonal regular, com 0,2 m de lado interno. 3 Segundo a Organização Nacional da Indústria de Petróleo (ONIP), 1 m de petróleo 6,3 barris de petróleo. A capacidade desta mangueira equivale aproximadamente a Adote a) b) c) d) e) 3 1,7 2 500 barris de petróleo. 5 141 barris de petróleo. 6 426 barris de petróleo. 9 680 barris de petróleo. 11 634 barris de petróleo. QUESTÃO 90 Como o mapa da figura está em escala, sabe-se que a distância de Santos ao Rio de Janeiro é aproximadamente 504 km, e que essa distância no mapa corresponde a 4,2 cm. De acordo com as medidas das distâncias expressas no mapa, pode-se afirmar que as distâncias de Santos a Parati e de Parati ao Rio de Janeiro, são RESPECTIVAMENTE, a) 340 km e 280 km. b) 320 km e 260 km. c) 300 km e 240 km. d) 310 km e 250 km. e) 330 km e 270 km.