Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 DOENÇA DE ALZHEIMER E DE PARKINSON: ESTUDO COMPARATIVO DE SINTOMAS COMPORTAMENTAIS E NEUROPSIQUIÁTRICOS Ana Laura Rosifini Alves Rezende Lineu Côrrea Fonseca Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida [email protected] Neuropsicofisiologia em cognição e epilepsia Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: A doença de Alzheimer (DA) tem como expressão fundamental a demência enquanto a doença de Parkinson (DP) apresenta manifestações essencialmente motoras, mas com ocorrência elevada de distúrbios cognitivos e comportamentais. Carecem, na literatura, estudos relativos aos sintomas comportamentais e neuropsiquiátricos dos pacientes em ambas as doenças. O conhecimento de tais aspectos pode ser de relevante importância no que diz respeito à terapêutica e à reabilitação desses pacientes, uma vez que o fator emocional pode alterar o percurso clínico. Este trabalho tem como objetivo estudar comparativamente os sintomas comportamentais e neuropsiquiátricos em pacientes com DA e DP. Para isso, foram avaliados 32 pacientes com diagnóstico de DA, 29 pacientes com diagnóstico de DP e 32 indivíduos controles (GC), sem qualquer comprometimento neuropsiquiátrico prévio. Os procedimentos foram: anamnese, bateria CERAD, inventário neuropsiquiátrico de Cummings e de depressão de Hamilton, eletrencefalograma, testes de funções executivas e de memória. Foi feita comparação entre os achados de DA, DP e GC no inventário neuropsiquiátrico. Houve diferenças significativas entre os grupos DA,DP e GC em relação a 6 comportamentos. Na comparação direta entre os grupos DA e DP houve diferença significativa em relação a 2 questões e entre os grupos DP e GC em relação a 4 questões. Os resultados obtidos podem ser de extrema relevância na condução da terapêutica e reabilitação individuais dos pacientes. Palavras-chave: Parkinson; Alzheimer; comportamento. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde – Medicina – CNPq. 1. INTRODUÇÃO À medida que a expectativa de vida torna-se mais elevada, sobretudo nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, tem-se observado um crescimento da prevalência de doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), acompanhadas de intensas repercussões biopsicossociais. A DA é a principal causa de demência, a qual é definida como uma síndrome clínica caracterizada declínio cognitivo e/ou comportamental crônico e geralmente progressivo, de início insidioso. A DP, por sua vez, cursa com manifestações essencialmente motoras, tais como tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesia e anormalidade postural. No entanto, a ocorrência de distúrbios cognitivos é frequente, e a prevalência média de demência está em torno de 31% [1, 37]. O Inventário Neuropsiquiátrico (INP) foi desenvolvido para avaliar dez distúrbios comportamentais que podem ocorrer em pacientes acometidos por doenças neurodegenerativas: delírios, alucinações, agitação/agressão, disforia, ansiedade, euforia, apatia, desinibição, irritabilidade/labilidade, agitação motora [14]. É composto por dez questões, tendo cada uma o conteúdo referente a um dos dez comportamentos citados. A informação é obtida através do acompanhante do paciente, o qual é questionado a classificar o comportamento de acordo com sua gravidade (ausente, discreto, moderado/grave) e de acordo com sua frequência de acometimento (ausente, ocasional, maior ou igual uma vez por semana). O INP é fonte importante de informações sobre o estado psicológico e comportamental do paciente, ambos determinantes do percurso clínico da doença, da melhor abordagem terapêutica a ser utilizada e, consequentemente, da saúde do cuidador. O objetivo desse estudo é comparar os sintomas comportamentais e neuropsiquiátricos nas doenças de Alzheimer e de Parkinson. 2. MATERIAL E MÉTODOS Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 2.1. Sujeitos Foram incluídos neste estudo 3 grupos de sujeitos: (1) Grupo com doença de Alzheimer (GA), com 32 pacientes que atenderam aos critérios de demência de acordo com o DSM IV [5] e do NINCDS/ADRDA [26], conforme recomendações do consenso Nacional para o diagnóstico de doença de Alzheimer provável [9]. (2) Grupo com doença de Parkinson (GP), com 29 pacientes com diagnóstico clínico provável ou definitivo de DP, segundo os critérios de [11]. (3) Grupo controle (GC), composto de 55 indivíduos sem nenhuma história de declínio cognitivo ou desordem neurológica ou psiquiátrica prévia. Os pacientes dos grupos de DA e DP foram procedentes do ambulatório de Neurologia Clínica do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas e com informante próximo disponível. Os critérios de exclusão foram: comorbidades com redução significativa da expectativa de vida; tratamentos com antidepressivos, anticonvulsivantes, benzodiazepínicos, antipsicóticos típicos ou atípicos, drogas anticolinérgicas e anticolinesterásicas. Os participantes assinaram termo de consentimento aprovado pelo comitê de ética e pesquisa em seres humanos da PUC-Campinas. 2.2. Procedimentos Os procedimentos de acordo com recomendações da European Federation of Neurological Societies (EFNS) [38] e da Academia Brasileira de Neurologia [31] foram: (1) Anamnese; (2) Exame clínico-neurológico; (3) Exames laboratoriais de rotina; (4) Avaliações neurocognitivas e comportamentais, constituídas por: Mini Exame do Estado Mental (MEEM) - para rastreamento cognitivo, conforme versão do Consenso Nacional [9] - e Bateria CERAD (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer´s disease)[28] - aborda itens para o diagnóstico de demência no idoso [7]; (5) Testes de funções executivas; (6) Pensamento abstrato (CAMDEX); (7) Inventário de depressão (Hamilton); (8) Escala CDR (Clinical Dementia Rating) [28, 25]; (9) Eletrencefalograma digital; (10) Inventário Neuropsiquiátrico [14], composto pelas seguintes questões: (i) Acredita que outras pessoas estão lhe roubando? (ii) Conversa com pessoas que não estão presentes? (iii) Não coopera, resiste ao auxilio de outros? (iv) Fala e age como se estivesse triste? (v) Diz estar preocupado com acontecimentos planejados para o futuro? (vi)Acha engraçado e ri de coisas que os outros não acham graça? (vii)Parece menos à vontade e menos ativo que antes? (viii)Fala coisas agressivas ou faz observações sobre sexo que não faria usualmente? (ix)Tem episódios súbitos de raiva? (x)Anda pela casa sem razão aparente? 2.3. Análise dos dados Foi realizado estudo comparativo entre os grupos DA, DP e GC quanto aos resultados do Inventário Neuropsiquiátrico. Foram utilizadas análises estatísticas paramétricas ou não paramétricas, dependendo da situação em estudo, com nível de significância para p<0,05. 3. RESULTADOS 3.1. Aspectos clínicos Ao comparar os dados sócio-demográficos dos grupos de estudo, podemos observar que houve diferenças significativas quanto à idade, à escolaridade e quanto ao gênero. O GA apresentou as idades mais elevadas e o GP a média etária mais baixa. Quanto à escolaridade, o GA e o GP diferiram significativamente do GC, apresentando menor escolaridade. Também houve diferença entre os grupos quanto ao gênero, sendo as mulheres mais prevalentes em todos os grupos, exceto no GP, no qual predomina o gênero masculino. 3.2. Inventário Neuropsiquiátrico Os indivíduos dos GA, GP e GC foram avaliados segundo os resultados de gravidade e frequência dos sintomas comportamentais relativos às dez questões do inventário neuropsiquiátrico. Consta-se que na comparação entre os três grupos (DAxDPxGC) o qui-quadrado revela diferenças significativas nos resultados para as questões (i), (ii), (iv), (vii), (ix) e (x). Na comparação direta entre os grupos DA e DP, as diferenças significativas ocorreram para as questões (i) e (x), enquanto que na comparação direta entre os grupos DP e GC as diferenças significativas foram registradas nas questões (i), (iv), (vii) e (ix). 4. DISCUSSÃO No presente estudo, notaram-se sintomas psiquiátricos em proporção elevada dos pacientes tanto Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 na DA quanto na DP em acordo com a literatura [1, 19, 21, 24]. A presença de sintomas comportamentais em pacientes com doenças neurodegenerativas se reveste de grande importância pelas repercussões biopsicossociais que podem acarretar [1, 9, 32, 33]. O planejamento de condutas terapêuticas medicamentosas e não medicamentosas depende do diagnóstico adequado de quadros neuropsiquiátricos [1, 6, 12, 15, 16, 32, 35]. Também merecem atenção especial os cuidadores de pacientes com DA e DP, pois os sintomas neuropsiquiátricos são fontes de estresse a afetar seu trabalho [1, 22, 32, 34]. O INP revela-se um instrumento simples, de fácil aplicação e útil na avaliação neuropsiquiátrica de pacientes com DA e DP como fonte importante de informações sobre o estado psicológico e comportamental do paciente, ambos determinantes do percurso clínico da doença, da melhor abordagem terapêutica a ser utilizada e, consequentemente, da saúde do cuidador. REFERÊNCIAS [1] Aarsland D, Bronnick K, Ehrt U, De Deyn PP, Tekin S, Emre M, Cummings JL. Neuropsychiatric symptoms in patients with PD and dementia: frequency, profile and associated caregiver stress. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2007;78:36-42. [2] Aarsland D, Cummings JL, Larsen JP. Neuropsychiatric difference between Parkinson’s disease with dementia and Alzheimer’s disease. Int J Geriatr Psychiatry 2001;16:184-191. [3] Aarsland D, Perry R, Brown A, Larsen JP, Ballard C. Neuropathology and dementia in Parkinson’s disease: a prospective, community-based study. Ann Neurol 2005;58:773-776. [4] Aarsland D, Zaccai JCB, Brayne C. 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