Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 DOENÇA DE ALZHEIMER E DE PARKINSON: QUALIDADE DE VIDA Heitor Furlan Giordano Lineu Côrrea Fonseca Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida [email protected] Neuropsicofisiologia em cognição e epilepsia Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: Há necessidade de estudar fatores da qualidade de vida (QV) na doença de Alzheimer (DA) e de Parkinson (DP), pois sua identificação pode auxiliar na melhor estratégia de intervenção [10]. O objetivo foi comparar a qualidade de vida e suas relações com aspectos clínicos, cognitivos e de atividade social em pacientes com DA e com DP. Foram avaliados 32 pacientes com DA, 28 com DP e um grupo Controle com 41 indivíduos sem qualquer comprometimento cognitivo. Os procedimentos utilizados foram: anamnese, exame clínico-neurológico, bateria neuropsicológica CERAD, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), testes de funções executivas. Foram aplicados questionários de atividades sociais sobre a frequência e o tamanho da rede de relacionamentos e, para avaliar QV, usou-se a escala de avaliação de qualidade de vida para pacientes com DA e a Parkinson’s Disease Questionnaire (PDQ-39). Houve menor nível de atividades sociais dos grupos DA e DP em relação ao Controle, tanto na frequência (1,44±0,69; 1,64±0,95; 2,30±0,65; respectivamente) como na rede de relacionamentos (27,73±25,05; 40,44±45,30; 59,37±40,51), e também menor QV (30,62±5,42; 31,61±4,77; 38,8±6,04). Houve correlação negativa da QV com o MEEM e inventário de Pfeffer. No PDQ-39 foi constatada menor qualidade quanto a mobilidade e a perda das atividades diárias, e houve correlação dessas variáveis com fatores cognitivos e a escala de gravidade da DP. Na escala geral de QV, o bem-estar emocional e a comunicação influíram na pior percepção no grupo DP. Conclui-se que o rebaixamento cognitivo dos grupos DA e DP contribui para uma pior percepção da QV, bem como para perda das atividades sociais, que representam um isolamento do indivíduo e, logo, menor QV quantificada pelas escalas. Estágios mais adiantados de comprometimento motor na DP associaram-se com menor QV. 1. INTRODUÇÃO A doença de Alzheimer (DA) cursa com declínio cognitivo crônico e geralmente progressivo, causando restrições graduais nas atividades da vida diária. Já a doença de Parkinson (DP) possui principalmente sintomas motores, mas pode também apresentar demência, 31%[1,2]. O aparecimento de demência esta associado a maior declínio funcional, pior qualidade de vida [3] e mortalidade aumentada [4]. A qualidade de vida tem sido cada vez mais estudada, na DA e na DP, devido à sua importância para o indivíduo e à necessidade do conhecimento de seus fatores clínicos, cognitivos, emocionais e de estilo de vida, [5,6,7]. A definição de qualidade de vida (QV) mais divulgada e conhecida é a da Organização Mundial de Saúde (OMS) que a descreve como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações [8]. Há várias pesquisas mostrando associação entre níveis de atividade social e nível de funções cognitivas [9,10,11], mas importa estudar também estudar os níveis de atividade social e suas relações com qualidade vida na DA e DP. E a identificação dos fatores e desabilidades relacionadas ao maior impacto na QV em pacientes com DP pode auxiliar na melhor estratégia de intervenção [12]. Palavras chave: Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, aspectos sociais, qualidade de vida. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde – Medicina. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Sujeitos Foram incluídos neste estudo 3 grupos de sujeitos: (1) Grupo com doença de Alzheimer (DA), com 32 pacientes que atenderam aos critérios de demência de acordo com o DSM IV e do NINCDS/ADRDA [13], conforme recomendações do consenso Nacional para o diagnóstico de doença de Alzheimer provável [14,15]; (2) Grupo com doença de Parkinson (DP), com 28 pacientes com diagnóstico clínico provável ou definitivo de DP, segundo os critérios de [16]. Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 (3) Grupo controle, composto de 41 indivíduos sem nenhuma história de declínio cognitivo ou desordem neurológica ou psiquiátrica prévia. Foi utilizado como critério de exclusão: existência de comorbidades com redução significativa da expectativa de vida. Os participantes assinaram termo de consentimento aprovado pelo comitê de ética e pesquisa em seres humanos da PUC-Campinas. 2.2. Procedimentos Os procedimentos de acordo com recomendações da European Federation of Neurological Societies (EFNS) e da Academia Brasileira de Neurologia foram: (1) Anamnese; (2) Exame clínico-neurológico; (3) Exames laboratoriais de rotina; (4) Avaliações neurocognitivas e comportamentais, constituídas por: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) [17,18] e bateria neuropsicológica CERAD [19], fluência verbal (animais), inventário de Pfeffer[20] e o Desenho do Relógio, que aborda itens para o diagnóstico de demência no idoso; (5) Testes de funções executivas; (6) Escala CDR (Clinical Dementia Rating) [21,22]; (7) Questionários de atividades sociais (frequência de atividades e rede de relacionamentos); (8) Para a DA e outras demências, Loggsdon et al. [23] desenvolveram uma escala de avaliação de qualidade de vida para pacientes com DA, que foi aplicada em todos os grupos. (9) Especificamente para a DP, foi feita a Parkinson’s Disease Questionnaire (PDQ-39)], que têm sido realizada em diversos países [24], e mais recentemente no Brasil [25,26,27,28]. Aborda os principais quesitos de qualidade de vida acometidos pela DP. 2.3. Análise dos dados Foi feito estudo comparativo da qualidade de vida entre os grupos DA, DP (com ou sem demência) e Controle. Foram avaliadas as relações entre aspectos clínicos, cognitivos e de atividades sociais com a qualidade de vida. Foram utilizadas análises estatísticas paramétricas ou não-paramétricas, dependendo da situação em estudo, com nível de significância para p<0,05. 3. RESULTADOS O perfil sócio-demográfico baseou-se na análise ANOVA com Post-hoc de Duncan. A idade foi similar entre os grupos DP e Controle, mas foi maior para o grupo DA. Sobre a escolaridade, não houve diferen- ça de escolaridade entre os grupos DA e DP, porém o grupo Controle foi superior. Quanto ao gênero, houve predomínio de mulheres no grupo DA e Controle. Os dados clínicos e cognitivos mostraram menor desempenho cognitivo e nas atividades funcionais no DA. O grupo DP mostrou-se intermediário. Houve menor frequência de atividades sociais no DA e DP, que foram semelhantes. Já o tamanho da rede social apresentou diferença entre Alzheimer e controle apenas, o grupo DP foi intermediário. A frequência de atividades sociais apresentou correlação com o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) no grupo DP (Spearman, IC=0,488, p=0,008), e correlação com o inventário de Pfeffer(atividades funcionais) nos grupos DA e DP(IC= -0,611, p=0,000; IC= -0,380, p=0,046). Sobre o tamanho da rede de relacionamentos, houve correlação apenas com o inventário de Pfeffer na DA (IC= -0,439, p=0,015). Na escala de avaliação de QV para pacientes com DA, os grupos DA e DP tiveram resultados parecidos e inferiores ao grupo Controle. Correlacionando com aspectos cognitivos foi relevante a prova de memória e de fluência verbal nos grupos DP e DA respectivamente (IC= -0,402, p=0,038; IC=0,529, p=0,003). No PDQ-39, a Mobilidade e a Atividade de Vida Diária tiveram as maiores médias que influem negativamente na QV. Apresentaram correlação com o MEEM dois domínios, a Mobilidade e a Cognição (IC= -0,446, p=0,020; IC= -0,522, p=0,005). Com a escala da DP de Hoehn e Yahr [29], apresentaram correlação a Mobilidade, a Atividade da Vida Diária e a Cognição (IC=0,557, p=0,006; IC=0,489, p=0,018; IC=0,531, p=0,009). E também, numa correlação do desempenho na escala geral da QV e na PDQ-39, relacionaram-se dois domínios: Bem-estar emocional e Comunicação (IC= -0,647, p=0,000; IC= -0,410, p=0,034). Correlacionou-se diretamente o desempenho na escala geral de QV e as atividades sociais. Apresentaram significância com a frequência, os grupos DP e Controle (IC=0,379, p=0,047; IC=0,408, p=0,009), 4. DISCUSSÂO O isolamento social similar em ambas as doenças, mas pouco mais grave no Alzheimer. A baixa frequência nas atividades sociais dos indivíduos com DA ou DP e sua correlação com o MEEM (DP) e o inventário de Pfeffer(DA e DP), demonstrou a importância que o declínio cognitivo e funcional dessas doenças exerce na socialização desses indivíduos [10]. O tamanho da rede social não proporcionou Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 muitas relações significativas com o desempenho cognitivo [11,30]. A percepção da QV pela da escala de qualidade de vida na DA foi parecida entre os grupos DA e DP, e ambos tiveram desempenho abaixo do grupo Controle. Essa escala correlacionou-se com prova de memória no grupo DP e com a fluência verbal no DA, o que representou a influência do declínio cognitivo na avaliação da qualidade de vida [5]. Mas não obteve relação direta com as atividades funcionais (Pfeffer). A PDQ-39 mostrou que a mobilidade e atividade de vida diária representam importantes influências na qualidade de vida [26,31], provando que os distúrbios motores e, consequentemente, a perda da funcionalidade do indivíduo interferiu. Entre os domínios da PDQ-39, houve correlação com MEEM com a mobilidade e a cognição, demonstrando o efeito do declínio cognitivo na avaliação da QV especificamente para o DP. Já a correlação da mobilidade, atividade de vida diária e cognição com a escala da Doença de Parkinson de Hoehn e Yahr mostra que a progressão da doença exerce fator relevante na pior avaliação da QV [32]. A comparação do teste específico para DP com o questionário geral para QV exibiu a influência negativa do bem-estar emocional e da comunicação na QV, evidência dos sintomas não motores [24]. Além do que, é um resultado que condiz com a perda de habilidade social do indivíduo com Parkinson e sua pior percepção da QV. Numa relação direta entre as atividades sociais e a QV quantificada pela escala geral, obteve significância apenas a frequência de atividades sociais nos grupos DP e Controle, logo, a socialização representou fator importante na percepção de QV nesses indivíduos. No entanto, o tamanho da rede social não obteve correlação direta alguma com a escala geral da QV. Isso pode mostrar que a frequência de atividades sociais é mais relevante do que a amplitude das redes sociais para o bem-estar quantificado pela escala de QV. Na DP, embora considerada como clinicamente de expressão essencialmente motora, o declínio cognitivo tem grande influência negativa nos contatos sociais e na qualidade de vida REFERÊNCIAS [1] Aarsland D, Zaccai JCB, Brayne C. A systematic review of prevalence studies of dementia in Parkinson’s disease. 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