Filiada a: Ano XVII - Nº 211 Maio de 2015 Informativo mensal da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade E Começa Edição do Curso de Qualificação Sindical 2015 m continuidade ao projeto de capacitação lançado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade – CONTRATUH, em 2009, a reedição do curso de qualificação sindical “Compartilhando experiências, gerando ideias” aconteceu de 13 a 24 de abril. Ao receber a primeira turma o tesoureiro geral da entidade, Wilson Pereira, disse que esse é um momento único para a Confederação que tem como uma de suas prioridades qualificar o dirigente sindical filiado. “Hoje é um dia muito importante tendo em vista que estamos abrindo o curso de qualificação do dirigente filiado ao grupo Turismo e Hospitalidade. Com muita satisfação estou representando hoje o nosso presidente Moacyr que está viajando e infelizmente não pôde estar presente. Mas nós estamos com a expectativa muito grande e os 1ª turma do Curso de Qualificação Sindical 2015 participantes estão interessados na troca de conhecimentos, porque são lideranças qualificadas que sabem a necessidade de fazer uma reciclagem. Temos certeza que conseguiremos alcançar nossos objetivos nessas duas semanas”, destacou Wilson. As turmas de Maio e Junho do curso já estão formadas e devido ao sucesso da primeira edição a CONTRATUH já estuda a possibilidade de abrir novas turmas. Confira os temas e depoimentos dos professores e alunos nas páginas 4 e 5. CONTRATUH participa de ato histórico contra McDonald´s Trabalhadores foram às ruas contra baixos salários e abusos praticados pela rede Cerca de mil pessoas protestaram na Avenida Paulista Página 3 Luta da CONTRATUH na defesa dos trabalhadores é notícia em todo o mundo. Encarte CONTRATUH A Maio de 2015 Precarização ou terceirização? aprovação pela Câmara dos Deputados do PL 4.330/2004 de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) já tramitando no Senado Federal como PLC 30/2015, que pretende regulamentar a terceirização, não serve para os trabalhadores. Não podemos, à pretexto de trazer mais de 12 milhões de trabalhadores para o regramento mais amplo dos direitos trabalhistas, retirar dos demais a proteção que é a garantia, muitas vezes, de sua permanência no mercado de trabalho e a certeza do sustento de sua família. O atual texto, como aprovado na “Casa do Povo”, cria mecanismo de precarização das relações de trabalho e levará os demais trabalhadores que ainda não estão na modalidade de terceirização na forca. A proposta não garante que trabalhadores terceirizados possam gozar de direitos trabalhistas já conquistados. O projeto retomou a possibilidade da pejotização, modelo de contratação que ignora os direitos Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade SRTVS Quadra 701 - Conjunto D - Lote 5 Bl. B Salas 227 a 234 – Cep: 70.340-907 Brasília-DF Fone: (61) 3322-6884 Fax: (61) 3321-2688 Home page: http://www.contratuh.org.br E-mail: [email protected] Diretoria Administrativa Efetiva Diretor Presidente MOACYR ROBERTO TESCH AUERSVALD Vice-Presidente FRANCISCO CALASANS LACERDA Secretário Geral GERALDO GONÇALVES DE OLIVEIRA FILHO Primeiro Secretário JOSÉ RAMOS FÉLIX DA SILVA Tesoureiro Geral WILSON PEREIRA Primeiro Tesoureiro ROOSVELT DAGOBERTO SILVA Diretor de Planejamento DIRCEU DE QUADROS SARAIVA Diretor de Patrimônio RAIMUNDO FREIRE DA COSTA Diretora de Assuntos Previdenciários MARIA DOS ANJOS MESQUITA HELLMEISTER Diretora de Assuntos Parlamentares VERA LÊDA FERREIRA DE MORAIS Diretor de Assuntos Sindicais LUIZ ONOFRE CHAVES DE BRITO Diretoria Executiva Efetiva Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares JADIR RAFAEL DA SILVA, MARCOS SÉRGIO DA SILVA e SÉRGIO TRAJANO DE SÁ trabalhistas. Nesse formato, a relação é empresarial e não social, a contratação passa a ser de uma empresa constituída para burlar os direitos. Ou seja, o trabalhador não terá mais previdência (aposentadoria), FGTS, férias, décimo terceiro, entre outros direitos. Outra afronta com essa proposta foi a possibilidade de se terceirizar toda a atividade da empresa. Nesse modelo, o empresário apenas será um administrador de seu lucro, não necessitará de empregar mais ninguém podendo terceirizar toda sua produção. A CONTRATUH combateu de todas as formas essa agressão que está sendo realizada contra a sociedade e os trabalhadores. Não podemos permitir que essa iniciativa prospere e gere toda uma desregulamentação dos direitos trabalhistas conquistados Refeições Coletivas e Afins DIVINO MARQUES BRAGA, LUIZ HENRIQUE PEREIRA DA SILVA e ODEILDO RIBEIRO DOS SANTOS Turismo e Casas de Diversões ELISSON ZAPPAROLI, EUGENIO LOPES BUCH e MARIA ROSALINA BARBOSA GONÇALVES Asseio e Conservação e Serviços ELIZEU GERALDO DE MELOS, JOAQUIM PEDRO DOS SANTOS FILHO e MARIA INÊS CONTINI Edifícios e Condomínios Residenciais, Comerciais e Mistos Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais Conservação de Elevadores CÍCERO PEREIRA DA SILVA, CLÁUDIO FERNANDES ROCHA e SONIA REGINA BARCELOS VIDAL Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas CICERO SANTOS DA SILVA, FRANCISCO RODRIGUES CORREA e SÉRGIO ANTONIO ALVES DO CARMO Lavanderias e Similares HÉLIO AMÂNCIO PINTO, JAIR UBIRAJARA DA SILVA e JOSÉ MARIA DOS SANTOS Institutos de Beleza e Cabeleireiros de Senhoras, Barbeiros, Lustradores de Calçados LAUDICÉIA DO CARMO, MARIA AUGUSTA VIEIRA e WILSON AVELINO DE SOUZA Conselho Fiscal Efetivo AGAPITO LOPES PEREIRA HENRIQUE BUBLITZ LUÍS ALBERTO DOS SANTOS Conselho Fiscal Suplente BRASILINA NETA AVELINO SANTOS HEVELARTE GALVÃO DO NASCIMENTO JOSÉ GUIMARÃES Suplentes da Diretoria ADEILMO PEDRO SOUZA ANA MENDONÇA SILVA 2 durante vários anos de muita luta. As cobranças da Confederação continuarão no Senado, que já observa os equívocos da matéria. Senadores reagiram com a generalização que texto aprovado oferece e pretendem reformular a proposta que saiu da Câmara. Precisamos continuar a pressão no Congresso Nacional e também nos Estados de origem de cada um dos parlamentares. A CONTRATUH continuará na luta pela derrota do PL da Terceirização. Não à precarização dos direitos trabalhistas! Convocamos todos os nossos sindicatos e federações à reagir contra essa ofensiva aos nossos direitos. Juntos Somos Fortes! Moacyr Roberto Tesch Auersvald Presidente da CONTRATUH ANÉSIO SCHNEIDER ANTONIO FRANCISCO DOS ANJOS FILHO ANTÔNIO LUIZ DE SOUZA ANTONIO SOUZA CORREIA CÍCERO LOURENÇO PEREIRA DIANARUSI ALMEIDA BRITO DIONES JOSEFINA SANGALLI EDIMUNDO ALVES DOS SANTOS EDUARDO BORGES GARCIA ELESBAO FERREIRA OLIVEIRA FLÁVIO DIAS DA SILVA FRANCISCO DE CASTRO CARDOSO GERALDO PEREIRA DA SILVA JAISON DA SILVA JANARI VEIRA DA ROCHA JOCI LUIZ DE SOUZA JONAS HILÁRIO DA SILVA JOSÉ ALVES ALENCAR JOSE RENALDO CORREA DE ABREU LUÍS GUSTAVO DE FALCO LUIZ CARLOS DE CARVALHO LUIZ CARLOS GARCIA DUENHA LUIZ VECCHIA MARIA DA PENHA MESQUITA DE SOUSA MARIA IÊDA DOS SANTOS CABRAL MILTON FERREIRA DO AMARAL ORLANDO LOURENCEL RANGEL RAPHAEL ESTEVAM DA SILVA AUERSWALD SANDRA MARIA SILVEIRA JORGE VALCEMIR LOPES NAVEGA VILSON OSMAR MARTINS WILLIAM ROBERTO CARDOSO ARDITTI Jornalista responsável: Mylleni Rocha (Reg. 10148-DRT-DF) Fotos: André Lima Diagramação e Editoração Eletrônica: Fernanda Medeiros da Costa. Fone: (61) 3224-5021 Impressão: Gráfica Zeni. Fone: (61) 3344-7584 Tiragem: 5 mil exemplares CONTRATUH Maio de 2015 15.04.2015 – Uma data histórica O dia 15 de abril de 2015 entrou para a história como a data que ocorreu a maior manifestação dos trabalhadores de fastfood do mundo. Funcionários da rede de comida rápida mais famosa do planeta, o McDonalds, foram às ruas em mais de 200 cidades em 40 países para protestar contra os baixos salários e os abusos trabalhistas praticados pela rede. No Brasil, os protestos coordenados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade – CONTRATUH, aconteceram em Goiânia, Salvador e Brasília. Em São Paulo, o Sinthoresp liderou uma grande manifestação onde centenas de trabalhadores pararam a avenida Paulista. As mobilizações buscaram chamar a atenção para as agressões trabalhistas sofridas pelos trabalhadores do McDonalds. Em especial, a questão dos baixos salários, que ganhou força em 2012, nos Estados Unidos, e passou a ecoar em muitos outros países. Os protestos no Brasil marcaram também a terceira etapa da campanha nacional #SemDireitosNãoéLegal, lançada em janeiro, quando a CONTRATUH ajuizou uma Ação Civil Pública acusando a lanchonete da prática de “Dumping Social” (quando a organização reduz os custos violando direitos trabalhistas e pagando salários mais baixos, oferecendo preços mais competitivos que os da concorrência). A ação pede que, caso a rede não cumpra os direitos trabalhitas, que seja proibida de abrir novas lojas filiais ou franqueadas no Brasil. Desde então a CONTRATUH já ajuizou a segunda ação contra a rede, desta vez por acúmulo de função. O texto exige que o McDonalds “crie um sistema de cargos e funções para os funcionários de suas lanchonetes e repare prejuízos morais causados a empregados e ex-empregados em razão de atos ilícitos praticados”. A campanha brasileira é organizada pela Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), pela CONTRATUH (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade), pelo Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo), pela Fethepar (Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná) e Fetrhotel (Federação Interestadual dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul). Desde o lançamento do movimento #SemDireitosNãoéLegal a CONTRATUH foi destaque nos maiores jornais do Brasil e do mundo. Veja algumas manchetes no nosso encarte. Protesto na Bahia - organizado pelo Sindhotéis-BA Em Brasília o protesto foi coordenado pela CONTRATUH e teve a participação do Sechosc-DF Em São Paulo, organizado pelo Sintroresp Goiânia organizado pela Fethego-TO 3 CONTRATUH Maio de 2015 O que dizem os participantes do curso “P ara nós da CONTRATUH foi uma satisfação imensa realizar a segunda etapa da Qualificação Sindical. Nós acreditamos que o dirigente sindical tem a necessidade de estar atualizado e preparado para defender o trabalhador. E é no banco de escola, com estudo, que a gente chega lá. O governo, os trabalhadores e os empresários, enfim, a sociedade de forma geral, sempre está na expectativa de um posicionamento do movimento sindical, por isso nós temos de estar preparados. Esta foi uma grande oportunidade para eu mesmo me reciclar em relação a alguns temas. A primeira turma foi fechada com chave de ouro. Parabéns a cada um que veio, ficou por duas semanas longe de suas casas, de suas famílias para buscar conhecimento. Esta confederação tem muito orgulho de cada dirigente sindical filiado.” Moacyr Roberto Tesch Auersvald Presidente da CONTRATUH PALESTRANTES Claudino Kosteski - Especialista em capacitação de liderança Tema: Ética “Mais do que nunca, hoje nós não precisamos apenas de líderes autoritários, nós precisamos de líderes sindicais que colocam em primeiro lugar o bem estar dos associados, aqueles que realmente tem amor pela causa sindicalista, os que vestem a camisa e que colocam a sua alma a serviço daqueles para os quais eles representam.” Sebastião Soares – Diretor Nacional de Formação Sindical – NCST Tema: Ações sindicais em tempos de crise “Os sindicatos são edificações sociais nascidas na crise e vivem na crise. Então quando falamos de ações sociais em tempos de crise significa falar sobre a crise histórica que fez surgir, conformar e fortalecer o sindicato e a crise atual que é um desafio para os sindicatos. Estamos passando por uma crise brasileira, política, ética, econômica e social que impactam as entidades sindicais profundamente. Sindicato não é só negociação e acordo, greves e manifestações. Eles são antes de qualquer outra coisa democracia.” André Santos – Assessor DIAP Tema: Política “O objetivo da aula foi fazer com que os dirigentes sindicais possam sair do curso da CONTRATUH com noção de política e cidadania voltados para uma ação política efetiva dentro dos movimentos sociais de modo agregar esses conhecimentos na atividade sindical dos profissionais da área de turismo e hospitalidade.” João Franzin – Jornalista da Agência Sindical Tema: Comunicação e mídia sindical “Nosso objetivo aqui foi focar na parte prática da comunicação. Achei feliz o slogan criado pela entidade que é compartilhando experiências e gerando ideias, porque é fundamental na vida que a gente troque experiências e mais ainda, que na comunicação a gente aprenda com a experiência dos outros.” Wilson Pereira – Tesoureiro geral da CONTRATUH Tema: Negociação coletiva “A negociação coletiva é um processo eterno dentro das entidades sindicais e é o nosso principal meio para subsistir enquanto sindicato. Por isso estamos sempre buscando conhecimento e alternativas para levar aos trabalhadores e aos dirigentes sindicais conhecimento para que quando se sentarem em uma mesa de negociação estejam mais preparados e com o conhecimento mais aprofundado.” Jorge Telles – Professor de comunicação e oratória Tema: Oratória “O dirigente sindical lida com pessoas, com motivação e você só consegue chamar atenção das pessoas se elas de fato entenderem a importância dos temas que estão sendo discutidos. Você pode até falar muito bem, empolgar, mas quando você chamar as pessoas para participarem elas se recusarem. A essência da comunicação é a emoção que você passa para o outro. Nós estamos passando por um momento delicado no nosso país que trouxe um pouco de desânimo para todos nós. Chegamos a acreditar que não seríamos capazes de mudar esta realidade, mas precisamos nos conscientizar de que apenas com ação e emoção seremos capazes de mudar este cenário. “ Zilmara Alencar – Advogada Tema: Movimento sindical e governo “O movimento sindical precisa se prevenir na construção de novas políticas públicas. Nós passamos um tempo de acomodação e agora estamos em um momento de reação. Vamos ter que sair daquele momento em que nós estávamos sendo partícipes e vamos passar a protagonistas desse processo onde essa construção de políticas públicas deve ser feita mediante diálogo social. Diálogo com a participação efetiva de um movimento social mais voltado para o trabalhador, que é o movimento sindical.” Maria Aljandra Madi – Vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil Tema: Economia “O objetivo da aula foi apontar para a grande responsabilidade dos líderes sindicais diante dessa conjuntura atual extremamente desfavorável para o trabalhador. Diante desta complexidade se coloca como desafio a defesa do emprego. Tenho certeza que as discussões que estamos fazendo aqui vão contribuir muito para o posicionamento do Brasil no contexto da globalização.” 4 CONTRATUH Moacyr Roberto Tesch Auersvald – Presidente da Contratuh Tema: Mobilização “Eu tive a grata satisfação de compartilhar com os companheiros aqui presentes algumas experiências que tivemos à frente de algumas manifestações. Nós conversamos sobre a importância do planejamento para a realização de uma mobilização, como deve ser a postura dos nossos líderes, como deve ser a divulgação da imagem da entidade que representamos e como elevar o movimento sindical a um patamar de respeito e coragem perante aos nossos representados.” Maio de 2015 Geraldo Gonçalves Filho – Secretário geral da CONTRATUH Tema: Administração Sindical “Nem mesmo o cansaço fez com que cada dirigente sindical deixasse de ser assíduo. O tempo do curso não os cansou a ponto de comprometer a qualidade do evento. Todos eles elogiaram as aulas que tiveram e destacaram a importância da qualificação, sua extensão e a necessidade de avanço no conhecimento para aquilo que realmente se pratica dentro das entidades. Este curso superou as expectativas de todos nós.” ALUNOS Renato Araújo Lima – Sintacluns – RJ Rubens Fernandes da Silva - Sinthoresp “A experiência tem sido muito boa e proveitosa porque eu pude conhecer outras áreas. Mesmo estando dentro do movimento sindical tinha algumas áreas que eu não conhecia e estou tendo o prazer de conhecer e aprender mais sobre cada tema. Tenho certeza que ao final do curso eu vou ter uma bagagem maior de conhecimento para levar para a minha base.” “Esta experiência foi muito rica e maravilhosa. As aulas são de altíssimo nível, vários temas e abordagens onde eu pude reciclar conceitos, atualizar, discutir e aprender. Aproveito a oportunidade para agradecer o presidente da CONTRATUH, companheiro Moacyr Roberto e também ao presidente do meu sindicato, o Sinthoresp, na pessoa do seu presidente Francisco Calazans Lacerda. Agradeço muito esta iniciativa, que está sendo muito válida e importantíssima. Certamente saio daqui melhor do que cheguei.” Laudicéia do Carmo – Diretora CONTRATUH “Esta edição está ainda melhor do que a primeira. Quem já fez o curso e acha que vai ter repetição está enganado. Quem vier fazer essa etapa irá encontrar muita coisa diferente e um conteúdo diferenciado, atual e inovador. Eu me surpreendi.” Debora de Oliveira – Sindfilantrópicas – RJ “Eu pude ter aqui, na prática, a experiência de um militante do sindicato. Alguém que precisa falar, saber se expressar e estar sempre pronto para ajudar os trabalhadores que representa. A experiência que eu pude ter nesses dias com os colegas foi de suma importância para mim. Estou muito feliz por ter participado do Curso de Qualificação da CONTRATUH.” José Antônio Prazeres – SINTHOREMS “Gostaria de parabenizar toda diretoria da CONTRATUH pela realização desse curso. Vir até o Congresso Nacional nesse dia de aula prática me fez perceber a necessidade de fiscalizar o trabalho dos parlamentares. Todo dirigente sindical teria que participar e acompanhar os projetos de interesse do trabalhador. Agradeço a oportunidade e estou indo embora renovado.” Genival Santos Gomes – Sindhotéis – BA “A nossa ida ao Congresso Nacional foi de grande valia porque nós pudemos ver de perto o trabalho de todos ali. Obrigado a CONTRATUH pelo grande aprendizado que eu tive nesses dias. Estou voltando pra Bahia feliz e com muito conhecimento para compartilhar.” Claudeir Albunio – Sindehotéis - Curitiba “Gostei muito da experiência que tive aqui. Posso dizer que esta edição está melhor do que a primeira. Alguns temas que foram tratados antes voltaram com uma cara diferente. Os professores são altamente qualificados e tem uma linguagem fácil. Tenho certeza que vou levar algo muito importante para a minha base.” Paulo Augusto Pereira – Sinthoresp “Este curso superou minhas expectativas. O conteúdo é muito interessante e vai de encontro àquilo que eu penso como dirigente sindical. Este aprendizado foi de grande valia. Agradeço a CONTRATUH por esta oportunidade e com certeza eu nunca vou esquecer essa experiência.” Ricardo Luis de Sousa – Sintacluns - RJ “Foi uma grande experiência. Gostei muito. Os professores foram muito atenciosos e as matérias muito boas. A base precisa muito de dirigentes bem informados e estou saindo daqui com outra cabeça e muito mais preparado para representar os trabalhadores e continuar a luta por nossos direitos.” Reginaldo Bispo – Sinthoresp “Saí de São Paulo um pouco apreensivo, mas tudo que aconteceu aqui superou minha expectativa. Este curso me despertou a vontade de voltar a estudar política, curso que desisti anteriormente. Obrigado a CONTRATUH e a todas os professores.” Carmelita Tavares da Silva – Secohtuh - ES “Apesar de muitos anos de sindicalismo, a cada curso que eu participo é uma experiência nova e um incentivo maior que a gente tem para continuar lutando. Para mim tem sido uma grande experiência, estou saindo daqui com uma bagagem muito grande. Quem não fez ainda, venha fazer. Posso garantir que vocês não vão se arrepender.” Quer ver mais? A TV CONTRATUH preparou matérias diárias durante o curso de qualificação sindical. Acesse nosso canal no youtube (www.youtube.com/user/CONTRATUH) e também o nosso site (www.contratuh.org.br) e veja todo o conteúdo produzido. 5 CONTRATUH Maio de 2015 Poder Executivo Novo ministro do Turismo toma posse Henrique Eduardo Alves, que foi presidente da Câmara dos Deputados assumiu no dia 16 de abril o cargo de ministro de Estado do Turismo. A posse contou com o atual presidente da Câmara e seu padrinho político na indicação para a Pasta, Eduardo Cunha (PMDB-AL). Com 44 anos de vida parlamentar, ou seja 11 mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados, Henrique chega à Esplanada dos Ministérios com vários desafios. Entre os principais, a busca de recursos para o Ministério. No Parlamento, Alves apresentou R$ 27,7 milhões em emendas individuais para o orçamento do Ministério. O novo ministro se posicionou a favor de medidas tributárias que possam estimular os investimentos e a modernização do setor de turismo. Alves destaca que o setor de turismo é uma área promissora e que pode gerar empregos e dinamizar a economia do País. O novo Ministro foi elogiado pela Presidente Dilma Rousseff, que declarou ser parceiro do Governo e ter capacidade técnica e política para desempenhar um bom trabalho à frente do Ministério do Turismo. Entre os projetos que foram aprovados na Câmara durante sua gestão, Alves destacou o que regulamenta atividades de agências de turismo. O ministro anterior, Vinicius Lages, esteve à frente da Pasta durante um dos mais importantes momentos do turismo brasileiro nos último anos: a realização da Copa do Mundo FIFA 2014. Poder Legislativo Terceirização chega ao Senado Federal Depois de aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de terceirização chega ao Senado Federal. Trata-se agora do PLC 30/2015, que passará por quatro comissões: Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania; Comissão de Assuntos Econômicos; Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e Comissão de Assuntos Sociais. O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou que realizará debates sobre a matéria na Casa. Já foi agendada para o dia 12 de maio a primeira sessão com objetivo de debater a terceirização. A reunião contará com o ministro do Trabalho, Manoel Dias; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Barros Levenhagen; representantes patronais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional do Comércio (CNC), representantes sindicais e do Ministério Público do Trabalho. O PL 4.330 foi apresentado em 2004 pelo deputado então Sandro Mabel (PMDB-GO), porém teve sua tramitação acelerada em 2015. A proposição aprovada na Câmara libera a terceirização de todas as atividades de uma empresa, cria regras de sindicalização dos terceirizados e prevê a responsabilidade solidária da empresa contratante e da contratada nas obrigações trabalhistas. Caso a proposta seja modificada no Senado, as alterações retornarão para decisão final da Câmara dos Deputados. Poder Judiciário Ação Civil Pública pede indenização de 5 milhões por dano moral A ação foi ingressada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santos (SP) contra a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) por excesso de jornada. Através de uma investigação, foi comprovada que o centro de distribuição da empresa no Guarujá (SP) exigia horas extras dos funcionários acima do limite legal de duas horas por dia. Cartões de ponto dos meses de abril, maio, junho, julho e agosto de 2014 mostram casos de pessoas que chegaram a trabalhar de 15 a 17 horas diárias ao longo do período. Depois de recusar a assinar Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para regularizar a carga horária dos empregados, a companhia foi processada. Na ação, o MPT pede a condenação da Ambev em R$ 5 milhões por danos morais coletivos. A ação requer que a empresa só 6 prolongue o expediente por mais de oito horas diárias se for para compensar jornadas ou por convenção ou acordo coletivo no limite de 10 horas. Diversas pesquisas demonstram que o excesso de trabalho (mais de 8 horas por dia) torna as pessoas mais propensas a doenças cardiovasculares, acidentes e distúrbios mentais, como síndrome do pânico e depressão. CONTRATUH Maio de 2015 Dilma reúne centrais e anuncia apoio à luta contra terceirização da atividade-fim A presidenta Dilma Rousseff declarou no dia 30 de abril em reunião com sindicalistas, apoio formal do Executivo para que a terceirização não seja regulamentada na atividade-fim, conforme prevê o Projeto de Lei 4.330, aprovado na Câmara dos Deputados no último dia 22, e em tramitação no Senado. No encontro, que teve a participação de oito ministros, a presidenta comprometeu-se também a aprofundar o diálogo com os dirigentes sindicais e anunciou a criação de um fórum multissetorial, de caráter quadripartite, para discutir questões trabalhistas e previdenciárias. Segundo Dilma, as conquistas históricas dos trabalhadores brasileiros devem ser preservadas. “Em março de 2015 nós enviamos para o Congresso Nacional a política de valorização do salário mínimo para o período de 2015-2019. Eu acho fundamental que nós possamos garantir por lei até 2019, o aumento do poder de compra do salário. Eu queria lembrar que, nos últimos quatro anos, por conta da política de salário mínimo que nós adotamos em 2011, tivemos um aumento do salário, acima da inflação, de 14,88%”, disse a presidenta. O fórum, a ser instituído por meio de decreto assinado durante a reunião, terá o objetivo de discutir questões relacionadas à Previdência Social (sobretudo o Fator Previdenciário) e medidas de proteção ao emprego (embora não tenham sido detalhadas quais sejam as primeiras medidas). Pr o g r a m a d a d e ú l t i m a h o r a , a reunião contou com a participação de representantes da CSB, CTB, CUT, Nova Central, Força Sindical, UGT e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O encontro foi visto como um aceno de proximidade do Planalto com as centrais, mas também um recado implícito de que a presidenta busca apoio para a aprovação do pacote fiscal do governo – atualmente em tramitação no Congresso (e programado para ser votado pela Câmara em poucas semanas). Dilma enfatizou que “o governo respeita as reivindicações das centrais” e mencionou que os trabalhadores brasileiros “tiveram conquistas nos primeiros meses do novo governo”. Dia do Trabalho A reunião teve o simbolismo de ter sido realizada na véspera do Dia do Trabalho, tradicionalmente marcado por manifestações e atos públicos diversos. Poucos dias atrás, o Executivo havia anunciado que Dilma não faria pronunciamento em cadeia de rádio e TV, apenas por redes sociais. Por isso, um vídeo gravado por ela falando aos sindicalistas foi divulgado e será reproduzido por meio de várias redes sociais neste 1º de Maio, em substituição ao pronunciamento tradicional, conforme explicou o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Edinho Silva. A reunião também explicitou interesse, por parte do governo, de reduzir desgastes observados com o movimento sindical nos últimos meses. De acordo com um dos ministros presentes no encontro, o anúncio do fórum multissetorial foi uma forma de Dilma deixar claro que não serão repetidos episódios como o de dezembro passado, quando as medidas provisórias referentes ao ajuste fiscal foram adotada sem que tivessem sido discutidas de forma mais detalhada com as centrais. De acordo Edinho Silva, até parlamentares da base aliada demonstraram insatisfação com essa falta de comunicação, na época. “Foi um tiro no pé que não pode mais se repetir”, acentuou. Além disso, ao falar na terceirização, o governo tentou minimizar o ruído provocado por reclamações de que não tinha sido feita, até hoje, uma declaração de apoio mais contundente por parte de Dilma sobre a luta travada pelos sindicatos e centrais sindicais para combater o projeto – considerado desde a origem, uma tentativa de retirada de direitos trabalhistas. 7 Embora a votação do texto pela Câmara tenha sido acompanhada de perto por ministros como Miguel Rossetto (ministro da SecretariaGeral da Presidência) e Ricardo Berzoini (Comunicações), até mesmo parlamentares da base aliada reclamaram que o apoio do Executivo estava sendo feito de maneira muito reservada. ‘Medidas essenciais’ Dilma disse ainda que o 1º de Maio é um dia de se “avaliar, celebrar e avançar em conquistas”. Ela destacou, neste contexto, o que chamou de necessidade de serem feitos “ajustes necessários na economia do país em razão da crise internacional e de fatores de ordem interna”. “Tomamos um conjunto de medidas e fizemos esse ajuste, porque nós queremos reduzir a inflação e queremos fazer o Brasil voltar a crescer em bases sólidas”, assegurou. Ela reiterou que considera a votação das medidas para o ajuste “essenciais” para o país e acentuou que o governo, mesmo tendo passado por esses problemas, tem mantido os direitos históricos dos trabalhadores. “É importante afirmar que nós mantivemos os direitos trabalhistas, os direitos previdenciários e nossas políticas sociais. O que nós propusemos ao Congresso Nacional foram correções nas políticas de seguridade social para evitar distorções.” Além de Edinho Silva, os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência), Manoel Dias (Trabalho e Emprego), Miguel Rossetto (SecretariaGeral) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) participaram da reunião. (Fonte: Rede Brasil Atual) CONTRATUH Maio de 2015 Assédio Moral no ambiente de trabalho V amos colocar aqui que “Assedio Moral” no ambiente de trabalho, vem, infelizmente, tomando vulto. Apesar de invisível, vem merecendo atenção especial da sociedade e até da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE/SP, que colocou inclusive pessoal específico para apurar essas denúncias. No Brasil, a discussão do assedio moral é ainda recente. Uma tese de mestrado de 1998, apresentada na PUCSP, relatou que de aproximadamente 2.000 trabalhadores entrevistados, 78% sofreram assedio moral no trabalho e destes, 62% eram mulheres que relataram experiências de humilhações, constrangimentos e situações vexatórias no local de trabalho, na frente de colegas e até de clientes comprometendo sua identidade. O sentimento de impotência perante a agressão e também o medo de ficar desempregada são citados. É preciso muita atenção e até cautela no trato desse assunto por envolver aspectos psicológicos desse Assédio Moral às Mulheres trabalhador/trabalhadora. no Ambiente de Trabalho. Temos recebido diversas Segundo a representante denúncias de abuso de da OIT - Sra. Márcia poder por parte de donos Vasconcelos, é muito de salão e suas gerentes, o importante promover e que também está dentro do fortalecer a igualdade de “Assédio Moral”. Estamos oportunidades no mundo atentos! Vamos tentar do trabalho entre homens montar um quadro com e mulheres. Infelizmente, as denúncias recebidas, ainda é muito presente mas é preciso que esses em nossa sociedade Maria Augusta Vieira funcionários tenham a desvalorização da diretora Executiva da orientação, inclusive mulher, como gênero. área de Institutos de jurídica , o que o nosso Muitas conquistas Beleza e Cabeleireiros SINDEBELEZA disponibiliza de Senhoras, Barbeiros, foram alcançadas, mas Lustradores de Calçados ainda há muito o que aos seus associados. da CONTRATUH A C O N T R AT U H s e f a z e r, c o m o p o r Confederação Nacional exemplo: conscientizar dos Trabalhadores em Turismo e as trabalhadoras dos seus direitos e Hospitalidade, da qual o SINDEBELEZA dos mecanismos de proteção que já é afiliado, lançou uma cartilha sobre existem na legislação brasileira. o tema: “RESPEITO, DIGNIDADE E De pronto, estamos à disposição das IGUALDADE – NÃO À VIOLÊNCIA, nossas associadas para esse assunto tão cartilha essa que trata da “Violência e delicado. CNMP promove oficina sobre a implantação de cadastro de violência doméstica O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF), realizou no dia 29 de abril oficina sobre a implementação do Cadastro Nacional de Violência Doméstica. De acordo com o artigo 26, inciso III, da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, compete ao Ministério Público “cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher”, razão pela qual a Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais, por meio do Grupo de Trabalho de Combate à Violência Doméstica e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, instaurou o projeto “Criação do Cadastro Nacional sobre Violência Doméstica e Familiar”. A oficina contou com a participação do coordenador do Projeto, o promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Thiago Pierobom; da conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ana Maria Amarante; da representante da ONU Mulheres, Wânia Pasinato; de membros de seis unidades do MP, de representantes do Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre a Mulher da Universidade de Brasília (UnB) e de representantes da sociedade civil, Associação art. 19 e Cladem Brasil. De acordo com o promotor de Justiça Thiago Pierobom, a oficina foi extremamente proveitosa, pois proporcionou a troca de informações do CNMP com os demais parceiros relacionados ao tema da violência doméstica contra as mulheres, “especialmente no sentido de construir uma proposta de cadastro que contenha todas as informações que sejam importantes para se diagnosticar o assunto, como os tipos de vítimas, de agressores e do contexto em que esses crimes estão sendo praticados”. Por sua vez, a promotora de Justiça 8 do Estado de São Paulo e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), Sílvia Chakian, destacou que a oficina foi uma oportunidade muito importante de discutir, sob a perspectiva de vários olhares, a implementação do cadastro, o que é e o que dá para ser feito na prática. “Esse é o grande desafio, e avançamos muito”. Taís Cerqueira, assessora especial da Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, afirmou que a oficina foi um marco, tendo em vista, entre outros aspectos, a possibilidade de se discutir as variáveis e os indicadores que constarão no cadastro nacional, fazendo relação com outros sistemas de registros administrativos existentes, “o que é muito importante para a formulação de políticas públicas para o enfrentamento da violência contra as mulheres”. (Fonte: CNMP) CONTRATUH Maio de 2015 Pleno reafirma jurisprudência sobre concessão de equiparação salarial em cadeia O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) restabeleceu decisão que concedeu a um empregado da Brasilcenter Comunicações Ltda. equiparação salarial com colegas que, por sua vez, haviam obtido o mesmo direito por via judicial – a chamada equiparação salarial em cadeia. No julgamento do primeiro processo afetado ao Pleno nos termos da Lei 13.015/2014, o Tribunal reafirmou entendimento de que, nos casos de equiparação salarial em cadeia, não é necessário que o trabalhador que pede o direito tenha diferença de tempo de serviço inferior a dois anos em relação ao colega apontado na primeira reclamação trabalhista que deu origem à cadeia equiparatória. Equiparação em cadeia O artigo 461 da CLT estabelece três requisitos para a concessão de equiparação salarial: 1) identidade de função, 2) trabalho produzido com a mesma produtividade e 3) perfeição técnica e diferença de tempo de serviço na mesma função inferior a dois anos em relação ao paradigma. O motivo da exigência é permitir que as empresas paguem salários maiores a profissionais com mais experiência. No caso da equiparação em cadeia, porém, depois que a Justiça reconhece o primeiro caso, os pedidos subsequentes passam a ser feitos em relação ao chamado “paradigma imediato” – ou seja, o colega mais próximo que, por sua vez, apontou como paradigma outro colega cujo salário foi equiparado com base em decisão judicial anterior. No TST, a matéria é tratada na Súmula 6, editada originalmente em 1969 e atualizada diversas vezes desde então. Na última alteração, em 2012, o verbete ganhou o item VI, para explicitar que, estando presentes os pressupostos da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma imediato. As exceções são as situações de vantagem pessoal, de tese jurídica superada pela jurisprudência ou, no caso da equiparação em cadeia, se o empregador comprovar a existência de fatos impeditivos do direito em relação ao chamado “paradigma remoto” – o trabalhador apontado como paradigma na primeira decisão que deu origem à cadeia. Desde então, o Tribunal vem, majoritariamente, entendendo que a exigência da diferença inferior a dois anos se aplica apenas em relação ao paradigma imediato, mas não ao remoto. O caso No caso julgado, uma representante de telemarketing da Brasilcenter que prestava serviços para a Claro S. A. pediu equiparação salarial com quatro colegas que exerciam a mesma função e obtiveram a equiparação com outros representantes em ações anteriores. Desde a primeira instância, as empresas contestaram o pedido afirmando que os requisitos do artigo 461 da CLT deveriam ser observados em relação a todos os integrantes da cadeia equiparatória, e não apenas aos quatro paradigmas imediatos apontados por ela. O juízo da 4ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora (MG) julgou o pedido procedente com base na Súmula 6. A condenação, mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), foi reformada pela Sétima Turma do TST em 2012 com fundamento na mesma súmula. Para a Turma, a equiparação seria incabível porque as empresas teriam comprovado, no caso, diferença de tempo na função superior a dois anos entre a representante e os paradigmas remotos, o que enquadraria o caso na exceção da parte final do item VI da Súmula 6. Pleno O caso foi afeto ao Pleno pela Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), mediante a aplicação do disposto no artigo 896 com a redação dada pela Lei 13.015/2014, que prevê a possibilidade de afetação de matéria relevante para o Tribunal Pleno para a fixação de tese sobre questão de direito controvertida. A discussão no Pleno, portanto, se deu em torno da necessidade ou não da diferença inferior a dois anos entre o trabalhador que pleiteia equiparação e o paradigma remoto. O entendimento que prevaleceu, por 23 votos, foi o do relator, no sentido de que o requisito só se justifica em relação aos paradigmas imediatos indicados na reclamação trabalhista e com os quais o autor da reclamação conviveu. “Caso contrário, nenhuma outra equiparação salarial em cadeia será bem sucedida, já que isso leva, automaticamente, à imunização absoluta do empregador em relação a qualquer reclamação futura dos demais elos da cadeia equiparatória”, assinala 9 o ministro José Roberto Freire Pimenta. O ministro observa que, caso prevalecesse a exigência do prazo inferior a dois anos em relação ao primeiro paradigma, o empregador estará em tese autorizado, “de forma eterna, automática e absoluta”, a praticar, no futuro, outras lesões contra o princípio constitucional da isonomia salarial, pois poderá contratar um terceiro empregado (e outros em seguida, que comporão os elos seguintes da cadeia) sem levar em conta o novo valor do salário decorrente da primeira ação trabalhista. Ficaram vencidos, quanto à fundamentação, os ministros João Oreste Dalazen, Ives Gandra Martins Filho e Fernando Eizo Ono. Efeito vinculante O ministro José Roberto Freire Pimenta destacou, no acórdão, que a decisão e seu fundamento jurídico devem produzir “os efeitos extraprocessuais e vinculantes naturais ao sistema de precedentes recém-introduzido no ordenamento jurídico nacional”. Ele explicou que a afetação de um processo ao Pleno pela SDI-1 para a fixação de tese, como no caso, corresponde ao chamado incidente de assunção de competência previsto no artigo 947 do novo Código de Processo Civil, sancionado em março deste ano e que entrará em vigor em março de 2016. Segundo esse dispositivo, o incidente ocorre quando o julgamento “envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos”, e a decisão proferida “vinculará todos os juízes e órgãos fracionários”. “A finalidade desse incidente de assunção de competência é, como se sabe, consagrar um precedente cujo fundamento jurídico deverá ser observado por todos os demais juízes e órgãos fracionários da Justiça do Trabalho em casos idênticos”, explica o ministro José Roberto Freire Pimenta. Súmula 6 A conclusão majoritária do Pleno foi a de que este entendimento já está, hoje, virtualmente contido e consagrado no item VI da Súmula 6. Mas, diante da controvérsia, decidiu-se pela conveniência de se encaminhar à Comissão de Jurisprudência e Precedentes Normativos do TST proposta para elaboração de novo texto que torne expresso tal entendimento. Processo: E-ED-RR-160100-88.2009.5.03.0038. (Fonte: TST) CONTRATUH Maio de 2015 Crianças desaparecidas ANA LUZIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA GONÇALVES Desaparecida em: 13/05/2013 RAÍ ALVES FERREIRA Desaparecido em: 28/01/2010 ENDREWS DINIZ BARBOSA Desaparecido em: 31/10/2004 JESSICA CORREA CIRINO Desaparecida em: 18/03/2014 Coordenação da ReDesap - PR/SEDH/SPDCA Telefone: (61) 3429.9336 E-mail: [email protected] A CONTRATUH está presente também nas redes sociais, acesse e participe Envie o boletim informativo de sua entidade para a CONTRATUH Curta-nos no Facebook: www.facebook.com/contratuh Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/contratuh Assista-nos no Youtube: www.youtube.com/user/contratuh Disque-denúncia 100 NÃO FAÇA SUA VIDA VIRAR UMA DROGA: DIGA NÃO ÀS DROGAS Acesse o nosso site: www.contratuh.org.br 10