Adevanir Paiola – socióloga – 14.12.01 O resultado mais comum do tratamento para alcoólatras e adictos é recaída Em uma pesquisa foi constatado que aproximadamente 66% dos participantes avaliados recaíram por volta de 90 dias e a maioria destas recaídas ocorreram no mês seguinte após o término do tratamento. Prevenção de Recaída é baseada em 4 suposições: 1) Processos diferentes governam a cessação, estágios de manutenção e mudança de comportamento. 2)Prevenção de recaída é mais bem sucedida quando o cliente confia no seu terapeuta seguindo o tratamento ao invés de confiar só na sua força de vontade 3) Riscos de recaída são complexos e envolve situações individuais, psicológicas e fatores sócio-cultural 4) E finalmente, recaída é o processo de recuperação contínuo e não um ponto final ou episódio terminal para que seja equiparado como fracasso no tratamento. Desde sua formação, clínicos e pesquisadores tem aplicado os princípios da prevenção da recaída ao tratamento de outros comportamentos aditivos semelhantes como: compulsão por comida, sexo, jogos, etc. As estratégias específicas de prevenção de recaída descritas neste capítulo são flexíveis e feitas sob medida para o cliente. O RP pode ocorrer em conjunção com alcoólatras anônimos (AA), psicoterapia individual, ou baseado no tratamento hospitalar. No centro de tratamento, RP também é adequado para grupos. Considerações especiais Para clientes que não conseguiram êxito, que tentam modificar seu comportamento “fraquezas”, que são compreendidos freqüentemente como “pequenas falhas”, deficiência de determinação, conflitos psicológicos, etc. Em vez de culpar o cliente pelas dificuldades que acontecem durante o curso do tratamento, a ênfase é colocada no contexto específico e relacionada a fatores e situações em que ocorre o lapso ou recaída. Modelo de atribuição para o adicto e recaída Responsável por mudar o problema? A pessoa é capaz de mudar sem ajuda ou tratamento em grupo? Sim Sim Pessoalmente responsável por desenvolvimento de comportamento que leva ao vício Não Não Modelo Moral Modelo espiritual (12 passos) Recaída = Pecado Recaída = perda do contato com forças superiores Modelo de hábito biopsicossocial Modelo de doença Recaída = erro Recaída = Reativação da doença progressiva Modelo Moral: é responsável pelo desenvolvimento do adicto para mudança ou falha no comportamento aditivo. Falhar, mudar ou recair. Modelo positivo: em contraste, o comportamento aditivo é uma manifestação de doença no indivíduo genético ou psicológico. Para o adicto é freqüentemente dito que sua doença não tem cura e que sua aflição é progressiva por natureza. Modelo espiritual: exemplificado pelos 12 passos da tradição. O adicto muitas vezes se vê como o centro de tudo; ele está aprendendo a lidar com seu egoísmo freqüentemente resultado dos sentimentos que feriram outras pessoas. Desta perspectiva, recaída deriva de uma alienação de força maior de um indivíduo ou grupo. Motivações acentuadas e estratégicas são freqüentemente apontadas na fase inicial do tratamento. RP encoraja clientes para que regularmente reexamine suas razões para manterem sua meta como meio de sustentar a motivação Introduzir o cliente para a Prevenção de Recaída Tipicamente a prevenção de recaída começa explorando com o cliente se ele possui associações subjetivas a palavra recaída. Alcoólatras freqüentemente acreditam que uma recaída “resultará em uma grande perda de controle”. Como um adicto comentando: eu estou no controle ou a bebida está me controlando” Esta visão pode resultar em uma profecia auto determinante no evento de uma recaída. A recaída é vista como um processo de transição em que o lapso inicial pode voltar a nivelar o seu uso. Recaídas são vistos como erros e a mais importante oportunidade para aprendizagem adicional. Neste sentido o alcoólatra pode beneficiar-se de um lapso. Seguido de um lapso, o bebedor decide que não vai mais gastar tempo com amigos e usuários anteriores, reconhecendo que a tentação para usar é grande quando os tem em suas companhia. O modelo de prevenção da recaída Recaída é definido como qualquer violação de uma pessoa imposta como regra de respeito a um comportamento particular. Altos riscos de situações podem incluir numa ocorrência de interação interpessoal, afetiva, cognitiva ou estado psicológico interno que serve como gatilho. Indivíduos podem acreditar que a velha resposta habitual aumentará seu sentido de força: Estou melhor preparado para tratar disto depois de uma bebida ou Uma única bebida pode me ajudar a relaxar. Estas expectativas de resultados são reforçados e aumentam a probabilidade de um lapso. Aproximadamente 35% de toda recaída na amostra ocorre em situações onde o indivíduo relata ter experimentado emoções desagradáveis, negativas tal como: frustração, raiva, depressão, ansiedade e tédio antes ou durante o primeiro lapso. Em 16% das recaídas, clientes descritos em um envolvimento contínuo relativamente com conflito interpessoal recente com seu companheiro, membros da família, amigos, empregador ou empregado.Em 20% a pressão de recaídas exercidas por um único indivíduo foi identificado como um precipitador primário. Figura 11.2 – Prevenção de recaída; estratégias de prevenção específicas Auto monitoramento, mais resposta comportamental Ex.: teste de competência situacional Situação de risco Fantasias da recaída mais descrições de recaídas passadas Treino de relaxamento, controle de stress, maior eficácia no realce da imagem Diminuição da auto Sem resposta de eficácia – sinal positivo, resultado enfrentamento de experiências Treinamento de Educação sobre o habilidades mais imediato X efeitos ensaio de recaída posteriores, uso de Contrato até o limite do uso mais cartão de lembrete (o que você faz quando ocorre um lapso. Lapso Recaída programada Abstinência Violação Efeito Reestruturaçã o cognitiva (lapso é erro; enfrentar X auto culpa) Para prestar contas a estas transgressões, o efeito da violação da abstinência (AVE) foi pressuposto que o AVE tem dois elementos cognitivos afetivos chaves: dissonância do cognitivo e atribuição de pessoa. Segundo esta teoria de dissonância, um conflito cognitivo desenvolve a disparidade entre crenças dos indivíduos sobre ele mesmo (Eu estou abstêmio) e a ocorrência do comportamento proibido. Quatro condições e hipóteses são necessárias mas não essenciais ao AVE e pode prever se um cliente pode responder por uma recaída. 1) Como foi a meta particular e o comprometimento do cliente? 2) Quanto esforço o cliente fez para exercer a meta? 3) Por quanto tempo o cliente manteve a meta? 4) Qual foi o valor individual no progresso feito para manter a meta? Figura 11.3 – Prevenção de recaída: Estratégias globais de auto ajuda Estilo de vida equilibrado Desigualdade de estilo de vida “vicios” positivos Ex.: corrida, meditação Substitui a indulgencia. Aquele que está se adaptando Desejo pela indulgencia Lidando com a imagem e técnicas de controle ao estímulo Vontades e anseios Rotulação mais separaçào Matriz de decisões Racionalização mais aparentemente decisões irrelevantes Recaída de mapas de rua e ensaio de recaídas Situação de alto risco Rótulo ou etiqueta aparentemente irrelevantes a Evitando decisões estratégias Resumo de procedimentos de intervenções globais e específicos RP pode ser fornecido para um cliente individualmente, em grupos, conjugal e terapia de família. A maioria dos programas de RP são programas que consistem em oito sessões e várias sessões seguidas adicionais. As primeiras duas sessões são usualmente dedicadas a estabelecer um relacionamento terapêutico que trabalha, acentuando motivação e taxando a história de comportamento do problema e modelo corrente do uso. Sessão 1 É fornecido ao cliente, informações sobre nossa aproximação para em geral tratar de comportamentos aditivos e o nosso primeiro alvo é fornecer ao cliente ferramentas para usar na manutenção do comportamento desejado e no evento de lapsos usando metáforas. Nós enfatizamos ainda, que aquela aprendizagem de novos comportamentos é um processo que precisa de paciência e prática. Designação do dever de casa para a próxima sessão Pessoa monitorada aprendendo a reconhecer situações de alto risco e este é um dos primeiros exercícios designados ao cliente, uma estratégia efetiva para aumentar sua consciência destas situações. Usando uma carteira do tamanho de cartões nós perguntaremos aos nossos clientes para começarem a monitorar o seu beber diariamente e fora da duração do tratamento. Figura 11.4 – Matriz de decisões para o uso do álcool Abstinencia de álcool Uso do álcool Positivo Negativo Positivo Negativo Consequencias negativas Aperfeiçoou eficácia, Frustração, Confiança e estima, negativa de prazer, Apoio a família, ódio contra sí por Saúde melhor, não fazer o que Ganhos financeiros, quer. Sucesso contínuo Consequencias imediatas Redução imediata sentimento de da ansiedade perda de controle, Vingança contra raiva com a O parceiro de família, e o alguém, empregador, sentimentos melhores perda financeira, sobre o trabalho, fraqueza gratificação imediata Consequencias posteriores Realça habilidade de controlar a própria vida; mais dinheiro; mais respeito; fácil. Negação do imediato e aparente gratificação Consequencias posteriores Sente-se como preso deterioração em um nevoeiro, contínua; perda da Sessão 2 O objetivo desta sessão estar em continuar examinando os autos riscos, situações e repertórios do cliente esforçando-se para respostas e déficit de habilidades. A sessão tipicamente começa por examinar o dever de casa da semana prévia, incluindo os cartões monitorados. Figura 11.5 – Cartão de monitoramento para registro de ingestão de bebida Data hora Manhã Tarde onde Com quem humor comentários Para todas questões, bebida é igual Códigos para estados de humor feliz Extrovertido Romântico Relaxado Desejo de celebrar Triste Frustrado Tímido Bravo Ansioso Aborrecido outros Códigos para “com quem” Sozinho Parentes Família Amigos masc. Amigos fem. Ambos sexos Estranhos Pessoas que nunca mais você encontrou após beber outros Códigos para “onde “Taverna Bar Restaurante Própria casa Residência de outros Trabalho Escola Clube privado Evento social Casamento Festa Carro Fora de casa outros Designação do dever de casa para a sessão 2 Cliente continua se auto monitorando Incluir: emoções desagradáveis, desconforto físico, emoções agradáveis, pressa e tentações para beber, pressão de outros para beber e tempos agradáveis com outras pessoas. Sessão 3 Continuar a discussão das semanas anteriores como taxas e estratégias de alto risco, usando situações e vários instrumentos, taxa de ganhos e eficácia na pessoa do cliente durante o curso do tratamento. “O que você faria se encontrasse com você mesmo em uma recepção de casamento e todos estivessem bebendo?” Outro exercício utilizado para examinar altos riscos nas situações incluem exame cuidadoso de recaídas passadas e análise de fantasias de recaída. “Que espécie ou evento pode fazer você voltar a beber? Tente imaginar esta cena claramente de você podendo dar uma descrição da situação e de seus sentimentos” Designação do dever de casa para sessão Pessoa continua se auto monitorando Usando o cartão diariamente, nós perguntaremos ao cliente para seguir a pista almejando, tomando nota e além de outros fatores de situações específicas listadas no cartão. Sessão 4 Até este ponto, a terapia vem enfocando identificar altos riscos, situações onde o cliente se esforça para obter recursos. Tome nota da confiança do cliente, de sua capacidade para usar o novo repertório de esforço de habilidades. Enfatize ganhos do cliente. Encoraje o cliente para incorporar seu sucesso dentro de um conjunto de expectativas de contínua adaptação. Designação de dever de casa para a sessão 4 Continue monitorando o beber, abstinência e cravings. Escreva as instruções em um índice ou cartão para usa-lo em caso de lapso Sessão 5 Fazer a discussão da semana anterior. Esta sessão centraliza compreensão, empenho contra vários estados cognitivoafetivo. O cliente freqüentemente pensa que quando a ansiedade aumenta é um sinal de que ele esteja perdendo o seu equilíbrio ou Foi diferenciado dentre três componentes separados ou fatores de ansiedade: 1) Fatores cognitivos (ex. distorções, generalização, despersonalização, separação, negativa ou pensamento catastrófico, erros em pensamento ou percepção, etc. 2) Fatores físicos (ex. palpitações, tontura, náuseas, tensão muscular, dor de estomago, suor ...) e 3) Fatores do procedimento (ex. evitando, esforçando-se ou usando drogas) Uma vez que o cliente compreende esses vários componentes, você pode então considerar caminhos efetivos para cada um Estratégias de procedimentos para estados emocionais negativos incluem treinamento, assertividade ou prática via role-play Designação do dever de casa para a sessão 5 O cliente tem guardado um registro diário dele e de seus pensamentos e sentimentos negativos (ex. ansiedade, irritação ou depressão) para um período de duas semanas. Sessão 6 Aproximadamente na sexta sessão, as intervenções terapêuticas ampliam esta administração de situações no dia a dia. Primeiro perguntar ao cliente para que descreva “stress” e então descrever a diferença entre eventos de vida no dia a dia e que o aborrece acentuando como eles se relacionam. O cliente também pode ver um programa de mudança de estilo de vida como uma viagem de exploração e experiência. Dever de casa para a sessão 6 Monitorar as atividade pelo menos dois dias da semana normais e um final de semana típico Sessão 7 Discuta o dever de casa da semana prévia. Esta sessão tem mais dificuldade em adaptar-se a prática em respostas adaptadas para situações problemáticas em uma revisão de progresso do cliente (incluindo adictos positivos), e resolvendo o problema se um lapso ocorrer. Sessão 8 Reveja o dever de casa da semana passada. Nós recomendamos que o cliente ensaie visualmente uma recaída sob supervisão direta Usando a técnica de redução de stress com técnicas de relaxamento, o cliente torna-se confortável e relaxado. Uma vez que o cliente está relaxado,descreve a situação de alto risco acima mencionado em detalhe vivo, somente como o cliente tinha previamente descrito. Nas próximas sessões, enfocar poucas e continuadas respostas fortalecendo o esforço, modelando rolle-plays, preparando situações adicionais de alto risco e continuar a administração da saúde e do estilo de vida. Eficácia Em uma discussão sobre a utilização da eficácia da prevenção de recaída (Wilson 1992) observou que seu uso dentro e além do campo de comportamentos aditivos, é surpreendente como o RP geralmente modela e separa componentes que não tem sido subjetivo para um exame mais empírico através de controlados estudos de resultado RP é originalmente uma estrutura de prevenção e assim requer um diferente padrão para avaliar seu sucesso