Teoria sociointeracionista
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Todas as funções superiores se originam como relações entre seres
humanos...
Vygotsky.
Vygotsky elaborou a teoria histórico-cultural, também
conhecida como abordagem sociointeracionista, cujo objetivo
consiste em “caracterizar os aspectos tipicamente humanos
do comportamento e elaborar hipóteses de como essas
características se formaram ao long da história humana e de
como se desenvolvem durante a vida de um indivíduo.
Teoria sociointeracionista
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Compreender como ocorre a relação entre os seres humanos
e o meio físico e social em que se encontram; identificar as
atividades humanas que fizeram do trabalho o meio
fundamental de o homem se relacionar com a natureza, bem
como refletir sobre as decorrências psicológicas dessa
relação: analisar a natureza das relações entre os
instrumentos de que os homens lançam mão e o
desenvolvimento da linguagem.
Teoria
sociointeracionista
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Vygotsky estava preocupado, sobretudo, com o que ele
chamou de funções psicológicas superiores, ou seja, aquelas
funções que se referem a processos mentais que se
caracterizam por serem intencionais. Tais processos
requerem, pois, mecanismos voluntários e conscientes, como
a capacidade de planejamento, memória, imaginação, entre
outros. Observemos que se tratam de mecanismos mentais
que estabelecem uma relativa independência do homem em
relação ao espaço e momento presentes.
Teoria
sociointeracionista
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Teoria
sociointeracionista
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Tais processos mentais são definidos por não serem
possibilidades inatas do homem, ao contrário, são
entendidos por Vygotsky como oriundos das relações entre
indivíduos que se desenvolvem a medida que essas relações
desencadeiam processos de internalização de padrões
culturais de comportamento
Teoria
sociointeracionista – idéias
do autor:
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I – À relação entre o indivíduo e a sociedade: as
características que definem o homem não são
exclusivamente inatas, ou seja, não diz respeito as
características congênitas, e nem a resultantes exclusivas do
meio ambiente que o obsidia, isto é, que o cerca. Tais
características antes, dizem respeito a uma interação dialética
do homem com o meio sociocultural. “Ao mesmo tempo em
que o ser humano transforma o seu meio para atender suas
necessidades básicas, transforma-se a si mesmo.” A relação
entre homem e meio é uma relação de mão dupla: na medida
em que o homem modifica o meio em que habita
desencadeia
transformações
que
influenciam
seu
comportamento.
Teoria sociointeracionista – idéias do autor:
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II – Ao fundamento cultural das funções psíquicas: enquanto
decorrência da ideia precedente, trata-se de entender as
funções psíquicas humanas enquanto oriundas das relações
que o indivíduos estabelecem com o ambiente que os
circunscreve.
[...]O desenvolvimento mental humano não é a priori,
não é imutável e universal, não é passivo, nem
tampouco independente do desenvolvimento histórico e
das formas sociais da vida humana. Já que sua
característica psicológica se dá através da internalização
dos
métodos
historicamente
determinados
e
culturalmente organizados de operar com informações
[REGO, 2001, p.42.]
Teoria sociointeracionista – idéias do autor:
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III – Aqui o cérebro é entendido como a base material, como
órgão fundamental das atividades psíquicas. Embora se
refira a um órgão inato, não é imutável; diversamente, o
cérebro é dotado de grande plasticidade, ou seja, é composto
por estruturas que são afeiçoadas no decorrer do
desenvolvimento da espécie e de cada indivíduo: as funções
cerebrais são passíveis de transformações que
obedecem a necessidades históricas do
homem.
Teoria sociointeracionista – idéias do autor:
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IIV – Os instrumentos técnicos e aos sistemas de signos
(ferramentas auxiliares): que figuram como mediações em
todas as atividades dos homens entre si e com o ambiente. ”
A linguagem é um signo mediados por excelência, pois ela carrega em si
os conceitos generalizados e elaborados pela cultura humana.”[REGO,
2001, p.42]
As relações que o homem trava resultam da
capacidade exclusiva da espécie humana de
criar ferramentas que auxiliam e viabilizam as
relações através dos signos e instrumentos
mediadores que a formação dos processos
psicológicos são condicionados.
Teoria sociointeracionista – idéias do autor:
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Segundo Vygotsky, é pelo processo de mediação dos
instrumentos e signos que as funções superiores, exclusivas
aos seres humanos, se desenvolvem. Ora é o instrumento
que regula as ações sobre os objetos e o signo que estabelece
as ações sobre o psiquismo das pessoas. Influenciado pela
filosofia marxista, Vygotsky parte do principio de que as
relações do homens entre si e com a natureza ocorrem
mediadas pelo trabalho; para tanto cria e utiliza
instrumentos. Assim a mediação entre os homens em suas
relações entre si, e entre os homens e o mundo.
Teoria sociointeracionista – ideias do autor:
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O signo, chamado pelo ator de
‘instrumentos psicológicos”, encontra sua
finalidade no auxilio às atividades
psíquicas do homem. Para Vygotsky são
instrumentos psicológicos todos aqueles
que servem para ordenar e reposicionar
externamente a informação, de tal forma
que o indivíduo, utilizando sua memória,
inteligência, atenção, não fique preso a
situação presente, ou seja, através do
pensamento manifestado pelo signos o
homem consegue se lembrar do que já
ocorreu, apreender o que está ocorrendo,
Teoria sociointeracionista – ideias do autor:
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Refletir sobre o mundo e se mesmo,
planejar ações, efetivá-las e prever
consequências. O homem, durante o
processo de desenvolvimento cognitivo de
suas funções psicológicas, é capaz de
intencionalmente, se portar de forma ativa
no mundo, de construí-lo e partilhá-lo.
Com efeito,
A invenção e o isso de signos auxiliares para solucionar
um dado problema psicológico (lembrar, comparar coisas,
relatar, escolher, etc. é análoga à invenção e uso de
instrumentos, só que agora no campo psicológico. O signo
age como um instrumento da atividade psicológica de
maneira análoga ao papel de um instrumento no trabalho.
[Vygotsky apoud REGO, 2001, p.52].
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